segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Thelema - Liber CL vel נעל, Uma Sandália, De Lege Libellum

 

Prefácio. A Lei
Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.

Em Retidão de ânimo vinde aqui, e ouvi-me: pois sou eu, ΤΟ ΜΕΓΑ ΘΗΡΙΟΝ, quem deu esta Lei a todo aquele que se percebe santo. Sou eu, e não outro, quem quer vossa completa Liberdade, e o aumento em vós de Conhecimento e Poder.

Vede! o Reino de Deus está dentro de vós, mesmo como o Sol está eternamente nos céus, tanto à meia-noite quanto ao meio-dia. Ele não se ergue; ele não se põe; é a sombra da terra que o esconde, ou as nuvens sobre a face dela.

Deixai-me então declarar-vos este Mistério da Lei, tal como ele me foi dado a conhecer em diversos lugares, em montanhas e em desertos, mas também em grandes cidades; eu o vos declaro para vosso conforto e coragem. E assim seja com todos vós!

Sabeis, primeiramente, que da Lei surgem quatro Raios ou Emanações; de forma que se fazeis da Lei o centro de vosso ser, eles inevitavelmente vos encherão de benefício oculto. E os quatro são Luz, Vida, Amor e Liberdade.

Pela Luz contemplareis a vós mesmos, e vereis Todas as Coisas, que em Verdade são apenas Uma Coisa, que tem sido chamada de Nada por um motivo que mais adiante vos será declarado. Mas a substância da Luz é Vida, desde que sem Existência e Energia a Luz não poderia ser. Pela Vida, portanto, vós sois tornados vós mesmos, eternos e incorruptíveis, flamejantes como sóis, autocriados e auto mantidos; cada um de vós o centro único do Universo.

Ora, assim como pela Luz vistes, pelo Amor sentis. Há um êxtase de puro Conhecimento, e outro de puro Amor. E este Amor é a força que une coisas diversas, para a contemplação, na Luz, da Unidade delas. Aprendei que o Universo não está imóvel; está num extremo movimento cuja soma é Descanso. E esta compreensão de que Estabilidade é Mudança, e Mudança Estabilidade, que Ser é Acontecer, e Acontecer é Ser, é a Chave do Palácio Áureo desta Lei.

Finalmente, através da Liberdade tendes o poder de dirigir vosso curso de acordo com vossa Vontade. Pois a extensão do Universo é sem limites, e vós sois livres de tomar prazer como quiserdes, já que a variedade de existência é, igualmente, infinita. Pois também isto é a Alegria da Lei: que não há duas estrelas iguais; e vós deveis compreender que esta Multiplicidade é, ela mesma, Unidade, e que sem ela a Unidade seria impossível. E isto é uma dura asserção para a Razão; vós compreendereis quando, subindo acima da Razão, que é apenas manipulação da Mente, chegardes ao Conhecimento puro através de percepção direta da Verdade.

Aprendei, também, que essas quatro Emanações da Lei flamejam em todos os caminhos; elas vos serão úteis não só nessas Rodovias do Universo das quais eu escrevi, mas em qualquer Atalho de vossas vidas diárias.

Amor é a lei, amor sob vontade.

I
De Liberdade

É sobre Liberdade que eu primeiro vos quereria falar; pois a não ser que sejais livres para agir, não podeis agir. No entanto, todas as quatro dádivas da Lei devem ser, em algum grau, exercidas, já que as quatro são na realidade uma, mas para o Aspirante que vem ao Mestre, a primeira necessidade é Liberdade.

O maior de todos os grilhões é a ignorância. Como há um homem de ser livre para agir, se ele não conhece seu próprio propósito? Vós deveis, portanto, antes de mais nada descobrir que estrela, de todas as estrelas, vós sois: vossa relação com as outras estrelas em vossa volta, e vossa relação com, e identidade com, o Todo.

Em nossos Livros Santos são descritos diversos métodos de realizarmos esta descoberta; e cada um deve realizá-la por si mesmo, alcançando uma absoluta certeza através de experimentação direta; não apenas raciocinando e calculando o que é provável. Então, a cada um de vós virá o conhecimento de sua vontade finita, através da qual um é poeta, outro profeta, outro ferreiro, outro escultor. Mas também a cada um virá o conhecimento de sua Vontade infinita: seu destino de realizar a Grande Obra, percepção de seu Verdadeiro Ente. Desta Vontade deixai-me, pois, falar claramente a todos, já que ela é de todos.

Compreendei, antes de mais nada, que existe em vós um certo descontentamento. Analisai-lhe bem a natureza: no final chegareis, em qualquer caso, a uma mesma conclusão. Esse descontentamento surge da crença de duas coisas diversas, o Ente e o Não-Ente, em conflito entre elas. Também isto é restrição da Vontade. Aquele que está doente está em conflito com seu próprio corpo; aquele que é pobre está em conflito com a sociedade; e assim por diante. No fim, portanto, o problema consiste em como destruir esta percepção de dualidade; como atingir esta percepção de unidade.

Ora suponhamos que viestes à presença do Mestre, e que Ele vos declarou o Caminho a esta consecução. Que vos impede? Ai! existe ainda muita Liberdade ao longe.

Compreendei isto claramente: que se estais certos de vossa Vontade, e certos de vossos meios, então quaisquer pensamentos ou atos que contrariam esses meios contrariam também aquela Vontade.

Se, portanto o Mestre vos urgisse a que aceitásseis um Voto de Santa Obediência, concordar em fazer isto não seria uma entrega da Vontade, mas um cumprimento desta.

Pois vede, que é que vos impede? Ou vem de fora ou vem de dentro, ou ambas as coisas ao mesmo tempo. Pode ser fácil para o buscador de mente forte calcar aos pés a opinião pública, ou arrancar de seu coração o que ele ama, em um senso; mas permanecerão sempre nele muitas afeições discordantes, como também os laços do hábito; e também estes deve ele conquistar.

Em nosso mais Santo Livro está escrito: “tu não tens direito senão fazer a tua vontade. Faze aquilo, e nenhum outro dirá não.” Escreverei tal também em vosso coração e em vosso cérebro: pois esta é a chave do assunto inteiro.

