sexta-feira, 6 de abril de 2018

Ordem Mística de Shensu-Hor


A Ordem do Lotus Negro recebe seu influxo vibratório ou espiritual de uma corrente astral ou tradição secreta inaugurada no Egito por intermédio de uma fraternidade ocultista, hoje desaparecida do plano físico. Essa fraternidade ou ORDEM continua viva e atuante nos plano astral e dela recebemos uma linhagem de iniciação (sampradaya em sânscrito) no espírito, se não uma linhagem direta. De fato muito de nosso sistema particular de ensino e doutrinas secretas (samaya em sânscrito) derivam dos contatos internos que estabelecemos com círculos além do tempo e espaço. 
Essa ORDEM tem suas origens em um tipo de sabedoria de origem angelical que teria sido transmitida à humanidade pelos Sentinelas, ou Vigias – a raça pré-dinástica de semideuses que reinaram milhares de anos antes de Menés, o primeiro faraó do Egito unificado (século XXXII a.C.).
Instruindo e iniciando “materialmente” eles deram início a uma “Linhagem de Reis Divinos”, que foram os regentes e instrutores das raças antediluvianas. A tradição dos Reis Divinos repete-se em várias civilizações arcaicas insinuando uma era incrivelmente remota, onde gigantes de forma mais ou menos humana e sabedoria profunda dominavam a Terra. A Bíblia se refere às raças gigantes dos Nephilim e Awwim (serpentes). O mesmo mito se repete com os Titãns da Teogonia de Hesíodo e os Tuatha de Dannan – os deuses dos celtas irlandeses.
Os díscípulos e sucessores dos Reis Divinos tomaram o nome de seus Mestres Iniciadores e consentiram na formação de uma ORDEM, cujo primeiro “grande iniciado” foi o Ser que ficou conhecido na tradição judaico-cristã como Melchizedek. 
Essa ordem ficou conhecida como a Ordem Mística de Shensu-Hor (Seguidores de Hórus), uma instituição secreta e absolutamente hermética que surgiu no Egito pré-dinástico, e que talvez tenha suas raízes espirituais no continente desaparecido da Atlântida.
Heródoto (sec. V a.C. ) considerado o pai da história, dizia ter ouvido da boca de sacerdotes de Tebas, uma história do Egito bem diferente daquela que conhecemos hoje. Assim o cronista grego se referia a um episódio em que os sacerdotes tebanos lhe mostraram 345 estátuas que pareciam representar imponentes deuses. Entretanto, para surpresa do historiador, os sacerdotes disseram que não se tratavam de deuses e que cada colosso simbolizava cada uma das gerações de grandes sacerdotes que lhes precederam até completar 11.340 anos de governos de homens, e que antes destes homens, deuses governaram o Egito, habitando com os mortais, ensinando-os a viver.
Estes deuses, possivelmente foram nos SHENSU HOR ou seguidores de Hórus, o grande Deus. É possível crer que as esfinges, as pirâmides e todas outras obras gigantescas não só do Egito, mas também de outras partes do mundo foram criadas e executadas pelos SHENSU HOR com o uso de seus poderes de deuses. É possível entender que o Egito e seu povo surgiu da criação de Deuses criadores e que posteriormente deixaram a Terra aos cuidados dos Shensu Hor e estes, durante 6.000 anos governaram o mundo e posteriormente, preparam humanos (Faraós) para reinarem após sua partida.
Entendemos que a Ordem Mística de Shensu-Hor preservou e transmitiu a mais antiga Gnosis trazida pelos Elohim (Seres Luminosos) aos discípulos humanos ainda nos tempos pré-históricos. Ela foi a primeira e suprema ORDEM que inspirou os Mistérios Antigos, através de enredos teatrais que despertavam na consciência dos homens toda a Santa Gnosis Revelada. Através de seus Mestres e Iniciados foi transmitido, “da boca ao ouvido”, ensinamentos e revelando alguns princípios “misteriosos” que fundamentaram tradições esotéricas posteriores.
Os sacerdotes da Ordem Mística de Shensu-Hor foram os “mensageiros do Deus Oculto”, o Sol por detrás do Sol, o Sol em Amenti, que foi chamado pelos antigos egípcios de Amon. Seu nome significa " o Invisível". Considerado um deus misterioso, suas estátuas nos templos eram cobertas com mantos.
Para os egípcios a Luz (LVX), Incriada estava contida em Amon. Esta Luz deveria passar pelas transformações que lhe permitiriam construir um Universo em diferentes estados de vibração. Não é difícil perceber que a Luz Manifesta de Amon é Rá– cujo filho é Hórus (a Luz do Mundo). Com a ascensão do Egito faraônico (c. 3000 a.C) esses signos e títulos passaram a pertencer ao Faraó que era reconhecido como a encarnação de Hórus. Para os egípcios o Faraó era único deus na Terra, e sua divindade implica que ele comanda tudo através de sua língua e sua boca (divinas). É o faraó que traz a luz, que traz ordem e justiça em um mundo caótico e imprevisível.
Blavastky afirma que Moíses foi iniciado nos segredos de IAO – o deus mistérico conhecido desde a mais remota antiguidade, cujo nome oculta uma fórmula mágica poderosa. IAO era a Divindade Suprema dos sírios-caldeus, idêntico a Toth egípcio. Aliás como deus do tempo, do decurso do tempo que vai de uma vida à outra, Thot é o guardião do limiar - o que por sua vez nos lembra Saturno. Muitos séculos depois os gnósticos conheceriam o Deus Thot, de onde originou-se posteriormente Cronos ou Saturno, pelos nomes IAO ou Abraxas.
Ora, Abraxas (Abrasax) era o deus-Sol criador dos gnósticos egípcios. Seu nome é invensível, embora haja divergências de opinião quanto ao seu significado. É o Deus Supremo acima do Zodíaco e de toda e qualquer influência astrológica. Ele é um dos nomes de Amon-Rá e Toth é a língua e a palavra (VERBO) de Amon-Rá.
A verdade é que Noé, Thot, Melchizedek e Cronos-Saturno, são uma só entidade ou energia personificada. Noé seria um mito, em cuja lenda se fundou a tradição dos Kabiros, os Elohim corpóreos, regentes e instrutores das raças primitivas. E os Kabiros eram filhos de Melchizedek, cuja verdadeira identidade fica oculta para nós. Tudo indica que foi a personificação de uma consciência supra-terrestre (ou a coletividade de seres angélicos) que visitou a Terra em um passado muito distante.
Se formos resumir nosso caminho ou filosofia podemos dizer que seguimos o "caminho antigo" que nos foi transmitido por nossos irmãos ancestrais (Mestres e Guias) que junto as demais Hierarquias de Luz oferecem sua proteção, com suas irradiações espirituais. Nós os chamamos de "Guardiões da Tradição" mas em outros tempos Eles também ficaram conhecidos como os Vigias, os Sentinelas, os Imortais, os Filhos de Set e mais recentemente como Mestres Ascensos. Todos fazem parte da Hierarquia de Mestres da Grande Fraternidade Branca (que no presente não está manifestada sobre a Terra), constituída, em parte, daquelas almas altamente desenvolvidas, que atingiram aquele estágio do caminho da evolução espiritual, que lhes confere a qualidade de membros do Governo Oculto do Mundo. 
I.A.O.  Esse nome diz respeito ao deus mistérico conhecido desde a mais remota antiguidade, cujo nome oculta uma fórmula mágica poderosa. Esta fórmula é a principal e mais característica de Osíris, da redenção da humanidade.
é Ísis, Natureza, arruinada por A, Apophis o Destruidor e restaurada à vida pelo redentor O, Osíris. Em resumo: Isis Apófis Osíris (Isis, a Natureza; Apófis ou Seth, o assassino de Osíris; e Osíris ressurecto).
Ou seja, Morte e renascimento.
A mesma ideia é expressa na Fórmula Rosa Cruz da Trindade. IAO é a palavra Deus entre os gnósticos e é o único modo de poder expressar as forças divinas operando dentro de nós e no Universo.
Reza a tradição bíblica que Melchizedek foi o rei da cidade de Salém (que significa “Paz”), a qual se acredita ser a mítica cidade conhecida por Shambalah. Melchizedek teria tido importância no direcionamento de Abraão e ensinou o conceito de um só Deus, de uma só Divindade. Abraão também aprendeu de seu instrutor espiritual a adoração a Deus sem vê-lo, internalizando a fé. Para Dion Fortune Melchizedek foi o Manu dos caldeus e das primitivas Raças Semíticas, além de sua ligação Atlanteana. Como um protótipo ou a Encarnação do Homem Ideal o Manu Melchizedek preparou o caminho para Jesus, o Cristo, e assim a ideia de um Messias foi enxertada na Tradição Semítica (no fundo de tudo isto há uma ligação com o Santo Graal).   
Sob outro ponto de vista Melquizedek foi um mensageiro do Logos Solar, ou um de seus grandes Enviados – que o representam momentaneamente, como um embaixador representa um Rei. Ou seja, um grande e poderoso espírito sob a forma humana temporária que reinava sobre a Caldéia, sobre os filhos dos Magi. Em sentido similar talvez Melchizedek seja a personificação de uma consciência supra-terrestre (ou a coletividade de seres angélicos) que visitou a Terra em um passado muito distante.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Uma Viagem Templária


“Nem tudo que brilha é ouro”, também, nem tudo que se mantém opaco não tem brilho próprio. Os relatos que aqui são apresentados fazem parte de diversas coletâneas com significativos valores históricos e grande credibilidade. No entanto, se os Templários atuais sabem ou conhecem os locais onde estão guardados os tesouros e segredos da Ordem, estes não os revelam e mesmo são capazes de dar suas próprias vidas para mantê-los bem guardados, conforme vem acontecendo através dos séculos.

