terça-feira, 26 de setembro de 2017

Lahiri Mahasaya



Shyama Charan Lahiri (30 de setembro de 1828 — 26 de setembro de 1895) foi um grande iogue indiano e o guru de Sri Yukteswar Giri. Mahasaya é um título religioso em sânscrito que significa 'grande alma'.

Ele destacou-se entre os homens indianos sagrados por ter sido um chefe de família. Lahiri viveu com sua família em Varanasi, ao invés de morar num templo ou monastério distante da vida familiar. Mesmo assim, alcançou uma reputação substancial entre os religiosos do século XIX.

Paramahansa Yogananda conta muitas histórias sobre Lahiri Mahasaya em seu livro Autobiografia de um Iogue. Ele foi um funcionário de escritório até cerca dos trinta anos de idade, quando conheceu seu guru, Mahavatar Babaji. Lahiri foi escolhido por seu lendário guru para reintroduzir a prática perdida da Kriya Yoga para o mundo moderno. Os discípulos de Lahiri incluem os pais de Yogananada e seu próprio guru, Sri Yukteswar. Lahiri Mahasaya profetizou que o jovem Yogananda seria um grande yogue.

Ensinamentos

A prática espiritual central que ele ensinou aos seus discípulos foi a Kriya Yoga, uma série de práticas interiores de pranayama que prontamente agilizam o crescimento espiritual do praticante. Ele ensinou esta técnica a todos os interessados sinceros, independentemente de sua bagagem religiosa. Com relação à Kriya Yoga, ele disse:

"Sempre se lembre de que você não pertence a ninguém e ninguém lhe pertence. Reflita que algum dia você terá que, de repente, abandonar a tudo neste mundo. Assim, trave agora conhecimento com Deus. Prepare-se agora para a futura viagem astral da morte viajando diariamente no balão da percepção de Deus. Pela ilusão você se percebe como um amontoado de carne e ossos, que, na melhor hipótese, é um ninho de problemas. Medite incessantemente que você possa rapidamente se saber sendo a Essência Infinita, livre de qualquer forma de miséria. Deixe de ser prisioneiro do corpo. Usando a chave secreta da Krya, aprenda a fugir para o Espírito."

A obra completa de Yogananda, com os ensinamentos completos sobre a ciência da Kriya Yoga, conforme deixado pela sucessão de mestres realizados, que se inicia com Mahavatar Babaji pode ser encontrada no website www.omnisciencia.com.br.

Três claros princípios ensinados por Lahiri sobre o que ele acreditou ser características fundamentais de um verdadeiro guru eram:

Um verdadeiro guru nunca irá pedir dinheiro ou presentes (Obs.: O próprio Lihiri pediu doações para as pessoas que ele iniciou na Kriya Yoga. Essa prática foi continuada por algum de seus discípulos. Presume-se que essa doações foram direcionadas à disseminação da mensagem do Kriya Ioga, ao invés de beneficiar o Guru)
Um verdadeiro guru nunca assumirá um título especial que possa distanciá-lo ou elevá-lo sobre outros. (Obs.: O próprio 'Mahasaya' é um título que significa "grande alma", então há exceções a esse princípio. Outros discípulos de Lahiri Mahasaya também receberam legitimidamente e aceitaram títulos espirituais)
Um verdadeiro guru nunca pedirá a um seguidor a rendição do próprio livre arbítrio.

Mahavatar Babaji



Mahavatar Babaji foi revelado ao mundo pela primeira vez em 1946, na Autobiografia de um Iogue,por Paramahansa Yogananda. Segundo relatado nesse livro e em obras de outros autores que estiveram com Bábaji entre 1861 e 1935, ele é um mestre espiritual e avatar. Sua idade e o local de nascimento são desconhecidos. Mahavatar Bábaji transcendeu os limites temporais do corpo há séculos (talvez milênios), mantém-se no anonimato, acessível apenas a um seleto grupo de discípulos, e vive nas recônditas montanhas dos Himalaias, entre o Nepal e a Índia.

A sua missão tem sido a de dar assistência aos profetas na execução de tarefas específicas. Ele afirmou na presença de vários discípulos,ter dado a iniciação yogue a Shânkara, reorganizador da Ordem dos Swâmís, e a Kabir, famoso mestre medieval.

Seu principal discípulo no século XIX foi Lahiri Mahasaya, (1828-1895), a quem Bábaji legou a responsabilidade de ressuscitar uma antiga e perdida técnica de elevação espiritual, a Kriya Yoga.

Breves extratos da Autobiografia de um Iogue

Estado espiritual de Bábaji

"Um avatar não está sujeito à economia universal; seu corpo puro, visível como imagem de luz, acha-se livre de qualquer dívida com a natureza.

O olhar casual talvez não veja nada de extraordinário na forma de um avatar, mas este não projeta sombra nem deixa qualquer pegada no chão. Estas são provas externas, simbólicas, de se haver liberado interiormente da escravidão à matéria.

O estado espiritual de Bábají está além da compreensão humana. A raquítica visão do homem não pode penetrar através de sua estrela transcendental. Procura-se em vão imaginar o alcance de um avatar. É inconcebível. Bábaji vive sempre em comunhão com Cristo; juntos enviam vibrações redentoras à humanidade, inspirando as nações a renunciarem às guerras, aos ódios de raça, ao sectarismo religioso e ao materialismo, cujos males atuam como bumerangues."

