segunda-feira, 4 de junho de 2018

Sistemas Mágicos



Sistema da Golden Dawn (Aurora Dourada)

É uma fusão rígida da Cabala prática com a Magia Greco-Egípcia. Seu sistema complexo de Magia Ritual é firmemente baseado na tradição medieval Européia. Há uma grande ênfase na Magia dos Números. Os paramentos rituais são de uma impressionante riqueza simbólica, bem como os rituais são bastante variados de acordo com a finalidade e o grau mágico dos participantes. Suas iniciações são por graus, começando pelo Neófito (0=0), indo até os graus secretos (6=5 e 7=4), alcançados, e conhecidos, por poucos. Até há bem pouco tempo, fora da Ordem pensava-se ser o 5=6 o grau máximo da Aurora Dourada. Curioso que na Golden Dawn não se praticava (nem se aceitava) a Magia Sexual.
Deste Sistema propagou-se o uso de Sigilos e Pantáculos, bem como ressurgiu o interesse pela Cabala, Numerologia, Astrologia e Geomancia. Além disso, sua interpretação e simplificação do Sistema-dos-Tattwas do livro As Forças Sutis da Natureza de autoria de Rama Prasad, permitiu uma grande abertura. Uma das mais importantes adições ao ocultismo ocidental, dada pela Golden Dawn, foi através de seu método de Criação de Imagens Telesmáticas.

Sistema Thelêmico (Thelema, Aleister Crowley)

Criado acidentalmente (foi a partir da visita de uma Entidade que Aleister Crowley tomou o direcionamento que o faria criar este sistema), este Sistema original é, atualmente, um dos mais comentados e pouco conhecidos. Tendo como ponto de partida o Liber al vel Legis (O Livro da Lei), ditado por uma Entidade não-humana (o Deus Egípcio Hórus - Deus da Guerra), o sistema Thelêmico ampliou suas fronteiras, fazendo uma revisão na Magia Ritual, na Magia Sexual e nas Artes Divinatórias. Faz uso, a Corrente 93, das Correntes Draconianas, Ofidioniana e Tifoniana.
Thelema, em grego, significa vontade.
Os Thelemitas reconhecem como equivalente numerológico cabalístico o número 93. Os Thelemitas chamam aos ensinamentos contidos no Livro da Lei de Corrente 93. As duas frases mágicas dos Thelemitas são "Faz o que tu queres, pois é tudo da Lei e Amor é a Lei", "Amor sob Vontade". Que dizem respeito aos mais sublimes segredos do Livro da Lei. As músicas A Lei e Sociedade Alternativa, de autoria de Raul Seixas, definem bem a filosofia Thelemita, que não tem nada a ver com as bobagens que andam dizendo por aí. Rituais importantes são realizados nos dois solstícios e nos dois equinócios, o que demonstra uma influência da Bruxaria.
Aleister Crowley foi iniciado na Golden Dawn; associou-se, após abandonar a mesma, com a A.:A.: (Argentum Astrum - Estrela de Prata), também chamada de Grande Fraternidade Branca, e com a O.T.O. (Ordo Templi Orientis - Ordem dos Templos do Oriente), as quais ele moldou de acordo com suas crenças e convicções pessoais. Muitos confundiram Thelema com Satanismo, o que é um imenso engano. Há muitas Ordens Thelêmicas, como a O.R.M (Ordo Rosae Misticae), por exemplo, que seguem a filosofia básica, mas com ditames próprios - como utilizar uma Árvore da Vida com doze esferas (exclui-se Daath), o que resulta num Tarot com 24 Arcanos Maiores.
Há, porém, uma cisão da O.T.O, a O.T.O.A. (Ordo Templi Orientis Antigua - Ordem dos Templos do Oriente Antiga), ocorrida quando Aleister Crowley assumiu a direção da O.T.O. mundial; a O.T.O.A. mantém-se fiel à tradição pré-crowleyana, contendo em seu cabedal muitos ensinamentos do Vodu Haitiano. A O.T.O.A. é dirigida por Michael Bertiaux, cuja formação mágica é Franco-Haitiana. Foi ele, aliás, quem introduziu os ensinamentos de Crowley na O.T.O.A., tornando-a, assim, uma das Ordens Mágicas com maior quantidade de ensinamentos a dar. A O.T.O.A., além das Correntes citadas acima (Draconiana, Ofidioniana e Tifoniana), também faz uso da Corrente Aracnidoniana. O sistema da O.T.O. também funciona por graus, indo desde o grau Iº até o VIIº, com muita teoria; daí, vem os graus realmente operativos, o VIIIº (Auto-Magia Sexual), o IXº (Magia Heteroerótica) e o XIº (Magia Homoerótica); existe ainda o grau Xº, que não é porém um grau mágico, mas político-administrativo, sendo seu portador eleito pelos outros portadores dos graus IXº e XIº (o candidato a grau X deverá ser um deles), tornando-se o líder nacional da Ordem. Aleister Crowley era portador do grau-mágico XIº da O.T.O..

Sistema Aurum Solis

Uma variação do Sistema da Golden Dawn, tendo como principal adição ao Sistema mencionado, o uso de práticas de Magia Sexual - muito embora seus métodos dessa forma de Magia não pareçam ser muito potentes. Mas contém no seu bojo todo o material técnico da Golden Dawn, exceto ter realizado uma simplificação na simbologia dos paramentos. Este grupo é liderado pelos renomados ocultistas Melita Denning e Osborne Phillips.

Sistema Salomônico (de Salomão)

Basicamente consiste no uso de Sigilos e Pantáculos de Inteligências Planetárias, que serão Evocadas, ou Invocadas sobre Talismãs e Pantáculos. É um sistema importante que foi aproveitado por quase todas as Ordens Ocultas hoje em atividade.

Sistema da Magia Planetária

Criado pelo grupo Aurum Solis, baseia-se em rituais destinados a Evocar ou Invocar os Espíritos Olímpicos, Entidades Planetárias (Inteligências), ou Arquétipos (dos Arcanos do Tarot, Seres ou Deuses/Deusas Mitológicos, entre outros). É um sistema prático, completo, eficiente, de poucos riscos e fácil de colocar em prática.

Sistema Sangreal

Criado pelo famoso ocultista William G. Gray, é um Sistema que busca fundir a Tradição Ocidental em suas principais manifestações: a Cabala e a Magia. Na verdade, a Cabala aqui abordada é a teórica, que aliás é utilizada em todas as Escolas de Ocultismo, exceto aquelas que abraçam o Sistema de Cabala Prática de Franz Bardon, do Sistema Hermético. Apesar disso, é um Sistema racional, que tem fascinado os mais experientes e competentes ocultistas da atualidade. A obra de Gray é extensa mas não excessiva, o que contribui para facilitar o estudo deste Sistema.
Sua principal característica é a de criar (dentro de cada praticante) um sistema solar em miniatura. A partir daí, cada iniciado trabalha em seu Microcosmo e no Macrocosmo de forma idêntica.

Sistema dos Tattwas

É um método de utilização dos símbolos gráficos orientais representantes dos cinco elementos (Éter/Akasha, Fogo, Água, Ar e Terra). Usa-se o desenho pertinente como forma de meditação e expansão da mente - transformando-se, mentalmente, o desenho em um portal, daí penetrando indo mentalmente, em outras dimensões. É um eficiente método de auto-iniciação.

Sistema de Pathworking

Idêntico em tudo ao Sistema dos Tattwas, exceto que utiliza-se desenhos relativos às Esferas e Caminhos (Path em inglês significa Caminho) da Árvore-de-Vida, que é um hieróglifo cabalístico. Pode-se, alternativamente, utilizar-se de Sigilos de diversas Entidades (visando viajar para as paragens habitadas por aquelas), ou até mesmo Vévés (Sigilos do Vudú), com a mesma finalidade - a auto-iniciação.

Sistema Satânico (Satanismo)

É um fenômeno cristão; só existe por causa do Cristianismo. Baseia-se no dualismo Deus-Diabo, presente em tantas culturas; no dualismo Bem-Mal, presente no inconsciente coletivo.
Historicamente, o Satanismo como culto organizado nunca existiu, até a criação da Igreja de Satã, fundada em 30 de Abril de 1966, por Anton Szandor LaVey, na Califórnia, Estados Unidos. A partir de então, o Satanismo passou a contar com rituais específicos, buscando criar versões próprias da Magia Ritual e da Magia Sexual, além de ter sua própria versão da Missa Católica, chamada Missa Negra. Basicamente, tudo como convencionou-se chamar de Magia Negra (submeter os outros à nossa vontade, causar enfermidades, provocar acidentes ou desgraças e até a mesmo a morte dos outros, obter vantagens em questões legais, em assuntos ilegais ou imorais, corromper a mente alheia, etc.), tem lugar entre os Satanistas. Na corrente da Igreja de Satã, não se prega o sacrifício animal, substituído pelo orgasmo sexual; o sacrifício humano inexiste, ao menos com a pretensa vítima presente - é aceitável realizar um ritual visando a morte de outrem, que, então, será uma vítima sacrifical, embora não seja imolada num altar, há alguns Satanistas que praticam a imolação de pessoas. Portanto, os Satanistas modernos podem vir a realizar sacrifícios humanos, desde que sejam apenas na forma de rituais representados de forma teatral. Isto é, o sacrifício é de forma simbólica apenas.
Os ensinamentos de LaVey baseiam-se nos de Aleister Crowley, Austin Osman Spare, O.T.O. e F.S. (Fraternitas Saturni), além de fazer extenso uso das Chamadas Enoquianas. O Satanismo de LaVey é um culto organizado, sem relação com os Satanistas que, volta e meia, são manchete dos noticiários.

