sábado, 3 de março de 2018

Aiwass


"Vê! é revelado por Aiwass o ministro de Hoor-paar-kraat." - Liber AL vel LEGIS I:7

Aiwass é referida como a figura que ditou o trabalho a Aleister Crowley nos três dias de escritura do Livro da Lei em 1904. Detalhes desses eventos são dados no capítulo 7 do Equinócio dos Deuses (The Equinox of the Gods).

É impossível discutir sobre Aiwass sem se referir ao Livro da Lei, pois é através desse trabalho que aprendemos sobre a natureza de Aiwass. É certo que o Liber AL fora escrito em um estilo complentamente diferente do estilo de Crowley. Um cuidadoso estudo desse trabalho revelou que ele está repleto de chaves cabalísticas e outros mistérios, muitos dos quais ainda permanecem insolúveis. Esse quebra-cabeças associado ao rítmo precipitado da caneta de Crowley tornou quase certo que o trabalho viera de alguma forma de inteligência superior comunicando a mensagem de novo aeon através de Crowley. Essa inteligência é Aiwass.

Aiwass declara-se ser o ministro de Hoor-paar-kraat, um deus dos antigos egípcios conhecido como Harpocrates. Harpocrates é uma forma do deus Horus representado como uma criança inocente. Sua mãe é Nut ou Nuit no Liber AL. Essa atribuição enfatiza mais ainda a função de Aiwass na entrega da palavra da Criança Coroada e Conquistadora.

Aleister Crowley acreditava que Aiwass tinha sido um dos Mestres Secretos da A.'.A.'. Crowley eventualmente também considerou Aiwass ser seu Sagrado Anjo Guardião.

Guematria

Segundo o Equinócio dos Deuses, Aiwass pode ser escrito de duas maneiras diversas: Aiwass ou Aiwas.

A primeira forma possui soma guemátrica de 418, e a segunda de 93.

Fórmula mágica


Uma fórmula mágica, é geralmente uma palavra ou frase, cujo significado ilustra princípios e graus de entendimento que são geralmente difíceis de substituir usando outras formas de fala ou escrita. É um meio conciso para comunicar informações muito abstratas pelo meio de uma palavra ou frase.

Essas palavras geralmente não têm qualquer significado intrínseco dentro ou nelas mesmas. Entretanto, quando desconstruídas, cada letra individual pode referir-se a algum conceito universal encontrado no sistema que a fórmula aparece. Adicionalmente, agrupando certas letras, será possível mostrar sequências significativas que são consideradas de valor para o sistema espiritual que as utiliza (por ex.: hierarquias espirituais, dados historiográficos ou estágios psicológicos). Muitos podem ser entendidos somente usando várias técnicas literais cabalísticas, tais como gematria, isopsephia, temurah e notariqon.

A potência da fórmula é entendida e feita útil pelo magista somente através de meditação prolongada no seu nível de significado. Uma vez que ela tenha sido interiorizada pelo magista, ele pode então utilizar a fórmula para seu efeito máximo .


Formulae

Abracadabra um encantamento comum usado por magistas de palco e usada nos tempos antigos como uma cura para febres e inflamações.
ABRAHADABRA. Essa fórmula é a Palavra do Aeon de Horus e representa a realização da Grande Obra.
AGAPE. Uma palavra Grega que significa "Amor", cuja numeração em isopsephy Grega é igual a 93.
AGLA. Nome hebraico do Deus construído por notariqon.
ALHIM. Essa é uma pronúncia de Elohim, uma nome Hebreu de de Deus - ou "Deuses" nesse caso, desde orna o nome um plural masculino do nome feminino. De acordo com Crowley, essa é uma fórmula melhor usada para consagração, desde que ela "é o alento de benedição, assim tão potente que pode dar vida ao barro e luz à trevas". (Crowley, Magick, Book 4, p.155)
ALIM.
ARARITA.
AUMGN. Forma aumentada do mantram Sânscrito Aum.
BABALON. Uma deusa em Thelema, cujo nome significas "Porta do Grande Deus ON" de acordo com Liber Samekh.
FIAT.
HRILIU. usado no Liber XV, A Missa Gnóstica
IAO.
IHVH. Veja YHVH.
INRI.
IPSOS. a palavra do aeon de Ma'at do Liber Pennae Praenumbra por Nema
JAHBULON.
LVX.
MVAVM.
NOX.

Magia Sexual Parte 2



Magia Sexual é o uso do sexo como uma ferramenta na magia. Apesar de ser completa, essa definição não é útil, posto que trata-se de um tema extraordinariamente amplo, principalmente se aceitamos a premissa de que "todo ato intencional é um ato de magia".

No uso comum, o termo "magia sexual" e aplicado mais especificamente aos rituais e fórmulas mágicas que fazem uso do ato sexual propriamente dito como um elemento integrante. Como tal, ele está relacionado ao tantra que envolve o uso do sexo (e energias e funções relacionadas) como um elemento da yoga. De fato, as disciplinas e técnicas do tantra são extremamente úteis na magia sexual. Uma completa fundamentação teórica e prática em tantra representa uma preparação efetiva para a magia sexual.