Identidade de Bábaji

"A falta de referências históricas a Bábají não nos deve surpreender. O grande guru jamais apareceu ostensivamente em qualquer século; o equívoco brilho da publicidade não tem lugar em seus planos milenares. Semelhante ao Criador, único mas silencioso Poder, Bábají opera em humilde anonimato. Grandes profetas como Cristo e Krishna vêm ao mundo com um objetivo específico e espetacular; e partem, assim que o realizam. Outros avatares, como Bábají, incumbem-se de obras relacionadas com o lento progresso evolutivo do homem através dos séculos, em vez de se ligarem a algum fato histórico excepcional. Tais mestres sempre se ocultam ao olhar grosseiro do público e têm o poder de se tornar invisíveis à vontade. Por estas razões, e porque geralmente instruem seus discípulos para que mantenham silêncio a respeito de si, algumas figuras espirituais do mais alto porte permanecem desconhecidas para o mundo. Jamais se descobriram quaisquer dados delimitadores da família e do lugar de nascimento de Bábají - tão caros ao coração do cronista histórico. Nestas páginas sobre Bábají, faço simplesmente uma alusão à sua vida - só refiro alguns fatos que ele considera convenientes e úteis à divulgação pública.

Aspecto físico de Bábaji

"O imperecível guru não mostra sinais de idade em seu corpo; parece um jovem de vinte e cinco anos, não mais. De epiderme clara, constituição e estatura medianas, o belo e vigoroso corpo de Bábají irradia um brilho perceptível. Seus olhos são pretos, serenos e ternos; seu longo e lustroso cabelo é cor de cobre. Às vezes, a face de Bábají se parece muito à de Lahiri Mahásaya. Tão notável era a semelhança que Lahiri Mahásaya, em sua velhice, poderia ocasionalmente ter passado por pai de Bábají, cuja aparência é sempre a da juventude."

Quem quer que alcance a consciência e a experiência de filho de Deus, como Bábají, pode atingir qualquer objetivo com os infinitos poderes ocultos dentro de si. Uma pedra contém secretas e estupendas energias atômicas; assim também o mais ínfimo dos mortais é uma central elétrica de divindade."

Imortalidade física permanente

Num diálogo entre Lahiri Mahasaya e seu díscipulo Ram Gopal, descrito na Autobiografia de um Iogue, cap.33: "Bábají foi escolhido por Deus para permanecer em seu corpo, enquanto durar este ciclo do mundo. As eras hão de vir e de findar. O mestre imortal, porém, contemplando o drama dos séculos, sempre estará presente no palco terrestre."

Encontros com Bábaji 1861-1935

Lahiri Mahasaya

O primeiro encontro relatado com Mahavatar Babaji foi em 1861, quando Lahiri Mahásaya aos 33 anos de idade, foi inesperadamente transferido para Ranikhet, por conta do seu cargo como contador do governo britânico. Um dia, enquanto caminhava nas colinas acima de Ranikhet, ouviu uma voz chamando seu nome. Seguiu a voz até o monte Drongiri e próximo a uma fileira de cavernas, encontrou-se com um "jovem sorridente e divinamente radiante."Surpreso pelo jovem saber seu nome e a notável semelhança física entre os dois, ficou ainda mais aturdido ao constatar que aquele asceta da floresta dirigia-se a ele não somente em hindi, como em inglês, ao parafrasear as palavras de Cristo: "o escritório foi trazido para voce e não voce para o escritório".

Com um toque na testa de Lahiri, Mahavatar Babaji despertou a memória de seu antigo discípulo de outras vidas, e, em seguida, o iniciou em Kriya Yoga, em meio a um cenário repleto de misteriosas materializações, conforme descrito na Autobiografia.

Lahiri Mahásaya pediu para permanecer entre o pequeno grupo de Mahavatar Babaji, mas o guru respondeu que Lahiri fôra escolhido como exemplo de chefe de família e símbolo de iogue, para mostrar às pessoas a possibilidade de auto-realização entre as numerosas atividades do mundo. E encarregou-o de ensinar Kriya a todos que buscassem a Deus com sinceridade. "Os gritos de muitos homens e mulheres desnorteados neste mundo sensibilizaram os ouvidos das Grandes Almas. Você foi o escolhido para brindar consolo espiritual através de Kriya Yoga a numerosas criaturas que buscam Deus sinceramente."

O Mahavatar estabeleceu algumas recomendações e métodos de preparo para a iniciação, enfatizando que no futuro, Kriya Yoga só poderia ser ensinada por instrutores devidamente autorizados a partir da linhagem de descendência espiritual de Lahiri.

Na primeira vez, Lahiri Mahásaya permaneceu trinta dias com Mahavatar Babaji e posteriormente tiveram outros encontros, alguns presenciados por seus discípulos e relatados em vários livros além da Autobiografia de um Iogue, como o "Yogiraj Shyama Charan Lahiri Mahasaya" (Biografia de Lahiri),[6] e no Diário de Lahiri - "Purana Purusha: Yogiraj Sri Shama Churn Lahiri", entre outros.

Indiferença à curiosidade pública

A Autobiografia de um Iogue conta que, alguns dias após ter se despedido de seu guru, Lahiri o invocou firmemente para dar provas a um grupo de amigos que duvidavam da existência do Mahavatar. Bábaji materializou-se fazendo uma séria repreensão ao seu discípulo: " Por que voce me chama por um motivo fútil? A verdade é para quem a procura sinceramente, não para quem tem apenas curiosidade ociosa. É fácil acreditar quando se vê: dispensa a busca e o esforço. Descobrem a verdade além dos sentidos os que a merecem por terem vencido seu natural ceticismo materialista." Finalmente, após ouvir os apelos de Lahiri Mahasaya, Bábaji concordou em ficar e não só se mostrou em carne e osso para os amigos de Lahiri, como ceiou com eles. Desmaterializou-se na frente de todos, após afirmar ao discípulo: "Doravante, meu filho, virei sempre que você precisar de mim e não sempre que me chamar." (Anteriormente, Bábaji havia prometido à Lahiri: "sempre que me chamar, esteja onde estiver, imediatamente estarei a seu lado).

