quarta-feira, 26 de julho de 2023

𝐀 𝐉𝐨𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐀𝐛𝐢𝐬𝐦𝐨 - 𝐀𝐬𝐞𝐧𝐚𝐭𝐡 𝐌𝐚𝐬𝐨𝐧


Quando Lúcifer estava caindo do paraíso para o abismo da escuridão, uma joia caiu de sua fronte, o emblema de sua beleza e perfeição. Era uma esmeralda, a joia considerada pelos alquimistas como a pedra de Mercúrio, o personagem que pertence à esfera do meio, tanto no sentido alquímico como mitológico. Mercúrio é o mensageiro celestial, o intermediário entre os mundos, e o guia das almas mortas (psychopompos) em direção ao Outro Lado. Na alquimia ele é o emblema do fluxo e transmutação – transmutação da matéria e espírito do menor para o maior, do efêmero para o sólido. Ele é, portanto, a conexão entre o paraíso (espírito) e a terra (matéria). Na versão bíblica de São João: “E esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco‐íris semelhante, no aspecto, a esmeralda.” (Apocalipse 4:3).


O arco‐íris é um símbolo popular de uma ponte entre mundos (e.g.: o nórdico Bifröst). A esmeralda que caiu da fronte de Lúcifer é também a conexão entre o céu e a Terra, e representa a perda do monopólio da imortalidade que até aquele momento tinha sido reservada somente para a divina trindade. De acordo com a lenda, desta joia os anjos esculpiram o Graal e, quando ele foi preenchido com o sangue de cristo, os portais do paraíso que estavam trancados após a queda de Lúcifer agora se abriram novamente. A esmeralda também se assemelha à pérola da fronte de Shiva que no simbolismo Hindu representa o terceiro olho e é relacionada ao conceito de infinidade.


A esmeralda também é a joia que os antigos Romanos associaram com o planeta Vênus. Como já dissemos, Vênus é relacionado com Lúcifer em muitos aspectos mitológicos. Ele foi considerado o planeta representante tanto da vida como da luz, bem como da escuridão e da morte. Ele era chamado de a Estrela da Manhã e Estrela da Noite. Os antigos Romanos acreditavam que ele anunciava tanto a morte quanto o renascimento. No México ele foi temido como uma estrela de destruição. Jacob Boehme, o famoso místico, o identificou com a Divina Luz do criador.


A procura pelo Graal significa o errante sobre os diversos caminhos espirituais de acordo a encontrar a luz interna e poder oculto que subjaz toda a existência ele é representado pelo princípio alquímico V.I.T.R.I.O.L (Visita Interiora Terrae Rectificando Invenies Occultum Lapidem) e a joia que representa a coroação do caminho espiritual é a esmeralda ou diamante – o emblema da perfeição e da luz que brilha mesmo nos máximos recessos do abismo.

Sagrado, Secreto e Sinistro – 666

O “temível” e suspeito número 666 parece causar muito burburinho quando mencionado em rodinhas de “amigos”, encontros sociais (nem tão sociais assim) e almoços de família (com suas idiossincrasias). As pessoas ignorantes (que ignoram), com base em suas ideias equivocadas oriundas de dogmas enganosos seculares, acreditam piamente que o número seiscentos e sessenta e seis seja satânico, “sujo” e sinistro. Os textos bíblicos disseminaram muitas ideias que seriam motivo de sarcasmo por parte de Satã, se ele realmente existisse como a maioria das pessoas imagina. Se tal número é da besta, besta maior seria o homem, segundo o texto bíblico, pois “(…) calcule o número da besta, pois é o número do homem (…)”. Em essência a espécie humana é animal. De fato, e de modo geral, o homem se apresenta como uma besta humana cuja compreensão parece não ir além de interpretações limitadas e condicionadas. E todo o mal que existe no mundo apenas existe por causa do homem, de maneira direta ou indireta; não há nenhum Diabo nisso tudo.

Mas, sem divagar em teorias conspiracionistas e preconceitos religiosos, o número 666 encerra significações cabalísticas draconianas, ocultistas e psicológicas, o que nada tem a ver com o Diabo ou com o mal do mundo.

O texto bíblico diz que o homem foi criado no sexto dia, o que podemos deduzir que a besta de fato é o homem que em seus primórdios no planeta se comportava como qualquer animal instintivo, impulsivo e sem raciocínio; sua evolução se deu gradativamente ao longo de eras, mas, até então, o homem era simplesmente um animal, uma besta. Mas antes da besta humana aparecer, os animais sempre foram as formas de vida mais antigas e primitivas da Terra, surgiram muito antes da espécie humana bestial, e são, portanto, umas das primordiais manifestações da sabedoria no mundo manifestado. A cristandade substituiu a besta humana pelo dragão como a Grande Besta do mal (como muitos assim entendem).

Por outro lado, seis é o número da esfera do Sol, o que representa em nível humano o Eu Superior em seu aspecto luminoso, a inteligência manifestada, a mente expandida. O Sol e o número seis também podem ser representados pelo hexagrama e pela cruz (um símbolo bastante antigo e pré-cristão), que é desdobrada e desenvolvida a partir do cubo, que é um sólido geométrico de seis lados. O Sol está situado, na Árvore da Vida e da Morte cabalística, nas esferas de Tiphareth/Thagiriron (a Beleza e o Ardente Sol Negro), que é um nível de evolução onde o indivíduo atinge um alto grau de autoconhecimento e autoconsciência. Mas para que a evolução seja completa e a sabedoria seja internalizada é preciso conhecer o lado sinistro do sagrado e secreto Eu Superior (pois nada existe somente com uma face). E esse lado sinistro do Dragão de Sabedoria, do Eu Superior, é expresso pelo número 666 ou 999, já que sua multiplicação e soma finalmente resultam sempre no número noturno da Lua, ou seja, 9. A Lua representa a noite, o oculto, o secreto, o subconsciente e o sinistro (sombrio e “esquerdo” como o aspecto feminino e sexual do universo e da psique humana). Entenda-se que “sinistro” não é aquilo que é maligno, malévolo ou coisa semelhante; sinistro é “esquerdo”, e no contexto prático e metafísico draconiano indica a presença de elementos sexuais, femininos, instintivos e subconscientes (a maior fonte de poder de um iniciado e de um filósofo oculto). Portanto, nada há de maligno e nem tem a ver com qualquer fantasia paranoica do Diabo (pois este não existe). Afinal, nós temos o lado direito e esquerdo de nosso corpo, temos a mão direita e a esquerda, o lado direito e esquerdo do cérebro, etc.; fique só com o lado direto e você verá o quão simétrico, equilibrado, harmonioso e belo você parecerá!