Técnicas de magia sexual podem ser usadas em qualquer operação, mas o simbolismo e mecanismo particular do sexo o tornam mais apropriado para trabalhos que envolvam a união de opostos, criação e transformação. Qualquer operação mágica bem sucedida cria uma "criança mágica" em algum plano, mas esse efeito é especialmente forte nas operações sexuais. Obviamente, um plano potencial no qual tal criança pode aparecer é o plano material, se a oncepção ocorrer; veja a novela de Aleister Crowley, Moonchild para um relato fictício e ilustrativo de tal caso.

Muitas organizações esotéricas ensinam (ou dizem ensinar) formas particulares de magia sexual, inclusive a Ordo Templi Orientis.

Na Ordens e na O.T.O.

As práticas e técnicas de Magia Sexual tiverem origem provável nas práticas hindus, extendendo-se ao Ocidente através de expoentes como Sir Richard Burton (Sir Woodroofe) através de seus escritos, como o Kamasutra e outros; e Pascal Bervely Randolph por sua Hermetic Brotherhood of Light e escritos.

Outro destaque, fica por conta de Karl Kenner ao fundar a Ordo Templi Orientis, utilizando as práticas tântricas sexuais orientais, provavelmente obtidas de P. Bervely Randolph. Posteriormente Crowley filia-se à ordem e rapidamente alcança seu maior grau, IXº Grau. Todas suas experiências mágico-sexuais estão registradas em diários.

A ordem era dividida em dez graus, sendo que o 10º era administrativo e os anteriores eram agrupados em 3 triadas, cuja a última era relativo às práticas sexuais respectivamente:

Grau VIIº - masturbação - onde sozinho o magista utilizava a força do orgasmo para alimentar um trabalho mágico (egrégora ou larva astral) ou como é chamado ritualisticamente, um "filho mágico" (ver sigilo).
Grau VIIIº - magia realizada com um enten astral.
Grau IXº - heterossexual - onde um casal heterosexual utiliza a força da relação para alimentar o objetivo, consistindo de intenso controle mental e consumação do Elixir (fluidos sexuais de ambos) na geração do "filho".
Posteriormente Crowley adiciona o XIº (décimo primeiro) ao sistema, imputando-lhe características são homossexuais, cuja projeção e recepção da força masculina (kteis e phallus) é utilizada, onde a mulher não pode executá-lo devido a sua natureza passiva (kteis), i.e., não podem manifestar a penetração (phallus).

A antiga Fraternitas Saturni a utilizava na manifestação da egrégora da ordem, um ser de características Saturninas chamado Gotos. Marcelo Motta tinha algumas teorias sobre o processo. Segundo ele, o XIº poderia sevir de porta entre a OTO e A.·.A.·. (8°=3°) e Kenneth Grant defendia suas próprias teorias do XIº, utilizando os Kalas.

Os rituais da ordem, bem como seu mais famoso segredo, foram todos publicados em 1973, por Francis King no livro " The Secret Rituals of the Ordo Templi Orientis ", pela editora Samuel Weiser.

Facilmente mal-interpretada (devido a repressão e ignorância sobre o sexo e suas consequências), a magia sexual, foi (e ainda é) utilizada para satisfações de desejos ou perversões sexuais de pessoas mal-intencionadas.

Rubi Estrela


O Ritual Rubi Estrela

1 - De frente para o Leste, fazendo o Sinal de Banimento, diga com vontade: APO PANTOS KAKODAIMONOS ( " Afasta-te Espírito do Mal" )

2 - Faça a Cruz Cabalística:

- toque a testa e diga: SOI - " A Ti" - toque o sexo e diga: O FALLE - " O Falus" - toque o ombro direito e diga: ISCUROS - " A Força" - toque o ombro esquerdo e diga: EUCARISTOS - "Eucaristia; graça divina" - junte as mãos no peito e diga: IAO - " O Deus dos Gnósticos; Isis ( As forças da Natureza) Apophis ( são destruídas) Osiris ( e renascem)"

3 - Continuando de frente para o Leste, coloque as mãos na face, envergando o corpo para trás, inspirando profundamente, imagine um Pentagrama dentro da cabeça, bem nítido e então, fazendo o Sinal do Entrante, lance-o para frente, rugindo THERION.

4 - De frente para o Norte, repetindo o gesto anterior, lance o Pentagrama para frente e diga NUIT.


Caso o estudante não tenha percebido, está girando no sentido anti-horário.
5 - De frente para o Oeste, repita o processo anterior, e sussurre BABALON.

6 - De frente para o Sul, repita o processo anterior e diga firmemente HADIT

7 - Completando o círculo, faça o Sinal de Banimento com energia e diga IO PAN, pisando forte com o pé direito.

8 - Faça os sinais de NOX.

9 - Na posição de Cruz (os braços abertos e os pés juntos), o estudante repetirá:

- PRO MOU IUGGES - (a minha frente Iugges) - OPISO MOU TELETARCAI - (atrás de mim Teletarcai) - EPI DECIA SYNOSES - (a minha direita Sainoses) - EPARISTERA DAIMONES - (a minha esquerda Daimones) - FLEGEI GAR PERI MOU O ASTHR TON PENTE - pois ao meu redor flamejam os pentagramas - KAI EN THI STHLHI O ASTHR TON EX ESTHKE - e na coluna do meio brilha a estrela de seis pontas.

10 - Repita a Cruz Cabalística, a parte 1 e o ritual estará encerrado.


No 777, a pedra Rubi Estrela, representa a energia masculina da Estrela Criadora.