Aqui a Natureza mesma seja vosso orientador: pois em cada fenômeno de força e movimento ela proclama aos gritos esta verdade. Mesmo num assunto tão pequenino como o ato de pregar um prego numa tábua, eis este mesmo sermão. Vosso prego deve ser duro, liso, aguçado, ou não se moverá rapidamente na direção desejada. Imaginai então um prego de madeira podre, e rombudo – em verdade, isso nem mais é prego. No entanto, praticamente a humanidade em peso é assim. Eles desejam uma dúzia de diversas carreiras; e a força que poderia ter sido suficiente para atingir eminência em uma é desperdiçada nas outras; todas ficam anuladas.

Aqui então deixai-me confessar francamente, e dizer isto: se bem que eu me dediquei quase desde a infância à Grande Obra; se bem que em meu auxílio vieram as mais possantes forças do Universo para me manter neste intuito; se bem que agora o hábito mesmo me constrange à direção correta, no entanto eu não cumpri minha Vontade; diariamente eu me desvio da tarefa. Eu oscilo. Eu fraquejo. Eu me atraso.

Seja isto, então, de grande conforto a todos vós; que se eu sou tão imperfeito – e por simples vergonha eu não acentuei esta minha imperfeição – se eu, o Profeta, ainda fracasso, então como será fácil para vós ultrapassar-me! Ou mesmo se apenas me igualásseis, como seria grande a vossa consecução!

Alegrai-vos, portanto, já que tanto o meu fracasso quanto o meu sucesso são argumentos encorajadores para vós.

Examinai-vos bem, eu vos peço; analisai vossos pensamentos mais íntimos. E primeiramente abandonareis todos esses grosseiros e óbvios impedimentos à vossa Vontade: preguiça, amizades fúteis, condições ou diversões dispersivas; eu não enumerarei os conspiradores contra o bem-estar de vosso Estado.

A seguir, determinai o mínimo de tempo diário que é realmente indispensável à vossa vida natural. O resto vós dedicareis aos Verdadeiros Meios da vossa Consecução. E mesmo aquelas necessárias horas de labuta mundana vós consagrareis à Grande Obra, dizendo conscientemente, sempre, enquanto ocupado com essas tarefas, que vós as executais apenas para preservar vosso corpo e mente em bom estado de saúde a fim de poderdes vos aplicar seriamente àquele sublime e único Objetivo.

Pouco tempo passará antes que comeceis a compreender que um tal modo de viver é a verdadeira Liberdade. Vós percebereis as distrações de vossa Vontade como o que são. Elas não mais vos parecerão agradáveis e atraentes; mas serão como laços, como vergonha. E quando tiverdes atingido este ponto, sabei que atravessastes o Portal do Meio deste Caminho. Vós unificastes a vossa Vontade.

Da mesma forma, se um homem estivesse sentado em um teatro e a peça o entediasse, ele aceitaria de bom grado qualquer distração e se divertiria com qualquer incidente estranho às peripécias no palco; mas se a peça realmente lhe atraísse a atenção, qualquer tal incidente o aborreceria. Sua atitude para com estes seria uma indicação da atitude dele para com a peça mesma.

A princípio o hábito da atenção é difícil de adquirir. Perseverai, e experimentareis espasmos periódicos de revulsão. Vossa Razão mesma vos atacará, dizendo: como pode uma escravidão tão estrita ser o Caminho à Liberdade?

Perseverai. Vós nunca ainda conhecestes a Liberdade. Quando as tentações tiverem sido sobrepujadas, quando a voz da Razão tiver sido silenciada, então vossa alma pulará avante, desimpedida, em seu curso escolhido; e pela primeira vez vós experimentareis o extremo deleite de serdes Mestres de Vós Mesmos, portanto do Universo.

Quando isto tiver sido plenamente conseguido, quando estiverdes sentados seguramente na sela, então podereis desfrutar também todas aquelas distrações que antes vos agradaram e depois vos irritaram. Agora elas não mais farão nem uma coisa nem a outra; pois elas serão vossas servas e brinquedos.

Até que tenhais atingido este ponto, não sereis completamente livres. Vós deveis matar o desejo e matar o medo. O final disto é o poder de viver de acordo com vossa própria natureza, sem perigo de que uma parte possa se desenvolver para detrimento das outras; sem qualquer preocupação de que um tal perigo possa se apresentar.

O beberrão bebe, e se aturde; o covarde não bebe, e treme de frio; o homem sábio, livre e corajoso, bebe, e glorifica Deus Altíssimo.

Esta então é a Lei de Liberdade; vós possuís toda Liberdade como vosso próprio direito intrínseco; mas tendes que fortificar o Direito com Poder: tendes que conquistar a Liberdade para vós mesmos em muitas batalhas. Ai dos filhos que dormem sobre a Liberdade conquistada por seus pais!

“Não existe lei além de Faze o que tu queres”: mas são apenas os maiores da raça que têm a força e a coragem necessárias para obedecer esta Lei.

Ó homem! olha-te a ti mesmo! Com que cuidado foste feito! Quantas idades levou a tua construção! A história do planeta está entretecida com a substância mesma do teu cérebro! Foi tudo isso sem motivo? Não há propósito em ti? Foste tu feito como és para que pudesses comer, e procriar, e morrer? Tal não penses! Tu incorporas tantos elementos, tu és o fruto de tantos æons de esforço, tu foste feito tal qual és, e não outro, para algum colossal Fito.

Cria ânimo, pois, e busca esse Fito, e faze-o. Nada pode te satisfazer senão o cumprimento de tua transcendente Vontade, que está oculta dentro de ti. Para isto, levanta-te, arma-te! Conquista tua Liberdade para ti mesmo! Golpeia fundo!

II
Do Amor

Está escrito que “Amor é a lei, amor sob vontade”. Aqui há um Arcano velado, pois em grego ΑΓΑΠΗ, Amor, tem o mesmo valor numérico que ΘΕΛΗΜΑ, Vontade. Por isto nós compreendemos que a natureza da Vontade Universal é Amor.

Ora, Amor é o incêndio em êxtase de Dois que desejam se tornar Um. É, pois, uma fórmula Universal de Alta Magia. Pois todas as coisas, sofrendo por causa de separatividade, devem necessariamente querer Unidade como seu remédio.

Aqui também a Natureza serve de aviso àqueles que buscam Sabedoria no seio dela: pois na união de elementos de polaridade oposta há uma glória de calor, de luz, e de eletricidade. Assim também, na humanidade nós contemplamos o fruto espiritual de poesia, e de toda genialidade, surgindo da semente daquilo que pessoas treinadas em Filosofia consideram apenas um gesto animal. E deve ser bem notado que as mais violentas e divinas paixões ocorrem entre pessoas de natureza completamente inarmônicas.