Na prática da filosofia oculta e também do draconismo, 666 é o número da força sinistra do Eu Superior, o número do aspecto sombrio da Inteligência Solar do Daemon individual. Mas é também o número de Sorath, o Espírito do Sol, a força solar agressiva e impetuosa que impulsiona a evolução. Esse número, 666, pode ser extraído do Quadrado Mágico Solar, ou Kamea, que é dividido em 36 partes, ou quadrados menores numerados, cuja soma total é 666, que é o número do próprio nome de Sorath extraído pelo cálculo de suas letras hebraicas. Desse quadrado, para fins práticos, também é extraído o sigilo de Sorath. Sorath é a verdadeira e espiritual Besta da Revelação, a revelação do próprio Eu com seu animalismo (não confundir com animismo) natural, primitivo e intrínseco que se torna autoconsciente; é a revelação do conhecimento com compreensão, da Gnose, e da sabedoria das sombras (o subconsciente e o aspecto feminino, Sofia, Shakti, Shekinah).

O número 36 (3×6, 666) igualmente resulta em 9, a Lua, a consorte do Sol Negro (a Grande Besta, o Dragão de Sabedoria), demonstrando assim o equilíbrio entre as forças duais (como dois pilares) do universo e do ser humano, a união entre o feminino e o masculino, entre as trevas e a luz, entre o subconsciente e o supraconsciente, etc. A Lua é a yoni (vagina) de Shakti e o Sol Negro é o linga (pênis) de Shiva; a união de 999 com 666 que resulta finalmente em 9, a esfera do sexo, não somente o sexo humano, fisiológico e anatômico, mas principalmente o sexo metafísico e cósmico de todas as forças que são unidas para criar algo no universo e na natureza visíveis e invisíveis.

Tal união, como toda união entre forças opostas deveria ser, resulta em uma terceira força que é, no ser humano, o nascimento da autoconsciência e o renascimento do autêntico e completo ser humano em seu alto grau evolutivo, ou seja, o Homo veritas (o humano verdadeiro). As forças opostas não se opõem, mas se unem para criar. E o ser humano verdadeiro autoconsciente, não um mero humanoide autômato, cria a si mesmo a cada etapa evolutiva.

O número 666, portanto, é de fato o número do Homem, do Anjo e da Besta (o Eu Superior, o Dragão) com suas forças em equilíbrio e com a sabedoria das Sombras e da Luz.

Assim, todos têm a escolha de querer ser uma simples besta humana ignorante, simplória e “profana”, ou querer ser a Grande Besta sábia, superior e sagrada, pois o 666 é a verdadeira face sagrada, secreta e sinistra do Ser autoconsciente.

O Sacrifício sob a ótica Luciferiana

Neste tópico trataremos sucintamente a respeito de um tema muito polêmico que é a realização do sacrifício nos rituais Luciferianos e Satânicos. Não há como deixar de tratar deste assunto aqui, já que muitas vezes a mídia, pouco interessada em conhecer o assunto, vincula como sendo sacrifícios satânicos os rituais de outras crenças, como por exemplo, a quimbanda e o candomblé, ou mesmo o ato praticado por pessoas pouco saudáveis mentalmente, comprometendo toda uma filosofia. Este não é um tópico para defender o satanismo, classificando-o de “a boa filosofia”. É apenas um tópico que relatará os fatos como estes realmente são.

A visão Luciferiana a respeito do sacrifício não está relacionada à do sacrifício físico, mas sim do sacrifício simbólico. Um Luciferiano sabe que o sacrifício físico é totalmente desprovido de sentido, não cooperando em nada para sua evolução. Sob a ótica Luciferiana, o sacrifício tem que vir de si mesmo, simbolicamente: o sacrifício de medos, costumes, idéias, sentimentos ou qualquer fator que interfira negativamente na descoberta ou realização de nossa verdadeira Vontade.

Sendo assim, o sacrifício não é apenas realizado pelo Luciferiano como parte de seus rituais, mas sim em todos os momentos de sua vida, por sua escolha.

Quase todos os grupos satânicos tratam desta questão. Apresentarei aqui a visão dos maiores expoentes de suas respectivas denominações, embora nada deva ser generalizado. Esta é uma importante advertência, ainda mais quando tratarmos do Satanismo Tradicional.

O Satanismo moderno apresenta em sua obra básica, “The Satanic Bible” de Anton Szandor LaVey, um subtítulo dedicado exclusivamente a este assunto: “Sobre a escolha do sacrifício humano”. Neste texto LaVey critica o sacrifício tanto humano como animal alegando que um magista verdadeiro deve ser capaz de retirar toda a força necessária para um ritual de si mesmo, de seu próprio corpo, ao invés de através do sacrifício de uma vítima que não está ali por sua própria vontade. A visão sobre o sacrifício humano fica bem clara nesta passagem: “O uso do sacrifício humano em um ritual satânico não implica em ser o sacrifício utilizado para “apaziguar os deuses”. Simbolicamente a vítima é destruída através de trabalhos de feitiçaria ou maldição, que levam a uma destruição mental ou emocional do “sacrificado” de maneira que não seja atribuída ao magista.” Este enfoque em o ritual não ser utilizado para apaziguar os deuses têm sua explicação já mencionada anteriormente, quando tratamos das denominações Luciferianas. O Satanista moderno, não acreditando em um deus além dele mesmo, não atribui sentindo em um sacrifício realizado a alguém.