Comentário(KE)- Liber 333
"25 é o quadrado de 5, e o Pentagrama tem a cor vermelha de Geburah. O capítulo é uma nova versão, mais elaborada, do Ritual de Banimento do Pentagrama. Seria impróprio comentar mais sobre um ritual oficial da A. · . A. · .

OBS.: (14) O sentido secreto destas palavras é revelado na numeração de cada uma."

As Inteligências Neoplatônicas do Ritual

Os nomes Iunges, Teletarchai, Sunoches e Daimones, que são invocados no Ritual Rubi Estrela, são inteligências do Neoplatonismo, originárias dos Oráculos Caldeus (Chaldean Oracles), falsamente atribuídos a Zoroastro e que contém a doutrina e a filosofia da antiga Balilônia. Cada um destes nomes não identifica um ser em particular, cada um destes nomes se refere a uma determinada classe de semideuses, no caso dos três primeiros, e o último se refere as seres espirituais em menor posição hierárquica. Os Iunges, Sunoches e Teletarchai, que podem ser ligeiramente traduzidos como Rodopiantes, Conectores e Aperfeiçoadores, pertencem à Segunda Ordem da Hierarquia Emanacionista, à Segunda Mente, ao Mundo Empírico, no sistema dos Oráculos Caldeus. Neste sistema, eles são os intelectuais e inteligíveis e formam a "Tríade Intelectual”, os Três Supernais. Note-se que aqui “intelectuais” e “inteligíveis’ nada tem a ver com o com seus significados comuns, e seus reais significados só podem ser perfeitamente compreendidos acima do abismo. A Tríade Intelectual se origina dos Pensamentos do Pai, uma Inteligência Superior e Fonte todas as Coisas. Eles são os guardiões das obras do Pai e da Mente Única, a Inteligível. Os Daimones são espíritos que estão abaixo do abismo. Segundo estudiosos modernos, Iunges, Sunoches e Teletarchai, correspondem, respectivamente, a: Chockmah, Binah e ao Pilar Mediano, e não exatamente às três Sephiroth Supernais da Qabalah Hebraica ou da Ocidental.

Todos estes são “Espíritos Mediadores” e são essenciais nos Ritos Teúrgicos. Eles participam no governo do universo mantendo os canais de influência e vínculos de harmonia emanados de Nous (Inteligência em Grego). Eles são os Iniciadores (Iunges), Mantenedores (Sunoches), Aperfeiçoadores (Teletarchais) e Executores (Daimones) do Impulso Criativo Divino que se origina no mundo inteligível e se manifesta no mundo sensível.

Iunges (os Iniciadores)

São os que dão poderes às Idéias Simbólicas, Signos, e Símbolos usados nos Ritos Teúrgicos. Aeschylus usou esta palavra para metaforicamente se referir a "encanto, feitiço, desejo ardente e apaixonado". A palavra vem do grego IUGMOS denotando um som agudo e foi usada para se referir ao som emitido pelo pássaro chamado wryneck, significando “grito”. O wryneck, cujo nome em português é torcicolo, é um pássaro semelhante ao pica-pau e recebe este nome (torcicolo) devido ao seu hábito de torcer a cabeça e o pescoço. Ele é conectado ao simbolismo da roda. Os antigos Feiticeiros Gregos os utilizavam como amuletos, amarrando-os a rodas em movimento para que recuperassem amantes infiéis. Os Iunges são, metaforicamente, o grito dos wrynecks na roda em movimento.

Os Iunges são inteligências conceptivas, férteis, fecundas. Assim, eles fecundam os os Sunoches (os Conectores), e o resultado disto serão os Teletharcai. Os Iunge é o Operador; o Doador de Vida que porta o Fogo Noético (de Nous); ele enche o peito de Hécate, a Mãe Natureza, fornecendo a vida; e instila (introduz gota a gota) nos Synoches a força vivificante do Fogo Noético, dotando-os com vigoroso Poder. Os Iunges são uma conjuração, os Synoches são uma ligação, com amor (Amor sob Vontade), conectada e forte. Nesta visão, fica muito coerente ligar os Iunges à Chockmah e os Sunoches à Binah, pois também na Qabalah Chockmah (AB, o Pai) fecunda Binah (a Mãe Supernal). Nesta linha, eu me atreveria a associar os Teletarchai com o Microprosopus, ou o Pequeno Rosto, composto pelas seis Sephiroth posteriores lideradas por Tiphereth.; sendo Tiphereth um grande símbolo de Iniciação. Continuando neste pensamento, eu diria que os Daimones seriam os espíritos mais próximos a Malkhut, que estão entre Malkuth e as demais Sephiroth, seriam o que poderíamos de certa forma chamar simplesmente de anjos.

Teletarchais (os Aperfeiçoadores)

Os “Mestres da Iniciação”, são os principais seres nesta Teurgia. Também são chamados de: Mestres de Cerimônia, Mestres do Templo, Hierofantes. A palavra Teletarchai se origina das palavras gregas telete ou “rito” (especialmente de iniciação aos mistérios) e archon/archai, que significa “senhor” ou “líder”, sendo assim o “senhor do rito”. Eles não são apenas conectados à própria iniciação, mas também ao resultado de uma iniciação. Teletarchai é o resultado dos “Iunges fertilizando os Sunoches”. Os Teletarchais são chefiados por Eros, e são aqueles que unem as Idéias. Antes das idéias serem criadas, Eros saltou da Inteligência Paternal, e misturou o que viriam a ser as Idéias, cujo estado embrionário existia nesta mesma fonte, por meio de Seu Fogo de União (União aqui é igual a: Encantamento de Amor). Pois sem seu poder de união, as Idéias não poderiam ser consolidadas dentro do Logos. Três tipos de Teletarchais são os Kosmagoi ou Governates dos Três Mundos Neoplatônicos (Empíreo, Etéreo, Material): Aiôn (não o Deus inefável de mesmo nome), Helios, e Selene. Note que os Iunges são os Iniciadores, os que plantam a semente, e os Teletarchai os Mestres da Iniciação.