Aparição numa Kumbha Mela

Ainda segundo a Autobiografia, tempos depois, Lahiri Mahasaya visitava uma Khumba Mela, e ao vagar pela multidão de monges e sadhus que assistiam ao Festival, observou com censura, um asceta coberto de cinzas segurando uma escudela de mendigo. Em seguida deparou-se surpreso com Mahavatar Bábaji ajoelhando-se diante de um anacoreta com cabelos emaranhados. Ao ser questionado, Bábaji lhe respondeu sorridente: "Estou lavando os pés deste homem de renúncia, e depois lavarei seus utensílios de cozinha. Servindo a sádhus ignorantes e sábios, estou aprendendo a maior das virtudes, a que agrada a Deus acima de todas as outras - a humildade."

Encontros com discípulos de Lahiri Mahasaya

Alguns discípulos de Lahiri Mahasaya que também relataram encontros com Babaji:

Swami Sri Yukteswar, um dos mais conhecidos discípulos de Lahiri Mahasaya e guru de Yogananda, relata tres encontros com Mahavatar Bábaji.O primeiro foi em 1894, na Khumba Mela em Allahabad, mas não sabia que tratava-se do Mahavatar. Ele se surpreendeu com a impressionante semelhança entre Lahiri Mahasaya e aquele sábio que o abordava no Festival, sem suspeitar que falava com Bábaji. Foi neste encontro que Mahavatar Babaji discorreu sobre a necessidade do intercâmbio espiritual entre Ocidente e Oriente, instruiu Sri Yukteswar para escrever um livro (que veio a ser conhecido como a Ciência Sagrada), e o informou que em alguns anos, lhe enviaria para treinamento, um discípulo que disseminaria Kriya Yoga no Ocidente. (Tempos depois, Sri Yukteswar revelou a Paramahansa Yogananda, que era ele o discípulo prometido por Mahavatar Bábaji).

Swami Pranabananda, intitulado na Autobiografia como o "santo com dois corpos", também esteve com Mahavatar Babaji na presença de Lahiri Mahasaya.

Swami Keshabananda fala de uma reunião com Mahavatar Babaji nas montanhas perto Badrinath em 1935, depois que ele ficou vagando perdido nas montanhas. Nesse dia Babaji deu a ele uma mensagem para Yogananda: "ele virá visitá-lo em breve quando voltar à índia. Muitos assuntos relacionados com seu guru Yuktéswar e com os outros discípulos ainda vivos de Láhiri manterão Yogananda inteiramente ocupado. Diga-lhe, então, que não o verei desta vez, como ele ansiosamente espera; ve-lo-ei, porém, outra ocasião."

Swami Kebalananda,(prof. de sânscrito) e Ram Gopal Muzumdar (conhecido como o santo que não dorme), testemunharam ao lado de Lahiri, um encontro entre Mahavatar Babaji e sua irmã Mataji. Nesse dia Bábaji fez diante de todos, a promessa solene de manter seu corpo físico imortal na Terra. Em outra ocasião na presença de Lahiri, Kebalanda ouviu de Bábaji a história detalhada sobre seu encontro com Shankaracharya.

Encontros com P. Yogananda

Embora seja o autor do livro que revelaria ao mundo a existência de tais seres, Paramahansa Yogananda relata apenas um único encontro com o Mahavatar, justificando que, tais experiências são tão sagradas, que devem ficar ocultas no coração e só o fez para emprestar sua credibilidade pessoal junto aos leitores. Nesse único encontro tornado público, Bábaji apareceu à porta da casa de Yogananda, quando este se preparava para viajar à América pela primeira vez em 1920 e encontrava-se inseguro com a abrupta mudança. O Mahavatar tranquilizou-o ratificando que Deus o escolhera para difundir a Kriya Yoga no mundo e que nada temesse.

Anos depois, já ensinando no Ocidente através da es:Self-Realization Fellowship - organização que fundou em 1920 - Yogananda teria relatado a alguns discípulos muito íntimos, outros encontros e a sua estreita ligação com o Mahavatar, mas não voltou a publicá-los. Parte dessas confidências acabaram sendo divulgadas após seu mahasamadhi (morte) em 1952, assim como o caso de uma "misteriosa" semente enviada pelo Mahavatar a Yogananda, usada por ele no chakra frontal (ou terceira visão) de seus discípulos mais próximos. Esta semente ainda está em Encinitas (um dos templos da Self), no mesmo lugar que Yogananda a guardou.

Encontros com discípulos de P. Yogananda

Rajarsi Janakananda

Rajarsi Janakananda (Jesse James Lynn) foi um milionário americano e considerado um dos mais adiantados discípulos de Paramahansa Yogananda, que o chamava afetuosamente de São Lynn. Por indicação do próprio Yogananda, Rajarsi o sucedeu na presidência da SRF de 1952 a 1955. Várias vezes Mahavatar Babaji teria se apresentado a ele, sobretudo para apoiá-lo nas decisões da organização. Esses relatos eram confidenciados somente à pessoas muito próximas, mas alguns deles também foram divulgados posteriormente.

Sri Daya Mata

Sri Daya Mata, uma importante líder religiosa e discípula direta de Paramahansa Yogananda que foi pessoalmente escolhida e treinada por ele, era o chefe da Self-Realization Fellowship / Yogoda Satsanga Society of Índia, de 1955-até sua morte em 2010. Ela relatou somente um encontro com o Mahavatar ocorrido em 1964, tempos após em uma palestra para estudantes. Essa narrativa foi publicada na Revista Self-Realization Fellowship, verão de 1975, intitulada " Uma benção de Mahavatar Bábaji".