Acredita-se que muito do que se encontra “escondido” será revelado em 2018 quando a Ordem completa 900 anos. Se retiramos os dois zeros encontraremos o número 9, da mesma forma que se tirarmos da soma do 2018 os dois séculos de existência também encontraremos o 9. Coincidência? Será? Vejamos a seguir outras citações.

Como se sabe a Ordem sempre estudou a numerologia, as ciências esotéricas, gnósticas e ocultas da antiguidade e o número 9 sempre se mostra muitas vezes presente na vida e existência da Ordem. Vejamos:

Nove foram os que iniciaram a Ordem que se iniciou em 1118. Dois é o número de séculos que ela se mostrou diretamente ao mundo, o que subtraído da soma de 1118 que é igual a onze chega-se ao 9.

A Ordem foi traída e seu Grão-Mestre Jacques de Molay capturado em 1307 que somados os números é igual a 11 e subtraído os dois séculos de existência presencial é igual a 2. No entanto Jacques De Molay só foi morto em 1314 que somados os números se encontra o oito, número que significa o infinito, numa demonstração de ele morria para se tornar imortal para a história da humanidade e para que a Ordem continuasse sua trajetória e ressurgisse em época oportuna para derramar luz sobre a humanidade corroída em seus princípios morais e éticos.

A demonstração da numerologia e muitos dos fatos aqui relatados representam apenas pequenos fragmentos do que se encontra oculto na vida e história da Ordem e que só é revelado aos que “são dignos” conforme anunciado pelo próprio Cristo ao afirmar: “Digo meus mistérios aos que são dignos de meus mistérios”.

O império marítimo e a frota Templária

Durante os 180 anos de Cruzadas, a riqueza dos Templários cresceu para atingir uma enorme e incalculável fortuna (talvez a maior da Europa em seu tempo). 

Eles possuíam mais de nove mil casas senhoriais e castelos por toda a Europa, todos eram livres de impostos. Cada propriedade era explorada com agricultura e criação de animais e as riquezas que produziam eram usadas para apoiar o vasto sistema bancário criado pelos Templários na Europa.

A riqueza e poder dos Templários causou desconfiança e muitos ciúmes entre alguns membros da nobreza europeia. Rumores caluniosos foram espalhados de rituais secretos e de adoração a outros deuses. 

O Rei da França Filipe IV, o Belo, foi responsável pela disseminação de muitos destes rumores. Filipe IV se refugiou na sede dos Templários em Paris por ocasião da revolta de uma multidão enfurecida. Os Templários mudaram a sua sede principal de Jerusalém para Paris depois que os Cruzados e o reino de Jerusalém foram derrotados no Mediterrâneo Oriental. A Marinha Turca Otomana tinha tomado a maior parte do Mediterrâneo. 

O refugio despertou a ambição do rei

Quando os Templários deram refúgio a Filipe IV, o rei viua magnificência do tesouro dos Templáriose passou a querê-lo para si mesmo. Sua nação foi à falência, ele era um rei fraco, que era impopular com as pessoas, e ele sabia que os Templários eram mais ricos e poderosos da Europa do que ele jamais fora algum dia.

Filipe IV foi para Roma em 1305 e convenceu o Papa Clemente V (um francês Raymond Bertrand de Goth), de que os Templários não eram os defensores sagrados da fé católica, mas que, pelo contrário, estavam tentando destruí-la. O Papa ordenou ao rei Felipe prender todos os Cavaleiros Templários na França e começar uma inquisição. Numasexta-feira, 13 de outubro de 1307 (n.t. aqui começa a crença de que sexta, dia 13 é dia de azar), centenas de Cavaleiros Templários foram presos na França, uma ação aparentemente motivada financeiramente e realizada pela eficiente burocracia real para aumentar o prestígio da coroa.

Filipe IV foi a força por trás deste movimento, mas também embelezou a reputação histórica do Papa Clemente V. Desde o dia da coroação de Clemente V, o rei acusou os Templários com a usura, a inflação de crédito, fraude, heresia, sodomia, imoralidade e abusos e os escrúpulos do Papa foram aumentados por um sentimento crescente de que o Estado francês florescente não poderia esperar pela Igreja, mas iria proceder de forma independente.

Prisão dos Templários

Quando os senescais do Rei foram para os castelos Templários para cumprir a ordem de prisão encontraram muitos deles abandonados e a grande força naval que estava ancorada na base dos Templários no porto de La Rochelle havia simplesmente sumido, assim como todo o tesouro Templário. Aqueles cavaleiros que foram presos foram julgados e considerados culpados de pecados contra Deus. Jacques de Molay, o último Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários foi queimado vivo com seus confrades na fogueira em Paris em 18 de Março de 1314. 

No local existe uma placa assinalando o lugar da execução de Jacques de Molay, na Île de la Cité, em Paris com os dizeres:“Neste local, Jacques de Molay, último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, foi queimado, em 18 de março de 1314“.

Para onde foi o tesouro dos Templários

Um poema contemporâneo inglês fez a pergunta que muitos se fazem ainda hoje:Para onde foram, afinal, o tesouro e os navios dos Cavaleiros Templários? Os irmãos, os Mestres do Templo, que eram bem abastecidos materialmente, com ouro e prata e riquezas, onde eles estavam? Como eles escaparam? Eles tinham um tal poder e conhecimento, que ninguém ousava tirar-lhes nenhum centavo, nenhuma organização na Europa foi tão ousada, eles sempre compravam posses e bens e nunca os vendiam … 

Esta questão tem atormentado os historiadores e caçadores de tesouros durante os últimos séculos. Por centenas de anos, houve rumores de que os Templários não eram apenas os defensores da fé, mas também foram os guardiões do Santo Graal e de vários mistérios. O Santo Graal é dito que seria o mais santo dos artefatos religiosos. 

Diferentes versões da lenda existem, com as duas mais proeminentes afirmando que o Santo Graal é a taça ou o cálice usado por Cristo na Última Ceia ou um pedaço da cruz que Jesus foi crucificado e assim por diante. A versão do cálice do Santo Graal tem São José de Arimatéia trazendo para a Inglaterra (n.t. para a região de Glastonbury  em Somerset) o cálice usado na Última Ceia que tinha sido utilizado para coletar o sangue que escorria das feridas de Cristo. 

Uma versão galesa da história do Graal diz que São José de Arimatéia trouxe o Graal para a Inglaterra com a palavra (o Evangelho) de Cristo, e deixou a relíquia sagrada em Glastonbury; lá um dia chegou o rei Arthur (século VI) e os cavaleiros da Távola Redonda. O Graal é dito ter tomado muitas formas e o Rei Arthur viu em sua quinta e última forma ao receber a Comunhão com eremitas, uma lança sangrando, que também era conhecida como a Lança de Longinus, que teria sido descoberta também pelos Cruzados em Antioquia. Esta última versão iria colocar os Templários e a lança no Oriente Médio, ao mesmo tempo. Antes de deixar a lenda do Santo Graal de lado devemos pensar no significado religioso que uma relíquia desse tipo teria na história humana afinal. 

Os portos da Ordem

Misteriosos, os Cavaleiros Templários tinham uma extensa rede de portos nos mares e podem ter descoberto, no Oriente Médio (n.t. ou mesmo durante as escavações no local do Templo de Salomão em Jerusalém) alguns dos mapas e outros conhecimentos náuticos dos fenícios, como a construção de navios e velame para viagens oceânicas de longo curso, que eles mantiveram em segredo.

Quando os Templários foram interditados pela igreja de Roma e presos em 1307 pelo rei Filipe IV de França, a enorme frota naval Templária ancorada em La Rochelle (um porto administrado pelos Templários), na França, desapareceu assim como muitos Cavaleiros Templários procuraram refúgio em terras fora da França. 

Portugal deu abrigo aos Templários

Portugal foi um dos poucos lugares onde eles encontraram asilo incondicional, e é provável que a frota Templária com Cavaleiros Templários a bordo estiveram noCastelo de Almourol, antes de continuar para o seu destino final, provavelmente a Escócia, onde teriam ajudado este pais a conquistar sua liberdade em 1314, participando da Batalha deBannockburn(23 – 24 de junho de 1314), quando os ingleses foram derrotados e expulsos da Escócia (n.t. esta batalha é apresentada no final do filme Braveheart-1995 (Coração Valente), com direção e atuação de Mel Gibson). 