Sunoches (ou Synokheis - os Mantenedores)
São os Conectores, são aqueles que mantém unido, inseparável, o elo, a ligação. Eles se referem à noção de eternidade. Para compreender os Sunoches deve-se compreender os Iunges.

Daimones (os Executores)

É o plural de Daimon e se referem a “seres do mundo espiritual”. Nos Oráculos Caldeus, a tríade Iunges/Teletarchai/Sunoches fazem parte de um grupo específico, mas Daimones recebem uma diferenciada classificação. Neste sistema, os Daimones são classificados inferiores aos semideuses, sendo assim espíritos mais ligados ao ambiente terrestre que ao espiritual propriamente dito. Não obstante, a direção norte, a da mais vasta escuridão, pertence a eles. Hesíodo se referiu ales como “as almas da Idade Dourada que formaram um vínculo entre os deuses e os homens”; na verdade são eles que conectam os homens com as três inteligências (semideuses) anteriores. Nesta linha, os Daimones poderiam ser considerados como um grupo de pessoas que alcançaram as sua Verdadeiras Vontades. De fato eles estão conectados com a Verdadeira Vontade, e há quem os considere como sendo o SAG (Sagrado Anjo Guardião). O nome Daimones pode causar uma ligeira confusão, já que com o advento do Novo Testamento o nome passou a ser uma referência para “demônio”, mas a palavra Daimon (no singular) é anterior a este Testamento e se refere mesmo a seres do mundo espiritual, puros indiferentes, amorais, eles são dependentes da natureza humana. Daimon pode variavelmente se referir a: deus, deusa, gênio, etc.

Tabela

Iunges
Iniciadores
Rodopiantes
Encantos/Feitiços
Teletarchais
Aperfeiçoadores
Senhores do Rito
Mistérios
Sunoches
Mantenedores
Conectores
Restrições
Daimones
Executores
Espíritos
Gênios



Agora, é possível traduzir da seguinte maneira as invocações do Rubi Estrela:

PRO MOU IUGGES: Diante de mim os Encantos/Feitiços. 
OPISO MOU TELETARKAI: Atrás de mim os Mistérios. 
EPI DEXIA SUNOKES: À minha direita as Restrições (no sentido de manter preso a algo). 
EPARISTERA DAIMONES: À minha esquerda os Gênios. 

Este é apenas um breve estudo sobre estas Inteligências que aparecem na Quarta parte do Ritual Rubi Estrela. Vale lembrar que, mesmo tendo-se idéia de seus significados, é sempre importante que as invocações destas Inteligências sejam feitas com seus próprios nomes bárbaros, pois estes são mais eficazes.

Referências Bibliográficas

Chaldæan Oracles Zoroaster, The. Editado e revisado por Sapere Aude (William Wynn Westcott) com uma introdução por L. O. (Percy Bullock). 1895 e.v.
Chaldaick Oracles of Zoroaster And his Followers, The - With the Expositions of Pletho and Psellus. Editado e traduzido para o Inglês por Thomas Stanley, Londres- Impresso por Thomas Dring, 1661 e.v.
Analysys of the Star Ruby Ritual, An. Por Frater A.L. (443).
Summary of Pythagorean Theology, A. John Opsopaus.
Notas de Frater Sabazius para o Rubi Estrela.
Notas de Præcentor para o Rubi Estrela.

Sigilo

Um sigilo (do latim sigillum, diminuitivo de signum, "sinal") é um símbolo desenhado para um propósito mágico específico. São desenhados para representar um glifo, composto de uma variedade de símbolos ou conceitos com a intenção desejada . Essencialmente, sigilos são ícones simbólicos que são representações comprimidas de ideias ou informações mais complexas.


Um sigilo possuir uma forma abstrata, pictórica ou semi-abstrata. Pode aparecer em qualquer meio, seja físico ou virtual, ou apenas na mente. Símbolos visuais são a forma mais popular, mas o uso de outros símbolos audíveis e táteis na magia não é de total desconhecimento.

Austin Osman Spare, em seu "Zos Kia Cultus", refinou o uso de sigilos até que pudessem ser usados por si sós, ou seja, fora de um ritual. Sua técnica, agora conhecida como "sigilização", se tornou um elemento da Magia do Chaos e a partir dai, passou a ser mais popular na magia ocidental.

Sigilos possuem muitos usos potenciais. Proteção espiritual é um deles, especialmente quando usados durante um trabalho goético. Ele pode também ser usado para obter determinado fim desejado, escrevendo tal resultado em uma forma simbólica, e então queimando-o.