Basicamente, a crença do Satanista dividi-se em três pontos:

1) O Diabo é mais poderoso que Deus;
2) Aqueles que praticam o mal pelo mal, estão realizando o trabalho de Satã, sendo, portanto, seus servidores;
3) Satã recompensa seus servidores com poderes pessoais e facilita-lhes satisfazer e realizar seus desejos.
Satanistas verdadeiros são raros, a grande maioria dos que se dizem tal são simplesmente pessoas possuídas por forças desconhecidas que invocaram - e seu destino será a cadeia, o manicômio ou a tumba, depois do suicídio. Satanismo não é Luciferianismo.

Sistema da Magia Sagrada de Abramelim (Os Quadrados Mágicos)

Um tipo de Magia Ritual cujo alvo principal é a conversação com o próprio Anjo da Guarda; depois, se fará uso de uma série de Quadrados Mágicos que evocam energias diversas. É um sistema poderoso e perigoso, no qual muitos experimentadores não foram bem sucedidos. Aliás, muito mal.
As instruções dadas no famoso livro que ensina este Sistema não devem ser levadas a cabo literalmente, de forma irrefletida; deve-se, porém, ter total atenção aos ensinamentos, antes de colocar os mesmos em prática. Como em todos os textos antigos, aqui também muita coisa está cifrada ou velada. Deste poderoso Sistema surgiram inúmeras práticas com quadrados mágicos que nada têm relação com o Sistema ensinado nesta obra.

Sistema Enoquiano (Magia Enoquiana - Enochian Magic)

É um sistema simbolicamente complexo, que consiste na Evocação de Energias ou Entidades de 30 esferas de poder em torno da Terra. É um sistema poderoso e perigoso, mas já existem diversos guias práticos no mercado, que permitem uma condução relativamente segura. Este Sistema foi descoberto por John Dee e Edward Kelley; posteriormente, foi aperfeiçoado pela Golden Dawn, por Aleister Crowley e seus muitos seguidores, entre eles vale destacar Gerald Schueler. Os nomes bárbaros a que se referem muitos textos de ocultismo são os nomes de poder utilizados neste Sistema Mágico. Aqui, trabalha-se num universo próprio, distinto daquele conhecido no Hermetismo e na Astrologia. Busca-se contato com Elementais, Anjos, Demônios e com o próprio Anjo da Guarda. Dizem alguns entendidos que a famosa Arca da União é o Tablete da União, peça fundamental deste Sistema. Esse Tablete da União encontra-se à disposição de qualquer Mago que cruze o Grande Abismo Exterior, após a passagem pelo sub-plano de Zax, no Plano Akashico, Etéreo Espiritual, local aonde estão situados os sub-planos Lil, Arn, Zom, Paz, Lit, Maz, Deo, Zid e Zip, os últimos entre os 30 Aethyrs ou sub-planos. Essa região é logo anterior ao último anel pelo qual nada passa, tudo isso dentro do conceito do Universo pela física enoquiana.
Para encerrar nossa abordagem sobre a Magia Enoquiana, um aviso: muito cuidado ao pronunciar qualquer palavra no idioma enoquiano, pois as mesmas têm muita força, podendo provocar manifestações nos planos sutis mesmo que as chamadas tenham sido feitas de forma inconsciente ou inconseqüente.

Sistema da Bruxaria (Witchcraft)

Até virem à luz os trabalhos de Gerald Gardner, Raymond Buckland e Scott Cuningham, não se podia considerar a Bruxaria um sistema mágico. As bruxas e os bruxos se reúnem nos covens, que por sua vez encontram-se nos sabbats, as oito grandes festividades definidas pelos solstícios, pelos equinócios, e pelos dias eqüidistantes entre esses. Os últimos são considerados mais importantes.
A Bruxaria é um misto de métodos de Magia clássica (Ritual, Sexual, etc.), com práticas de Magia Natural (uso de velas, incensos, ervas, banhos, poções, etc.), cultuando Entidades Pagãs em geral. Não tem relação com o Satanismo. Bons exemplos do que podemos chamar de Bruxaria, em língua portuguesa, estão no livro Brida, de autoria de Paulo Coelho. Aquilo lá descrito mostra bem o Sistema da Bruxaria, menos nítido, mas também presente nas suas outras obras. Pena a insistência de algumas pessoas em condenar a bruxaria a um lugar inferior entre os Sistemas Mágicos.

Sistema Druida (Druidismo)

Há muito em comum entre o Druidismo moderno e a Wicca (nome dado nos países de língua inglesa à Bruxaria). As principais diferenças residem na mitologia utilizada nos seus rituais (a Celta), além dos locais de culto (entre árvores de carvalho ou círculos de pedras). O Druidismo pode ser resumido como um culto à Mãe Natureza em todas as suas manifestações rituais.

Sistema Shamânico (Shamanismo)

O Shamanismo é a raiz de toda forma de Magia. Floresceu pelo mundo todo, nas mais diversas formas, dando origem a diversos cultos e religiões. Sua origem remonta a Idade da Pedra, com inúmeras evidências disso em cavernas habitadas nessa era. O Shamanismo moderno está ainda embrionário, embora suas raízes sejam profundas e fortes. O Shaman é uma espécie de curandeiro, com poderes especiais nos planos sutis. O Shamanismo caracteriza-se pela habilidade do Shaman entrar em transe com grande facilidade, e sempre que desejado.

Sistema Demoníaco (Goetia - Goécia)

Consiste na Evocação das Entidades Demoníacas, Demônios, de habitantes da Zona Mauva ou das Qliphás. É uma variação unilateral da Magia Evocativa do Sistema Hermético. Obviamente é um Sistema muito perigoso.

Sistema Bon-Po (Bon-Pa)

É um Sistema de Magia originário do Tibet. É uma seita de Magia Negra, com estreitas ligações com as Lojas da F.O.G.C (Ordem Franco-Maçônica da Centúria Dourada), sediadas em Munich, Alemanha, desde 1825, com outras 98 Lojas espalhadas por todo o mundo. Na O.T.O.A. faz-se uso de práticas mágicas Bon-Pa. Membros da seita Bon-Pa estiveram envolvidos com organizações sinistras, como a Mão Negra, responsável para Arquiduque Ferdinando da Áustria, o que precipitou o mundo na Primeira Guerra Mundial. Durante a era Nazista na Alemanha, membros da seita Bon-pa eram vistos freqüentando a cúpula do poder. Outro nome pelo qual a seita Bon-Pa é conhecida é A Fraternidade Negra. Muitos chefes de Estado, artistas famosos e pessoas de destaque na sociedade, foram ou são vinculados à Bon-Pa ou à F.O.G.C - através de pactos feitos com as Forças das Trevas. Vale notar que, na Alemanha Nazista, todas as Ordens Herméticas foram perseguidas e proscritas - exceto a FOGC. Na China, após a tomada do poder por Mao Tse Tung, todas as seitas foram perseguidas e proscritas - exceto a Bon-Pa. Seriam Hitler e Mao Tse Tung membros das mesmas, assim como seus principais asseclas? Vale a pena ler a obra Frabato, de autoria de Franz Bardon, e a edição do mês de Agosto de 1993 da revista Planeta (Editora Três). Em ambas, muita coisa é revelada sobre a história dessas seitas - inclusive sobre suas práticas nefastas.

Sistema Zos-Kia-Cultus

Criado por Austin Osman Spare, o redescobridor do Culto de Priapo. É a primeira manifestação organizada de Magia Pragmática. Baseia-se na fusão da Magia Sexual com a Sigilização Mágica. A obra Practical Sigil Magic, de Frater U.: D.: revela seus segredos. É um Sistema eficiente, mas não serve para qualquer pessoa, somente para aquelas de mente aberta e sem preconceitos. O motivo é simples: seu método de Magia Sexual é o conhecido como Grau VIIIº na O.T.O., ou seja, a Auto-Magia Sexual.

Sistema Rúnico (Magia de Runas - Rune Magick - Runes)

Runas são letras-símbolos, cada qual com significados variados e distintos. Tem uso em Divinação, em Magia Pentacular e em Meditação. Infelizmente, a Cabala das Runas perdeu-se para sempre na noite dos tempos. As Runas tem origem totalmente Teutônica. As Runas tem se tornado um dos mais importantes alfabetos mágicos, talvez devido a seu poder como elementos emissores de ondas-de-forma, talvez devido à facilidade de sua escrita.