Paramahamsa Hariharananda

Paramahamsa Hariharananda/ Swami Hariharananda Giri (1907 a 2002)- Mestre realizado de Kriya Yoga que foi discípulo direto de Sri Yukteswar, Paramahamsa Yogananda, Swami Satyananda Giri e Bhupendra Nath Sanyal Mahasaya. Em 1949, um ano após atingir o estado de Nirvikalpa Samadhi (realização divina), Paramahamsa Hariharananda narra os episódios da materialização de Mahavatar Bábaji em seu quarto, duas vezes em um mesmo dia. Da primeira vez, Babaji toca-lhe os olhos e desaparece e da segunda anuncia-lhe sua missão de ensinar o Kriya Yoga ao mundo. Confirmando a profecia do Mahavatar, a partir de 1974 Paramahamsa Hariharananda passa a viajar incansavelmente, como único mestre realizado a propagar a técnica sagrada de Kriya Yoga no Ocidente e Oriente, até poucos anos antes de deixar seu corpo físico, aos 95 anos, nos Estados Unidos da América.

Bábaji Krishna

Lahiri Mahasaya escreveu em seu diário que Mahavatar Babaji foi Lord Krishna. Paramahansa Yogananda confidenciou a alguns discípulos que Mahavatar Babaji havia sido a encarnação de Krishna em antiga existência.Ele também frequentemente cantava em voz alta para "Babaji-Krishna".

Referências modernas

No livro III Conversando com Deus, de Neale Donald Walsch, há menções sobre Babaji e sua misteriosa missão.

Baba 2002, foi um filme lançado pela en:Tamil Ind. Cinematográfica, baseado em Bábaji e escrito por en:Rajinikanth.

Emissários Modernos

Após o falecimento de Paramahansa Yogananda em 1952 e quando a sua Autobiografia já era amplamente conhecida, começaram a aparecer pessoas proclamando visões e encontros com Bábaji. Umas se dizendo o próprio Bábaji, outras sendo confundidas com ele, e diferentes gurus apareceram no Ocidente, afirmando que o Mahavatar os haviam incubido de ensinar a Kriya "original". Alguns chegam a afirmar que conviveram a seu lado durante anos.

Considerados por alguns como Bábaji

Hariakhan Baba- Ficou conhecido através de uma publicação em 1975, onde o autor, Baba Hari Dass o relaciona ao mesmo Mahavatar da Autobiografia e relata suas aparições para muitas pessoas no norte da India, entre 1861 e 1924.Não há nesse caso nenhuma referência a Kriya Yoga.

Haidakhan Babaji - Vivia no norte da India e entre 1970 a 1984, ministrou publicamente, aulas de tradicionais linhas do Yoga. Ficou conhecido através do casal americano Leonard Orr e Sondra Ray, que o promoveram como sendo o mesmo Mahavatar Bábaji. Também não teve ligação com Kriya e morreu em 1984, o que contradiz o depoimento do Bábaji original: " eu nunca deixarei meu corpo físico".

Considerados por alguns como emissários de Bábaji

S.A.A. Ramaiah (1923 a 2006) - Afirmou ter vivido 6 meses com Bábaji em 1954, o qual lhe ensinou o sistema completo de Kriya (diferente do sistema de Lahiri), o incubiu de fundar uma organização, (Kriya Babaji Sangah) ensinar a nova Kriya "original" ao mundo, e em 1968 mudou-se para a América onde viveu até falecer em 2006.

Contrariando os relatos tradicionais de que Bábaji preferia manter suas origens no anonimato, Ramaiah entretanto, não apenas afirmou que este teria lhe revelado seus dados pessoais, bem como os publicou: nascido em 203 d.C em um vilarejo da India, aos 5 anos foi sequestrado por um mercador para ser vendido como escravo. Comprado por um rico que o libertou, juntou-se a um pequeno grupo de monges que perambulavam, conheceu alguns sábios importantes e na adolescência atingiu a iluminação.

Marshall Govindan ou M.Govindan, residiu um tempo na Self-Realization Fellowship (a organização fundada por Paramahansa Yogananda). Anos depois, tornou-se discípulo de S.A.A. Ramaiah. Deixou a organização do seu guru, após uma visão do Mahavatar em 1988, que o teria incubido igualmente de começar a sua própria, para ensinar a Kriya "original" no mundo (diferente da de Ramaiah). Bábaji's Kriya Ioga,(ou Kriya de Babaji).

Swami Satyeswarananda - Foi instrutor até 1971, da es:Yogoda Satsanga Society of India, o ramo da Self-Realization Fellowship na India e ambas fundadas por Paramahansa Yogananda. Alega que viveu doze anos com o Mahavatar e em 1976 teria recebido dele a incumbência de resgatar a Kriya "original" no mundo (diferente das dos demais). Em 1982 Satyeswarananda foi para a América, onde vive até hoje.

De qualquer modo, se considerada a fonte original de Mahavatar Bábaji, as suas palavras são auspiciosas:

"Em verdade, de Quem é todo este trabalho e Quem é o autor de todas as ações? Tudo o que o Senhor me faz dizer, está destinado a materializar-se como verdade. Repita a cada um de seus discípulos esta soberana promessa do Bhágavad Gíta: Até uma pequena prática deste dhárma (rito religioso ou reta ação) o salvará de um grande temor - os colossais sofrimentos inerentes aos sucessivos ciclos de nascimento e morte."

Patandjáli



Patanjali (em sânscrito: पतञ्जलि , Patañjali) viveu entre 200 a.C. a 400 d.C.. O comentário de Vyasa o define como descendente de Santanu.

Existem diversas lendas sobre este autor, havendo uma que diz ser ele uma encarnação do deus serpente Ananta, ou meio homem meio serpente, ou ainda uma serpente que desejando ensinar o yoga ao mundo, caiu (pat) dos céus nas palmas das mãos abertas (anjali) de uma mulher, que por sua vez o chamou de Patanjali.

Nos documentos de Shadgurusishya pesquisados por Max Muller indicam-se cinco gerações de professores da tradição sânscrita, sendo o primeiro Shaunaka, seguido por Asvalayana, Katyayana, Patanjali e finalmente Vyasa.