No método de "energização" desenvolvido por Austin Osman Spare, são realizados os seguintes passos (em uma abordagem rápida):

Escrever o seu desejo (o mais objetivo possível), eliminar as letras repetidas e, com as outras, montar uma figura (desenho ou símbolo) que em nada lembre as letras. Utilizando qualquer método de gnose (masturbação, por exemplo), na hora do estado alterado de consciência, fixe no desenho (o mais difícil é ficar apenas com o objetivo em mente, sem nenhum outro pensamento). O objetivo é eliminar o consciente, e mandar o objetivo para o inconsciente direto, gerando o "filho mágico", porém, o objetivo deve ser esquecido o mais rápido possível. Guardar o desenho e queimar quando o desejo se realizar.

Em um contexto pós-moderno, empresas podem usar suas logomarcas como sigilos trabalhados para alcançar um determinado grau de prestígio ou poder. A ideia que esses símbolos sejam usados como armas magicas é muito popular entra alguns ocultistas.

Tarot de Thoth


O Tarot de Thoth, também chamado de Livre de Thoth, é uma baralho de 78 cartas de tarot projetadas por Aleister Crowley e ilustradas por Lady Frieda Harris. O projeto começou em 1938 e foi completado cinco anos mais tarde em 1943, embora ele não tenha sido publicado até 1969 pela O.T.O. através dos esforços de Grady McMurtry X°. O baralho inteiro é projetado para uma representação pictórica da Cabala e especialmente a Árvore da Vida, um sistema de 10 esferas e 22 caminho interconectados que são usados para organizar conceitos místicos.
O Tarot é, sem qualquer dúvida, uma tentativa deliberada de representar, sob forma pictórica, as doutrinas da Qabalah. A evidência para isso é muito semelhante à evidência apresentada por uma pessoa que está fazendo palavras cruzadas. Ela sabe, pelas pistas da horizontal, que sua palavra é “ESMAG - espaço vazio - R”; portanto, é certo, sem possibilidade de erro, que o espaço vazio seja um “A”.

As Cartas

As cartas da corte e as cartas menores formam o esqueleto do Tarô em sua principal função, como mapa do universo. Mas, no que diz respeito ao significado especial do baralho como chave para fórmulas mágicas, os vinte e dois trunfos (Arcanos Maiores ou ATU) adquirem importância peculiar. Sua atribuição é a seguinte: as três letras-mãe do alfabeto hebraico, Shin, Mem e Aleph, representam os três elementos ativos; as sete chamadas letras duplas, Beth, Gimel, Daleth, Kaph, Pé, Resh e Tau representam os sete planetas sagrados. As doze letras restantes, Hé, Vau, Zain, Cheth, Teth, Yod, Lamed, Nun, Samekh, Ayin, Tzaddi e Koph representam os signos do zodíaco.
Há um ligeiro emparamento ou sobreposição nesse arranjo. A letra Shin tem que servir tanto para o fogo quanto para o espírito, da mesma maneira que o número 2 participa da natureza do número 1; e a letra Tau representa tanto Saturno, quanto o elemento terra. Nessas dificuldades reside uma doutrina.
As cartas da côrte, por sua vez, representam o Pai, Mãe, Filho, Filha em sua plenitude, YHVH.
Eis uma afirmação simples sobre o plano da Árvore da Vida. Os números, ou coisas-em-si, são dez emanações sucessivas provenientes do tríplice véu do Negativo. As cartas menores, numeradas de 1 a 10 correspondem às Sephiroth. Essas cartas são exibidas sob forma quádrupla, porque não são os puros números abstratos, mas símbolos particulares desses números no universo da manifestação, que é, por questão de conveniência, classificado sob a figura de quatro elementos.
As cartas da côrte representam os próprios elementos, cada elemento dividido em quatro sub-elementos.

A Origem

A origem desse baralho é muito obscura. Algumas autoridades procuram fazê-la recuar aos antigos Mistérios Egípcios, outras tentam fazê-la avançar a uma época tão recente quanto o século XV, ou mesmo o XVI. Porém, o Tarô certamente existia desde o século XIV, sob o que pode ser denominado sua forma clássica, visto que baralhos dessa data ainda existem, e sua forma não alterou em nenhum aspecto considerável desde aquela época.
Na Idade Média, essas cartas eram bastante empregadas na adivinhação e cartomancia, especialmente pelos ciganos, de modo que era costume referir-se ao Tarô dos Boêmios ou Egípcios. Quando foi descoberto que os ciganos, a despeito da etimologia da palavra, eram de origem asiática, algumas pessoas tentaram encontrar a fonte do Tarô na arte e literatura indianas.
Não há necessidade, aqui, de adentrarmos qualquer discussão acerca desses pontos controvertidos. Alguns eruditos supõem que a R.O.T.A. (Rota, roda) consultada no Collegium ad Spiritum Sanctum (ver o manifesto Fama Fraternitatis dos irmãos da Rosy Cross) era o Tarô.

A Fórmula de IAO



I.A.O. - o grande deus dos gnósticos, representa o ciclo de vida, morte e ressurreição (Ísis, Apófis, Osíris).

A Fórmula de IAO

Esta é a principal e mais característica formula de Osíris, da Redenção da Humanidade. “I” é Ísis, a Natureza, arruinada por “A”, Apofis, o Destruidor, e restaurada à vida por Osíris, o Redentor!. A mesma idéia está expressa na formula Rosacruz da Trindade:

Ex Deo nascimur.
In Jesu morimur.
Per Spiritum Sanctum reviviscimus.