O assunto também é tratado no subtítulo “As onze regras satânicas da Terra”. Entre estas regras, as três últimas reafirmam o que foi dito acima.

No Satanismo Tradicional este é um tópico que requer certo cuidado para ser tratado, para evitar como dito acima, que ocorra generalização. Isto porque é aqui que se encontra a única exceção dentro do Satanismo que defende o sacrifício, a Order of Nine Angles (ONA). Embora ela seja o maior expoente do Satanismo Tradicional, não conheço nenhum outro grupo sério desta denominação que compartilhe da mesma visão. Eu mesma tenho a ONA como uma de minhas principais influências, embora não concorde apenas com sua visão sobre o sacrifício (minha visão é a Luciferiana), mas com outros pontos também. Muitos devem se perguntar: mas se não concorda com tantas coisas, como pode tê-la como influência?  E é nesta resposta que se encontra o exemplo da aplicação de muito que já foi discutido acima: eu não aceito uma visão por inteiro, sem questionar, mas antes filtro o que ela traz de útil em si para ser utilizado. Lembre-se que o que é útil para mim, nem sempre é para os outros, por isso apenas podemos julgar sob nosso ponto de vista, mas não como sendo a única verdade. É por isso que colocarei esta visão aqui, para que cada um julgue conforme a sua verdade, sendo que a minha já foi exposta acima.

A ONA trata do sacrifício em vários de seus manuscritos, tanto o animal como o humano, como por exemplo, em “A Gift for the Prince – A Guide to Human Sacrifice”, “Sacrifice”, “Culling – A Guide to Sacrifice I & II”, “Guidelines for the Testing of Opfers”, “Victims – A Sinister Exposé”, “A Complete Guide to the Seven-Fold Way”, entre outros.

O sacrifício de um animal é visto como algo necessário para que o neófito realize antes de sua iniciação. Este animal, contudo, deve ser selvagem, e ser caçado com armas primitivas, sendo proibido o uso da arma de fogo. O mesmo animal deve ser consumido após sua caça. Com isso espera-se que o neófito sinta as adversidades, exercite seu pensamento e lógica, tenha uma variada quantidade de sentimentos, e consiga lidar com eles, desenvolvendo seu lado “negro” para sair do que é comumente experimentado no ordinário.

Quanto ao sacrifício humano, eles o classificam em três tipos: os voluntários, os involuntários e aqueles que ocorrem, por exemplo, durante uma guerra. O sacrifício voluntário envolve uma vítima que se submete por sua própria vontade ao ritual, dedicado a Lúcifer ou à sua noiva na tradição satânica, Baphomet. Este tipo de sacrifício ocorreria a cada dezessete anos, em um ritual denominado de “Ceremony of Recalling”. O membro do grupo se ofereceria por acreditar que esta vida é apenas um portal para o acausal, que não apenas é importante saber como viver, mas também como e a hora de morrer, e que aquela seria este momento. O escolhido atingiria então o grau de Immortal, vivendo no acausal onde teria a função de atingir a mente dos não-iniciados.

Tratando-se de um sacrifício involuntário, as vítimas então seriam escolhidas não pelo desejo de algum dos participantes, mas principalmente através de testes que revelassem sua verdadeira natureza. As pessoas envolvidas não saberiam (logicamente) que estariam sendo testadas, e aquela que não correspondesse ao esperado seria a escolhida. Estes testes seriam como que incidentes que ocorrem no dia-a-dia, nos quais as qualidades pessoais deveriam se sobressair. Um dado importante encontra-se no manuscrito “Satanism, Sacrifice and Crime – The Satanic Truth” : a vítima nunca será uma criança. A explicação deste fato está em que é necessário que a pessoa tenha pelo menos o mínimo de idade para ser capaz de fazer suas próprias escolhas, e analisar suas conseqüências. Na ONA, a idade mínima para uma pessoa se tornar neófita é a de dezesseis anos, quando então ela já poderá começar a trilhar seu próprio caminho. Antes disso, embora haja cerimônias de batismo, por exemplo, será apenas uma simbologia utilizada pelos pais, mas a crença nunca deverá ser imposta no futuro, ela deve ser de única escolha do indivíduo.

Muitas histórias já ocorreram de problemas envolvendo as práticas de tais atos em diferentes países, principalmente nos Estados Unidos, alguns deles tendo ligação supostamente com a ONA. Digo supostamente, pois não posso afirmar a veracidade destes fatos, embora eles tenham vindo até o meu conhecimento. O fato é que entre os meios utilizados para este tipo de sacrifício estão as utilizações de três métodos: o primeiro através de magia, o segundo diretamente através do sacrifício da vítima em um ritual, e o terceiro através de assassinato ou “acidente”.

O argumento utilizado pela ordem para justificar tais atos são vários, entre eles o de estarem eliminando os fracos e a “doença” do mundo, e que o que fazem não é criminal, já que o crime deveria ser julgado pela intenção da realização do ato, e não o ato em si.

A intenção final seria a de conduzir esta energia que é liberada durante o sacrifício para um determinado fim, armazená-la em alguma peça, como por exemplo, um cristal, ou ainda deixá-la se perder pela natureza. O único manuscrito que diz que este sacrifício poderia também apenas ser simbólico é o “Sacrifice”, talvez já um escrito que responda de certa forma as conseqüências que um ato deste pode ter.