Note-se que muitos dos exploradores portugueses e nobres da realeza foram Cavaleiros Templários. Muitos estudiosos e historiadores acreditam que os Cavaleiros Templários foram instrumentos em Portugal, na (re) descoberta da sua futura, rica em recursos naturais, prata e ouro, e vasta colônia transatlântica, o Brasil. 

Castelo de Almourol

O Castelo de Almourol, no Ribatejo, localiza-se na Freguesia de Praia do Ribatejo, Conselho de Vila Nova da Barquinha, Distrito de Santarém,em Portugal, embora a sua localização seja frequentemente atribuída a Tancos, visto ser a vila de onde se vislumbra melhor. Erguido num afloramento de granito a 18 m acima do nível das águas, numa pequena ilha de 310 m de comprimento por 75 m de largura, no médio curso do rio Tejo, um pouco abaixo da sua confluência com o rio Zêzere, à época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, atual Região de Turismo dos Templários. Constitui um dos exemplos mais representativos da arquitetura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e aOrdem dos Cavaleiros Templários, associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo. Com a “extinção” da Ordem do Templo o castelo de Almourol passa a integrar o patrimônio daOrdem dos Cavaleiros de Cristo (que foi a sucessora em Portugal da Ordem dos Cavaleiros Templários) Wikipédia.

Enquanto Portugal foi um refúgio importante para os Cavaleiros Templários que se evadiram da França, a sua principal base de operações, até antes que eles fossem perseguidos, foi o sul da França e a Catalunha, a área dos cátaros e dos reis merovíngios. Barcelona, capital da Catalunha, foi original e antigamente um porto fenício e esta área ao longo da fronteira entre Espanha e França há muito tempo se comporta como a Catalunha, um Estado, povo e cultura separados do resto da Espanha. A população fala sua própria língua, o catalão, uma linguagem que pode ter se originado com o fenício antigo. 

Montserrat – A Virgem negra

Fora de Barcelona está o mosteiro de Montserrat, um antigo local de peregrinação religiosa durante um longo tempo, provavelmente mesmo antes da era cristã o local já era venerado pelos “pagãos”. É uma montanha que se eleva a 4.054 pés acima da planície costeira, que afinal se tornou o local de um célebre mosteiro beneditino. Foi em Montserrat que Santo Inácio de Loyola, prometeu dedicar-se à vida religiosa. 

O mosteiro pode ser encontrado encravado a meio caminho até o cume da montanha íngreme e estéril. Apenas ruínas podem ser encontrados do mosteiro beneditino do século 11 e um novo mosteiro foi construído no local no século 19. 

De acordo com aColumbia Viking Desk Encyclopedia (edição 1968), a antiga fortaleza de Montserrat na Idade Média teria sido o local que guardava o Santo Graal, diz a enciclopédia que: “A igreja renascentista contém uma imagem preta de madeira da Virgem (Negra), esculpida, segundo a tradição, por São Lucas. Na Idade Média, a montanha, também chamada de Montsalvat, teria sido o castelo que abrigava o Santo Graal. ” 

O Mosteiro do Montserrat (em catalão, Abadia de Montserrat), localizado no Monte Serreado, no município de Monistrol de Montserrat, na província de Barcelona, na Catalunha, na Espanha, é um mosteiro beneditino que abriga a famosa imagem de Nossa Senhora do Monte Serrat,a padroeira da Catalunha. O mosteiro foi construído na Idade Média ao redor da gruta onde teria sido encontrada a imagem de Nossa Senhora de Monte Serreado, em 880. Foi destruído por tropas francesas em 1811, por ocasião da Guerra Peninsular. Foi reconstruído em 1844. Durante a ditadura de Francisco Franco, que reprimiu o nacionalismo catalão, em meados do século XX, o mosteiro foi um reduto da cultura catalã. (Wikipédia)

Curiosamente, Barcelona é a cidade onde Colombo aportou em seu retorno para a Espanha a partir da sua descoberta e viagem ao Novo Mundo (América do Norte). Por que Colombo veio direto em seu caminho para Barcelona quando ele passou por Cádiz, um porto pelo qual que ele teve que passar para se dirigir para Barcelona? Talvez o porto de Barcelona fosse mais seguro para se aportar do que o porto de Cádiz? É bem possível que Colombo fosse um Cavaleiro Templário, membro da ordem dos Cavaleiros de Cristo. Ele sempre assinou seu nome com um triângulo curioso e letras codificadas, algo que os Cavaleiros Templários eram conhecidos por fazerem. 

Todos os judeus foram banidos da Espanha no mesmo dia em que Colombo navegou para descobrir e desbravar o Novo Mundo nas Américas. Alguns historiadores afirmam que Colombo fosse um judeu espanhol e não um italiano de Gênova como historiadores posteriores quiseram reivindicar. Se Colombo era judeu, talvez Barcelona e a área da Cataluna fosse um refúgio seguro para ele e sua tripulação. Além disso, Barcelona teria sido uma cidade altamente provável para o secreto Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários residir. 

Os Sinclais

Um dos personagens mais interessantes e misteriosos entre os escoceses foi o príncipe Henry Sinclair, o último rei das Ilhas Orkney. Henry Sinclair, como muitos outros nobres da Idade Média, possuía muitos títulos e ele fez muitas coisas. Ele era o rei das Ilhas Orkney, apesar das ilhas serem oficialmente um condado concedido ao príncipe Henry Sinclair pelo rei da Noruega. Ao mesmo tempo, Henry Sinclair governava outros territórios como um vassalo do rei escocês. O Príncipe Sinclair também foium Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários, um veterano das cruzadas e, de acordo com algumas fontes, o possuidor do Santo Graal. 

No ano de 1391 d.C. o PríncipeHenry Sinclairse reuniu com os famosos exploradores e cartógrafos Nicolos e Antonio Zeno em Fer Island, que está localizado entre as ilhas Orkney e as ilhas Shetland. Os irmãos Zeno eram bem conhecidos pelos seus mapas da Islândia e do Ártico. O Príncipe Henry iria contratá-los para enviar uma frota exploratória para o então“desconhecido”Novo Mundo, cerca de 100 anos antes que Cristóvão Colombo assim o fizesse.

Templários nos EUA

Em Westford, Massachusetts, nos EUA, existe uma rocha com um design estranho nela. Com iluminação correta, ela pode parecer com o desenho de um Cavaleiro Templário vestido com armadura completa, com um escudo com o brasão escocês do Clann Gunn. Este local é reivindicado como sendo o memorial de Sir James Gunn, presumivelmente morto na expedição durante um esforço para explorar o interior do Novo Mundo. A pedra com inscrições se pode ler: “Príncipe Henry Sinclair Primeiro de Orkney. Nascido na Escócia fez uma viagem de descoberta para a América do Norte, em 1398. Depois de uma invernada em Nova Scotia, ele partiu para Massachusetts em uma expedição terrestre em 1399 para Prospect Hill para ver a paisagem circundante. Os desenhos esculpidos na rocha mostram uma efígie armorial, que é um memorial para este cavaleiro que morreu”.

Financiamento Templário

Com a ajuda e financiamento do tesouro dos Cavaleiros Templários, que já tinham sido banidos pelo Papa e expulsos e perseguidos na França e Europa, o príncipe Henry Sinclair reuniu uma frota de 12 navios para uma viagem para estabelecer um refúgio seguro para a ordem dos Cavaleiros Templários e seu vasto tesouro. A frota dos doze navios foi liderada por Henry Sinclair, sob a orientação de Antonio Zeno, como seu navegador, o famoso cartógrafo de Veneza. 

A frota deixou as Ilhas Orkney (Ilhas Órcadas) em 1398 e desembarcou em terras da hoje Nova Escócia, em pleno inverno e depois, descendo para o sul, explorou a costa leste dos Estados Unidos. Diz-se que a efígie de um dos companheiros próximo de Henry Sinclair, Sir James Gunn, que morreu na expedição, pode ser encontrada esculpida sobre a face de uma rocha em Westford, Massachusetts, nos EUA. 

Os desbravadores Templários alegam ter construído um castelo e deixado uma parte de sua marinha nas terras da agora Nova Escócia. Como veremos, a famosa Ilha Oak, que dista apenas fora do continente da Nova Escócia iria tornar-se parte do mistério que envolve o príncipe Henry Sinclair. 

Sinclair e agora a metade de sua frota original voltou para as ilhas Orkney mas pouco depois o príncipe Henry Sinclair foi assassinado em terras da Escócia. O ano já era o de 1400 da graça do Senhor e ainda levaria mais 92 anos antes de Cristobal Colon, outro provável membro da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, conhecido por nós como Cristóvão Colombo, para usar o seu conhecimento da Islândia e os mapas dos irmãos Zeno para fazer sua famosa viagem através do Atlântico e (re) descobrir as Américas. 