Virtualmente nada se sabe sobre a vida de Patanjali, e algumas escolas acreditam que ele é totalmente ficcional.

Patañjali tem a reputação de ser o autor dos Yoga Sutra, bem como do comentário sobre a gramática do sânscrito por Pānini(Ashtadhyayi) que é conhecido Mahābhāsya ou Bhartrihari. Existem também muitos textos da Ayurveda atribuídos a ele. Mas quase todas as escolas acreditam atualmente que estes textos foram escritos por diferentes pessoas em diferentes eras.

Os Yoga Sutra

Os Yoga Sutra compilados por Patanjali provavelmente datam de 150 d.C.. É uma pequena obra, redigida em linguagem muito condensada, constituída por vários aforismos sobre a prática e a filosofia do yoga.

O Yoga é uma das seis escolas da filosofia hindu, um sistema de meditação prática, ética e metafísica.

Patanjali tem sido frequentemente chamado de fundador do Yoga por causa desta obra. Os Yoga Sutra são um tratado sobre o Raja Yoga, baseado na escola Samkhya e no Bhagavad Gita.

Esta obra não faz referência à prática de sacrifícios como condição para a prática. Ao desmistificar este dogma, Patanjali propôs as bases do yoga clássico, opondo-se ao yoga proto-histórico.

Ele baseia o seu trabalho nos Puranas, Vedas e Upanixades, sendo o mais brilhante tratado sobre as escrituras hindus.

Ele também foi o criador do Ashtanga Yoga e do Raja yoga por literalmente descobrir os oito passos do yoga. Eles são os yamas, niyamas, asana, pranayama, pratyahara, dharana, dhyana e samadhi.

O Mahābhāsya

O Mahābhāsya ("grande comentário") de Patanjali sobre o célebre Ashtadhyāyi de Panini, um dos três mais famosos tratados sobre a gramática sânscrita. Foi nele que Patanjali, como linguista da ciência indiana, alcançou sua verdadeira fama. O sistema estabeleceu pormenorizadamente o shiksha ("fonéticalogia", incluindo a acentuação) e o vyakarana ("morfologia"). A sua sintaxe é memorável, mas o seu nirukta ("etimologia") é discutível, e esta etimologia naturalmente leva à explicação da semântica. Intérpretes do seu trabalho dizem que ele é um defensor de Panini e opositor das ideias de Katyayana, atacando as suas teorias muito severamente.

DeRose

Luiz Sérgio Alvares DeRose (Rio de Janeiro, 18 de Fevereiro de 1944), conhecido como DeRose, é um escritor, empresário e iogue brasileiro, conhecido como o sistematizador do Método DeROSE, uma proposta de qualidade de vida e alta performance que possui escolas em cerca de dez países do mundo. As escolas do Método DeROSE operam em um sistema de credenciamento, apesar de serem algumas vezes confundidas com uma grande franquia de ioga.

Seu trabalho já recebeu críticas de áreas da imprensa e de profissionais que realizam trabalhos relacionados à ioga. Atualmente trabalha com outro segmento por levar em consideração a inadaptabilidade da palavra ioga (Yôga) para a comunicação e notadamente chamou a atenção de executivos e atletas,como Lyoto Machida.

Segundo DeRose, seu método é pautado em uma urdidura de técnicas e conceitos, vastamente aplicados desde 1960 em vários setores da sociedade.

DeRose recebeu em 2007, através do Decreto Legislativo nº 85, de 27 de junho, o título de cidadão paulistano.

DeRose começou a lecionar no ano de 1960 e inaugurou sua primeira escola em 1964. Publicou o seu primeiro livro em 1969, aos 25 anos de idade. Fundou a União Nacional de Yôga em 1975. Promoveu o primeiro projeto de lei pela regulamentação profissional em 1978. Organizou o primeiro Congresso Brasileiro de Yôga em 1981. Criou a Confederação Nacional de Yôga em 1988. Fundou a Primeira Universidade de Yôga do Brasil em 1994 (sem reconhecimento governamental) e o Sindicato Nacional dos profissionais de Yôga em 1997.

DeRose recebeu em 2001 e 2002 o reconhecimento do título de Mestre em Yôga (não-acadêmico) e Notório Saber em Yôga pela FATEA – Faculdades Integradas Teresa d’Ávila (SP), pela Universidade de Cruz Alta (RS), pela Universidade Estácio de Sá (MG), pelas Faculdades Integradas Coração de Jesus (SP), pela Câmara Municipal de Curitiba (PR). Nenhum dos títulos têm validade acadêmica. Em 2010, DeRose recebeu o título de Professor Doutor Honoris Causa pelo Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (Cesusc).

DeRose formou mais de 5000 instrutores no Brasil, Américas e Europa, começou a lecionar aos 16 anos de idade. Com 24 anos de viagens à Índia e mais de 20 livros publicados, ensina o seu método nas Américas e Europa.

Transição para o Método DeROSE

Em 2007, DeRose deixou de trabalhar no segmento do Yôga e passou a trabalhar com o Método DeROSE, uma sistematização de técnicas e conceitos cuja proposta é a de elevar o praticante a um patamar de alta performance e a de melhorar a sua qualidade de vida.

Os seus conceitos baseiam-se na fomentação de boas relações humanas, boa alimentação, boa forma e boa qualidade de vida.

Na parte técnica, faz uso de ferramentas como a reeducação respiratória, administração do stress, técnicas que se propõe a aumentar o tônus muscular e a flexibilidade, procedimentos para o aprimoramento da descontração emocional e da concentração mental.