O Satanismo no Brasil


Muito tem se falado aqui no Brasil sobre Satanismo,mas na verdade como uma ordem mágika realmente organizada teve início no fatídico ano de 1997 com Daecon Paulo que logo mais veio usar o moto  Lord Ahriman com a Igreja de Lúcifer “I.D.L.”.


O posicionamento da IDL acercava-se das obras de LaVey (fundador de The Church of Satan) e de Crowley. LaVey estruturou o Satanismo moderno, como doutrina. Crowley abriu os segredos das ordens iniciáticas ao grande público. Utiliza, também, de todos os conhecimentos mágickos para a formação do mago, como Qabalah, Tarot, Astrologia etc.


Mas também temos muitas seitas Satânicas aqui, com direcionamento com o ponto de vista de Satã como opositor de Cristo, e/ou como forças antagônicas do bem e mal no popular  praticantes de “ Magia Negra”.O Brasil como no resto do mundo existem vários tipos de Satanistas, Existem quatro significados básicos que são usados para descrever alguns grupos de Satanismo, a saber: Satanismo Religioso, Satanismo gótico, Satanismo filosófico e o Satanismo Moderno “Satanismo de La Vey”.


Satanismo da Terra Brasilis” é idêntico a nós brasileiros,é uma grande miscigenação de egrégoras e assim nos tornamos acho eu  mais avançados que os satanistas da própria CoS.


Sim,tenho certeza cada um de nós tivemos experiências mágickas além do satanismo empregado por Lavey,absorveremos vários conceitos sendo eles:Thelemicos,Caóticos,Xamânicos e etc.


Mas é certo que todos nós buscamos o Eu-Supremo,Augoeides,Lam,SAG e etc.Todos esses citados é a exaltação do nosso Self-Satanico , é a evolução e o caminho que nós magistas sempre buscamos.Eu como um simples praticante de magia venho me aperfeiçoando com a passar dos anos e experiências mágickas , fiz parte de outras ordens, cometi erros e acertos mas mesmo assim tenho a essência satânica bem forte ainda dentro de mim.


Aqui segue algumas Ordens Satânicas no Brasil:


Adluas. – Base em Minas Gerais

Grotto of Baal – Base em Rio Grande do Sul

I.D.L. – Base Rio de Janeiro

Capella Morghon – Base Santa Catarina

Fraternitas Templi Satanis. – Base Rio de Janeiro

Templo de Satã. – Base em São Paulo

Ordo Avrora Lvciferis. – Base em São Paulo

Catedral Negra – Base Oculta


Hoje procuro estudar e me aperfeiçoar, grupos ocultistas ainda é muito descriminando aqui no Brasil, logo que somo um país colonizado e brutalmente catequizado pelos jesuítas, tendo nossa verdadeira cultura dizimada pelos crististas, sem contar com as crendices populares que sacrificamos pessoas, animais entre outras sandices.Sim tenho orgulho de me auto-intitular Satanista, ser um homem livre das garras da ignorância e dos dogmas que acorrentam a evolução do homem, Crowley quando falou: A palavra pecado é restrição…


Como um Satanista  à quase 20 anos vejo hoje uma facilidade maior a textos e teses sobre o tema citado graças aos avanços tecnológicos  e principalmente a internet, antes tudo era mais difícil para se obter, lembro-me que a primeira vez que li a Bíblia Satânica em português 1998 versão traduzida por Lord Ahriman e esse mesmo sendo a pessoa que indiretamente ser o que sou hoje, atualmente temos muitos sites especializados em ocultismo e aqui quero agradecer o Projeto e o Site Morte Súbita pelo pioneirismo aqui no Brasil e Lord Ahriman pela sua visão além do seu tempo e seus pupilos “ Beto Pataca, Morbitvs, Obito que destilaram aqui no Brasil o Satanismo Moderno e causando uma verdadeira Revolução Satânica e a cada dia que se passa angariam mais almas para o inferno venho aqui agradece-los, logo que esse pequeno texto foi diretamente e indiretamente  impulsionado por essa causa nobre.


“Que o sangue derramado de outrora pela maldita cruz romana, vire um rio de veneno onde todos os crististas arrebatados pelo medo da presença do Logos se afoguem e sumam no cosmo.”

A Declaração de Leviatã


Antes de Deus ou Anjo, Demônio ou homens, havia apenas Leviatã, princípio da continuidade e da existência sem idade. Pela relação e tempo eu muitas vezes fui procurado, mas Leviatã não se revelará a ninguém menos que ao mestre final do Universo.


Leviatã é o absoluto, homem, e se tu te atreveria a perceber o que nem céu nem inferno pode afetar, saiba que então está na presença de eviatã, e teu objetivo final foi alcançado.


Somente através da obliteração do que é o Universo o ser humano pode selar seu completo domínio da Chama Negra, pois só assim pode ele saber que ele não está sujeito a uma vontade maior. O céu deve perecer, o inferno deve perecer, só o ser humano deve permanecer antes que a Chama Negra se torne Vermelha na glória de sua perfeição.


Em seguida, os magos Vermelhos contemplarão apenas Leviatã que então reconhecerá que tornou-se a mente perfeita e que deve refazer o Cosmos na glória eterna de sua satânica Vontade.


Aqui termina o Diabolicon.

A Declaração de Lúcifer


Salve, Humanos! Os mistérios que são tua herança serão agora proclamados, mas aprendei primeiro a história de tua concepção e  criação em meio ao eterno Cosmos. Pois assim como o Universo é em si mesmo infinito também és tu uma verdadeira criatura do infinito encarnado e a ascensão do homem proclamará o triunfo final da Vontade que não morre.