Riquezas em Montsegur

Em seu livroHoly Grail Across the Atlantic, Michael Bradley tenta mostrar que o antigo tesouro do Templo de Salomão foi mantido na fortaleza dos Pirineus franceses, emMontsegur, a região dos cátaros e sua heresia (para Roma) gnóstica da França. Esta fortaleza situada no topo da montanha foi cercada pelas forças de Simon de Montfort e da Inquisição da igreja romana em 16 de março de 1244, mas acredita-se que o tesouro secreto escapou durante o cerco. 

OCastelo de Montségurlocaliza-se na comuna de Montségur, no Departamento do Ariège, na região do Midi-Pyrénées, na França. Situa-se no topo da montanha, a 1.207 metros acima do nível do mar, em posição dominante sobre a vila. Atualmente é considerado como um dos Castelos cátaros. Com efeito, este castelo foi implantado no local arrasado da antiga aldeia fortificada que constituía, até ao cerco de 1244, o local de resistência dos cátaros. 

O tesouro provavelmente incluía tanto o tesouro antigo encontrado sob às ruínas escavadas pelos Templários do Templo de Salomão em Jerusalém, mas também de prata, ouro e joias de fabricação mais moderna. Os Cavaleiros Templários foram bem financiados em segredo pela realeza europeia, durante muitos anos, afinal, os reis merovíngios eram do Sangue Sagrado de Jesus e Madalena – ou assim foi alegado. 

Bradley afirma que o príncipe Henry levou em sua viagem cerca de 300 colonos para o Novo Mundo e um literal “Castelo do Graal” foi construído em terras de New Scotia – a Escócia Nova, em terras da América do Norte, hoje o Canadá. Tão forte é a evidência para essa viagem do príncipe Henry Sinclair ter existido, ao outro lado do Atlântico com os Cavaleiros Templários, que seu parente distante Andrew Sinclair escreveu um livro intituladoThe Sword and the Grail na qual ele afirma o mesmo que Bradley no seu livro Holy Grail Across the Atlantic. 

Mapas de navegação

Os Templários também podem ter descoberto e entrado na sua posse de alguns mapas muito antigos altamente precisos feitos pelos fenícios, mouros e turcos, e, assim fazendo, herdaram o conhecimento secreto do mar, uma vez guardado tão ciosa e cuidadosamente pelos antigos cartagineses, fenícios e os seus aliados. 

Bradley e Andrew Sinclair alegam de que um Castelo especial para o Graal foi construído em uma área do centro de Nova Escócia chamada “The Cross”. Este ponto poderia ser alcançado através do rio a partir de ambos os lados da península da Nova Escócia e na foz dos dois rios existe um arquipélago chamado por Oak Islands (“Ilhas do carvalho”). 

Curiosamente, uma dessas ilhas Carvalho tem o famoso “Money Pit” (Poço do Dinheiro) que é um poço artificial feito pelo homem com centenas de metros de profundidade e com túneis laterais. De acordo com antiga lenda, acredita-se que há um imenso tesouro escondido neste poço e milhões de dólares foram gastos em tentativas de se chegar ao fundo do poço submerso.

Tem sido tradicionalmente acreditado que o poço (Money Pit) da Ilha Oak, ilha que foi construída por piratas para esconder um tesouro, mas Bradley e Sinclair alegam de que ele foi construído por Henry Sinclair e os Cavaleiros Templários. Além disso, eles afirmam, o Canadá foi criado como um resultado direto daquela viagem e de que o Santo Graal foi levado para suas terras. A viagem de Sinclair e os Cavaleiros Templários foi uma tentativa de criar a profetizada “Nova Jerusalém”, no Novo Mundo. 

Templários no Brasil

Documentos comprovam que os Templários, através da Ordem de Cristo, patrocinaram muitas das viagens de descoberta das Américas e também que bem antes do descobrimento do Brasil eles já teriam vindo estado aqui, o que coloca o Brasil na rota do Graal.

Fala-se na Europa nos dias de hoje que muitos Mestres Templários estariam encarnados no Brasil que apesar das grandes turbulências sociais, políticas e econômicas e das muitas mistificações não perdeu a sua identidade de “Terra Prometida” e nem a de “Pátria do Evangelho”.

Holy Blood, Holy Grail, de Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln, 1982, Johnathan Cabo, Londres (publicado no Reino Unido como O Sangue Santo eo Santo Graal). 
A Herança Messiânica, Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln, 1985, Johnathan Cabo, Londres. 
O Templo e a Loja, Michael Baigent e Richard Leigh, 1989, Johnathan Cabo, Londres. 
Emerald Cup – Arca de Ouro, o coronel Howard Buechner, 1991, Thunderbird Press, Metairie, LA. 
Os segredos de Rennes-le-Chateau, Lionel & Fanthorpe Patricia, 1991, Livros Bellevue, Londres. 
A História dos Cavaleiros Templários, Charles G. Addison, 1842, em Londres. 
A História das Sociedades Secretas, Arkon Daraul, 1962, Citadel Press, NY. 
Os Mistérios da Catedral de Chartres, Louis Charpentier, 1975, Avon Books, Nova York, 1966, Robert Lafont, Paris. 
Santo Graal outro lado do Atlântico, Michael Bradley, 1988, Hounslow Press, Willowdale, Ontário. 
O Despertar dos Mágicos, Jacques Bergiere Louis Pauwels, 1960, Stein & Publishers Dia, Nova York. 
Príncipe Henry Sinclair, Frederick Pohl, 1974, Clarkson Potter Publishers, New York. 
A Espada e o Graal, Andrew Sinclair, 1992, Crown, Nova York. 
O Legado dos Templáriose da Herança Maçônica Dentro de Rosslyn Chapel, Tim Wallace-Murphy, 1993, Amigos de Rosslyn, Rosslyn, na Escócia. 
O Legends Glastonbury, RF Treharne, 1967, Livros Esfera, em Londres. 
São José de Arimatéia em Glastonbury, Lionel Smithett Lewis, 1922, James Clark & Co., Cambridge. 
GENISIS, David Wood, 1986, Tunbridge Wells, no Reino Unido 
Os Templários, os Cavaleiros de Deus, de Edward Burman, 1986, Destiny Books, Rochester, Vermont. 
Os Druidas, Stuart Piggott, 1967, Thames and Hudson, London. 
Atlantis para os últimos dias, HC Randall-Stevens, 1957, Os Cavaleiros Templários de Aquário, em Londres. 
A busca pela Pedra do Destino, Pat Gerber, 1992, Canongate Press, Edimburgo. 
Este artigo foi extraído da Introdução ao livro recentemente reeditado de 1842, A História dos Cavaleiros Templários, por Charles G. Addison. 

Hugo de Paynes e os pobres Cavaleiros de Cristo


No início de 1100, Hugo de Paynes e mais oito cavaleiros franceses, movidos pelo espírito de aventura tão comum aos nobres buscavam nas Cruzadas, nos combates aos “infiéis” a glória dos atos de bravura e consagração, assim viajaram para a Palestina. Eram os Soldados do Cristianismo, disputando a golpes de espada as relíquias sagradas que os fanáticos retinham e profanavam. Balduíno II reinava em Jerusalém, os acolheu, e lhes destinou um velho palácio junto ao planalto do Monte Moriah, onde as ruínas compostas de blocos de mármore e de granito, indicavam as ruínas de um Grande Templo.

Seriam as ruínas do GRANDE TEMPLO DE SALOMÃO, o mais famoso santuário do século XI antes de Cristo em que o gênio artístico dos fenícios se revelava. Destruído pelos caldeus, reconstruído por Zorobabel e ampliado por Herodes em 18 antes de Cristo. Arrasado novamente pelas legiões romanas chefiadas por Tito, na tomada de Jerusalém. Teria sido neste Templo que se originou a tragédia de Hiran, cuja lenda a Maçonaria incorporou? Exteriormente, antes da destruição pelos romanos no ano 70 de nossa era, o Templo era circundado por dois extensos corredores excêntricos, ocupando um gigantesco quadrilátero em direção ao Nascente, a esquerda ficava o átrio dos Gentios e à direita o dos Israelitas, além das estâncias reservadas às mulheres, e aos magos sacerdotes, a que se seguia o Santuário propriamente dito, tendo ao centro o Altar dos Holocaustos.


Os “Pobres Cavaleiros de Cristo” atraídos pela inspiração divina e sensação do mistério que pairava sobre estas ruínas, passaram a explorá-las, não tardou para que descobrissem a entrada secreta que conduzia ao labirinto subterrâneo só conhecido pelos iniciados nos mistérios da Cabala. Entraram numa extensa galeria que os conduziu até junto de uma porta chapeada de ouro por detrás da qual poderia estar o que durante dois milênios se constituíra no maior Segredo da Humanidade.

Uma inscrição em caracteres hebraicos prevenia os profanos contra os impulsos da ousadia:

“SE É A MERA CURIOSIDADE QUE AQUI TE CONDUZ, DESISTE E VOLTA; SE PERSISTIRES EM CONHECER O MISTÉRIO DA EXISTÊNCIA FAZ O TEU TESTAMENTO E DESPEDE-TE DO MUNDO DOS VIVOS”.