Sistema Icônico ou Iconográfico (antigo Sistema Hebraísta)

Desenvolvido por Jean Gaston Bardet, com a colaboração de Jean de La Fye, é um sistema tecnicamente complexo, que consiste em utilizar as letras de fôrma hebraicas como fonte de emissões-de-ondas-de-forma. Hoje, com o Sistema aprimorado por Antônio Rodrigues, utiliza-se dessas letras, além de outros símbolos ou ícones, para a detecção e criação de estados esotéricos, bem como para neutralizar ou alterar energias sutis diversas. É um dos mais potentes que existe, dentro da visão de emissores e detectores de ondas-de-forma. Rodrigues introduziu muitas palavras de conteúdo mágico nesse Sistema, muitas das quais oriundas da obra 777, de Aleister Crowley. Se for utilizado como forma de meditação, ou conjuntamente à Cabala Simbólica (a que faz uso do hieróglifo da Árvore-da-Vida), é eficiente para a prática do Pathworking.

Sistema do Vodu (Voudoun - Voodoo)

Apesar de ser visto como uma religião primitiva, o Vodu é na realidade, um sistema de Magia bastante completo. Nele encontramos Invocação, Evocação, Divinação, Encantamento e Iluminação. Práticas não encontradas nos outros Cultos Afro (Candomblé, Lucumí, Santeria), como por exemplo a Magia Sexual, presente no Vodu, embora de forma não muito aprimorada, exceto dentro do Vodu Gnóstico e do Hoodoo.
As possessões que ocorrem no Vodu (como no Candomblé, Lucumí e Santeria), são reais, fruto da Invocação Mágica dos Deuses, Deusas e demais Entidades. Não se trata de uma exteriorização de algum tipo de dupla personalidade, nem de uma possessão por Elementares ou por Cascarões Avivados (como normalmente ocorre em religiões que fazem uso das mesmas práticas). A possessão no Vodu é um fenômeno completo e real. O Deus "monta" o indivíduo da mesma forma que um ser humano monta num cavalo. As Entidades "emergem" do solo para o corpo do indivíduo, penetrando inicialmente pelos seus pés. É uma sensação única, que só pode ser descrita por quem já teve tal experiência. Cada Loa (Deus ou Deusa) do Vodu tem sua personalidade distinta, poderes específicos, regiões de autoridade, além de insígnias ou emblemas - vevés e ferramentas. Uma fusão dos Cultos Afros só trará benefícios a todos os praticantes da Ciência Sagrada.
Os avanços do Vodu foram tantos, especialmente do Vodú Gnóstico, do Vodu Esotérico e do Vodu do Novo Aeon, que entre suas práticas encontra-se até mesmo um Sistema Radiônico-Psicotrônico, que faz uso de Máquinas Radiônicas com as finalidades convencionais (Magia de saúde, de prosperidade, de sucesso, de harmonia, combate às Forças das trevas e às Forças Psíquicas Assassinas, combate aos Implantes Mágicos, etc.), além de favorecer as viagens mentais e astrais. Esse Sistema foi batizado, por seus praticantes, de Vodutrônica.
O Vodu é, guardadas as devidas proporções, uma Religião Thelêmica, posto que a verdade individual que se busca no Sistema Thelêmico, culmina aqui com a descoberta do Deus individual, o que resulta numa Religião Individual, isto é, a Divindade e toda a religião de um indivíduo é totalmente distinta do que seja para qualquer outra pessoa. E isso é Thelêmico, ao menos em seu sentido mais amplo. As Entidades do Vudu são fixadas em receptáculos diversos, que vão desde vasos contendo diversos elementos orgânicos misturados (os Assentamentos), até garrafas com tampa, passando pelas Atuas (caixinhas de madeira pintadas com os Sigilos) dos Loas, com tampa, altamente atrativas para os Espíritos. Mas as práticas utilizando elementos da Magia Natural, como ervas, banhos, defumações, comidas oferecidas às Entidades, são todas práticas adicionadas posteriormente ao Vodu, não parte integrante desde seu início. No Vodu se faz uso, além da Egrégora do próprio culto, das Correntes Aracdoniana, Insectoniana e Ofidiana.

Sistema de Magia do Caos (Círculo do Caos - Iluminados de Thanateros)

A Magia do Caos tem origem nos trabalhos de Austin Osman Spare, redescobridor do Culto de Priapo. A Magia do Caos é atualmente bastante divulgada por seu organizador Peter James Carroll, além de Adrian Savage.
Os praticantes da Magia do Caos consideram-se herdeiros mágicos de Aleister Crowley (e da O.T.O.) e de Austin Osman Spare (e da Zos-Kia Cultus). Seu sistema procura englobar tudo quanto seja válido e prático em Magia, descartando tudo quanto for mais complexo que o necessário. Caracteriza-se por não ter preconceitos contra nenhuma forma de Magia, desde que funcione.
Está se tornando o mais influente Sistema de Magia entre os intelectuais da modernidade. Entre suas práticas mais importantes vale ressaltar o uso da Magia Sexual, em especial dos métodos de mão esquerda. Seus graus mágicos são cinco, em ordem decrescente: 4º, 3º, 2º, 1º e 0º.

Sistema de Magia Natural

Consiste na utilização de elementos físicos, na forma de realizar atos de Magia Mumíaca (éfiges de pessoas, representando-as, tornando-se receptáculos dos atos mágicos destinados àquelas), bem como no uso de banhos energéticos, defumações, pós, ungüentos, etc., visando obter resultados mágicos pela via do menor esforço.

Sistema Necronomicônico (do Necronomicon)

Uma variação da Magia Ritual, que baseia-se na mitologia presente nos contos de horror do autor H. P. Lovecraft em especial no Deus Cthulhu, e no livro mágico Necronomicon (citado com freqüência pelo autor). Atualmente, diversos grupos fazem uso deste Sistema na prática, entre eles valendo destacar a I.O.T., a O.R.M. e a Igreja de Satã. Frank G. Ripel, ocultista italiano que lidera a O.R.M., pode ser considerado o mais importante divulgador deste Sistema de Magia, além de ser o renovador do Sistema Thelêmico. Mas o grupo I.O.T. tem sido o responsável pela modernização (e explicação racional) deste poderoso Sistema. Aliás, poderoso e perigoso, por isso mesmo atraente. Tão atraente que foi criada uma coleção de RPG's versando sobre o culto de Cthulhu, o Necronomicon e outras idéias de H.P. Lovecraft.

Sistema Luciferiano (Luciferianismo - Fraternitas Saturni)

Muito parecido com o sistema de Magia da O.T.O. (Thelêmico), centralizando suas práticas na Magia Sexual (em especial nas práticas de Mão Esquerda), na Magia Ritual e na Magia Eletrônica, conta, porém, com uma distinção fundamental do sistema pregado por Aleister Crowley: enquanto na O.T.O busca-se a fusão com a Energia Criadora, através da dissolução do ego, na Fraternitas Saturni (FS) busca-se elevar o espírito humano a uma condição de Divindade, alcançando o mesmo estado que o da Divindade cultuada: Lúcifer, a oitava superior de Saturno, cuja região central é o Demiurgo, e cuja oitava inferior é Satã, Satan, Shatan ou Satanás (e sua contra-parte feminina, Satana). Portanto, Lúcifer e Satã são entidades distintas. Na F.S., há 33 graus, alguns mágicos, outros administrativos.

Sistema Hermético (Hermetismo - Franz Bardon)

Sistema amplamente explicado (na teoria e na prática) nas obras de Franz Bardon, reencarnação de Hermes Trismegistos (conforme sua autobiografia intitulada Frabato, The Magician. O sistema Hermético prega um desenvolvimento gradativo das Energias no ser humano, partindo de simples exercícios de respiração e concentração mental, até o domínio dos elementos, daí à Evocação Mágica, e até à Cabala, aonde aprende-se o misticismo das letras e o uso mágico de palavras e sentenças, algumas das quais foram utilizadas para realizar todos os milagres descritos na Bíblia e em outros textos sagrados. É o único Sistema totalmente racional e científico.

Sistema Cabalístico (Quabbalah - Tantra - Kabalah - Fórmulas Mágicas)

Conforme dito acima, é a prática do misticismo das letras (isto é, do conhecimento das cores, notas musicais, elementos naturais e suas respectivas qualidades, regiões do corpo em que cada letra atua, etc.), daí das palavras e de sentenças; o uso de mais de uma letra, cabalisticamente, tem o nome de Fórmula Cabalística. Tantra no Oriente, Cabala no Ocidente. Há muitas escolas de Tantra, outras tantas de Cabala.
Muitas Escolas de Ocultismo, que utilizam a Cabala como parte de seus ensinamentos, o fazem utilizando a chamada Cabala Teórica, que baseia-se no hieróglifo da Árvore da Vida e suas atribuições. Poucas Escolas utilizam a Cabala Prática, como ensinada por Franz Bardon. As diferenças entre a Cabala Prática e a Teórica são muitas, mas, como principal distinção, na Cabala Teórica o enriquecimento pessoal é apenas a nível teórico, isto é, intelectual, enquanto que na Prática se aprende, se compreende, se vive a realidade do Misticismo das Letras. O mesmo conhecimento que foi utilizado para criar tudo quanto existe no Universo. É simultaneamente Dogmático e Pragmático.