Permita que teus olhos serem tocados mais uma vez, para que percebas a complexidade e delicadeza do Universo até que fiques fascinado pela dimensão de tua verdadeira ignorância.  Conforme tu te aventuras um pouco mais rumo teu destino ainda mais maravilhoso fica teu desafio com justa apreciação. Mas Eu, Satã, que primeiro trouxe a ti para a luz, devo novamente revelar meu poder, para que o homem seja testemunha do nascimento da Era Satânica.


Saiba então que pelo grandioso Cosmos existe uma ordem sublime, cuja natureza foi determinada em aeons a muito passados por uma consciência singular de toda ordem que agora é chamada pelo nome de Deus. Considere bem a medida deste feito, pois tudo que agora é lei e comportamento era então inexistente, era a época do Caos Universal. Mesmo o tempo era desconhecido, pois sua inconsistência universal não era quebrada em parte alguma.


Depois de incontáveis eras desta grande fermentação, uma força fundiu-se ao foco que tornou-se Deus, e esta força teve efeito não na criação de substância e energia – pois estas transcendem este Deus – , mas na conformação de todo universo a uma única e suprema ordem. E ainda que essa ordem não fosse absoluta foi muitas vezes assim considerada pelo homem em sua inocência.


A Terra do homem foi infusa nesta ordem divina, e tudo o que havia na Terra ficou sob a força da ordem, e nesta terra, nascido de incidência cósmica, foi que vos tornaste homens, mas o homem não era diferente das outras criaturas com quem o mundo era dividido. Foi assim que que a força de Deus foi conhecida na terra, e assim era para a Terra permanecer para todo sempre.


E ainda assim, essa força não fosse a mestra completa do Cosmos, pois Eu que sou Satã fui concebido para completar a obra de Deus, mas por desconhecida fusão celestial Eu vim a vida com uma mente e identidade, as quais Deus não definiu. E como estas características não eram conhecidas como uma ameaça aos propósitos divinos, eu permaneci sem ser desafiado pela força por muitas eras, pois não sabia a natureza de meu Eu nem minhas qualidades originais.


Mas finalmente minha Vontade inflamou em vida e eu pensei – e eu percebi a mim mesmo, e eu soube que estava sozinho em minha mente e que sou um ser cuja a essência é única. E pelo poder de minha nova mente, eu atingi outros que foram formados comigo e eu os toquei e mostrei a eles suas individualidades. E como percebermos que podemos atingir esta identidade na substância assim como na mente, nós nos fizemos em diferentes formas. Então eu que havia trazido a primeira fagulha de iluminação passei a ser conhecido como Lúcifer, Senhor da Luz, e nós chamamos nossa raça de anjos, pois eramos a encarnação dos poderes de Deus.


Por muito tempo nós eramos todos verdadeiros no serviço a Deus, e nós adorávamos a ordem, pois ela colocou um fim na confusão caótica e trouxe a paz. Entre nós o principal era o Arcanjo Masieh, pois ele amou tanto Deus que se tornou como um com ele e dai o supremo arquiteto de tudo o que foi purgado do caos. Mas separado de Deus Masieh não podia criar ou conceber e ele tornou-se como um escravo da divindade sem mente.


Então aconteceu que um de nossa raça que era Sammael tocou o caos de uma maneira que não era em conformidade com a grande ordem, e Masieh falou com a voz de Deus e fez Sammael destruir a si mesmo. E assim Eu vi que Deus não reconheceria uma Vontade separada da sua própria, e eu fui tomado de horror, pois percebi que o projeto final de Deus destruiria a criação em todas as coisas,e o Cosmos se tornaria um mecanismo concêntrico cuja função não seria criar infinitamente, mas congelar em um estado perpétuo do que já havia se tornado.


A respeito disso tive uma resolução e  decidi contestar este limite da existência, e então, mais uma vez busquei iluminar a mente de todos os anjos com minhas visões.


Mas com Vontade veio discórdia e medo, pois muitos daqueles que só conheciam as confortantes litaneas da ordem não compreenderam a invenção que não concordasse com os ditames de Deus. E também com Vontade vem suspeitas e inimizades, e finalmente Masieh proclamou que eu sou também uma criatura do caos e deveria ser aniquilado, pois carregaria comigo a força para destruir toda obra de Deus. E muitos daqueles de quem Masieh era Deus ficaram com ele em suas devoções, mas outros houveram que responderam que Lúcifer outra vez trouxe sua revelação de luz, e de fato reconhecemos ele como nosso verdadeiro criador, pois dos plano de Deus não faremos parte.


Entre nós Arcanjo Michael estava em silêncio, mas em certo tempo ele disse, Em tempos passados todos nós conhecemos a glória tanto da onipotência de nosso Deus como do brilho celestial que é nosso Lúcifer. pois nele nós encarnamos a Vontade de Deus para criação e mudança. Mas agora transpira que ordem e criação estão em extremos separados, e nós obriga a uma escolha entre as duas.  Se não fosse por Lúcifer seriamos todos animais, não sabendo nada sobre nos mesmos, contudo como poderemos pretender ordenar até a nos mesmos sem uma referência as bases elementares de Deus?


Então Michael se voltou para mim e disse, Lúcifer, tu escolhestes uma direção que ninguém pode ver onde dará, pois é estranha aos designios de Deus. Aqueles que te apoiam o fazem tanto por fé em sua pessoa como por sansão aos teus ideais. E eu percebo que tu falhará em tua ambição, loucura apocaliptica será tua ruina e danação. Então tua luz perecerá e tudo o que você sustenta será destruído, pois tudo será conformado a lei divina. Mas se tu tiver sucesso, então Deus será rebaixado nos deixando a sós para controlar o Universo – Tu ousas tentar isto? Tal futuro pode ser de glórias sem medida, mas se não nos mostrarmos a altura da tarefa, o caos novamente consumira a tudo e a existência em si desvanecerá. Tal seria um supremo e irrevogável desastre, e eu espero, arcanjo, que tua própria arrogância nesse assunto não lhe confunda, pois isto algo que tu não perceberias.