Os “infiéis do Crescente” eram seres vivos e contra eles, os Templários, com a cruz e a espada realizavam prodígios de valentia. Ali dentro, porém, não era a vida que palpitava, e sim os aspectos da morte, talvez deuses sanguinários ou potestades desconhecidas contra as quais a força humana era impotente, isto os fez estremecer. Hugo de Paynes, afoito, bateu com o punho da espada na porta e bradou em alta voz:

- “EM NOME DE CRISTO, ABRI!”

- E o eco das suas palavras se fez ouvir: “EM NOME DE CRISTO”…enquanto a enorme porta começou abrir, ninguém a estava abrindo, era como se um ser invisível a estivesse movendo e se escancarou aos olhos vidrados dos cavaleiros um gigantesco recinto ornado de estranhas figuras, umas delicadas e outras, aos seus olhos monstruosas, tendo ao Nascente um grande trono recamado de sedas e por cima um triângulo equilátero em cujo centro em letras hebraicas marcadas a fogo se lia o TETRAGRAMA YOD.


Junto aos degraus do trono e sobre um altar de alabastro, estava a “LEI” cuja cópia, séculos mais tarde, um Cavaleiro Templário em Portugal, devia revelar à hora da morte, no momento preciso em que na Borgonha e na Toscana se descobriam os cofres contendo os documentos secretos que “comprovavam” a heresia dos Templários em adentrarem em tal ambiente sagrado. A “Lei Sagrada” era a verdade de Jahveh transmitida ao patriarca Abraão. A par da Verdade divina vinha depois a revelação Teosófica e Teogâmica a KABBALAH.

Extasiados diante da majestade severa dos símbolos, os nove cavaleiros, futuros Templários, ajoelharam e elevaram os olhos ao alto. Na sua frente, o grande Triângulo, tendo ao centro a inicial do princípio gerador, espírito animador de todas as coisas e símbolo da regeneração humana, parece convidá-los à reflexão sobre o significado profundo que irradia dos seus ângulos. Ele é o emblema da Força Criadora e da Matéria Cósmica. É a Tríade que representa a Alma Solar, a Alma do Mundo e a Vida. É a Unidade Perfeita. Um raio de Luz intensa ilumina então àqueles espíritos obcecados pela ideia da luta, devotados à supressão da vida de seres humanos que não comungassem com os mesmos princípios religiosos que os levou à Terra Santa. Ali estão representadas as Trinta e Duas Vidas da Sabedoria que a Kabbalah exprime em fórmulas herméticas, e que a Sepher Jetzira propõe ao entendimento humano. Simbolizando o Absoluto, o Triângulo representa o Infinito, Corpo, Alma e Espírito. Fogo, Luz e Vida. Uma nova concepção que pouco a pouco dilui e destrói a teoria exclusivista da discriminação das divindades se apossa daqueles espíritos até então mergulhados em ódios e rancores religiosos e os conclama à Tolerância, ao Amor e a Fraternidade entre todos os seres humanos.

A Teosofia da Kabbalah exposta sobre o Altar de alabastro onde os iniciados prestavam juramento dá aos Pobres Cavaleiros de Cristo a chave interpretativa das figuras que adornam as paredes do Templo. Na mudez estática daqueles símbolos há uma alma que palpita e convida ao recolhimento. Abalados na sua crença de um Deus feroz e sanguinário, os futuros Templários entreolham-se e perguntam-se:

SE TODOS OS SERES HUMANOS PROVÊM DE DEUS QUE OS FEZ À SUA IMAGEM E SEMELHANÇA, COMO COMPREENDER QUE OS HOMENS SE MATEM MUTUAMENTE EM NOME DE VÁRIOS DEUSES? COM QUEM ESTÁ A VERDADE? Entre as figuras, uma em especial chamara a atenção de Hugo de Paynes e de seus oito companheiros.

Na testa ampla, um facho luminoso parecia irradiar inteligência; e no peito uma cruz sangrando acariciava no cruzamento dos braços uma Rosa. A cruz era o símbolo da imortalidade; a rosa o símbolo do princípio feminino. A reunião dos dois símbolos era a ideia da Criação. E foi essa figura monstruosa, e atraente que os nove cavaleiros elegeram para emblema de suas futuras cruzadas. Quando em 1128 se apresentou ante o Concílio de Troyes, Hugo de Paynes, primeiro Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros do Templo, já apresentou a concepção dos Templários acerca da ideia de Deus.

A divisa inscrita no estandarte negro da Ordem “Non nobis, Domine, sed nomini tuo ad Gloria” não era uma sujeição à Igreja, mas uma referência a inicial que no centro do Triângulo simbolizava a unidade perfeita: YOD. Cavaleiros francos, normandos, germânicos, portugueses e italianos acudiram a engrossar as fileiras da Ordem que dentro em pouco se convertia na mais poderosa Ordem do século XII. Mas a Ordem tornara-se tão opulenta de riquezas, tão influente nos domínios da cristandade que o Rei de França Felipe o Belo decretou ao Papa para expedir uma Bula confiscando todas suas riquezas e enviar seus Cavaleiros para as “Santas” fogueiras da Inquisição.

Grão-Mestres da Ordem desde 1118 até a presente data

A lista apresentada a seguir está de acordo com o Manual dos Templários Alemães, oferta do confrade Dipl. Ing. Max Baumgartner e publicada no livro História Concisa dos Templários - 1118-2008, de autoria de Mário Simões Dias. Livro este doado ao Gran Prior e Legado Magistral Fr. +++Albino Neves, do GPTB-CESJB pelo Grão-Mestre Dom Fernando Campello Pinto Pereira de Sousa Fontes em 16 de janeiro de 2015.

Mestres

1. Hugo de Payens (Huguens de Payns) (1118-1136)

2. Hugue, conde de Champagne

3. Rossal de Clairvaux

4. Geoffro de Bissor

5. André de Condemare

6. Archambaud de Saint-amande

7. Philippe de Milly (Philippus de Neapoli/de Nablus) (1169-1171)

8. Odo de St Amand|Odo (Eudes) de St Amand ou Odon de Saint-Chamand (1171-1179)

9. Arnaud de Toroge (Arnaldus de Turre Rubea/de Torroja) (1179-1184)

10. Gérard de Ridefort (1185-1189)

11. Robert de Sablé (Robertus de Sabloloi) (1191-1193)

12. Gilbert Horal (Gilbertus Erail/Herail/Arayl/Horal/Roral) (1193-1200)

13. Phillipe de Plessis / Plaissie`/ Plesse` /Plessiez (1201-1208)
14. Guillaume de Chartres ou Willemus de Carnoto (1209-1219)
15. Pedro de Montaigu|Pierre (Pedro) de Montaigu (Petrus de Monteacuto) (1219-1230)
16. Armand de Périgord (Hermannus Petragoricensis) ou Hermann de Pierre-Grosse (-1244)
17. Richard de Bures (1245-1247)
18. Guillaume de Sonnac (Guillelmus de Sonayo) (1247-1250)
19. Renaud de Vichiers (Rainaldus de Vicherio) (1250-1256)
20. Thomas Bérard (1256-1273)
21. Guillaume de Beaujeu (Guillelmus de Belloico) (1273-1291)
22. Thibaud Gaudin (Thiband Ggandin) (1291-1292)
23. Jacques de Molay (1292-1314)

LARMENIUS

24. Jean- Marc Larménius de Jerusalém (1314-1324)

25. François-Thomas-Thibaut d’Alexandrie (1324-1340)

26. Arnold de Baque (1340-1349)

27. Jean de Clermont (1349-1357)

28. Bertrand Duguesclin (1357-1381)

29. Jean d’ Armagnac  (1381-1392)

30. Bernard d’ Armagnac (1392-1419)

31. Jean d’ Armagnac  (1419-1451)

32. Jean d’ Croy (1451-1472)

Regent Bernard Imbalt(1472-1478)

33. Robert de Lenoncour de Lorraine (1478-1496)

34. Galéas de Salazar (1497-1516)

35. Philippe de Chabot (1516-1544)

36. Gaspard de Saulx et de Tavennes (1544-1574)

37. Henri de Montmorency (1574-1615)

38. Charles de Valois (1615-1651)

39. Jacques Ruxel de Grancey (1651-1681)

40. Jacques-Henri de Dusfort, Duc de Duras (1681-1705)

41. Philippe de Bourbon, Duque d’Orleans (1705-1724)

42. Louis-Auguste de Bourbon, Duc de Maine (1724-1737)

43. Louis-Henri de Bourbon, Prince de Conde (1737-1741)

44. Louis-François de Bourbon, Prince de Conty (1741-1776)

45. Louis-Hercules-Timoleon de Cosse, Duc de Brissac (1776-1792)

Regent Claude-Mathieu Radiz de Chevillon (1792-1804)