Magia Eletrônica

É um acessório da Magia Ritual, utilizando-se de paramentos do tipo Bobina Tesla ou Gerador Van De Graff para gerar poderosas energias visando potencializar os rituais.

Sistema Psicotrônico (Psicotrônica)

É uma forma de Magia Pragmática, pois utiliza o simbolismo próprio do Mago (uma vez que será este a determinar quais os números a serem utilizados, qual o tempo de exposição ao poder do equipamento utilizado, ou ainda uma série enorme de fatores passíveis de emissão psicotrônica, detectadas ou determinadas por meios radiestésicos ou intuitivos), aliado à eletricidade e à eletrônica, para produzir seus efeitos. Apesar de utilizar-se de aparato muitas das vezes sofisticado, tem o mesmo tipo de ação que outras variedades de Magia Ritual, isto é, depende inteiramente (ou quase) das qualidades mágicas do operador.
Sistema de Emissões de Ondas-devidas-às-formas (Sistema de Ondas-de-Formas)
É uma forma de Magia Dogmática, posto que faz uso de paramentos e símbolos sem paralelo no sub-consciente do Mago; exceção se aplica aos gráficos que dependem de uma seleção radiestésica de seu design, como, por exemplo, no sistema Alpha-Omega (aonde se seleciona os algarismos numéricos e a quantidade de círculos em torno daqueles, para se construir o gráfico) neste sistema Pragmático. Para exemplificar o uso prático, se utiliza equipamentos bidimensionais ou tridimensionais; os primeiros são os gráficos emissores, compensadores e moduladores de Ondas-de-Forma, enquanto os outros são os aparelhos tipo pirâmides, esferas ocas, meias-esferas, arranjos espaciais que parecem móbiles, etc. Neste Sistema, na sua parte tridimensional, é que se utiliza os pêndulos, as forquilhas e demais instrumentos radiestésicos, rabdomânticos e geobiológicos.

Sistema Radiônico (Radiônica)

É a única modalidade de Magia que, apesar de totalmente encaixada no sistema de Magia Ritual, e herdeira única do sistema Psicotrônico, reúne em si, simultaneamente, as características de Dogmatismo e Pragmatismo.
Os métodos utilizados para a detecção das energias são nitidamente Pragmáticos, uma vez que fazem uso de pêndulos (radiestesia) ou das placas-de-fricção (sistemas sujeitos à Lei das Sincronicidades, de Carl Gustav Jung).
O coração do sistema Radiônico, porém, não é seu método de detecção (uma vez que há aparelhos sem nenhum sistema de detecção, como a Peggotty Board, ou Tábua de Cravilhas), mas seu sistema de índices.
Esses índices são em geral descobertos ou criados pelos pesquisadores do sistema em questão, e passados adiante para os outros usuários do sistema, que não são necessariamente pesquisadores. Assim, quando se utiliza índices desenvolvidos por outras pessoas, se está operando no sistema Dogmático, apesar de que os números presentes nos índices são sempre comuns à mente de qualquer operador - mas as seqüências em que eles aparecem, que formam os índices, o fazem de forma desconhecida ao sub-consciente do operador, portanto de forma Dogmática.
Quando, porém, fazemos uso de índices que sejam fruto de nossas próprias pesquisas ou experiências, trabalhamos, então, de forma Pragmática. Portanto, em se tratando de Radiônica, somente nossas próprias pesquisas permitem um trabalho totalmente Pragmático.

Sistema do Candomblé

Muito parecido com o Sistema do Vodu, mas simplificado. Na verdade, o Candomblé é um culto aos Deuses e Deusas do panteão Nagô, aonde predomina a Magia Natural, com grande ênfase nos sacrifícios animais, na criação de Elementares Artificiais e em outras tantas práticas mágicas - como os banhos de ervas, o uso de pós mágicos, etc. Além de Evocações e Invocações das Divindades cultuadas. É um Sistema de grande potencial, infelizmente tornado, ao longo dos anos, inferior ao Vodu, do ponto de vista iniciático.

Sistema da Umbanda

Consiste na Invocação de Entidades de um panteão próprio e extremamente complexo, visando obter os favores das Entidades incorporadas. Também existe a Evocação quando se faz oferendas de itens diversos para as Entidades. É basicamente um culto de Magia Branca.

Sistema da Quimbanda

Muito parecido com o Sistema da Umbanda, com exceção de que não se atua com Entidades demoníacas; é basicamente um culto de Magia Negra.

Sistema da Wicca

Um aprimoramento do Sistema de Feitiçaria, a Wicca é uma religião muito bem organizada e sistematizada, sendo que nela se aboliu a prática de sacrifícios animais, que era freqüente na Feitiçaria. Há um ramo mais sofisticado da Wicca, a Seax-Wicca, dos seguidores de Gerald Gardner, que busca aprimorar a Wicca, transformando-a num culto menos dogmatizado que o tradicional.

Sistema de Magia Sexual

Temos aqui uma abertura para oito sub-sistemas:

- Sistema da O.T.O.:

Basicamente um método de Magia Sexual que busca a elevação espiritual através do sexo. Tem três graus de aptidão mágica sexual - o VIII, o IX e o XI. Pode ser considerado o Tantra ocidental.

- Sistema da O.T.O.A.:

É muito parecido com o da O.T.O., porém faz uso não apenas da Magia Sexual praticada fisicamente, mas também de práticas astrais desse tipo de Magia.

- Sistema Maatiano

Criado por dissidentes da O.T.O., tem uma visão mais moderna da Magia Sexual. Sua visão sobre o grau XIº é particularmente distinta.

- Sistema da Fraternitas Saturni (F.S.)

É derivado da O.T.O., mas abertamente Luciferiano.

- Sistema Ansariético

Criado pelos Ansariehs ou Aluítas da Síria, é o primeiro dos modernos métodos de Magia Sexual.

- Sistema de Eulis

Criado por Pascal Beverly Randolph, um iniciado entre os Aluítas, é um método científico de Magia Sexual ocidental, muito poderoso e perigoso. Seu criador era médico, e cometeu suicídio após muitos problemas na vida. Era mulato, político liberal, libertino, residente nos Estados Unidos no século XIX.

- Sistema Zos-Kia

Criado por Austin Osman Spare, consiste no uso mágico da Auto-Magia Sexual ou Auto-Amor. É também um Sistema muito potente e perigoso. Seu criador, talentoso artista plástico, morreu esquecido e quase na miséria.

- Sistema Palladium

Criado por Robert North, estudioso de Franz Bardon, P.B.Randolph, Aleister Crowley, além de outros mestres do ocultismo. Tem sua doutrina, os Palladianos, no conceito do ser humano pré-adâmico, isto é, no ser humano bissexuado, para o qual o relacionamento sexual era desnecessário para a procriação. Esses seres eram os Elohim, Filhos de Deus, que criaram o pecado relacionando-se sexualmente uns com os outros - o que era desnecessário - provocando a queda da humanidade. Com o pecado, veio a punição: Deus dividiu o sexo dos seres humanos, o que provocou a expulsão deles do Éden. Baseando-se nessa crença, além de buscar decifrar os ensinamentos ocultos de todos os Mestres, e interpretar o significado oculto da literatura, os Palladianos buscam trazer luz aos conceitos tão mal compreendidos da Magia Sexual.

Antropología gnóstica y Gnosticismo


Yaldabaoth el leontoeides ("rostro de león"), imagen de la representación del Demiurgo encontrada en una gema gnóstica en Bernard de Montfaucon’s L’antiquité expliquée et représentée en figures.


La antropología gnóstica es, según los cristianos gnósticos un nuevo tipo de antropología revolucionaria que pretende el estudio del hombre a través de si mismo, utilizando las facultades de la conciencia, que yacen adormecidas esperando el instante de ser despertadas.
Gran parte de los antropólogos actuales están considerando que la sabiduría ancestral está impresa en los restos arqueológicos más remotos, incluyendo el paleolítico, a éste respecto Francisca Martín Cano dice:

"El arte primitivo australiano es el heredero de un saber surgido en la Prehistoria que emigró y se extendió por el resto del mundo y que sorprendentemente en éste pueblo oceánico ha permanecido inalterable desde entonces y conservado en manos de personas expertas con pleno conocimiento de su significado."

Gracias a la Antropología Gnóstica podemos aseverar que dicho enclave pertenece al continente Mu, el cual dio origen a una gran raza hoy extinta, pero que para el bien de la actual humanidad dejó su huella plasmada en diferentes manifestaciones artísticas y culturales.

El gnosticismo (del griego Γνωστικισμóς gnostikismós; derivado a su vez de Γνωσις (gnosis): ‘conocimiento’) es un conjunto de doctrinas sincréticas religiosas y esotéricas que aparecieron durante los siglos II y III y que llegaron a mimetizarse con el cristianismo, convirtiéndose finalmente en una herejía de la Iglesia, después de una etapa de cierto prestigio entre intelectuales cristianos.

Aunque de raíces paganas, el más significativo pensamiento gnóstico se alcanzó como rama heterodoxa del cristianismo primitivo y la mayoría de las sectas gnósticas profesaban el cristianismo. El gnosticismo prometía a sus seguidores un conocimiento secreto del reino divino denominado gnosis.