Críticas

Marcos Rojo Rodrigues, coordenador do curso de Difusão Cultural e Ioga da Universidade de São Paulo contesta a formação autodidata de DeRose e rejeita a existência de duas disciplinas distintas: yôga e ioga (criada por Caio Miranda). Segundo Rodrigues, isso está voltado à promoção pessoal da marca de escolas criada por DeRose.

Obras

DeRose: Quando é preciso ser forte.
DeRose: A Evolução para o Método DeRose.
DeRose: Tratado de Yôga, Yôga Shástra.
DeRose: Tudo o que você nunca quis saber sobre Yôga.
DeRose: Programa do Curso Básico.
DeRose: Eu me lembro...
DeRose: Encontro com o Mestre.
DeRose: Sútras - máximas de lucidez e êxtase.
DeRose: Yôga Sútra de Pátañjali, Uni-Yôga.
DeRose: Mensagens do Yôga, Uni-Yôga.
DeRose: Karma e dharma - transforme a sua vida.
DeRose: Chakras e kundaliní, Uni-Yôga.
DeRose: Meditação e Autoconhecimento, Uni-Yôga.
DeRose: Origens do Yôga Antigo, Uni-Yôga.
DeRose: Corpos do Homem e Planos do Universo, Uni-Yôga.
DeRose: Guia do Instrutor de Yôga, Uni-Yôga.
DeRose: Prontuário de Yôga Antigo.
DeRose: A regulamentação dos profissionais de Yôga, Uni-Yôga.
DeRose: Alternativas de relacionamento afetivo.
DeRose: Yôga: Mitos e Verdades, Uni-Yôga.
DeRose: A Empresa.
DeRose: A Medalha com o ÔM.
DeRose: Anjos Peludos, Egrégora.
DeRose: Prática de Yôga Elementar.
DeRose: Questionando o Yôga, Uni-Yôga
DeRose: Boas Maneiras no Yôga, Uni-Yôga
DeRose: Como Perdi 10kg em Dois Meses
DeRose: Cuando es Preciso Ser Fuerte
DeRose: Encuentro Com El Maestro, Unión International de yoga
DeRose: Faça Yôga Antes que Você Precise
DeRose: Falando Bonito
DeRose: Hiper Orgasmo.
DeRose: Mensagens.
DeRose: Método DeRose - Alta Performance.
DeRose: DeRose Method.
DeRose: Méthode DeRose.
DeRose: Método Para um Bom Relacionamento Afetivo.
DeRose: Método de Boa Alimentação.
DeRose: Método de Boas Maneiras.
DeRose: Meu Nome É Jaya.
DeRose: Origenes Del Yôga
DeRose: Pensamentos
DeRose: Viagens à Índia dos Yôgis.
DeRose: Vocabulário Comparado De Português-Brasileirês.
DeRose: Yo Recuerdo
DeRose: Yôga a Sério
DeRose: Zen Noção
DeRose: Light Exercices
DeRose: Yôga Tem Acento
DeRose: Yôga Avanzado, Editora Unión Nacional de Yôga
DeRose: Não diga a Ióga, diga o Yôga
DeRose: Como perdi 10 kilos em dois meses
DeRose: Código de Ética do Yôga
DeRose: Coisas que a vida me ensinou

Yogini



Yogini é um termo usado para definir a praticante feminina equivalente ao masculino yogi. Ambos buscam os benefícios da união com deus pela disciplina e a prática do yoga. A complexidade intrínseca está na natureza multi-faceada das qualidades femininas de uma yogini que incorpora uma disposição para os aspectos arquetípicos da energia-feminina do divino que diferem significativamente da prática focada de um yogue masculino. A yogini é uma termologia que encontra referência em diversos textos relacionados Hinduísmo, onde seu significado literal é “sacerdotisa” ou buscadora da sabedoria, uma definição que poderia ser mais facilmente ser interpretada como “alquimista,” ou “anjo da mercê”. Uma mulher dedicada à busca do conhecimento espiritual e da introspecção mística que tem muitas faces, da devocional a séria, da impetuosa a feroz; toda estas podem abraçar sob o conceito de uma yogini. Em alguns tipos de yoga tantrico, as dez deusas da sabedoria (ou dakini) servem como modelos para a disposição e comportamento das yoginis.


A palavra usada para se referir a um praticante feminina do yoga, e no contexto da mitologia Hindu, ela pode indicar um ou mais das seguintes características:

Uma mulher ligada ou auxiliar de Durga.

Em vários cultos Tantricos, o termo se refere a uma mulher iniciada por um parceiro sexual, como parte de um ritual tantrico.

Em um contexto mais amplo e geral, uma yogini é uma mulher que possa possui poderes sobrenaturais, incluindo a habilidade de transcender o processo normal do envelhecimento através do internalização do poder reprodutivo conhecidas como urdhva-reta (refinamento ascendente da força-semente) e mesmo da morte, alcançando o divya sharira (corpo divino e imortal). Durante as batalhas de Durga com os demonios (asuras, oito yoginis são descritas terem surgido do corpo de Durga, e ajudaram-lhe na batalha. Em uns textos mais atrasados, o número de Yoginis aumentou para sessenta e quatro. Todas estas yoginis representaram as forças da natureza e da fertilidade, doença e morte, do Yoga e da mágica. Todos as yoginis são adoradas coletivamente, e cada uma é sacralizada em uma posição individual em um templo circular aberto aos céus (Sri Yantra). Um dos templos mais impressionantes das yogini é do século IX o templo das yogini de Chaunsath (sessenta e quatro yogini) é fica situado em Hirapur, Bhubaneshwar distrito de Orissa. Outros dois templos importantes das yoginis são do século X os monumentos em Khajuraho, perto de Chhattarpur e de Bheraghat, perto Jabalpur, ambos dentro Madhya Pradesh.

sábado, 23 de setembro de 2017

Expedición al Tíbet de Ernst Schäfer

La expedición al Tíbet de Ernst Schäfer, dirigida por éste naturalista alemán, tuvo lugar entre abril de 1938 y mayo de 1939 y fue una de varias realizadas en este país asiático por encargo de la organización Ahnenerbe, con el objetivo de realizar investigaciones diversas sobre la geografía, etnografía y fauna y flora del Himalaya, pero también de tipo pseudo-científico, en busca de indicios que confirmasen las teorías impulsadas por la doctrina racista nazi y otras relacionadas con la afición por el ocultismo y el esoterismo de las autoridades del Tercer Reich alemán. Este aspecto y su carácter secreto han alimentado numerosas conjeturas y teoría sobre sus detalles y fines, inspirando a autores de diversas obras literarias de tipo fantástico.