PALAPRAT

46. Bernard-Raymond Fabre-Palaprat (1804-1838)

Regent Charles-Antoine-Gabriel, Duc de Choiseu (1.Amtszeit) (1813)

Regent Charles-Louis-Le Peletier, Comte d’Aunay (1813-1827)

Bernard-Raymond Fabre-Palaprat Regiert (1827-1838)

Regent Charles-Antonie-Gabriel, Duc de Choiseu (2.Amtszeit) (1838)

La Commission Executive du Convent General (1838)

Regent Charles-Fortuné-Jules Guigues, Comte de Moreton et de Chabrillan (1838-1839)

Regent William Sidney Smith (18339-1840)

Regent Jean Marie Raoul (1840-1850)

In England EdwARD VII. Of great Britain (1840-1850)

In Deutschland George V, Von Hannover (1840-1866)

Regent Narcisse Valleray (1850-1866)

Regent Dr. A.G.H. Vernois (1866-1892)

Regent Josephin Péladan (1892-1894)

Secretariat International de Templiers (1894-1934)

Conseil de Regence unter Joseph Vanderberg (1934-1935)

Regent Thèodore Covias (1935)

Regent Emile-Clément-Joseph Vandenberg (1935-1942)

50. Regent Graf Antonie Campello Pinto de Souza Fontes (1942-1960)

51. Regent (Spater,Prinzregente und Grossmeister)Graf Dom Fernando Campello Pinto Pereira de Sousa Fonte  (1960-)

Ordem do Templo


Templário: Equipamentos Templários (Idade Média)

As roupas dos Templários eram muito conhecidas por causa do manto branco com o brasão com a cruz vermelha dos cruzados. Entretanto este não era seu uniforme original e não viria a ser até 1148. O manto branco era um símbolo da pureza e de uma reflexão do voto de castidade.

O Papa Eugênio III deu-lhes a cruz vermelha em 1147 ou em 1148. Devia ser posta acima de cada coração dos Templários como um protetor. A finalidade era não fugir perante os muçulmanos.

Pela regra da ordem foi requerido por uma pele de carneiro sob as roupas que deviam nunca ser removida. Este era um símbolo de seu voto de castidade. Foram incentivados também para nunca se banhar, a fim de que outro Templários não visse seu corpo despido. Como em todas as sociedades masculinas, a homossexualidade era possível, por esta razão, os Templários tinham de dormir com as luzes acesas, para afugentar a escuridão que pode seduzir práticas homossexuais.

Quando o cabelo do cavaleiro estivesse longo teria que cortá-lo, mas foram proibidos de cortar suas barbas. Aos muçulmanos o cabelo facial foi igualado com a masculinidade, consequentemente a aparência masculina dos Templários foi feita para intimidar seus inimigos.

Os equipamentos do cavaleiro.

O Cavaleiro poderia ter até 3 cavalos, 1 escudeiro, mais um quarto cavalo, de acordo com a decisão do Grão-mestre.1 capacete de cota de malha Proteção para as pernas, no início era de aniagem, posteriormente de cota de malha.1 capacete ou chapéu leve cobrindo o auto da cabeça. Pedaços de armadura para proteger os ombros e os pés. Escudo triangular, cujos lados eram ligeiramente curvos. Espada, lança, clava turca3 facas: 1 punhal a esquerda do cinto, 1 faca de bolso e 1 faca muito curta com lâmina comprida

A espada

As espadas dos Cavaleiros do Templo sofreram as influências bélicas da época. Suas formas eram simples, pois como dizia a Regra, nenhum luxo nem vaidade, poderia ser usada pelos Templários.

A Ordem

A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim "Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici"), mais conhecida como Ordem dos Templários, Ordem do Templo (em francês "Ordre du Temple" ou "Les Templiers") ou Cavaleiros Templários (algumas vezes chamados de: Cavaleiros de Cristo, Cavaleiros do Templo, Pobres Cavaleiros, etc), foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria. A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a sua conquista.

Os seus membros fizeram voto de pobreza e castidade para se tornarem monges. Usavam mantos brancos com a característica cruz vermelha, e o seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. Em decorrência do local onde originalmente se estabeleceram (o Monte do Templo em Jerusalém, onde existira o Templo de Salomão, e onde se ergue a atual Mesquita de Al-Aqsa) e do voto de pobreza e da fé em Cristo denominaram-se "Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".

O sucesso dos Cavaleiros

O sucesso dos Templários esteve vinculado ao das Cruzadas. Quando a Terra Santa foi perdida, o apoio à Ordem reduziu-se. Rumores acerca da cerimónia de iniciação secreta dos Templários criaram desconfianças, e o rei Filipe IV de França profundamente endividado com a Ordem, começou a pressionar o Papa Clemente V a tomar medidas contra eles. Em 1307, muitos dos membros da Ordem em França foram detidos e queimados publicamente. Em 1312, o Papa Clemente dissolveu a Ordem. O súbito desaparecimento da maior parte da infra-estrutura europeia da Ordem deu origem a especulações e lendas, que mantêm o nome dos Templários vivo até aos dias atuais.

A História

A Ordem foi fundada por Hugo de Payens em 1118, com o apoio de mais 8 cavaleiros e do rei Balduíno II de Jerusalém, após a Primeira Cruzada, com a finalidade de proteger os peregrinos que se dirigiam a Jerusalém, vítimas em todo o percurso de ladrões e, já na Terra Santa, dos ataques que os muçulmanos faziam aos reinos cristãos que as Cruzadas haviam fundado no Oriente.

Privilégios

Oficialmente aprovada pelo Papa Honório II em torno de 1128, a ordem ganhou isenções e privilégios, dentre os quais o de que seu líder teria o direito de se comunicar diretamente com o papa. A Ordem tornou-se uma das favoritas da caridade em toda a cristandade, e cresceu rapidamente tanto em membros quanto em poder; seus membros estavam entre as mais qualificadas unidades de combate nas Cruzadas e os membros não-combatentes da Ordem geriam uma vasta infra-estrutura econômica, inovando em técnicas financeiras que constituíam o embrião de um sistema bancário, e erguendo muitas fortificações por toda a Europa e a Terra Santa.

As regras

A regra dessa ordem religiosa de monges guerreiros (militar) foi escrita por São Bernardo. A sua divisa foi extraída do livro dos Salmos: "Non nobis Domine, non nobis, sed nomine Tuo da gloriam" (Sl. 113,9 - Vulgata Latina) que significa "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome daí a glória".

O Crescimento

O seu crescimento vertiginoso, ao mesmo tempo que ganhava grande prestígio na Europa, deveu-se ao grande fervor religioso e à sua poderosa força militar. Os Papas guardaram a Ordem acolhendo-a sob sua imediata proteção, excluindo qualquer intervenção de qualquer outra jurisdição fosse ela secular ou episcopal. Não foram menos importantes também os benefícios temporais que o Ordem recebeu dos soberanos da Europa.

Primeira sede

A primeira sede dos Cavaleiros Templários, a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, o Monte do Templo. Os Cruzados chamaram-lhe de o Templo de Salomão, como ele foi construído em cima das ruínas do Templo original, e foi a partir desse local que os cavaleiros tomaram seu nome de Templários.

As Cruzadas

As Cruzadas foram guerras proclamadas pelo papa, em nome de Deus, e travadas como se fossem uma iniciativa do próprio Cristo para a recuperação da propriedade cristã ou em defesa da Cristandade. A Primeira Cruzada foi pregada pelo papa Urbano II, no Concílio de Clermont, em 1095. A sua justificativa tinha como fundamento a recuperação da herança de Cristo, restabelecer o domínio da Terra Santa e a protecção dos cristãos contra o avanço dos veneradores do Islã. Esta dupla causa foi comum a todas as outras expedições contra as terras pertencentes aos reinos de Alá e, desde o princípio, deram-lhes o carácter de peregrinações.

As cruzadas tomaram Antioquia (1098), Jerusalém (1099), e estabeleceram o principado de Antioquia, o condado de Edessa e Trípoli, e o Reino Latino de Jerusalém, os quais sobreviveram até 1291. A esta seguiram-se a Segunda Cruzada (1145-48) e a Terceira (1188-92) no decorrer da qual Chipre caiu sob domínio latino, sendo governado por europeus ocidentais até 1571. A Quarta Cruzada (1202- 04) desviou-se do seu curso, atacou e saqueou Constantinopla (Bizâncio), estabelecendo domínio latino na Grécia. A Quinta Cruzada (1217- 21) foi a primeira do rei Luís IX da França. Contudo, houve também um grande número de empreendimentos menores (1254 -91), e foram estes que se converteram na forma mais popular de cruzada.

Reconhecimento Papal

O poder da Ordem tornou-se tão grande que, em 1139, o papa Inocêncio II emitiu uma bula, Omne datum optimum, declarando que os Templários não deviam obediência a nenhum poder secular ou eclesiástico, apenas ao próprio papa.

Mais tarde outros privilégios foram-lhes dados através das bulas Milites Templi em 1144 e Militia Dei em 1145.