Mas agora eu quereria que percebêsseis que no plano da mente não há limitações tais com a de espécie; de forma que um homem pode se enamorar de um objeto inanimado, ou de uma ideia. Pois para aquele que esteja algo adiantado no Caminho da Meditação parece que todos os objetos, salvo o Objeto Único, são desagradáveis, mesmo como lhe pareceu antes quanto aos seus caprichos e desejos efêmeros em relação à Vontade. Portanto, assim todos os objetos devem ser tomados pela mente, e aquecidos na sétupla fornalha do Amor, até que numa explosão de êxtase eles se unem, e desaparecem; pois, sendo imperfeitos, eles são por completo destruídos na criação da Perfeição de União, tal como as pessoas do Amante e do Bem-Amado se fundem no ouro espiritual do Amor, que não conhece pessoas, mas inclui tudo.

Porém, já que cada estrela é apenas uma estrela, e a união de quaisquer duas é apenas uma raptura parcial, o aspirante à nossa santa Ciência e Arte deve se aumentar constantemente através deste método de assimilação de ideias, para que no fim, tendo se tornado capaz de abarcar o Universo em um só pensamento, ele possa se lançar sobre Aquilo com a completa força de seu Ente e, destruindo a ambos, tornar-se aquela Unidade cujo nome é Nada. Buscai, pois, todos vós, constantemente unir-vos em raptura com toda e cada coisa que existe; e isto com a máxima paixão e ardor de União. Para este fim, tomai principalmente coisas que vos sejam naturalmente repulsivas. Pois aquilo que é agradável é assimilado facilmente e sem êxtase; é na transfiguração do que é indesejado e nojento n’O Bem-Amado que o Ente é sacudido até às raízes em Amor.

Assim, no amor humano também nós vemos que homens medíocres se unem a mulheres inaptas; mas a História nos ensina que os supremos gênios do mundo buscam sempre as mais vis e as mais horríveis criaturas para suas concubinas, ultrapassando até as leis limitadoras do sexo ou da espécie em sua necessidade de transcender a norma. Não basta a tais naturezas excitar ardor ou paixão: a imaginação mesma deve ser inflamada por todas os meios.

Para nós, então, emancipados de toda lei ignóbil, que faremos nós para satisfazer nossa Vontade de Unidade? Nada menos que o Universo inteiro deve ser a nossa amante; nenhum bordel mais circunscrito que o Espaço Infinito pode ser o nosso âmbito; nenhuma noite de estupro que não seja coesa com a Eternidade mesmo!

Considerai que, tal como o Amor tem força para produzir todo êxtase, assim a falta de Amor é a maior das fomes. Quem é frustrado em seu Amor sofre, em verdade; mas aquele que não sente Amor ativamente em seu coração para com algum objeto está prostrado em dor de esfomeio. E este estado é, misticamente, chamado de “secura”. Para isto, creio eu, não existe cura senão paciente persistência em uma Regra de Vida.

Mas esta Secura tem sua virtude: que, através dela, a Alma é purgada das coisas que impedem a Vontade; pois quando a secura é completa e perfeita, então é certo que nada satisfará a Alma senão a Consecução da Grande Obra. E isto, em almas fortes, é um estímulo para a Vontade. É a Fornalha da Sede que queima toda impureza dentro de nós.

Mas a cada ato de Vontade corresponde uma particular Secura; e à medida que o Amor aumentar dentro de vós, assim aumentará o tormento da falta de Amor, seja isto, além do mais, um consolo vosso na ordália! Também, quanto mais intensa a praga de impotência, tanto mais rapidamente e subitamente ela poderá desaparecer.

Eis aqui o método de Amor em Meditação: Que o Aspirante primeiro pratique-a e depois se discipline na, Arte de fixar a atenção em qualquer coisa à vontade, sem permitir a mínima distração imaginável.

Também, que ele pratique a arte da Análise de Ideias, e a arte de não permitir à mente a reação natural desta às ideias, tanto as agradáveis quanto as desagradáveis; assim fixando-se a si mesmo em Simplicidade e Indiferença. Estas coisas sendo em sua devida estação conseguidas, sabei que todas as ideias terão se tornado iguais em vossa percepção, já que cada uma é simples, e cada uma é indiferente: qualquer uma delas permanecerá na mente à Vontade, sem se inquietar ou lutar, nem tendendo a passar a qualquer outra. Mas cada ideia possuirá uma especial qualidade que é comum a todas: esta, que nenhuma delas é o Ente; desde que são percebidas pelo Ente como Algo Oposto.

Quando esta percepção for completa e profunda em seu impacto, então será o momento do aspirante dirigir sua Vontade de Amar sobre ela, de forma que a inteira consciência dele se focalize sobre esta Ideia Única. E a princípio ela poderá ser inerte e morta, ou mal mantida. Isto poderá então passar a secura, ou a repulsa. Mas por fim, por pura persistência naquele Ato de Vontade de Amar, o Amor mesmo se erguerá, como uma ave, como uma flama, como uma música, e a Alma inteira subirá alada numa trajetória de fogo e canto ao Céu Ultimal de Orgasmo.

Agora, neste método há muitas estradas e caminhos, alguns simples e diretos, outros ocultos e misteriosos; mesmo como ocorre com o amor humano, do qual nenhum homem até hoje pode fazer sequer o primeiro esboço de um Mapa; pois o Amor é infinito em sua diversidade, exatamente como as Estrelas. Por este motivo eu deixo o Amor mesmo mestre no coração de cada um de vós: pois ele vos ensinará corretamente, se apenas o servirdes com diligência e devoção, ao ponto de completo abandono a ele.

Nem devereis vos ofender ou surpreender com os estranhos truques que ele armará contra vós: pois Ele é um menino moleque e arteiro, sábio nas Manhas de Afrodite Nossa Senhora, a doce Mãe d’Ele; e todos os truques e crueldades d’Ele são temperos em um confeito tão hábil que nenhuma arte poderá imitá-lo.

Regozijai-vos, pois, em todo e cada brinquedo do Amor, sem diminuir de qualquer forma o vosso ardor, mas inflamando-vos ao toque das chibatadas d’Ele, e fazendo do Riso mesmo um sacramento auxiliar do Amor; tal como o Vinho de Reims é faiscante e morde, estas qualidades sendo como acólitos no Alto-Sacerdócio de sua Intoxicação.