Según esta doctrina los iniciados no se salvan por la fe en el perdón gracias al sacrificio de Cristo, sino que se salvan mediante la gnosis, o conocimiento introspectivo de lo divino, que es un conocimiento superior a la fe. Ni la sola fe ni la muerte de Cristo bastan para salvarse. El ser humano es autónomo para salvarse a sí mismo, negando así la esencia del Cristianismo que se basa en la redención mediante el sacrificio de Cristo y la posterior resurrección.

El gnosticismo es una mística secreta de la salvación en la que mezclan sincréticamente creencias orientalistas e ideas de la filosofía griega, principalmente neoplatónica. Es una creencia dualista: el bien frente al mal, el espíritu frente a la materia, el Ser Supremo frente al Demiurgo, el espíritu frente al cuerpo y el alma.

Aspira a que el ser humano se eleve a un estado superior mediante un conocimiento secreto y desarrolle la conciencia, la capacidad de conocer y comprobar, dejando de lado los dogmas y las creencias. A través de la llamada "revolución de la conciencia" tiene el propósito de regenerar facultades latentes que permitan integrar al hombre con su ser real y así alcanzar la autorrealización íntima.

El gnosticismo ha sido condenado por la Iglesia desde los primeros tiempos de la Roma cristiana (siglo IV) debido a que le atribuye una exaltación extrema de la soberbia (un pecado capital), ya que, al ser iniciática, la gnosis tendría como fin convertir al hombre en un ser superior por encima de las masas. Esto se suma a que algunas corrientes gnósticas, como el ofismo, toman como alegoría la actitud en la que Lucifer se rebeló por querer ser como Dios, convirtiéndose así, según el cristianismo, en Satanás por su pecado, éste a su vez produjo la misma caída en el ser humano ofreciendo el fruto prohibido a Eva (pecado original). En 1717, la masonería se apropió de algunos de estos conceptos gnósticos con el fin de atraer a laicos y humanistas seculares como prosélitos a su causa, enfatizando la elevación del hombre por encima de cualquier dogma religioso.

Gnosis

La gnosis es, según el gnosticismo, un conocimiento esotérico adquirido mediante la intuición, en lugar de la revelación religiosa tradicional, cuyos principios enseñan a buscar respuestas a estas preguntas, investigando por uno mismo las grandes verdades de la naturaleza y el cosmos. Existe una enorme diversidad de doctrinas y escuelas gnósticas, lo que hace difícil hablar de un solo gnosticismo.

Gnosticismo antiguo

Algunas de las figuras mas prominentes del gnosticismo en la antigüedad son: Bardaisan, Basílides, Carpócrates, Cerdón, Marción, Marcos el Mago, Ptolomeo el Gnóstico, Simón el Mago o Valentín el Gnóstico. Las corrientes gnosticas más importantes del mundo antiguo son:

Simonismo, de Simón el Mago, fundada por Simón de Gitta, un samaritano. La doctrina de Simón predicaba que existía un Dios de Luz creador máximo del Universo, de quien emana Sofía, una divinidad femenina madre del universo. Los ángeles a su vez emanan de Sofía y luego se rebelan encerrándola en el universo material así, Sofía se encarna a través de las épocas en diferentes formas (como Helena de Troya por ejemplo) hasta encarnarse como una esclava prostituta en la ciudad de Tiro. Entonces Dios se encarnó como Simón el Mago y la rescató volviéndose la pareja divina y adorados por los simonianos como a Zeuz y Atena. Lógicamente los cristianos paulinos predicaron contra Simón el Mago aduciendo que era un usurero y de allí proviene el término simonía (lucrar con la religión).
Marcionismo, de Marción (85-160), heresiarca griego que predicaba que Jesús era la encarnación de la divinidad y que el Jehová judío era un malvado demonio enemigo de Jesús. Marción aseguraba que el judaísmo y el cristianismo no estaban emparentados, que eran religiones paralelas cuyo único vínculo era haber surgido en Palestina, que Jesús no era el Mesías judío, pues éste se llamaría Emmanuel, sería sólo aceptado por los judíos, sería descendiente de David y se levantarían contra él pueblos e imperios. Que este Mesías no había llegado ni que su profecía se había cumplido en Jesús. Marción rechazó el Antiguo Testamento, otorgando importancia preeminente al Evangelio de San Lucas y adoptando una cosmovisión gnóstica con aires órficos y maniqueos. Éste es el primer intento histórico de "reforma", de "europeización", del cristianismo, intentando despojarlo de su origen judío. Aseguraba que debía separarse al cristianismo de cualquier influencia judía, que no existía tal Viejo Testamento y Nuevo Testamento, sino simplemente escrituras de religiones separadas, con dioses separados, y purgó los evangelios de toda escritura con influencia judía incluyendo la mayoría de las epístolas de Pablo. Como la mayoría de las otras sectas gnósticas predicaba la abstinencia.

A pesar de que suele atribuírsele el carácter de “gnóstico” nunca tuvo ese carácter, no obstante su cercanía, antes de elaborar su propio cuerpo doctrinal, con la herejía Docética.