Em 14 de Outubro de 1229 o papa Gregório IX redige uma outra bula, Ipsa nos cogit pietas, dirigida ao mestre e cavaleiros da ordem do Templo que os isenta de pagarem as décimas para as despesas da Terra Santa atendendo "à guerra continua que sustentavam contra os infieis arriscando a vida e a fazenda pela fé e amor de Cristo".

Leões na Guerra e cordeiros no lar

Um contemporâneo (Jacques de Vitry) descreve os Templários como "leões de guerra e cordeiros no lar; rudes cavaleiros no campo de batalha, monges piedosos na capela; temidos pelos inimigos de Cristo, a suavidade para com Seus amigos".

Defesa dos Cristãos

Levando uma forma de vida austera, não tinham medo de morrer para defender os cristãos que iam em peregrinação a Terra Santa. Como exército nunca foram muito numerosos: aproximadamente não passavam de 400 cavaleiros em Jerusalém no auge da Ordem. Mesmo assim, foram conhecidos como o terror dos maometanos. Quando presos rechaçavam com desprezo a liberdade oferecida em troca da apostasia, permanecendo fiéis à fé cristã.

Crescimento da ordem e a perda de sua missão

Com o passar do tempo a ordem ficou riquíssima e muito poderosa: receberam várias doações de terras na Europa, ganharam enorme poder político, militar e econômico, o que acabou permitindo estabelecer uma rede de grande influência no continente.

Também começaram a ser admitidas na ordem, devido à necessidade de contingente, pessoas que não atendiam aos critérios que eram levados em conta no início. Logo, o fervor cristão, a vida austera e a vontade de defender os cristãos da morte deixaram de ser as motivações principais dos cavaleiros Templários.

Derrotas

As derrotas sofridas pela ordem reforçaram a ideia nos altos escalões do clero de que os Templários já não cumpriam sua missão de liberar e proteger os caminhos para Jerusalém. A principal derrota aconteceu em 1291, quando os mulçumanos conquistaram São João de Acre, a última cidade cristã na Terra Santa, o que levou o deslocamento de muitos de seus membros de volta à Europa.

A perseguição

A partir desse período começam as perseguições pelo rei Felipe, o Belo, que, incomodado pela autonomia e poder da ordem, toma diversas medidas para dominá-la. Sem alcançar seus objetivos, decreta a dissolução da ordem, a prisão de seus líderes que, depois de interrogatórios, são condenados a morrer na fogueira em 18 de março de 1314.

A ganância do rei

Filipe IV de França pensou em apropriar-se dos bens dos Templários, e por isso havia posto em andamento uma estratégia de descrédito, acusando-os de heresia.

A ordem de prisão foi redigida em 14 de Setembro de 1307 no dia da exaltação da Santa Cruz, e no dia 13 de Outubro de 1307 (uma sexta-feira) o rei obrigou o comparecimento de todos os Templários da França. Os Templários foram encarcerados em masmorras e submetidos a torturas para se declararem culpados de heresia, no pergaminho redigido após a investigação dos interrogatórios, no Castelo de Chinon, no qual Filipe IV de França (Felipe, o Belo), influenciado por Guilherme de Nogaret havia prendido ilicitamente o último grão-mestre do Templo e alguns altos dignitários da Ordem.

A inocência dos Templários

O Pergaminho de Chinon atesta que o Papa Clemente V esteve para absolver os Templários das acusações de heresia, evidenciando, assim, que a queda histórica da Ordem deu-se por causa da perda dessa sua vontade e de razões de oportunismo político que a ultrapassaram.

Dela se aproveitou Filipe, o Belo, para se apoderar dos bens da Ordem, acusando-a de ter se corrompido. Ele encarcerou os Superiores dos Templários, e, depois de um processo iníquo, os fez queimar vivos, pois obtivera deles confissões sob tortura, que eram consideradas nulas pelas leis da Igreja e da Inquisição, bem como pelos Concílio de Vienne (França) em 1311 e Concílio regional de Narbona (França) em 1243.

Da Sentença do Papa Clemente V aos dias Atuais

O chamado "Pergaminho de Chinon" ao declarar que Clemente V pretendia absolver a Ordem das acusações de heresia, e que poderia ter dado eventualmente a absolvição ao último grão-mestre, Jacques de Molay, e aos demais cavaleiros, suscitou a reação da monarquia francesa, de tal forma que obrigou o papa Clemente V a uma discussão ambígua, sancionada em 1312, durante o Concílio de Vienne, pela bula Vox in excelso, a qual declarava que o processo não havia comprovado a acusação de heresia.

Inocência comprovada

Após a descoberta nos Arquivos do Vaticano, da acta de Chinon, assinada por quatro cardeais, declarando a vontade de dar a inocência dos Templários, sete séculos após o processo, o mesmo foi recordado em uma cerimónia realizada no Vaticano, a 25 de outubro de 2007, na Sala Vecchia do Sínodo, na presença de Monsenhor Raffaele Farina, arquivista bibliotecário da Santa Igreja Romana, de Monsenhor Sergio Pagano, prefeito do Arquivo Secreto do Vaticano, de Marco Maiorino, oficial do Arquivo, de Franco Cardini, medievalista, de Valerio Manfred, arqueólogo e escritor, e da escritora Barbara Frale, descobridora do pergaminho e autora do livro "Os Templários".

O Grão Priorado de Portugal esteve representado por Alberto da Silva Lopes, Preceptor das Comendadorias e Grão Cruz da Ordem Suprema e Militar dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão.

Considerações finais

A destruição da Ordem do Templo propiciou ao rei francês não apenas os tesouros imensos da Ordem (que estabelecera o início do sistema bancário), mas também a eliminação do exército da Igreja, o que o tornava senhor rei absoluto, na França.

Nos demais países a riqueza da ordem ficou com a Igreja Católica.

Na sua ira, DeMolay teria chamado o rei e o Papa a encontrá-lo novamente diante do julgamento de Deus antes que aquele ano terminasse - apesar de este desafio não constar em relatos modernos da sua execução. Filipe o Belo e Clemente V morreram ainda no ano de 1314. Esta série de eventos formam a base de "Les Rois Maudits" ("Os Reis Malditos"), uma série de livros históricos de Maurice Druon. Ironicamente, Luís XVI de França (executado em 1793) era um descendente de Felipe O Belo e de sua neta, Joana II de Navarra.
A Ordem do Templo e a historiografia

O fato de nunca ter havido uma oportunidade de acesso aos documentos originais dos julgamentos contra os Templários motivou o surgimento de muitos livros e filmes, com grande repercussão pública, porém, sem nenhum fundamento histórico. Por este mesmo motivo, muitas sociedades secretas, como a Maçonaria, se proclamam "herdeiras" dos Templários.

Vaticano publica livro que inocenta os Templários

A obra "Processos contra Templários", publicada pela Biblioteca Vaticana, restaura a verdade histórica sobre Os Cavaleiros da Ordem do Templo, conhecidos como Templários, cuja existência e posterior desaparecimento foram motivo de numerosas especulações e lendas.

Os Pergaminho de Chinon são relativos ao processo contra os Templários, realizados sob o pontificado do Papa Clemente V, cujos originais são conservados no Arquivo Secreto do Vaticano. O principal valor da publicação reside na perfeita reprodução dos documentos originais do citado processo e nos textos críticos que acompanham o volume; explicam como e por que o pontífice Clemente V absolveu os Templários da acusação de heresia e suspendeu a Ordem sem dissolvê-la, reintegrando os altos dignitários Templários e a própria Ordem na comunhão da Igreja.

Lendas e Relíquias

A destruição do arquivo central dos Templários (que estava na Ilha de Chipre) em 1571 pelos otomanos[carece de fontes] tornou-se o principal motivo da pequena quantidade de informações disponíveis e da quantidade enorme de lendas e versões sobre sua história.

Os Templários tornaram-se, assim, associados a lendas sobre segredos e mistérios, e mais rumores foram adicionados nos romances de ficção populares, como Ivanhoe, O Pêndulo de Foucault, e O Código Da Vinci, filmes modernos, tais como "A Lenda do Tesouro Perdido" e "Indiana Jones e a Última Cruzada", bem como jogos de vídeo, como Broken Sword e Assassin's Creed.

Historiadores acreditam na separação dos Templários quando a perseguição na França foi declarada. Um dos lugares prováveis para refúgio teria sido a Escócia, onde apenas dois Templários haviam sido presos e ambos eram ingleses.

Muitas das lendas dos Templários estão relacionadas com a ocupação precoce pela Ordem do Monte do Templo em Jerusalém e da especulação sobre as relíquias que os Templários podem ter encontrado lá, como o Santo Graal ou a Arca da Aliança. No entanto, nos extensos documentos da inquisição dos Templários nunca houve uma única menção de qualquer coisa como uma relíquia do Graal, e muito menos a sua posse, por parte dos Templários.

O tema das relíquias também surgiu durante a Inquisição dos Templários, pois documentos diversos dos julgamentos referem-se à adoração de um ídolo de algum tipo, referido em alguns casos, um gato, uma cabeça barbada, ou, em alguns casos, a Baphomet.