Também, é bom que eu vos escreva da importância de Pureza em Amor. Agora, este assunto nada tem a ver com o objeto ou o método da prática; a única coisa essencial é que nenhum elemento estranho se intrometa. E isso é da máxima pertinência ao aspirante naquele aspecto primário e mundano do trabalho dele, em que ele se estabelece no método através de suas afeições naturais.

Pois todas as coisas são máscaras ou símbolos da Verdade Única, e a natureza mesma serve sempre para indicar a perfeição mais elevada sob o véu da perfeição mais baixa. Assim, então, toda a Arte e Técnica do amor humano vos servirá como um hieróglifo: pois está escrito que Aquilo que está acima é como aquilo que está embaixo; e Aquilo que está embaixo é como aquilo que está em cima.

Portanto, também, vós deveis tomar cuidado em não falhar de forma alguma neste assunto de pureza. Pois se bem que cada ato deverá ser completo em seu próprio plano, e nenhuma influência de qualquer outro plano deverá ser introduzida para mistura ou interferência --- pois tudo tal é impureza --- no entanto, cada ato deveria em si mesmo ser tão completo e perfeito que se torna um espelho da perfeição de todo outro plano, e portanto um comungante da pura Luz do mais alto. Também, desde que todos os atos devem ser atos de Vontade em Liberdade em todo e cada plano, todos os planos são na realidade apenas um: e assim, a mínima  expressão de qualquer função daquela Vontade deverá ser, ao mesmo tempo, uma expressão da mais elevada Vontade, ou única verdadeira Vontade; que é o que já está implicado na aceitação da Lei.

Seja também compreendido por vós que não é necessário ou correto abstermo-nos de atividade natural de qualquer tipo, como certa gente falsa, eunucos do espírito, mui imundamente ensina, para a destruição de muitos. Pois em toda e cada coisa inere sua própria e particular perfeição; e negligenciar a operação completa e completo funcionamento de qualquer parte traz distorção e degeneração do todo. Agi, portanto, de todas as vias; mas transformando o efeito de todas essas vias na Via Única da Vontade. E isto é possível, porque todas as vias são em Verdade Uma Via, o Universo em si sendo Um, e Um Apenas, e sua aparência de Multiplicidade sendo aquela cardinal ilusão que é o próprio objetivo do Amor dissipar.

Na consecução do Amor há dois princípios: o de tomar e o de dar. Mas a natureza destes é difícil de explicar, pois eles são sutis, e são melhor ensinados pelo Amor Mesmo no curso de Suas Operações. Mas podemos dizer, geralmente, que a escolha de uma fórmula ou da outra é automática, sendo a operação daquela mais íntima Vontade que está viva dentro de vós. Não busqueis, pois, determinar conscientemente esta decisão, pois nisto o verdadeiro instinto não tende a errar.

Mas agora eu termino, sem dizer mais; pois em nossos Santos Livros estão escritos muitos detalhes das práticas do Amor. E as melhores e mais verdadeiras são aquelas que estão mais sutilmente descritas em símbolo e imagem, especialmente em Tragédia e Comédia; pois a natureza inteira destas coisas é deste tipo, a Vida mesma sendo o fruto da flor do Amor.

É portanto da Vida que eu devo agora escrever-vos, já que por todo ato de Amor sob Vontade vós estais criando Vida, uma quintessência mais misteriosa e alegre do que percebeis; pois isso que os homens chamam vida é apenas uma sombra daquela verdadeira Vida, vosso direito de nascença, e a dádiva da Lei de Télema.

III
Da Vida

Sístole e diástole: estas são as fases de todas as coisas componentes. Tal é também a vida do homem. Sua curva se ergue da latência do óvulo fertilizado, dizeis, a um zênite do qual declina até à nulidade da morte? Bem considerado, isto não é completamente verdade. A vida do homem é apenas um segmento de uma curva serpentina que alcança a infinidade, e seus zeros apenas marcam as mudanças de + para − e de − para + nos coeficientes de sua equação. É por este motivo, entre muitos outros, que sábios de antanho escolheram a Serpente para hieróglifo da Vida.

A Vida é, pois, indestrutível, como tudo mais. Toda destruição e construção são mudanças da natureza do Amor, como eu vos descrevi no último capítulo. No entanto, mesmo como o sangue que passa pelas veias do meu pulso neste instante não é o mesmo sangue que passará daqui a um momento, assim também nossa individualidade é, em parte, destruída com cada vida que passa; não, mais até: com cada pensamento.

Que é, então, que constitui um homem, se ele morre e renasce mutado em cada alento? Isto: a consciência de continuidade dada pela memória dele; a concepção de seu Ser como algo cuja existência, longe de estar ameaçada por estas mudanças, é na realidade assegurada por elas. Então, que o aspirante à Sabedoria sagrada considere seu Ser não como um segmento da Serpente, mas como a Serpente inteira. Que ele expanda sua consciência para encarar nascimento e morte apenas como incidentes triviais, tais como a sístole e diástole do coração mesmo; e tão necessários quanto estas para que a consciência funcione.

Para fixar a mente nesta percepção da Vida, dois modos são preferidos, como preliminares às experiências maiores que serão discutidas em sua devida ordem, experiências que transcendem mesmo aquelas consecuções de Liberdade e Amor, das quais eu já escrevi, e esta de Vida que eu agora registro neste meu livrinho que estou compondo para vós a fim de que possais chegar à Grande Consecução.

O primeiro modo é a aquisição da Memória Mágica, assim chamada, e a maneira de consegui-la está descrita acurada e claramente em certos de nossos Santos Livros. Mas para quase todos os homens isso é uma prática de extrema dificuldade. Portanto, que o aspirante siga o impulso de sua própria Vontade, a fim de decidir se escolherá esse modo ou não.

O segundo modo é fácil, agradável; não é tedioso, e no final das contas é tão certeiro quanto o outro. Mas assim como o erro naquele outro consiste em Desencorajamento, neste deveis vos precatar de Veredas Falsas. Em verdade posso dizer, genericamente, de todas as Obras, que existem dois perigos: o obstáculo do Fracasso, e a armadilha do Sucesso.