La expedición estaba liderada por Schäfer, quien ya había visitado la región en viajes anteriores, y compuesta por otros cuatro expertos, Karl Wienert, Bruno Beger, Ernst Krause y Edmund Geer, que partieron del puerto de Génova en abril de 1938, junto con una escolta de varios SS. Alcanzaron la capital del entonces Tíbet independiente, Lhasa, a principios de 1939. Durante sus dos meses de estancia en la ciudad prohibida, en el por entonces complejo contexto político creado por la ausencia en designar a un Dalái Lama y el choque de intereses entre China, el Imperio Británico y el Imperio Japonés, la expedición emprendió, con el recelo de Schäfer, gestiones de tipo diplomático en vistas del establecimiento de relaciones entre las autoridades tibetanas y el Tercer Reich, y en concreto sobre los detalles de un posible suministro de armas. Mientras, progresaron los numerosos trabajos de campo, documentando y recopilando muestras de la fauna y flora del Himalaya, explorando su geografía, o tomando datos sobre la población tibetana. El antropólogo de la RuSHA, una de las secciones SS, Bruno Beger, fue el encargado de supervisar las investigaciones en su vertiente racial y ocultista.

Las noticias del empeoramiento de la situación política en Europa decidieron el regreso, desbaratando los planes diplomáticos. Sin embargo, Beger había recopilado datos antropométricos de cerca de 400 personas mientras que Schäfer, experto cazador, guardó un depósito de más de 300 pieles. Entre también el extenso material documental y fotográfico recopilado, se encontraban diversos ejemplares de textos antiguos, como una edición completa de 108 volúmenes del Kangyur, y otras del Mándala, luego conservados en los archivos de la Ahnenerbe y que aparecieron en el búnker del Reichstag.

La expedición alcanzó Alemania en agosto de 1939, en vísperas del comienzo de la Segunda Guerra Mundial, siendo homenajeados por las autoridades y reconocidos por la propaganda y la prensa. Schäfer recibió el Totenkopfring, una distinción personal de Himmler, siendo promovido a la dirección del Instituto de Investigaciones para Asia Interior de la SS- Ahnenerbe, Forschungsstätte für Innerasien und Expeditionen im Ahnenerbe der SS, mientras que Beger, incorporado a la estructura militar de la SS, desempeñó funciones como experto de razas asiáticas durante la guerra. Ambos serían procesados por los aliados al final de la guerra, pero mientras Schäfer pudo alegar en su implicación, Berger fue condenado por su participación en caso de la llamada colección de cuerpos del doctor August Hirt.

Coincidiendo con la salida de los alemanes, en mayo de 1939 alcanzó el Tíbet otra expedición secreta enviada por el gobierno japonés. El amplio material fotográfico sirvió para la realización del film Geheimnis Tibet de 1943.

Ahnenerbe

La Studiengesellschaft für Geistesurgeschichte‚ Deutsches Ahnenerbe e.V.1​(traducido del alemán como "Sociedad para la Investigación y Enseñanza sobre la Herencia Ancestral Alemana"), conocida como Ahnenerbe o también SS-Ahnenerbe, fue una entidad pseudocientífica alemana constituida formalmente en 1935 por dirigentes e ideólogos del Partido Nacionalsocialista Obrero Alemán para realizar y divulgar investigaciones con fines educativos en apoyo de la ideología nazi y en particular, de sus teorías relacionadas con la raza aria en paralelo con sus investigaciones de la raza germana.

En 1940, durante la Segunda Guerra Mundial, la Ahnenerbe fue integrada en la estructura de las SS, organización fundamental del aparato de Estado del Tercer Reich, y dirigida, bajo la presidencia de Heinrich Himmler, por Walther Wüst y Wolfram von Sievers, orientando su actividad hacia expediciones arqueológicas, etnológicas y antropológicas tanto en países sudamericanos como Brasil y Argentina o países del Himalaya. Al final de la guerra, quedó disuelta y sus actividades investigadas en el marco de los juicios de Núremberg, siendo declarada organización criminal en 1946 junto con las SS. Sievers fue juzgado y condenado a la pena capital como criminal de guerra. Por su naturaleza, la Ahnenerbe y su historia son uno de los temas abordados por las controvertidas teorías sobre el ocultismo nazi.

Orígenes: 1935–1939

La Ahnenerbe se registra como fundación a partir de contribuciones el 1 de julio de 1935 por inspiración de Heinrich Himmler, Hermann Wirth y el teórico Walter Darré, con el fin, según establece el auto de acusación del proceso de Núremberg llamado de los médicos:

...realizar investigaciones sobre... la raza indogermánica del norte y divulgar sus resultados de una manera interesante al público.

Más tarde, en 1940, es integrada en las SS como la sección coordinadora etnológica, Ahnenerbe-Stiftung, del Instituto de investigaciones científicas militares, Institut für Wehrwissenschaftliche Zweckforschung. En su organigrama, estaba presidida por Himmler y dirigida por el rector de la universidad de Múnich, el profesor Sturmbannführer-SS Walther Wuest. Su administración en numerosos departamentos fue puesta bajo la responsabilidad del coronel Standartenführer-SS Wolfram Sievers.