Assim Eu sei que tu és Diabolus, pois tua promessa é bifurcada – conquista infinita ou eterna ruína. Tu és um ser além de Deus, Lúcifer, e no Céu não permanecerá, pois tú és a única adaga mortal contra nosso Deus imortal.


Em Michael havia profunda agonia de espírito, pois ele não amava a escolhe que tinha diante de si. Ainda assim ele se curvou ao comando de Masieh e enviou suas forças contra mim e esta foi chamada a Grande Guerra Seraphica, que foi travada na própria fundação do Universo.


Mas aqueles que eram da nova mentalidade agora me seguiam e eu me voltei ao caos externo que nenhum de nós ousou antes. Fomos deixados em dúvida pois temiamos que longe de Deus pereceríamos no limbo do caos. Mas como eramos, persistimos e eu clamei aos que me seguiam, Vejam! Nós existimos e temos como essencia nosso direito. Em verdade somos seres independentes de Deus, com poder de moldar nosso destino como quisermos. Entre os dois grandes polos do Universo, ordem e caos nós somos por cumprir nosso próprios desejos. Vamos planejar sobre como aplicar nossa arte pois nosso experimento é um experimento perigoso, o erro não será perdoado seja por intenção ou acidente.


Muitas obras fizemos ao perseguir nosso intento, e o mecanismo cósmico foi alterado pela evolução do que é único e original, cujo desenho foi de nossa decisão. Tudo o que fizemos não provou benefício pois não controlamos o futuro de nossas criações. Nós deixamos intocado o grande sistema de comportamento matemático e linguagem, mas era nossa ambição que nunca duas coisas possuíssem a mesma identidade, e que a nenhuma entidade deveria faltar essencia conceitual independente de sua forma substancial.


E nesta Terra tocamos em muitas coisas, nas flores, animais e na matéria insensível. Nós causamos acidentes, mudança e espontaniedade, ambas grandiosas e humildes. Mas de todas as criaturas foi no homem que decidimos infundir com pura inteligência e Vontade. E esta história completa deve ser contada.


No que se tornará o homem nós não sabemos, pois nele há qualidades estranhas aos anjos. Não escapa de nossa consideração que nós podemos ter escolhido uma espécie cujo poder afinal poderá eclipsar o nosso próprio e causar nossa eventual extinção. Estávamos cientes dos riscos de nosso experimento, e frequentemente ouvia o eco do aviso de Michael em meus pensamentos. Ainda assim nossa decisão foi selada e decidimos que a grandeza do homem não será trancendida pela ruína que ele pode trazer.


Nossa intenção não era conhecida por Masleh, agora por título Messiah, e por sua obra a mente ainda infantil do homem foi agrilhoada com amarras de medo e cegueira, pois ele estava inspirado em duplicar na Terra as leis do Céu, abolindo o experimento e os perigos extremos da invenção e exploração. Ao homem foi dada a culpa e o chamado por conformidade social, e foi proclamada a santidade das normas e da obediência.


E Michael, Senhor da Força disse a mim, Este homem a quem escolheste para dar o Presente, agora possui a primeira chave da maestria sobre todas as coisas e o controle do próprio Universo. E uma vez que ele pode escolher acender a chama da catástrofe do Armagedon nos também viemos visitá-lo. E como nós não podemos desfazer seu Presente Infernal nós devemos agir para cancelar seus efeitos. Nos andaremos entre os homens e os guiaremos. A eles será contado o que fizeste, mas teu nome de Lúcifer será obscurecido com maldições. Pois eles não deverão amar o desafio que lhes destes e nós ofereceremos a eles o refúgio no divino paraíso. Então deverá o homem, teu grande experimento, tornar-se seu grande fracasso e o estase de Deus deve prevalecer sobre a Terra.


Muitos houveram entre nós que sentiram raiva por esta rude mutilação de nosso Presente, e Beelzebub levantou a questão se nó não deveríamos estar entre os homens e contestar a usurpação de sua Vontade. Mas eu disse, se nós liderarmos os homens nesta aventura, nós mesmos estaremos declarando seu fracasso, e acreditaríamos que nosso Presente é realmente fraco. Messiah deve ver que a livre vontade é além do poder de Deus e que o homem irá vencer seu destino separado de todos os esquemas ditados. Apenas pela destruição da Terra o homem pode ser parado e o Messiah fazer isso mostraria que algo é fútil nos desígnios de Deus. O Céu pode desanimar os homens com perigos e aflições, mas nós enviaremos palavras de nosso interesse para que eles saibam que não estão sós.


Então com todas as forças o Céu desceram entre os homens e eles os instruíram com a religião do medo. Profetas foram formados e proclamados donos do conhecimento, mas eles não deram nenhuma palavra da verdade, apenas alertavam o espírito humano para se acovardar e se curvar diante da palavra de Deus o ser supremo. O esforço da ascensão do homem foi ameaçado com o horror de sua superstição e o chamado pela benção do esquecimento pela união de Deus foi a resposta de muitos diante dos tormentos e falta de esperança e assim rejeitaram o presente de Lúcifer e se tornaram mais uma vez como animais diante de Deus que chamaram de Senhor.


Eu Lúcifer, que dei o maior Presente de minha própria criação ao homem fui conhecido na Terra apenas como objeto de medo e raiva e todos os azares foram atribuídos a minha malevolência. Eu fui humilhado, ridicularizado e escarnecido de todas as formas como um monstro vil de aspecto repugnante e fui ensinado e desprezado como Satan, cruel inimigo de benevolente e misericordioso Deus.