Ofismo, conjunto de sectas gnósticas pseudocristianas que se desarrollaron alrededor del año 100 en Siria y Egipto. Su nombre se deriva del griego ὄφις (ophis, "serpiente"). Común a estas sectas era la gran importancia que daban a la serpiente del Génesis (la del relato bíblico del pecado original de Adán y Eva), por su conexión con el árbol del conocimiento del bien y del mal, y la de éste con la gnosis ("conocimiento"). Contrariamente a la interpretación cristiana ortodoxa de la serpiente como Satanás, los ofitas veían en la serpiente una figura positiva, heroica; mientras que al Dios del Antiguo Testamento lo identificaban con una figura negativa, malvada (un demiurgo al que denominan Yaldabaoth el leontoeides -"rostro de león"-). La imposición de la doctrina cristana ortodoxa a partir del siglo IV implicó la destrucción de todos los textos de los ofitas; con lo que la mayor parte de la información acerca de estas sectas sólo puede ser obtenida de aquello que decían de ellas sus enemigos: Hipólito de Roma, Ireneo de Lyon, Orígenes y Epifanio de Salamis. Algunos textos ofitas, sin embargo, han sido recuperados en descubrimientos arqueológicos recientes, como los de Nag Hammadi (Evangelio apócrifo de Juan, Hipóstasis de los Arcontes o Sobre el origen del mundo).
Mandeísmo, (del arameo מַנְדַּע, /manda/, ‘[nosotros] sabemos’) fue una secta gnóstica que se desarrolló en los siglos I y II d. C. en las orillas del río Jordán. Después esta religión admitió otros elementos por sincretismo y en la actualidad, todavía quedan algunos creyentes en ciertas zonas de Irak, entre 5000 y 7000, e Irán, ya que las persecuciones por parte del integrismo islámico (sobre todo en Irak) han provocado una gran emigración y dispersión. Estaba dirigida por la casta sacerdotal de los nasoreanos (nombre por el que también eran conocidos). Esta casta sacerdotal se divide en dos tipos, los iniciados al más alto nivel denominados ganzibra (tesoreros) y otros con menor rango de iniciación, llamados tarmidia (discípulo) y utilizan como lengua litúrgica un dialecto arameo oriental hoy ya sólo entendido por sacerdotes. El alfabeto mandeo guarda el más estrecho paralelismo con las inscripciones elymaicas de Tang-i-Sarwäk en Juzestán (siglo II).
Maniqueísmo, de Mani (215-275), sabio persa que aseguraba que existían dos principios radicalmente opuestos; el Espíritu (Bien) y la Materia (Mal), y que diferentes profetas habían sido predicadores del espíritu; entre ellos Set, Noé, Abraham, Shem, Nikotheos, Henoc, Zoroastro, Hermes, Platón, Buda y Jesús, pero siendo él el mayor de todos los profetas. La doctrina maniquea fue duramente perseguida por los sacerdotes ortodoxos zoroastrianos que la veían como herética. Hubo comunidades maniqueas desde Roma hasta China. En China se llamó a Mani como “el Boddhisattva de la Luz” por lo que aparentemente tenía buenas relaciones con los budistas, no así con los cristianos y zoroastrianos. El Imperio Kushan (vecino de China), un imperio de arios que eran mayoritariamente budistas, tuvo el maniqueísmo como religión oficial por algunos siglos. Tuvo el beneplácito del emperador del Imperio Parto Sapor, y su hijo Ormuz I, hasta que este murió y fue sucedido por Bahram I, un enemigo suyo quien ordenó su muerte por crucifixión. Los maniqueos se dividían en dos grupos; los Elegidos (sacerdotes que practicaban la autoflagelación, el celibato, el ayuno y el ascetismo) y los Oyentes que podían casarse aunque se desaconsejaba tener hijos, y tenían menos rigidez en su vida diaria. Todos eran vegetarianos. San Agustín de Hipona fue un renombrado maniqueo antes de convertirse al Catolicismo, su obra Confesiones, ayudo en gran medida a la desaparición de esta secta.
Basilideanismo, secta fundada por Basílides de Alejandría en el siglo II. Sus seguidores decían haber recibido sus doctrinas esotéricas de Claucias, un apóstol de San Pedro. Los basilideanos reconocían a Abraxas como su ser supremo. Su sistema tuvo tres grandes grados: material, intelectual, y espiritual, por los que los iniciados progresaban. Además, poseían dos estatuas alegóricas, hombre y mujer. Muchos puntos de su doctrina comparten resemblanza con la de los Ofitas y con la Cábala judía.
Valentinianismo, una de las más importantes sectas gnósticas del siglo II, constituida por discípulos del famoso Valentín. Hacia el año 160 existía una escuela valentiniana, que pudo haber sido fundada por el mismo Valentín una o dos décadas antes. Valentín tuvo numerosos discípulos, de los que quedan algunos escritos, y de los que nos dan noticias numerosos escritores cristianos: S. Ireneo en el Adversus haereses, Hipólito en los Philosophumena (o Refutatio), Tertuliano en el Adversus Valentínianum, etc. Su secta se dividió en dos ramas: la ítala y la anatolia. A la primera, más sobria, pertenecen Ptolomeo, Florino y Heraklion. La rama anatolia u oriental, más complicada y menos conocida, tiene como representantes a Marcos el mago, Axiónico y Ardesianes. Los pocos fragmentos que poseemos de los escritos de Valentín son insuficientes para reconstruir su doctrina, que sufrió algunas remodelaciones a través del tiempo por sus discípulos. Sin embargo podemos deducir por los escritos de Ireneo, sobre todo, que su creencia se basaba en un sistema de emanaciones (eones) que componían el mundo divino o pléroma. Dividía a los hombres en hílicos (materiales), psíquicos (animales) y pneumáticos o gnósticos (espirituales). Sólo estos últimos podían aspirar a la perfección y al desposorio con los ángeles. Tras el proceso de degradación provocado por Sophía (el eón último más imperfecto del pléroma, origen del pecado) viene el proceso de redención que culmina en la bajada del Logos (Cristo) al mundo. El Salvador ilumina a los gnósticos en el «descubrimiento» de su realidad divina. Con la muerte, el elemento divino presente en el gnóstico se reintegrará al pléroma; también a los psíquicos se les ha reservado una salvación inferior, extrapleromática, mientras que los hombres materiales caerán en una disolución total. Posteriormente el sistema valentiniano fue complicándose aún más por innumerables discípulos hasta alcanzar el culmen de lo confuso que muestran, p. ej., la Pístis Sophía y los Libros de jeu. La Carta doctrinal de los Valentinianos, reseñada por San Epifanio (Panarion, 31 ), es una muestra de ese valentinianismo barbarizado.
Setianismo, los setianos eran herejes del siglo II y III que honraban particularmente al tercer hijo de Adán y Eva, Set, a quien le atribuían su gnosis, así como a Norea, esposa de Noé, y quien también juega un papel en el mandeísmo y maniqueísmo. Junto los valentinianos, fueron una de las principales formas de gnosticismo. Su pensamiento, aunque predominantemente judaico en su fundación, estaba fuertemente influenciado por el platonismo. Enseñaban que dos ángeles habían criado uno a Caín y el otro a Abel; que después de la muerte de éste, la gran virtud había hecho nacer a Set de una semilla pura. Sin duda, entendían por la gran virtud el poder de Dios, pero no se nos dice si la habían producido los ángeles, de los cuales unos eran buenos y otros malos. Estos sectarios añadían que de la mezcla de estas dos clases de ángeles había nacido la raza de hombres viciosos que la gran virtud había hecho perecer en el diluvio; que una parte de su maldad penetró en el arca y de allí se extendió por el mundo. Era sacada de las diferentes sectas de gnósticos. Teodoreto confundió a los setianos con los ofitas y quizá no había entre ellos otra diferencia que la supersticiosa veneración de los primeros al patriarca Set. Decían que su alma había pasado a Jesucristo y que era el mismo personaje. Forjaron muchos libros con el nombre de Set y de los demás patriarcas.
Catarismo, casi indistinguible del maniqueísmo y que no tiene fundador claro, el catarismo se difundió rápidamente por la Europa medieval desde Languedoc hasta Bulgaria. Los cátaros (cuyo nombre significa "puro" o "perfecto" en griego) creían en dos principios opuestos; Dios y Satán, y que todo lo material provenía de Satán. Estaban tan en contra de la materia que llegaban al extremo de condenar la supervivencia de la especie, tanto los sacerdotes como los creyentes tenían prohibido tener hijos. Predicaban contra la jerarquía y los lujos de la Iglesia Católica. En Languedoc tenían protección de señores feudales, pero debido a sus fuertes críticas a la iglesia y su doctrina ascética que les ganó mucha popularidad, fueron brutalmente perseguidos. Se les conocía como albigenses debido a que en Albi, Francia, tuvieron uno de sus mayores comunidades. El Papa llamó a la Cruzada contra los albigenses asesinando a todos los cátaros; hombres, mujeres y niños, de forma brutal. Los cátaros también se dividían en Elegidos y Oyentes como los maniqueos.
Paulicanismo, del sirio Costantino de Manamali, fundado en el 650 en Anatolia, gozaría de buenas relaciones con León II rey de Siria, y luego emigrarían hacia Armenia, teniendo un estado en el oeste. Aliados de los turcos musulmanes su religión dualista consideraba el universo material producto de Satán aunque eran más moderados en sus prácticas que los cátaros.
Bogomilismo, de Bogomilo, un monje búlgaro del siglo X, derivación del paulicanismo armenio. El bogomilismo predicaba, al igual que el catarismo, la renuncia a lo material y la abstinencia sexual. Prohibían o desaconsejaban la procreación.[cita requerida] Creían que Dios procreó dos hijos; Miguel y Satán, principios del Bien y del Mal, negaban que Jesús tuviera parte humana y que sus milagros fueran literales, y negaban los sacramentos y el bautismo. Fueron perseguidos por toda Bulgaria hasta refugiarse en Bosnia donde llegaron a ser mayoritarios, pero asediados por los croatas católicos y los serbios ortodoxos vecinos. Se aliaron a los turcos musulmanes en su guerra balcánica y gradualmente se convirtieron al Islam.
Priscilianismo, de Prisciliano en el siglo IV predicaba la pobreza y la austeridad de los clérigos (lo que enfureció a la opulenta iglesia) predicaba la igualdad de sexos, la abolición de la esclavitud y aceptada gran cantidad de evangelios apócrifos incluyendo el Libro de Henoc.

Gnosticismo cristiano

El gnosticismo cristiano, pagano en sus raíces, llegaba a presentarse como representante de su tradición más pura.

Algunos judeocristianos intentaron resolver la inherente contradicción en la tradición hebrea acerca de la naturaleza del mundo. Tal vez Yahvé no era un dios bueno y perfecto; tal vez era inepto, indiferente o malo. Si se juzga un árbol según sus frutos, ¿cómo se podría juzgar al creador de un mundo repleto de sufrimiento y de mal? La respuesta de la última fase judeocristiana fue la aceptación de un universo inherente malo, creación de un dios inferior, un "demiurgo" incompetente, y que por primera vez en la historia, el verdadero Dios Supremo, Trascendente e Inefable, se había comunicado con los hombres por medio de Jesús para despertar en ellos la consciencia de su naturaleza real. Estos razonamientos se basan en una mala interpretación de las escrituras, algo que como aparece en las cartas de los apóstoles se solía producir, con los consecuentes conflictos que aparecían entre comunidades cristianas. El catolicismo afirma que Satanás es el señor de este mundo, de lo terreno, pero la materia no es mala por si misma como afirmaban los gnósticos, sino que Satanás mediante el pecado original la percirtió y Jesucristo mediante la redención hizo posible restablecer el Reino De dios en la Tierra.

Al reconocer que éramos chispas divinas del Dios Supremo, y que estábamos atrapados en un mundo denso, imperfecto, el hombre se liberaría y se salvaría a sí mismo. Este fue el surgimiento del gnosticismo cristiano: una respuesta radical ante el fracaso estrepitoso de la apocalíptica, y el anquilosamiento mediocre de las corrientes cristianas paulinas.

El Gnosticismo cristiano se conoce ahora muy bien gracias a los textos descubiertos cerca de la población egipcia de Nag Hammadi, en 1945. Es una serie de códices escritos en copto copiados cerca al 320 EC, que después de Qumrán, es uno de los hallazgos arqueológicos más importantes del siglo XX. Esta biblioteca incluía entre otros textos paganos, judíos, y cristianos, apócrifos tan importantes como El Evangelio de Tomás y el de Felipe.

A partir de este punto, las especulaciones gnósticas comenzaron a generarse a ritmo creciente: incorporando elementos del platonismo medio, retornando en ocasiones a elementos de sus raíces judías, y con elucubraciones febriles, los gnósticos empezaron a tratar de justificar la imposible Teodicea: cómo a partir de un ser inefable y perfecto, pudo surgir el mal del mundo. Las respuestas con diversos matices, van en la línea de señalar la perfección de las cualidades divinas: por su perfección estas cualidades deberían tener existencia por sí mismas, y emanarían desde la Divinidad Inefable. A estas emanaciones se las llamaba "Eones"; entre ellos se encontraban el Silencio de Dios, la Soledad y la Sabiduría Divina (Sofía).