Sus actividades se centraron inicialmente en los campos de la antropología y la arqueología con el objetivo de demostrar las teorías de la superioridad racial, defendidas desde los años 1910 por los extremistas de la Sociedad Thule, después adoptadas por la doctrina política de Adolf Hitler.

Expedición al Tibet

La Ahnenerbe patrocinó en 1938 el envío de una expedición al Tibet, única conocida fuera de Alemania a pesar de su carácter secreto, bajo la dirección del biólogo Ernst Schäfer, pese a los recelos de éste sobre la obsesión de Himmler por el ocultismo.

Partió en abril de 1938, llegó al Tíbet en enero siguiente. El equipo incluía a Bruno Berger, quien estudió los cráneos de unas 400 personas para intentar probar que el Tíbet era el lugar de nacimiento de una raza nórdica. Sus primeras conclusiones fueron que los tibetanos estaban en algún punto entre los mongoles y las razas europeas. Otros miembros del equipo eran Edmont Geer y Karl Vinert. Se especula con que Schäfer pudo intentar probar personalmente que el Yeti era una especie de oso y, aunque él no encontró este espécimen, sí envió más de 50 animales a Alemania para realizar un estudio adicional, así como 5000 tipos diversos de grano. El equipo también adquirió 108 páginas del texto sagrado Kangschur.

La expedición terminó formalmente en mayo de 1939, pero Schäfer no publicaría sus resultados hasta 1950, con el título: Festival of the White Gauze Scarves: A research expedition through Tibet to Lhasa, the holy city of the god realm.

Actividades en el Cáucaso

La Ahnenerbe realizó varias actividades en el Cáucaso, principalmente en la zona del monte Elbrús y las zonas de restos líticos cercanos al mismo, así como antiguos asentamientos de los alanos. Se especula con que la Ahnenerbe buscaba la conexión entre los arios y/o godos con las construcciones prehistóricas de la zona.

Se han hallado en la zona restos de los trabajos de Ahnenerbe, en el verano de 2015 se encontró un maletín con los emblemas de Ahnenerbe con un extraño cráneo no humano, se halló un anillo y un uniforme nazi y unos 200 cuerpos de soldados alemanes que habían sido sepultados por un alud. También se encontró un mapa detallado de la zona de Adigueya y hay detalles de la llamada "operación Edelweiss" de la Wehrmacht que subió al monte Elbrús, la montaña más alta de Europa. Esta expedición la realizó el 49º Cuerpo de Montaña de la Wehrmacht que acampó en Maikop, entre los ríos Psheja y Pshish se establecieron los regimientos de tanques Germania y Nordland. En el otoño de 1942 se estableció en el aeropuerto de Maikop la 3ª escuadrilla del 14º grupo de reconocimiento, que contaba con aviones bimotores de reconocimiento Fw-189 altamente equipados para realizar reconocimientos.

Antes de comenzar las hostilidades de la Segunda Guerra Mundial, el ejercito alemán ofreció colaboración a la URSS para realizar una carretera de montaña entre Pitsunda, costa del Mar Negro, hasta Ritsa, reserva natural en la que se ubica el lago Ritsa. La colaboración se debió, como luego se supo, al interés de Alemania de utilizar las aguas de un manantial en una cueva situada bajo el lago Ritsa para la fabricación de plasma sanguíneo humano ya que la Ahnenerbe había establecido que la composición de la misma era ideal para dicho fin.

1939–1945

A partir de 1939 y durante la II Guerra Mundial, la Ahnenerbe dirigida operacionalmente por Wolfram Sievers organizó, según las directrices de Himmler, el tráfico de seres humanos destinados a los experimentos de los científicos e investigadores SS asociados y su aprovisionamiento en materiales y equipamiento, aunque no supervisó la pertinencia técnica de los trabajos.

Crímenes en el Instituto Anatómico de Estrasburgo

Los prisioneros que sufrieron estos experimentos, considerados posteriormente como crimen contra la humanidad, procedían principalmente del campo de Natzweiler y Dachau, cuyas instalaciones y equipamiento estaban a disposición expresa de la Ahnenenrbe para las investigaciones que dirigía de manera especialmente activa el Prof. Hauptsturmfuehrer-SS August Hirt y el Dr. Sigmund Rascher, del Instituto Anatómico de la Reichsuniversität de Estrasburgo.

1946: condena

Las evidencias aportadas de la colección del profesor Hirt y los experimentos de Dachau y Struthof consiguieron que la sala tribunal militar I del juicio de Núremberg, conocido como «proceso de los doctores», condenase el 26 de octubre de 1946 a la pena de horca al coronel Wolfram Sievers por los asesinatos, brutalidades, torturas y demás actos inhumanos en los que participó esta organización. La pena fue ejecutada el 2 de junio de 1948, siendo el único miembro conocido de la Ahnenerbe que fue ajusticiado.

Experimentos

Se consideró que la Ahnenerbe procuró los recursos para que se llevaran a cabo diversos experimentos con criminales condenados y ejecutados en los campos de concentración de Dachau y Struthof-Natzweiler, como establece el documento o sentencia del juicio de los doctores.

Resistencia a altitud: dentro de cámaras de despresurización en Dachau, numerosos prisioneros sufrieron la muerte;
Inyecciones de cepas de malaria y extractos de glándulas de mosquito;
Resistencia a congelación: el 15 de agosto de 1942, Rascher emprendió estudios de congelación sometiendo a bajas temperaturas a prisioneros en Dachau en beneficio de la Luftwaffe.
Infección de heridas con gas mostaza;
Potabilización de agua marina: los prisioneros eran privados de alimento y la única bebida suministrada eran diferentes variantes de agua marina tratada químicamente;
Inoculación de ictericia;
Inoculación de tifus.