Este segundo modo consiste em dissociar os entes que compõem nossa vida. Primeiro, porque é mais fácil, vós deveríeis segregar aquela Forma que é chamada o Corpo de Luz (e também por muitos outros nomes), e resolver-vos a viajar nesta Forma, explorando sistematicamente esses planos que estão para com o plano físico como o vosso Corpo de Luz está para o vosso corpo material.

Agora, ocorrerá convosco nestas viagens que atingireis muitos Portais através dos quais não podereis passar. Isto é porque vosso Corpo de Luz não é suficientemente forte, ou suficientemente sutil, ou suficientemente puro; e vós devereis então aprender a dissociar os elementos daquele Corpo, por um processo similar ao primeiro; vossa consciência permanecendo no mais elevado, e deixando o mais baixo. Nesta prática vós perseverareis, usando vossa Vontade como um grande Arco para enviar a Flecha de vossa consciência através de céus cada vez mais altos e mais santos. Mas persistência neste Caminho é, por si mesma, de vital importância: pois acontecerá que presentemente o hábito mesmo vos persuadirá de que o corpo que nasce e morre durante um período de tempo tão curto quanto um ciclo de Netuno no Zodíaco não é essencial ao vosso Ente; que a Vida de que vos tornastes um comungante, se bem que ela mesma sujeita à Lei de ação e reação, de vazante e enchente, sístole e diástole, está no entanto imune das aflições daquela vida que vós anteriormente assumistes ser vosso único laço com a Existência.

E aqui deveis determinar vosso Ente aos máximos esforços; pois tão floridas são as veredas desse Éden, e tão doces os frutos dos seus pomares, que vós desejareis demorar-vos neles, e deleitar-vos em preguiça e gozo ali. Portanto eu vos escrevo com energia que não deveis fazer isto, para impedimento de vosso verdadeiro progresso; pois todos esses gozos dependem de dualidade, de forma que o verdadeiro nome deles é Dor de Ilusão, tal como é o nome da vida normal do homem, que resolvestes transcender.

Seja como vossa Vontade determine; mas aprendei isto, que (como está escrito) só são felizes aqueles que desejaram o inalcançável. Será, pois, melhor, no final das contas, que vossa Vontade seja buscar o vosso principal prazer somente no Amor, isto é, em Tomar, e na Morte, isto é, em Dar, como eu já vos escrevi antes. Assim, então, vos deleitareis nesses gozos já mencionados; mas apenas como brinquedos, mantendo vossa hombridade firme e afiada para entrar em êxtases mais profundos e mais santos, sem interrupção de vossa Vontade.

Além disto, eu quereria que soubésseis que nesta prática, se perseguida com ardor inesgotável, há esta especial graça: que vós chegareis, como que por acaso, a estados que transcendem a prática mesma, sendo da natureza dessas Obras de Pura Luz das quais eu quero vos escrever no capítulo que segue. Pois há certos Portais que nenhum ser que ainda está cônscio de separatividade, isto é, de Ente e não-Ente como opostos, pode atravessar: e no ataque contra estes Portais, em fogoso assomo de ardor celestial, vossa flama queimará veementemente contra vosso Ente grosseiro, apesar de este já ser divino além de sua presente imaginação, e o devorará numa morte mística; de forma que na Passagem do Portal tudo se dissolva em Luz, amorfa, de Unidade.

Agora então, regressando desses estados de ser (e no regresso também há um Mistério de Alegria), vós sereis desarmados do Leite da Escuridão da Lua, e sereis feitos comungantes do Sacramento de Vinho que é o sangue do Sol. No entanto, no início pode haver choque e conflito, pois o velho pensamento persiste pela força de seu hábito: será vossa tarefa criar, por repetida ação, o verdadeiro correto hábito desta consciência da Vida que habita Luz. E isto é fácil, se vossa vontade é forte; pois a verdadeira Vida é tão mais vívida e quintessencial que a falsa que (como eu avalio mal) uma hora daquela faz uma impressão sobre a mente igual a um ano da última. Uma única experiência, que em duração pode ser apenas uns poucos segundos de tempo terreno, é suficiente para destruir a crença na realidade de nossa vã vida na terra; mas este efeito gradualmente se dissipa se a consciência, através de choque ou medo, não adere a ele, e a Vontade não se esforça continuamente por repetição daquela felicidade, mais linda e terrível que a morte, que ganháramos por virtude de Amor.

Há, além disto, muitos outros modos de conseguir a percepção da verdadeira Vida, e os dois que seguem são de muito valor para quebrar o hábito de vosso erro material na perspectiva de vosso ente. E destes o primeiro é a constante contemplação da Identidade de Amor e Morte, e compreensão da dissolução do corpo físico como um Ato de Amor executado sobre o Corpo do Universo, como também está extensamente escrito em nossos Santos Livros. E com este vai, como se fosse irmã com seu irmão gêmeo, a prática do amor mortal, como um sacramento simbólico daquela grande Morte; tal como está escrito: “Mata-te a ti mesmo”; e também: “Morre diariamente”.

E o segundo destes modos secundários é a prática da percepção e análise mental das ideias, principalmente como eu já vos ensinei; mas com especial ênfase na escolha de coisas naturalmente repulsivas, em particular a morte mesma, e seus fenômenos subordinados. Assim, Buda recomendava a seus discípulos que meditassem sobre Dez impurezas, isto é, sobre dez casos de morte por decomposição; de forma que o Aspirante, identificando-se com seu próprio corpo em todas estas formas imaginadas, perdesse o natural horror, repugnância, medo ou desgosto que ele poderia ter tido por essas coisas. Aprendei isto: que toda ideia, de qualquer tipo, se torna irreal, fantástica, e evidentemente, ilusão, se sujeita a investigação persistente, com concentração. E isto é particularmente fácil de conseguirmos no caso de todas as impressões corpóreas; porque todas as coisas materiais, e especialmente essas de que nos tornamos primeiramente cônscios, a saber, nossos próprios corpos, são as mais grosseiras e mais inaturais de todas as falsidades. Pois existe em todos nós, latente, aquela Luz onde nenhum erro pode perdurar, e Ela já ensina o nosso instinto a rejeitar antes de mais nada esses véus que mais estreitamente A envolvem. Assim, em meditação é (para muitos homens) mais lucrativo concentrar a Vontade de Amar sobre os sagrados centros de força nervosa: pois estes, como todas as coisas, são aptas imagens ou veros reflexos de seus semelhantes em esferas mais finas; de forma que, suas naturezas grosseiras sendo dissipadas pelo ácido dissolvente da Meditação, suas almas mais finas aparecem (por assim dizermos) nuas, e exibem sua força e glória na consciência do aspirante.