Al parecer, tras la emanación inicial del Pleroma (conjunto de todos los eones divinos) se habría producido una catástrofe que en algunas ramas del gnosticismo, se debían al anhelo de algún Eón (a veces Logos, a veces Sabiduría) de conocer antes de tiempo la Naturaleza Divina. Este anhelo justo y bueno, pero en un momento erróneo, hizo que el Eón saliera del Pleroma a la manera de una especie de Pecado Original. Sería este Eón caído el que después de complejas interacciones habría creado la materia y el cosmos. Este Eón, en algunas corrientes gnósticas, sería identificado con el imperfecto Demiurgo o creador del Universo, y se igualaría al dios de varios pasajes de las escrituras Judías, es decir, del Tanaj.

Estas teorías del inicio del mundo y de los eones fue refutada por San Ireneo de Lyon en su obra "Contra los Herejes (Exposición y refutación de la falsa gnosis), Doctor y Padre de la Iglesia, considerado por muchos fundador de la teología cristiana.

Posibles rasgos comunes

Algunos denominadores comunes del pensamiento gnóstico cristiano podrían ser:

Su carácter iniciático, por el cual ciertas doctrinas secretas de Jesucristo estaban destinadas a ser reveladas a una élite de iniciados. De esta forma, los gnósticos cristianos reclaman constituir testigos especiales de Cristo, con acceso directo al conocimiento de lo divino a través de la gnosis o experimentación introspectiva a través de la cual se podía llegar al conocimiento de las verdades trascendentales. La gnosis era pues la forma suprema de conocimiento, solamente al alcance de iniciados.
El mismo conocimiento de las verdades trascendentes producía la salvación. Según las diversas corrientes, la importancia de practicar una vida cristiana podía variar, siendo en cualquier caso algo secundario.
Su carácter dualista, por el cual se hacía una escisión tajante entre la materia y el espíritu. El mal y la perdición estaban ligados a la materia, mientras que lo divino y la salvación pertenecían a lo espiritual. Por esa razón no podía existir salvación alguna en la materia ni en el cuerpo. El ser humano sólo podía acceder a la salvación a través de la pequeña chispa de divinidad que era el alma o espíritu. Sólo a través de la conciencia de la propia alma, de su carácter divino y de su acceso introspectivo a las verdades trascendentes sobre su propia naturaleza podía el alma liberarse y salvarse. Esta experimentación casi empírica de lo divino era la gnosis, una experiencia interna del alma. Aquí se puede ver en el platonismo un antecedente claro del gnosticismo, tanto en su dualismo materia-espíritu, como en su forma instrospectiva de acceder al conocimiento superior, siendo la gnosis una versión religiosa de la mayéutica de Sócrates. Este dualismo también prefigura el futuro maniqueísmo.
Su peculiar cristología: Siendo la materia el anclaje y origen del mal, no es concebible que Jesucristo pudiera ser un ser divino y asociarse a un cuerpo material a la vez, puesto que la materia es contaminadora. Por esa razón surge la doctrina del Cuerpo aparente de Cristo, según la cual la Divinidad no pudo venir en carne sino que vino en espíritu mostrando a los hombres un cuerpo aparentemente material (docetismo). Otras corrientes sostienen que Jesucristo fue un hombre vulgar que en la época de su ministerio fue levantado, adoptado por una fuerza divina (adopcionismo). Otras doctrinas afirman que la verdadera misión de Cristo era transmitir a los espíritus humanos el principio del autoconocimiento que permitía que las almas se salvaran por sí mismas al liberarse de la materia. Otras enseñanzas proponían incluso que Jesús no era un ser divino.
Peculiares enseñanzas sobre la divinidad. Entre éstas se encontraba la de que todo espíritu era divino, incluyendo la parte espiritual del hombre (el alma), que no necesitaba a nadie para salvarse a sí mismo, siendo Cristo enviado a revelar esa verdad. Por otra parte, el creador/ordenador de la materia (llamado Demiurgo), al multiplicar con su creación la materia, sería un ser malvado y opuesto al verdadero Ser Supremo del cual surgió.
Conclusiones éticas muy divergentes: Siguiendo la idea de la condenación de la materia, algunas corrientes afirmaban que era necesario el castigo y martirización del cuerpo para, a través del padecimiento de la carne, contribuir a la liberación del espíritu, propugnando un modo de vida ascético. Sin embargo, otras corrientes afirmaban que, siendo la salvación dependiente únicamente de la gnosis del alma, el comportamiento del cuerpo era irrelevante, disculpándolo de toda atadura moral y librándolo a toda clase de goces. Otras enseñanzas reprobaban la multiplicación de la materia, siendo así la procreación un acto condenable. También existían corrientes que, al igual que el platonismo y las filosofías orientales, creían en el retorno cíclico de las almas a la prisión de la materia a través de la reencarnación. El iniciado, igualmente, buscaba romper este ciclo a través de la gnosis (a través de la iluminación, en las religiones orientales).
Interpretación alegórica del cristianismo y de las escrituras. Así, se reinterpretan a la luz gnóstica las historias de la creación, etc. dándoles significados filosóficos.
Establecimiento de jerarquías espirituales: En la cima de los seres existe un Dios, un ser perfecto e inmanente cuya propia perfección hace que no tenga relación alguna con el resto de seres imperfectos. Es inmutable e inaccesible. Descendiendo en una escala de seres emanados de aquél llegamos al Demiurgo, antítesis y culmen de la degeneración progresiva de los seres espirituales, y origen del mal. En su maldad, el Demiurgo crea el mundo, la materia, encadenando la esencia espiritual de los hombres a la prisión de la carne. En este escenario se libra una batalla entre los principios del bien y el mal, la materia (apariencia) y el espíritu (sustancia). Podemos ver paralelismos claros con el zoroastrismo.
Establecimiento de jerarquías humanas: En la cima de la jerarquía humana estaban los iniciados, en los que es predominante el espíritu. Ellos pueden experimentar la gnosis y acceder así a la salvación. Por debajo está el resto de los cristianos, en los que predomina el alma sensible y que se pueden salvar siguiendo la guía de los primeros. En la parte más baja están aquéllos en que predomina el cuerpo y que, por tanto, no alcanzarán la salvación.
Sobre Jesús
El advenimiento de Jesús es cuestión de debate entre los pensadores gnósticos. Algunos consideran que Jesús era simplemente un judío y que su doctrina, el cristianismo, es ni más ni menos que una derivación obscena del judaísmo. Pero otros heresiarcas como Marción y modernos filósofos incluyendo a Miguel Serrano (1917-2009) han analizado la figura de Jesús más desde una perspectiva gnóstica y mediante los atisbos que nos dan los Evangelios Apócrifos donde se denota que quizás el Jesús que nos llega mediante las doctrinas de las iglesias no es el verdadero, sino que existió un Jesús total ó parcialmente ario, que odiaba a los judíos y que predicó una doctrina contraria al judaísmo y al Demiurgo.

Si bien diferentes herejes como Bogomilo, Simón el Mago, Prisciliano y otros jerarcas gnósticos predicaron la naturaleza luciferina de la doctrina de Cristo y de cómo el propio Jesús se oponía a los judíos y a su pacto con el dios del Antiguo Testamento a quien consideraban como el Demiurgo. La doctrina marcionista quizás es la más clara al argumentar que Jesús no sólo no era hijo del Demiurgo o el dios judío, sino que además era su acérrimo enemigo, lo que provocó la ira de los judíos que finalmente lograron crucificarlo:

Marción fue un heresiarca póntico del siglo II, que predicaba la existencia de dos dioses; uno del bien y otro del mal (típico dualismo zoroástrico) quien también aseguró que Jesús no era hijo sino enemigo del Demiurgo con los siguientes argumentos doctrinales:

El Dios del Nuevo Testamento es desconocido: «Nadie conoce al Padre, sino el Hijo», mientras que el Dios del Antiguo Testamento es conocido por Adán y por los demás impíos. Esta afirmación es una muestra de la falta de comprensión del Evangelio, ya que la cita se refería a que las autoridades judías no conocían bien a Dios, mientras que Jesucristo si. En muchas de las siguientes afirmaciones ocurre lo mismo.
Cristo conocía lo que hay en el corazón del Hombre; el Creador pregunta a Adán: ¿dónde estas?
Cristo era bueno con los ciegos, que David había mandado matar
Cristo da vista a los ciegos, mientras el Creador no cura la ceguera de Isaac.
Moisés se impone como juez entre sus hermanos que pelean. Cuando a Jesús le piden que resuelva una disputa, él se niega.
Los israelitas salieron bien equipados de Egipto después de despojar a los egipcios por orden del Creador Cristo manda a predicar a sus discípulos «sin nada para el camino, ni bastón, ni alforja, ni pan, ni plata; ni tengáis dos túnicas cada uno».
El Creador legisla «ojo por ojo, y diente por diente»; el Hijo del Dios Supremo dice «si te pegan en una mejilla, presenta la otra».
La Ley declara que si uno toma un vestido ajeno, el culpable pagará el doble; Cristo declara «al que te quite el manto, no le niegues la túnica»
El Creador envía fuego sobre los enemigos de Eliseo; Jesús reprende a los discípulos que le piden que envíe fuego.
El Creador envía los osos que devoran a 42 niños que se habían burlado de Eliseo; Cristo dice a sus discípulos «dejad que los niños vengan a mí».
El Creador sanó sólo un leproso por medio de Eliseo, cuando en Israel habían muchos, y para ello necesitó que se lavara en agua siete veces; el Hijo del Dios Supremo sanó a diez, con su sola palabra, e inmediatamente; por otra parte, el que regresa glorificando a Dios no cumple la Ley.
El profeta del Creador dice «que no oigan los que tienen oídos»; Cristo dice «el que tenga oídos, que oiga».
La Ley dice «Maldito el que está colgado de un madero»; Cristo fue colgado en un madero.
El Cristo judío vendrá sólo para Israel; el Cristo de Dios viene para todos los pueblos de la tierra.
El Dios bueno es bueno ante todos; el Creador se preocupa sólo de los que le pertenecen. El Bueno salva a los que creen en Él, pero no castiga al resto; el Creador salva sus fieles y castiga al resto.
La maldición es la característica de la Ley; la bendición caracteriza al Evangelio.
En la Ley, el Creador ha dicho: «Yo hago al rico y al pobre»; pero Cristo sólo llama bienaventurado al pobre.
En la Ley se le da la fortuna a los ricos y la desgracia a los pobres; en el Evangelio es al revés.
La ley manda amar al prójimo y odiar al enemigo; pero es necesario amar a los enemigos.
El Creador ha establecido el Sábado, que Cristo no ha observado.
La Ley prohíbe tocar a una mujer con flujos de sangre; el Cristo de Dios no sólo la toca sino que la sana.
A pesar de que suele atribuírsele el carácter de “gnóstico” nunca tuvo ese carácter, no obstante su cercanía, antes de elaborar su propio cuerpo doctrinal, con la herejía Docética.

Este primer canon de "su nuevo testamento", ayudó a la iglesia cristiana del segundo siglo a motivarse rápidamente para preparar el canon auténtico de los libros del Nuevo Testamento. Hasta entonces se leía el Antiguo Testamento, porciones del Nuevo Testamento y cartas del apóstol Pablo en las congregaciones, pero no había un canon del Nuevo Testamento como tal.

La evidencia que presenta Marción no puede ser más clara; el dios judío ó Demiurgo, el del Antiguo Testamento, es un ser sanguinario y cruel en algunos pasajes, que comete infanticidio, envía fieras a devorar niños inocentes, incapaz de curar una simple ceguera, maldice, ordena el robo, el asesinato y la violación (como cuando Moisés ordena a los hebreos tomar a las mujeres de los derrotados midianitas y repartirlas entre los hombres), un ser avaricioso y malvado, pero en otros pasajes del Antiguo Testamento es todo lo contrario, varios padres de la Iglesia como San Ignacio de Antioquía aseguraban que a veces los hebreos se dejaron guiar por Satanás, identificado como Demiurgo por los gnósticos, y otras por el Dios verdadero, además en las cartas de los padres de la Iglesia contra las herejías gnósticas aseguraban que éstos mal interpretaban conscientemente las escrituras para su interés.

Gnosticismo moderno

En el siglo XIX pensadores como Arthur Schopenhauer, William Blake, Lanz von Liebenfels y especialmente Helena P. Blavatsky (fundadora de la Sociedad Teosófica) se vieron influenciados por el gnosticismo, que aún era prácticamente desconocido. En 1890, Jules Doinel "reestableció" la iglesia gnóstica en Francia.

Durante las primeras décadas del siglo XX el gnosticismo siguió influenciando a varios pensadores como Carl Jung, Jorge Luis Borges (quien incluyó la gnosis en algunos de sus relatos cortos) y sobre todo Aleister Crowley. René Guénon fundó en 1909 la revista La Gnose, donde incluye temas como la antigua gnosis y la masonería. Pero aún faltaba un importante descubrimiento.

En diciembre de 1945 un mercader árabe llamado Muhammad Ali al-Samman descubrió una tinaja de barro en los campos de Nag Hammadi en el Egipto Superior. Lo que encontró dentro fue algo casi milagroso: los papiros de trece códices conteniendo cincuenta y dos textos sagrados de la tradición gnóstica, evangelios con una proclama a la legitimidad que desafiaba la Biblia estándar cristiana.

Miguel Serrano también hizo uso de una fuerte influencia gnóstica en su doctrina de hitlerismo esotérico también llamada serranismo. Serrano hace frecuentes alusiones al Demiurgo y se ve fuertemente influenciado por las doctrinas heréticas gnósticas de cátaros y bogomilos, identificando al Demiurgo como el dios judío y a los judíos como los esclavos al servicio de las tinieblas y la materia representadas en el Demiurgo.

También cabe destacar a otros autores gnósticos como José María Herrou Aragón, autor de La religión prohibida y otros textos gnósticos, y Luis Felipe Moyano, alias Nimrod de Rosario, creador de la llamada "Sabiduría Hiperbórea" también llamada "Gnosis Hiperbórea" o "Gnosis primodial".

Otro autor que suele relacionarse al gnosticismo moderno es Samael Aun Weor pero sus ideas son fuertemente criticadas por estudiosos del gnosticismo.

Raza raíz



Según la teosofía de Madame Blavatsky, influenciada por el gnosticismo, las razas raíces son las etapas por las que pasa una especie a lo largo de su historia.

Etapas de la humanidad
El número siete, según los esoteristas es un número misterioso y mágico. Desde tiempos inmemoriales se ha creído que muchos aspectos de la vida del hombre son regidos por este número. Son siete días los que tiene la semana, los mismos que ocupó Dios para formar la Tierra. Son siete los mares del planeta. Los hindúes han descubierto siete chacras o puntos de energía en el cuerpo, siete maravillas del mundo, siete pecados capitales, siete calamidades.
En el libro La Doctrina Secreta, Helena Blavatsky habló por primera vez de las razas raíces. Cada planeta consiste de siete razas para que llegue a su fin.
Es preciso señalar, no obstante, que las razas raíces de Blavatsky, no se corresponden con nuestro concepto habitual de raza, ya que la primera sólo habría existido en el plano astral.
La primera raza raíz es la Protoplasmática, individuos totalmente despiertos, divinos, con cuerpos que etéricos. Ellos habrían vivido en el antiguo continente de Thule que se localizó donde actualmente se encuentra el Polo Norte.
La segunda raza raíz era la hiperbórea, habitantes originales de Europa.
La tercera raza raíz la constituían los habitantes del continente de Lemuria, también conocido como Mu. Esta raza habría sido en la cual se materializó por completo el hombre.
La cuarta raza raíz estaba formada por los habitantes de la Atlántida, otro hipotético continente perdido por antonomasia. Eran muy altos y estaban divididos en dos sexos y su avanzada civilización habría dado origen a las conocidas por nosotros.
La quinta raza raíz es la humanidad actual, subdividida en las razas humanas que conocemos.
La sexta y séptima razas raíces representan estados futuros de la actual raza raíz y que según los teósofos, serán de nuevo más etéreas. Algunos seguidores del New Age han creído observar sus primeras manifestaciones en los llamados niños índigo.

La historia se repite
"La historia se repite" es una declaración profunda, no sólo porque las casualidades sociales y políticas parecen repetirse, pero porque los ciclos cósmicos más grandes y eventos también se repiten; y estos ciclos mayores determinan el destino final de humanidad.

Eugenesia liberal

Eugenesia liberal o nueva eugenesia es un término que designa un estudio protocientífico sobre el uso no-coercitivo de tecnologías reproductivas y genéticas para perfeccionar a los seres humanos en sus cualidades y características biológicas.

Término
El término no implica necesariamente que sus defensores sean política o económicamente liberales en un sentido moderno. Más bien se usa con el objetivo de erradicar o disminuir ciertos rasgos hereditarios. Históricamente se ha distinguido entre eugenesia positiva (animando la reproducción de los considerados aptos genéticamente) y negativa (obstaculizando la de los no-aptos). A principios del siglo XX, se abogó y se siguieron muchos programas que incluían la eugenesia positiva.

Positiva
La eugenesia liberal se concibe como eminentemente positiva en le sentido de que se apoya principalmente sobre la modificación genética y no sobre los emparejamientos selectivos. Su objetivo es tanto minimizar las enfermedades congénitas como facilitar las mejoras genéticas. Se entiende que serán los padres los depositarios de tal control, optando por ejercer sus libertades reproductivas aunque es posible que la fuerte inversión necesaria por parte del estado o las empresas sanitarias pueda limitar o direccionar sus elecciones. En la actualidad se han desarrollado test genéticos tales como el diagnóstico genético preimplantacional que permiten descartar los embriones portadores de enfermedades congénitas.

Objetivo
Un objetivo principal de la eugenesia liberal es reducir el papel del azar en la reproducción. El bioético Joseph Fletcher sentó las bases de la eugenesia liberal en 1974 cuando describió una alternativa a la "ruleta reproductiva". Sus postulados ganaron notoriedad cuando se desarrolló la fecundación in vitro en 1978.