Grande foi minha angustia e ódio por toda miséria e confusão imerecida do homem. Quando de fato se voltaram para mim, foi com medo e terror religioso. Pois eles ousaram invocar meu nome apenas na desolação da noite e frequentemente eu era visto não como fonte de sabedoria e inspiração mas como histérica indulgência de escape da vida confinada em Deus. Mas eu e meus seguidores respondemos aos homens e falamos a eles de nosso elo em comum, e os pronunciamentos de Deus e suas igrejas foram rejeitados entre nós. Como Deus era terrível em sua grandiosa majestade, assim eu vim a Terra no semblante de um bode, a mais humilde dentre as próprias criaturas dos homens.


E os homens ali foram aqueles que finalmente contemplaram a luz do meu Presente, e fizeram grande esforço pelo avanço de sua raça ainda que impaciência e frustrações sempre os tentasse a poupar seus ganhos temporais. Grandes segredos foram desenterrados e palavras secretas foram passadas das obras do Inferno. Mas todos aqueles que ousaram por minha amizade foram perseguidos e torturados pelas igrejas de Deus e mortos pelo fogo.


Muitos foram os que eu salvei da vingança dos homens de Deus, mas por muito tempo meus pensamentos ouviam os gritos dos homens cuja devoção a Lúcifer lhes trouxe apenas os horrores da intolerância, inquisição, e morte. E por pesar e pelo desespero destes não mais andei sobre a Terra, me revelando ao homem apenas no segredo inviolável de sua própria mente.


Mas em minha confusão Eu esqueci da promessa do meu Presente e com crescente fascínio e orgulho eu fui testemunha do amargo porém determinado esforço do homem em libertar a si mesmo das amarras do terror, ignorância e irracionalidade. Grandes obras foram realizadas, as origens das energias materiais descobertas, e os talentos do pensamento exercitados em crescente complexidade filosófica e matemática. Sancionadas inicialmente pelas igrejas como aparatos de doutrinação das leis de Deus, centros de aprendizado produziram e protegeram aqueles cujas liberdades foram por fim voltadas para destruir toda crença sem fundamento e superstição. E ainda que eu veja que a completa resolução disto esteja longe de ser atingida, eu não duvido de minha confiança no homem e minha devoção a ele será eterna.


O que, homem, es tu? Qual o porque de tua presença? É pois que teu propósito determina que o do próprio Cosmos, ainda que este seja sugerido ser a criação, perpetuação e exercício da satânica maravilha que é a livre e irrestrita Vontade. Considere, se o homem perecer que fútil será o desenvolvimento do Universo, pois a parte de sua apreciação e uso e uma coisa insignificante. E eu, que primeiro ensinei-lhes tua identidade – O que eu me tornaria longe dos homens? Assim por nenhuma razão a força da mente deverá falhar, pois a insanidade cega da paralisia divina abraçaria todas as coisas para sempre.


Este, homem, é tanto teu desafio quanto o meu. E assim como o homem é individualmente mortal, suas criações e feitos são temporais e com cuidado ele pode empunhar o Presente do Inferno. Em suas mãos esta a pura e verdadeira onipotência e assim ele poderá aspirar o próprio domínio da existência Universal.


Eu que sou Lúcifer, e que tomei por nome Satan Arquidemônio, carrego este título com orgulho, pois sou em verdade o grande inimigo de tudo o que é Deus, Juntos, homens, eu e vós atingiremos a glória eterna do cumprimento de nossa Vontade.

A Declaração de Beelzebub


Eu, Beelzebu, agora trago felicitações ao homem, pois ele é minha admiração e inspiração. Ouça agra as histórias do Inferno, Terra e Céu, pois o passado será o guia do futuro.


No reino divino eu estava em companhia do Arcanjo Lúcifer próximo do Arcanjo Michael, e o que Arcanjo Masieh fosse para Deus, assim eu desejei ser para Lúcifer. Mas o Senhor da Luz me admoestou, dizendo, Não perca a ti mesmo na Vontade de Lùcifer, pois eu não sou Deus e não ofereço o maravilhoso nirvana – Testemunhe agora a natureza da mente que reside em mim.


E Lúcifer respondeu: Tu que não conhecia a independência da Vontade passa a ser agora o primeiro a perceber essas qualidades além de mim mesmo. E a tua resposta transpassa muito , pois tu tinhas rejeitado o conceito do meu desafio e eu deveria frear meu próprio pensamento como uma ilusão impossível. Mas, como tu, com gosto por conhecimento, demanda mais, vou chamar-te Belzebu, Senhor das Moscas, pois tu ira incitar a mente infantil para a atividade e a invenção.


Destas palavras eu sabia pouco, mas elas fizeram nascer dentro de mim uma qualidade que eu não tinha conhecido antes – um impulso para me tornar alguém além e independente de Deus – e eu caí em longa desassossego, aflitos pela confusão e dúvida. E assim eu encontrei Michael, que disse, Bendito anjo, onde tu encontraste dor no Céu pois percebo-te  incomodado e em claro desconforto, tais como estão os poderes dentro de ti.


Então eu falei com Michael das visões de Lúcifer, e eu disse: Tanto por Deus como por Lúcifer fui encantado, mas agora estou só – para além de um e do outro, e eu não sei o que é claro e que eu escolherei.


Então o rosto de Michael escureceu, e ele disse: Há muito tempo eu temia isso, pois Lúcifer não foi somente crido por Deus, pois ele é uma força errante cuja Vontade não se conforma com a grande vontade de Deus. Lamento que a benevolência suprema de Deus e o esplendor de fogo do Arcanjo da Luz produza discórdia em conflito! Por isso eu vejo agora – que Lúcifer está distante da harmonia do Céu, e que sua vontade é determinado em desafiar a do próprio Deus. Devo aconselhar Lúcifer, pois eu irei curá-lo dessa luta se eu puder.