Sim, deixai que vossa Vontade de Amar queime lépida em direção a esta criação em vós mesmos da verdadeira Vida, que rola suas vagas através do mar imenso do Tempo! Não vivais vidas mesquinhas em temor das horas! A Lua e o Sol e as Estrelas pelos quais medis o Tempo são, eles mesmos, apenas servos daquela Vida que pulsa em vós; alegre ruflar de tambores enquanto marchais triunfantes pela Avenida das Idades. Então, quando cada nascimento e morte vossa forem assim reconhecidos nesta perspectiva como apenas marcos sobre vossa Estrada sempre-viva, que dos tolos incidentes de vossas existências mesquinhas? Não são eles apenas grãos de areia soprados pelo vento do deserto, ou pedregulhos que afastais de vós com vossos pés alados, ou clareiras verdejantes onde comprimis o musgo e a relva elástica em vossa dança lírica? Para aquele que vive na Vida, nada importa: seus são eterno movimento, energia, deleite de Mudança infalível. Incansáveis, vós passais de aeon a aeon, de estrela a estrela, o Universo, vosso campo de recreio, sua infinita variedade de esporte sempre velha e sempre nova. Todas essas ideias que engendram dor e medo são percebidas em sua verdade, e assim se tornam a semente de alegria; pois vós percebereis, além da necessidade de qualquer prova, que não podeis jamais morrer; que, se bem que mudeis, mudanças é de vossa própria natureza. O Grande Inimigo se tornou o Grande Aliado.

Enraizados nesta perfeição, vosso Ente tendo se tornado a Árvore da Vida mesma, vós tendes um fulcro para vossa alavanca: agora estais prontos para compreender que este pulso de Unidade é, ele mesmo, Dualidade, e portanto, no mais elevado e mais sagrado senso, ainda Dor e Ilusão; e tendo compreendido isto, aspirai uma vez ainda, mesmo à Quarta das Dádivas da Lei, o Fim do Caminho, sim a Luz.

IV
Da Luz

Eu vos rogo, sede paciente comigo naquilo que eu escreverei quanto à Luz; pois aqui há uma dificuldade, sempre maior, no uso das palavras. Além disto, eu mesmo sou constantemente arrebatado e sobrepujado pela sublimidade deste assunto, de forma que um linguajar simples pode se transformar em lirismo quando eu quereria prosseguir calmamente com explicações sóbrias. Minha melhor chance é que vós possais compreender, por virtude da simpatia de vossa intuição; mesmo como dois amantes podem conversar em linguagem tão ininteligível a outros que chega a parecer tola, indecente e tediosa; ou como naquela outra intoxicação, dada por Éter, os comungantes se comunicam uns com os outros com infinito humor, ou sabedoria, conforme o impulso lhes venha, com uma só palavra ou gesto, estando iniciados em percepção pela sutileza da droga. Assim também eu, que estou inflamado com amor dessa Luz, e embriagado com o vinho etéreo desta Luz, posso comunicar-me não tanto com vossa razão e inteligência, mas com aquele princípio oculto em vós que está pronto para comungar comigo. Assim mesmo podem um homem e uma mulher enlouquecer de amor um pelo outro, sem que qualquer palavra seja dita entre eles; por causa da indução (por assim dizermos) de suas almas. E vossa compreensão dependerá de vossa madureza para a percepção de minha Verdade. Além disto, se ocorrer que aquela Luz em vós esteja pronta para aparecer, então a Luz interpretará para vós estas minhas escuras palavras na linguagem da Luz, mesmo como uma corda musical inanimada, estando devidamente afinada, ressoará em seu tom peculiar, se este for emitido por outra corda. Lede, portanto, não apenas com vosso olho e cérebro, mas com o ritmo daquela Vida à qual vós alcançastes pela vossa Vontade de Amar, despertada a passo de dança por estas palavras, que são os movimentos da vara de condão da minha Vontade de vos Amar, e assim inflamar vossa Vida em Luz.

[Portanto eu me interrompi na escritura deste livrinho, e durante dois dias e duas noites meditei sem dormir, esforçando-me veementemente em meu espírito, para que não vos falhasse, quer por pressa ou por descuido.]

No exercício de Vontade e de Amor estão implicados movimento e mudança; mas em Vida alcançamos uma Unidade que se move e muda apenas em pulso ou face, e é harmoniosa como a música. Entretanto, ao alcançardes essa Vida vós tereis percebido que a Quintessência dela é pura Luz: um êxtase informe, e sem marco ou limite. Nesta Luz nada existe, pois Ela é homogênea; e portanto os homens a têm chamado de Silêncio, e Escuridão, e Nada. Mas neste, como em qualquer outro esforço por descrevê-la, está a raiz de toda falsidade e percepção errônea; desde que todas as palavras implicam em dualidade de algum tipo. Portanto, se bem que eu a chamo de Luz, ela não é Luz, nem ausência de Luz. Muitos, também, têm tentado descrevê-la por contradições, desde que através da transcendente anulação de toda linguagem ela pode ser alcançada por certas naturezas. Também através de imagens e símbolos têm os homens se esforçado por expressá-la; mas sempre em vão. No entanto, esses que estavam prontos para perceber a natureza desta Luz têm compreendido por empatia; e assim será convosco se lerdes este livrinho com amor. Porém, seja sabido por vós que a melhor instrução quanto a este assunto, e a Palavra mais apta ao Æon de Hórus, está escrita no Livro da Lei. No entanto, também o Livro Ararita é digno na Obra de Luz, tal como Trigrammaton na de Vontade, Cordis Cincti Serpente no Caminho de Amor, e Liberi no de Vida. Todos esses Livros, também, tratam de todas estas Quatro Graças; pois no fim vós vereis que toda e cada uma delas é inseparável de todas as outras.