Isto é idêntico à Palvra Lux, L.V.X., que é formada pelos braços da cruz. É esta fórmula que está implícita nos antigos e modernos monumentos em que o falo é adorado como sendo o Salvador do Mundo.

A doutrina da ressurreição, em seu sentido comum, é falsa e absurda. Não é nem mesmo “Escritural”. São Paulo não identifica o corpo glorificado que se levanta com o corpo mortal que perece. Ao contrário, ele repetidamente insiste em fazer uma diferença entre os dois. O mesmo ocorre com a cerimônia mágica. O Magista que foi destruído pela absorção na Divindade não foi realmente destruído. O miserável autômato mortal permanece no Círculo. É tão indiferente ao Deus quanto o pó da terra.

Mas antes de entrar nos detalhes de “I.A.O.” como formula mágica, é preciso salientar que ela é, essencialmente, a formula da Yôga, ou da meditação; na verdade, de todo o misticismo elementar, em todos os seus ramos. Ao começar uma prática de meditação, sempre ocorre um calmo prazer, um suave crescimento natural; tem-se um interesse vívido no trabalho. Os mais simples e fáceis atos se tornam quase impossíveis de serem feitos. Tal impotência enche a mente de apreensão e desespero. A pessoa que nunca experimentou isto nem pode entender a intensidade deste desgosto. Este é o período de Apophis.

A ele segue-se o levante não de Ísis, mas de Osíris. A antiga condição não se restaura, mas cria-se uma nova condição superior, possível apenas através do processo da morte. Os próprios alquimistas ensinaram esta verdade. A primeira matéria da obra era rude e primitiva, ainda que “natural”. Depois de passar por diversos estágios, o “dragão negro” surgia; mas de tudo isto saía o perfeito e puro ouro.

Até mesmo na lenda de Prometeu nós encontramos, oculta, esta mesma formula; e o mesmo se aplica às de Jesus Cristo, e de muitos outros homens-deuses míticos, adorados em diversos países.

Uma cerimônia mágica, construída segundo esta formula, está, assim, numa harmonia essencial bem próxima ao processo místico natural. Podemos vê-la na base de muitas importantes iniciações, notadamente no Terceiro Grau da Maçonaria, e na cerimônia do 5º=6º da G.’.D.’., descrita no Equinox I,III. Com esta formula, pode-se montar muito bem uma auto-iniciação cerimonial. A sua essência consiste em roubar-se a si mesmo como rei, e daí despir-se e matar-se, e levantar desta morte para o Conhecimento e a Conversação com o Santo Anjo Guardião%. Existe uma identidade etimológica entre o Tetragramaton e o “I.A.O.”, mas as formulas mágicas são inteiramente diferentes, como mostraram as descrições aqui apresentadas.

O Professor William James, em "Variedades de Experiência Religiosa", classificou muito bem as religiões como as de “nascidos-uma-vez” e as de “nascidos-duas-vezes”; mas a religião proclamada agora no Liber Legis harmoniza ambas, transcendendo-as. Não há tentativa de livrar-se da morte negando-a, como o fazem os nascidos-uma-vez; nem de aceitação da morte como portal para uma nova vida, como entre os nascidos-duas-vezes. Com a A.’.A.’., vida e morte são igualmente incidentes no curso, assim como o dia e a noite na história do planeta. Mas, prosseguindo com a comparação, observamos nosso planeta de longe. Um Irmão da A.’.A.’. vê “a si mesmo” (como diria outra pessoa), como um – ou, melhor dizendo, alguns – fenômeno entre um grupo de fenômenos. Ele é aquele “nada” cuja consciência é, de certo modo, o universo considerado como um único fenômeno no tempo e no espaço, e, de outro modo, é a negação de tal consciência. O corpo e a mente do homem são tão importantes para ele (se é que são), quanto o telescópio o é para o astrônomo. Se o telescópio fosse destruído, isto não faria diferença alguma no Universo que ele revelara.

Agora entende-se que esta formula do I.A.O. é a formula de Tifereth. O Magista que a emprega está consciente de si mesmo como um homem capaz de sofrer, e ansioso para transcender tal estado tornando-se um com o deus. Isto lhe parece como sendo o Supremo Ritual, o último passo; mas, como já vimos, é apenas as preliminares. Para o homem comum hoje em dia, entretanto, isto representa uma realização considerável; e há uma formula anterior,cuja investigação está no Capítulo VI.

O MESTRE THERION, no ano Dezessete do Eon, reconstruiu a Palavra I.A.O. a fim de satisfazer as novas condições da Mágicas impostas pelo progresso. Sendo Thelema a Palavra da Lei, cujo número é 93, este número deveria tornar-se o cânon de uma Missa equivalente. De acordo com isto, ele expandiu o I.A.O. tratando o O como um Ayin, e daí adicionando Vav como prefixo e sufixo. A palavra completa é, então,

Vav Yod Aleph Ayin Vav

cujo número é 93. Podemos analisar esta nova Palavra em detalhe, e demonstrar que é um hieróglifo apropriado para o Ritual de Auto-Iniciação neste Eon de Horus. Para ver a correspondência na nota que se segue, veja Liber 777. Os pontos principais são os seguintes: Iota-Alpha-Digama varia em significado com os Éons sucessivos.