A frota Templária

Além de possuir riquezas (ainda hoje procuradas) e uma enorme quantidade de terras na Europa, a Ordem dos Templários possuía uma grande esquadra. Os cavaleiros, além de temidos guerreiros em terra, eram também exímios navegadores e utilizavam sua frota para deslocamentos e negócios com várias nações. Devido ao grande número de membros da Ordem, apenas uma parte dos cavaleiros foram aprisionados (a maioria franceses). Os cavaleiros de outras nacionalidades não foram aprisionados e isso possibilitou-lhes refugiarem-se em outros países. Segundo alguns historiadores, alguns cavaleiros foram para Escócia, Suíça, Portugal e até mais distante, usando seus navios. Muitos deles mudaram seus nomes e se instalaram em países diferentes, para evitar uma perseguição do rei e da Igreja.

O desaparecimento da esquadra

O desaparecimento da esquadra é outro grande mistério. No dia seguinte ao aprisionamento do cavaleiros franceses, toda a esquadra zarpou durante a noite, desaparecendo sem deixar registros. Por essa mesma data, o Rei Português D. Dinis nomeava o primeiro almirante Português de que há memória, apesar de Portugal não ter armada; por outro lado, D. Dinis evitava entregar os bens dos Templários à Igreja e consegue criar uma nova Ordem de Cristo com base na Ordem Templária, adoptando para símbolo uma adaptação da cruz orbicular Templária, levantando a dúvida de que planeava apoderar-se da armada Templária para si.

O sistema bancário

Um dado interessante relativo aos cavaleiros que teriam se dirigido para a Suíça, é que antes desta época não há registros de existência do famoso sistema bancário daquele país, até hoje utilizado e também discutido. Como é sabido, no auge de sua formação, os cavaleiros da Ordem desenvolveram um sistema de empréstimos, linhas de crédito, depósitos de riquezas que na sua época já se assemelhava bastante aos bancos de hoje. É possível que foram os cavaleiros que se refugiaram na Suíça que implantaram o sistema bancário no lugar e que até hoje é a principal atividade do país.

Templários notáveis

Os Fundadores
Hugo de Payens (ou Payns)
Godofredo de Saint-Omer
Godofredo de Bisol ( ou Roral ou Rossal, ou Roland ou Rossel);

Payen de Montdidier ( ou Nirval de Montdidier);
André de Montbard (tio de S. Bernardo);
Arcimbaldo de Saint-Amand, ou Archambaud de Saint-Aignan;
Hugo Rigaud
Gondemaro, (ou Gondomar);
Arnaldo ou Arnoldo
Possessões e Propriedades
Na Terra Santa
Castelo de Gaston - Principado de Antioquia
Chastel Blanc - Condado de Trípoli
Castelo de Tortosa - Condado de Trípoli
Castelo de Sidon - Reino Latino de Jerusalém
Castelo de Beaufort - Reino Latino de Jerusalém
Castelo de Gaza - Reino Latino de Jerusalém
Castelo de Safed - Reino Latino de Jerusalém
Castelo Peregrino - Reino Latino de Jerusalém
Castelo Hernault - Reino Latino de Jerusalém
Chastelet du Gué-Jacob - Reino Latino de Jerusalém

Na Itália

Castelo della Magione

Na Península Ibérica - Espanha

Castelo da Lúa
Castelo de Ascó (1173)
Castelo de Barberà (1143)
Castelo de Castellote
Castelo de Chalamera (1143)
Castelo de Granyena (1131)
Castelo de Gardeny
Castelo de Miravet (1153)
Castelo de Monreal del Campo
Castelo de Montesa
Castelo de Monzón (1143)
Castelo de Peníscola (1294)
Castelo de Ponferrada (1178)
Castelo de Sória (1128)
Castelo de Xivert (1169)

Em Portugal

Castelo de Soure (1128)
Castelo de Celorico da Beira
Castelo de Ranhados
Castelo de Longroiva (1145)
Castelo de Santarém (apenas o direito eclesiástico, 1147)
Castelo de Cera (1159)
Castelo de Tomar (1160)
Castelo de Torres Novas
Castelo de Seda (1160)
Castelo de Pombal (c. 1160)
Castelo de Mogadouro (1165)
Castelo de Belmonte
Castelo de Sabugal
Castelo de Sortelha
Castelo de Penamacor
Castelo de Monsanto (1165)
Castelo de Salvaterra do Extremo
Castelo de Segura
Castelo de Rosmaninhal (1165)
Castelo de Penas Róias (1166)
Castelo de Almourol (1171)
Castelo do Zêzere (1174)
Castelo de Idanha-a-Nova (1187)
Castelo de Idanha-a-Velha (1197)
Castelo de Penamacor (c. 1199)
Castelo de Alpalhão
Castelo de Castelo Novo
Castelo de Ródão
Castelo de Castro Marim
Castelo de Castelo Branco (1214)
Castelo de Vila do Touro (c. 1220)
Castelo de Nisa (1296)
Castelo de Penha Garcia (1303)
Torre de Quintela
Torre de Dornes

Os Templários e Portugal

Os Templários entraram em Portugal ainda no tempo de D. Teresa, que lhes doou a povoação de Fonte Arcada, Penafiel, em 1126.

Um ano depois, a viúva do conde D. Henrique entregou-lhes o Castelo de Soure sob compromisso de colaborarem na conquista de terras aos mouros.
Em 1145 receberam o Castelo de Longroiva e dois anos decorridos ajudaram D. Afonso Henriques na conquista de Santarém e ficaram responsáveis pelo território entre o Mondego e o Tejo, a montante de Santarém.

Os Templários Portugueses a partir de 1160 ficaram sediados na cidade de Tomar.
[5/11 18:04] Thiago Templário: Através da bula Regnans in coelis (12 de agosto de 1308) o Papa Clemente V dá conhecimento aos monarcas cristãos do processo movido contra os Templários, e pela bula Callidi serpentis vigil (dezembro de 1310) decretou a prisão dos mesmos.

Em Portugal, a partir de 1310 o rei D. Dinis buscou evitar a transferência dos bens da ordem extinta para os Hospitalários. Posteriormente, a 15 de março de 1319, pela bula Ad ae exquibus o Papa João XXII instituiu a Ordo Militiae Jesu Christi (Ordem da Milícia de Jesus Cristo) à qual foram atribuídos os bens da extinta ordem no país. Após uma curta passagem por Castro Marim, a nova Ordem viria a sediar-se também em Tomar.

Das várias Comendadorias (casas militares) a maior parte delas recebe o nome de um santo/a, mas também há algumas consagradas com o nome de reis.
Mestres Portugueses

Afonso Henriques, Irmão Templário (13.03.1129)
Guillaume Ricardo (1127 - 1139)
Hugues Martins (1139)
Hugues de Montoire (1143)
Pedro Arnaldo (1155 - 1158)
Gualdim Pais (1158 - 1195)
Lopo Fernandes
Fernando Dias (1202)
Gomes Ramires (1210 - 1212)
Pierre Alvares de Alvito (1212 - 1221)
Pedro Anes (1223 - 1224)
Martin Sanchez (1224 - 1229)
Estevão Belmonte (1229 - 1237)
Guillaume Fouque ou Fulco (1237 - 1242)
Martim Martins (1242 - 1248)
Pedro Gomes (1248 - 1251)
Paio Gomes (1251 - 1253)
Martim Nunes (1253 - 1265)
Gonçalo Martins (1268 - 1271)
Beltrão de Valverde (1273 - 1277)
João Escritor (1280 - 1283)
João Fernandes (1283 - 1288)
Afonso Pais-Gomes (1289 - 1290)
Lourenço Martins (1291 - 1295)
Vasco Fernandes (1295 - 1306)

Atual Grão-Mestre: Dom Fernando Campello Pinto pereira de Sousa Fontes (1960)
Fontes:

Geral

DEMURGER, Alain. Os cavaleiros de Cristo: templários, teutônicos, hospitalários e outras ordens militares na Idade Média (sécs. XI-XVI). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002. 348p. ISBN 85-7110-678-9

DEMURGER, Alain. Os templários: uma cavalaria cristã na Idade Média. São Paulo: Difel, 2007. 687p. ISBN 85-7432-076-5

RUNCIMAN, Steven. História das cruzadas. Volume I: A 1.ª cruzada e a fundação do Reino de Jerusalém). São Paulo: Imago, 2002. 340p. ISBN 85-312-0816-5

LOUÇÃO, Paulo Alexandre. Portugal esotérico. Volume I: Os Templários na formação de Portugal. Lisboa: Ésquilo, 2009.ISBN 978-989-8092-60-1

OLIVEIRA, Nuno Villamariz. Castelos Templários em Portugal. Lisboa: Edições Ésquilo, 2010. ISBN 978-989-8092-77-9

TELMO, António. O Mistério de Portugal na História e n'Os Lusíadas. Lisboa, Ésquilo.