Eu desejo vos escrever do número 93, o número de ΘΕΛΗΜΑ. Pois não apenas é o número de sua interpretação ΑΓΑΠΗ, mas também o de uma Palavra que vos será desconhecida a não ser que sejais Neófitos de nossa Santa Ordem A∴A∴, palavra esta que representa em si o erguer da Voz no Silêncio, e o retorno dela ali no Fim. Agora, este número 93 é três vezes 31, que é em hebreu LA, isto é NÃO, e assim nega extensão nas três dimensões do Espaço. Também, eu quereria que meditásseis mui estritamente sobre o nome NU, que é 56, o qual nos é dito que dividamos, adicionemos, multipliquemos e compreendamos. Por divisão vem 0.12, como se fosse escrito Nuit! Hadit! Ra-Hoor-Khuit! antes do aparecimento da Díada. Por adição temos Onze, o número da Verdadeira Magia; e por multiplicação temos Trezentos, o Número do Santo Espírito ou Fogo, a letra Shin, onde todas as coisas são completamente consumidas. Com estas considerações, e uma completa compreensão dos mistérios dos Números 666 e 418, estareis poderosamente armados neste Caminho de voo distante. Mas vós deveríeis também considerar todos os números em suas escalas. Pois não há meio de resolução melhor do que este da matemática pura, desde que já mesmo aí ideias grosseiras são refinadas, e tudo é arranjado e aprontado para a Alquimia da Grande Obra.

Eu já vos escrevi de como, na Vontade de Amar, a Luz se ergue como a parte secreta da Vida. E no primeiro, nos pequenos, Amores, essa Vida alcançada é ainda pessoal; mais além, ela se torna impessoal e universal. Então chega a Vontade, posso dizer, ao seu polo magnético, de onde as linhas de força apontam ao mesmo tempo em todas as direções e nenhuma; e o Amor, também, não mais é um trabalho, mas um estado. Estas qualidades se tornam parte da Vida Universal, que flui sem fim ou fito e tem a Vontade e Amor como suas partes inerentes. Estas coisas, portanto, em sua perfeição perdem seus nomes, e suas naturezas. No entanto elas são a Substância da Vida, o Pai e a Mãe desta; e sem a operação e impacto delas a Vida mesma gradualmente cessaria suas pulsações. Mas desde que a infinita energia do Universo inteiro está ali, que pode acontecer, senão que ela retorne à sua própria Intenção Primordial, dissolvendo-se pouco a pouco naquela Luz que é a sua mais secreta e mais sutil Natureza?

Pois este Universo é em Verdade Zero, sendo uma equação da qual Zero é a soma. Donde isto é a prova: que se não fosse assim, o Universo estaria em desequilíbrio, e algo deveria provir de Nada, o que é absurdo. Esta Luz ou Nada é então a Resultante, ou Totalidade, Universal em Perfeição; e todos os outros estados, positivos ou negativos, são imperfeitos, desde que omitem os seus opostos.

No entanto, eu quereria que considerásseis que esta igualdade ou identidade de equação entre todas as coisas e Nenhuma é mui absoluta; de maneira que não permanecereis mais em um lado da equação do que ocorreu convosco no outro. E vós compreendeis este Mistério maior muito facilmente, à luz dessas outras experiências que tereis tido, nas quais movimento e descanso, mudança e estabilidade, e muitos outros sutis pares de opostos, foram redimidos à identidade pela força de vossa santa meditação.

A máxima graça da Lei, portanto, decorre da mais perfeita prática das Três Graças Menores. E deveis trabalhar nesta Obra tão por completo que vos tornareis capazes de passar de um lado da equação ao outro à vontade; mais, de compreender o todo simultaneamente e para sempre. Nisto, então, aquela parte de vossa alma que está restrita ao contínuo espaço + tempo viajará ali de acordo com sua natureza em sua órbita, revelando a Lei àqueles que ali vão encadeados; pois esta será a vossa particular função.

Agora, eis aqui o Mistério da Origem do Mal. Primeiramente, por Mal nós significamos aquilo que está em oposição a nossas próprias vontades; é portanto um termo relativo, e não absoluto. Pois toda coisa que é o pior dos males para alguém é o máximo bem de alguma outra pessoa; tal como a dureza da madeira, que cansa o lenhador, é a segurança daquele que se aventura sobre o mar num barco construído daquela madeira. E esta é uma verdade fácil de assimilarmos, sendo superficial, e inteligível mesmo para mentes comuns.

Todo mal é pois relativo, ou aparente, ou ilusório; mas, voltando à filosofia, eu repetirei que sua raiz está sempre em dualidade. Portanto, a solução de qualquer aparente situação maligna consiste em buscar a Unidade, o que fareis como eu já vos mostrei. Mas agora eu farei menção daquilo que está escrito quanto a isto no Livro da Lei.

O primeiro sendo a Vontade, o Mal aparece como nesta definição; “tudo aquilo que impede a execução da Vontade”. Portanto está escrito: “A palavra de Pecado é Restrição”. Deve também ser notado que no Livro dos Trinta Æthyrs o Mal aparece como Choronzon, cujo número é 333, que em Grego significa Impotência e Ociosidade; e a natureza de Choronzon é Dispersão e Incoerência.

A seguir, no Caminho do Amor o Mal aparece como “tudo aquilo que tende impedir a União de qualquer duas coisas”. Assim diz o Livro da Lei, sob a imagem da Voz de Nuit: “tomai vossa fartura e vontade de amor como quiserdes, quando, onde e com quem quiserdes! Mas sempre para me”. Pois todo ato de Amor deve ser “sob Vontade”: isto é, de acordo com a Verdadeira Vontade, a qual não é permanecer contente com coisas parciais e transitórias, mas é prosseguir firmemente até o Fim. Assim também, no Livro dos Trinta Æthyrs, os Irmãos Negros são aqueles que se fecham, não querendo destruir a si mesmos através do Amor.

Terceiro, no Caminho da Vida o Mal aparece sob uma forma mais sutil, como “tudo aquilo que não é impessoal e universal”. Aqui o Livro da Lei, pela voz de Hadit, nos informa: “Na esfera Eu sou em toda parte o centro…” E novamente: “Eu sou Vida e o doador de Vida… ‘vinde a mim’ é uma palavra tola; pois sou Eu que vou”. “Pois Eu sou perfeito, Não sendo; …” Pois esta Vida está em todo lugar e instante simultaneamente; de forma que Nela estas limitações de tempo e espaço não mais existem. E vós tereis verificado isto para vós mesmos: que em todo ato de Amor o tempo e o espaço desaparecem com a criação da Vida através do ato; como também ocorre com a personalidade mesma. Pela terceira vez, então, num senso ainda mais sutil, “A palavra de Pecado é Restrição.”