“Aeón de Isis”. Era Matriarcal. A Grande Obra vista como algo simples e direto. Vemos esta teoria se refletir nos costumes do Matriarcado. Presume-se que a Parte no gêneses seja verdadeira. A Virgem (Yod-Virgo) contém, em si mesma, o Princípio do crescimento – a semente Hermética do epiceno. Esta se transforma no Bebê no Ovo (A – Harpócrates) pelo poder do Espírito (A=Ar, engravidando a Mãe – Abutre), e se transforma no Sol, ou no Filho (Digamma=a letra de Tiphareth, 6, ainda se soletrada como Omega, em cóptico. Veja 777)

“Aeón de Osíris”. Era Patriarcal. Dois sexos. Vê-se o I como a Vara-Pai (Yod no Tetragramaton). A, o Bebê, é perseguido pelo Dragão, que lança uma enchente pela boca, para engolfa-lo. Veja “Apocalipse” VII. O Dragão é também a Mãe – a “Mãe Cruel” de Freud. É Harpócrates, ameaçado pelo crocodilo do Nilo. Vemos o simbolismo da Arca, do Ataúde de Osíris, etc. O Lótus é o Yoni; a Água é o Líquido Amniótico. Para viver sua própria vida, a criança deve deixar a Mãe, e vencer a tentação de se refugiar nela. Kundry, Armida, Jocasta, Circe, etc, são símbolos desta força que tenta seduzir o Herói. Ele pode toma-la como serva&, depois de a ter dominado, de modo a poder curar seu pai (Amfortas), vinga-lo (Osíris), ou pacificá-lo (Yahwah). Mas para se tornar adulto, ele deve deixar de depender dela, desejando a Lança (Parzival), reivindicando suas Armas (Aquiles), ou fazendo seu bastão (Hércules)7, e vagando nos ermos sem água como Krishna, Jesus, Oedipus, chi, tau, lambda – até a hora em que, como o “Filho do Rei”, ou o cavaleiro errante, ele deve lutar pela Princesa, e colocar-se em um trono estrangeiro. Quase todas as lendas sobre heróis possuem esta formula em símbolos incrivelmente semelhantes. Digamma. Vau, o Sol – o Filho. Ele deveria ser mortal; mas como isto se apresenta? Parece uma perversão absoluta da verdade: os símbolos sagrados não possuem indício algum disto. Esta mentira é a essência da Grandiosa Feitiçaria. A religião osiriana é uma fantasia freudiana saída do medo humano da morte, e da ignorância quanto à natureza da mesma. A idéia de partenogêneses continua, mas agora é a formula da encarnação de semi-deuses, ou reis divinos; eles devem ser assassinados e levantarem-se dos mortos de alguma forma).

“Eon de Horus”. Dois sexos em uma pessoa. Digamma Iota Alpha Omicron Digamma (SIAOS): 93, a formula completa, reconhecendo o Sol como Filho (Estrela), e a Unidade manifesta pré-existente da qual todas as coisas brotaram, e para a qual todas retornarão. A Grande Obra é transformar o Digamma Digamma de Assiah (o mundo de ilusão material) no final Digamma Iota Digamma de Atziluth), o mundo da pura realidade. Soletrando o nome todo, Digamma Digamma + Iota Digamma Delta = Alpha Lambda Pi + Omicron Iota Nu + Digamma Iota = 309 = Sh T = XX + XI = 31, a secreta Chave da Lei. Digamma é a Estrela manifesta.

Iota é a secreta Vida - Serpente Amor - Lâmpada Liberdade - Vara Silêncio - Manto

Estes símbolos estão no Atu “O Eremita”. Eles são os poderes de Yod, cuja extensão é o Vav. Yod é a Mão com a qual o homem faz sua Vontade. É também A Virgem; sua essência é inviolar. Alpha é o Bebê “que formulou seu Pai, e fertilizou sua mãe” – Harpócrates, etc., como antes; mas ele se desenvolve para ser Omicron, o “Diabo” exaltado (também o “outro” Olho secreto), através da formulada Iniciação de Horus, descrita algures em detalhe. Este “Diabo” se chama Satanás, ou Shaitan, e é visto com horror por aqueles que são ignorantes de sua formula, e, imaginando-se como maus, acusam a Natureza de seu próprio crime fantasmagórico. Satanás é Saturno, Set, Abrasax, Adad, Adonis, Attis, Adam, Adonai, etc. A acusação mais séria contra ele é a de que ele é o Sol do Sul. Os Iniciados Antigos, morando em locais cujo sangue era as águas do Nilo ou do Eufrates, conectavam o Sul com seu calor que tira o viço da vida, e amaldiçoavam aquele quadrante no qual os dardos solares eram os mais mortíferos de todos. Até mesmo na lenda de Hiram: ele foi atacado e morto ao meio-dia. Capricórnio, portanto, é o signo no qual entra o Sol, ao atingir sua extrema declinação no sul, no Solstício do Inverno, a estação da morte da vegetação para o pessoal do hemisfério Norte. Isto lhes dava uma segunda razão para amaldiçoar o sul. Uma terceira: a tirania dos ventos quentes, secos e venenosos; a ameaça dos aterrorizantes desertos ou oceanos, porque misteriosos e intransponíveis; estes também estavam concatenados, na mente deles, com o Sul. Mas para nós, que estamos conscientes dos fatos astronômicos, este antagonismo contra o Sul é uma superstição tola, sugeridas aos nossos ancestrais animísticos pelos acidentes das condições locais. Não vemos inimizade alguma entre a Direta e a Esquerda, Acima e Abaixo, e outros pares opostos semelhantes.