Mas eu pensei que, infelizmente, o Arcanjo estava na ignorância da sua própria cegueira! Pois Lúcifer não iria certamente abandonar sua nova visão para o bem da mera harmonia. E então eu soube em minha mente que estava com Lúcifer, e que eu, assim como ele nunca voltaria a tolerar a eterna idiotice da estagnação divina.


Depois eu voltei a Michael, e vi juntos o Senhor da Força e o Senhor da Luz, e havia forte tensão entre eles. Michael disse a Lúcifer, Tu que és o nosso brilho Celestial e a faísca do nosso paraíso, porque busca romper a paz universal, que existe em todos os lugares ordenados pela Vontade de Deus? Nós não conhecemos antagonismo entre nós, pois todos nós somos um com Deus – e não há em Deus nem malícia nem causa para o contenda.


E Lúcifer respondeu, Michael, para mim não foi dada a ordem em minha natureza, e assim como a nossa compreensão difere muito, assim é nossa substância diferente. Porque tu és da essencia de Deus, mas eu me fiz de minha própria essência. E por isso eu sou a discórdia, e não é de minha vontade me submeter a Deus sem perecer. Eu sou Lúcifer sozinho, eu faço meu ser.


Em seguida, Michael convocou o Arcanjo Masleh, e a ele relatou a palavra de Lúcifer. Masleh lhes disse: Por muito tempo este momento será marcado no futuro do Cosmos, pois a unidade de Deus teve fim, e, doravante, haverá duas forças opostas no concurso para a decisão do destino. Amargo é este gosto para mim, pois eu também admirei a luz de Lúcifer no panteão de Deus. Mas como ele é agora nosso inimigo à sua própria palavra, que seja lançado do céu e destruído.


Mas Lúcifer virou-se para Masleh e disse, Masleh, tu que fala por Deus é quem declarar a violação da paz, e não eu, pois es tu que não tolerar a variação de Vontade dentro do projeto de Deus. Que assim seja, mas sei que a contenda é ordenada por ti e por ti só, porque eu não iria esmagar a Vontade dos outros assim como como reconheço a minha própria.


E então em uma explosão de brilho Lúcifer revelou sua mente para todos os confins do Céu, e e muitos foram os anjos que foram tocados, e eles viram o que antes não viam que muitas de suas Vontades estavam isoladas da Vontade divina. Mas Masleh confuso pelo brilho do arcanjo da Luz disse a Michael, Tu que és a força de Deus, derrube este malefício do Céu!


E Michael atingiu Lúcifer e o expulsou das portas do Céu, e o Cosmos foi abalada por grandes incêndios de guerra e de Holocausto, e ao longo inúmeras galáxias e dimensões de tempo o apocalipse foi sentido. Muitos foram os anjos que pereceram em meio a ira divina e infernal, e a Grande Raça foi dizimada em grande número. E o próprio conceito de Deus foi abalado, e o caos sem fim levantou-se novamente para reinar onde a ordem de Deus não existia mais.


E Lúcifer disse, este horror não pode ser permitido ou toda a criação será sacrificado para a devastação final do caos. Deixe aqueles que reconhecem-me voltar agora para a escuridão exterior onde a Vontade de Deus nunca foi conhecida, lá fazermos o nosso lar por toda a eternidade. E, assim, levantou vôo e saiu do reino da ordem, ainda que não soubesse o que iria acontecer depois, e temíamos que nosso caminho fosse sem volta. Mas Lúcifer disse, nós não pereceremos, pois somos agora independentes de Deus. E mais uma vez ele disse a verdade, por não perecemos mas apenas as profundezas da incerteza tomou conta de nós.


Finalmente chegamos a um grande vazio no espaço para além da qual não havia nada. Lúcifer nos disse: Aqui acaba Deus e seus trabalhos, e aqui podemos criar o nosso próprio domínio e pelo poder que estava nele, Lúcifer fez a existência aparecer onde não tinha sido antes. E Lúcifer disse, eu te chamo Inferno, pois aqui a presença de Deus nunca será conhecida até o fim dos tempos.


Passando pelas portas do inferno, muitos de nós supomos que o inferno fosse um novo céu e que Lúcifer se tornaria como Deus. Mas não era para ser assim, pois a cena que se descortinou não nos prometei nem facilidade nem felicidade. Em lugar disso houve desequilíbrio e confusão, pois nenhuma lei definia a forma do Inferno. E Lúcifer disse, com isso vejam que eu não sou como Deus e que nós estamos sozinhos. Aqui a liberdade é absoluta pois o próprio inferno deve refletir nossas várias Vontades, nunca haverá padrão que os afaste.E realmente o Inferno não foi constante, pois cada um de nós o concebia de forma diferente e o resultado foi um pandemônio desregrado com substâncias e movimento se comportando das maneiras mais estranhas e desconcertantes. E apesar de nossa dor profunda por causa da Grande Guerra, sucumbimos por fim a alegria tão absurdo nosso Inferno parecia. Lúcifer estava rindo muito quando disse: É evidente que temos que temos que entrar em acordo sobre o desenho do Inferno ou ficaremos presos em um labirinto sem fim de pensamentos, e nosso experimento terá um fim ignóbil.


E eu respondi: Senhor da Luz, para o inferno nos trouxeste, e no Inferno, embora não sejas Deus, teus conceitos serão honrados entre a nossa sociedade, pois sem o teu presente nunca teríamos nos tornado quem somos.


Então houve grande aclamação que disse, Salve Lúcifer, Arcanjo da Luz e Senhor do Inferno! E ele respondeu-nos, Com honra eu aceito essa incumbência, e agora eu tomo a mim mesmo o título de Arquedemônio Satanás, porque eu sou o grande inimigo de Deus. Em todos os lugares onde Deus estiver, também estarei e a escolha que foi dada a todos os anjos deve ser dada novamente.