Estas antíteses são reais apenas como afirmações de relação; são convenções de um artifício arbitrário que representa nossas idéias em um simbolismo pluralístico baseado na dualidade. “Bom” deve ser definido em termos de ideais e instintos humanos. “Leste” não tem significado algum exceto com referência aos negócios internos da terra; como uma direção absoluta no espaço, ele muda um grau a cada quatro minutos. “Acima” não quer dizer o mesmo para duas pessoas ao mesmo tempo, a menos que aconteça que um esteja na linha que une o outro ao centro da terra. “Duro” é a opinião pessoal de nossos músculos. “Verdadeiro” é um epíteto absolutamente ininteligível que já provou ser refratário à análise dos filósofos mais hábeis. Não temos, portanto, nenhum escrúpulo em restaurar a “adoração ao diabo” de idéias que as leis do som, e o fenômeno da fala e da audição, nos compelem a nos concatenar com o grupo de “Deuses” cujos nomes se baseiam em Sht, ou D, vocalizados pelo A de sopro livre. Pois tais Nomes significam qualidades de coragem, franqueza, energia, orgulho, poder e triunfo; são as palavras que expressam a vontade criativa e paternal.

Assim, o “Diabo” é Capricornus, o Bode que salta sobre as montanhas mais altas, a Divindade que, caso manifestada no homem, torna-o Aegipiano, o Tudo. O Sol entra neste signo quando retorna, para renovar o ano no Norte. Ele é também a vogal O, própria para rugir, para gritar e para comandar, sendo um sopro forçoso controlado pelo círculo firme da boca.

Ele é o Olho Aberto do exaltado Sol, perante o qual todas as sombras fogem; é também aquele Olho Secreto que faz uma imagem de seu Deus, a Luz, e dá-lhe poder de pronunciar oráculos, iluminando a mente.

Assim, ele é o Homem que se torna Deus, exaltado, ansioso; ele chegou deliberadamente ao seu total, e está, portanto, pronto para começar sua jornada de redimir o mundo. Mas ele talvez não apareça em sua forma real; a Visão de Pã faria os homens loucos. Ele deve se disfarçar com seu traje original.

Ele, assim, se torna em aparência o homem que foi no início; ele vive a vida de um homem; ele é, na verdade, inteiramente homem. Mas sua iniciação tornou-o mestre dos Acontecimentos, dando-lhe o entendimento de que tudo o que lhe acontecer é a execução de sua verdadeira vontade. Assim, o último estágio de sua iniciação está expressa em nossa formula como o final:

Digamma – A série de transformações não afetou sua identidade, mas explicou-o a si mesmo. Da mesma forma, o cobre ainda é cobre depois de:

Cu+O = CuO:+H SO = CuS O(H O):+K S = CuS (K SO) 2 4 4 2 2 2 4 + zarabatana e agente redutor = Cu(S)

É o mesmo cobre, mas aprendemos algo a respeito de suas propriedades. Observamos especialmente que ele é indestrutível, ele mesmo inviolável através de todas suas aventuras e todos seus disfarces. Vemos também que ele só pode fazer uso de seus poderes, realizar as possibilidades de sua natureza, e satisfazer suas equações, combinando assim com suas contrapartidas. Sua existência como substância separada é evidência de sua sujeição à pressão; e isto se sente como a dor de um desejo incompreensível, até dar-se conta de que cada experiência é um alívio, uma expressão de si mesmo; e que não pode ser ferido por nada que possa lhe acontecer. Foi no Eon de Osíris que descobriu-se que o Homem deve morrer para que possa viver. Mas agora, no Eon de Horus, sabemos que cada acontecimento é uma morte; sujeito e objeto matam-se um ao outro em “amor sob vontade”; cada uma dessas mortes é, ela mesmo, vida, a maneira pela qual nos realizamos a nós mesmos, em uma série de episódios.

O segundo ponto principal é a compleição do A, o bebê Bacchus, por O Pan (Parzival ganha a Lança, etc.). O primeiro processo é encontrar o I no V – iniciação, purificação, encontrar a Raiz Secreta de si mesmo, a Virgem epicena que é 10 (Malchut), mas, soletra 20 por completo (Júpiter). Este Yod na “Virgem” se expande, tornando-se o Bebê ao formular a Secreta Sabedoria da Verdade de Hermes no Silêncio do Louco. Ele adquire a Vara-Olho, observando a ação e sendo adorado. O Pentagrama Invertido – Baphomet – o Hermafrodita completamente crescido – cria a si mesmo em si mesmo, outra vez como V. Note-se que há agora dois sexos completamente em uma só pessoa, de modo que cada pessoa é sexualmente auto-procriativa, enquanto que Isis conhecia apenas um sexo, e Osíris pensou que os dois sexos eram opostos. Inclusive a formula agora é Amor em todos os casos; e o fim é o começo, em um plano mais elevado.

Forma-se o I do V, removendo-se sua cauda, o A equilibrando 4 Yods, o O fazendo um triângulo invertido de Yods, que sugere a formula de Nuit – Hadit – Ra-Hoor-Khuit. A vem a ser os elementos espirais como suástica – a Energia criadora em ação equilibrada!