Finalmente, no Caminho da Luz, este mesmo versículo é a chave da concepção do Mal. Pois aqui Restrição consiste no fracasso em solucionar a Grande Equação; e depois, em preferir uma expressão ou fase do Universo a qualquer outra. Contra isto nós somos prevenidos no Livro da Lei pela Palavra de Nuit, dizendo: “Nenhuma… e dois. Pois Eu estou dividida por amor ao amor, pela chance de união.”, e portanto, “Se isto não for correto; se confundirdes as marcas do espaço, dizendo: Elas são uma; ou dizendo, Elas são muitas;… então esperais os terríveis julgamentos…”

Agora então, pelo favor de Thoth, eu cheguei ao fim deste meu livro: e armai-vos portanto com as Quatro Armas: a Baqueta para Liberdade, a Taça para Amor, a Espada para Vida, o Disco para Luz: e com estas executai toda maravilha pela Arte de Alta Magia, na Lei do Novo Æon, cuja Palavra é ΘΕΛΗΜΑ.

[1] [Law (Lei), Liberty (Liberdade), Love (Amor), Life (Vida), Light (Luz).]

Thelema - Sobre a Morte

 

Uma Epístola de Baphomet à Ilustre Donzela Anna Wright, Companheira do Santo Graal, Brilhante Como a Lua.

Que Ela e Suas Irmãs Possam Trazer Consolo a Todos os Que Estão Perto da Morte, e a Aqueles que os Amam.

Amada Filha e Irmã,

Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.

Seja a tua vontade, e a vontade de todos os que cuidam dos doentes, confortá-los e fortalecê-los com estas palavras a seguir.

Está escrito no Livro da Lei: Todo homem e toda mulher é uma Estrela. É Nossa Senhora das Estrelas que fala contigo, Ó tu que és uma estrela, um membro do Corpo de Nuit. Ouça, porque os teus ouvidos se entorpeceram com os ruídos mesquinhos da terra; o infinito silêncio das Estrelas te corteja com músicka sutil. Contemple-a curvando-se acima de ti, uma lambente chama de azul, que-tudo-toca, que tudo penetra, suas amáveis mãos sobre a terra negra, e seu corpo esbelto arqueado para o amor, e seus pés macios não machucando as pequeninas flores, e pense que toda a tua grosseria cairá de ti quando saltares para o abraço dela, apanhado em seu amor como uma gota de orvalho nos beijos do nascer do sol. Não é o êxtase de Nuit a consciência da continuidade da existência, a onipresença de seu corpo? Tudo o que te feriu foi aquilo que tu não conhecias, e conforme aquilo se apaga em ti, tu saberás como nunca soube que tudo é um.

Mais uma vez Ela diz: Eu dou alegrias inimagináveis sobre a terra; certeza, não fé, enquanto em vida, sobre a morte. Isto tu soubestes. O Tempo, que come seus filhos, não tem poder sobre aqueles que não seriam filhos do Tempo. Para aqueles que se consideram imortais, que habitam sempre na eternidade, conscientes de Nuit, entronados na carruagem do sol, não há morte que os homens chamem de morte. Em todo o universo, a escuridão só pode ser encontrada à sombra de um planeta grosseiro e opaco, como se fosse por um momento; o próprio universo é uma inundação de luz eterna. Assim também a morte é apenas por acidente; tu te ocultaste na sombra do teu corpo denso e, tomando-o por realidade, tu tremeste. Mas o orbe logo revolve; a sombra passa de ti. Existe a dissolução, e eterno êxtase nos beijos de Nu! Pois desde que tornaste tua a Lei da Liberdade, conforme tu viveste em Luz e Liberdade e Amor, tu te tornaste um Homem Livre da Cidade das Estrelas.

Ouça novamente a tua própria voz dentro de ti. Não é Hadit a chama que queima em todo coração do homem e no cerne de toda estrela? Não é Ele a Vida, e o doador de Vida? E não é, portanto, o conhecimento Dele o conhecimento da Morte? Pois te foi mostrado em muitos outros lugares como a Morte e o Amor são gêmeos. Agora tu és o caçador, e a Morte cavalga ao teu lado com seu cavalo e lança enquanto tu persegues tua Vontade através das florestas da Eternidade, cujas árvores são o cabelo de Nuit, tua amante! Vibrai com a alegria de vida e morte! Sabei, caçador poderoso e rápido, que a pedreira dá na baía! Tu só tens que dar um impulso incisivo, e tu venceste. A Virgem da Eternidade está indolente à tua mercê, e tu és Pã! Tua morte será o selo da promessa do nosso duradouro amor. Não te esforçaste ao máximo internamente em ti? A morte é a coroa de tudo. Endurece! Conserva-te a prumo! Levanta tua cabeça! não respire tão fundo — morra!

Ou ainda estás envolvido com as tranças espinhosas de sarça selvagem que teceste em tua dança mágicka na terra? Teus olhos não são fortes o suficiente para suportar a luz das estrelas? Deves demorar algum tempo no vale? Deves brincar com as sombras no crepúsculo? Então, se for Tua Vontade, tu não tens direito senão fazer Tua Vontade! Namores ainda estes fantasmas da terra; tu te tornaste Rei; se te agradas brincar com brinquedos de matéria, não foram eles feitos para servir a teu prazer? Então, siga em tua mente a palavra maravilhosa da própria Estela da Revelação. Volte, se quiseres, da morada das Estrelas; habitai com a mortalidade, e festejai nela. Pois tu és neste dia Senhor do Céu e da Terra.


O homem morto Ankh-f-na-Khonsu

       Disse com sua voz honesta e calma:

Ó tu que tens um braço só!

       Ó tu que brilhas na lua!

Eu te envolvo no encanto rodopiante;

       Eu te atraio com a melodia ondulante.


O homem morto Ankh-f-na-Khonsu

       Juntou-se aos que habitam na luz,

Abrindo o Duant, as moradas de estrelas,

       Suas chaves recebendo.


O homem morto Ankh-f-na-Khonsu

       Fez sua passagem para a noite

Para satisfazer seu prazer na terra

            Entre os vivos.


Amor é a lei, amor sob vontade.


Que a Bênção do Criador-de-Tudo, do Devorador-de-Tudo, esteja sobre ti.


Thelema - Liber Tzaddi vel Hamus Hermeticus

 

0. Em nome do Senhor da Iniciação, Amém.

1. Eu voo e Eu pouso como um falcão: de mãe-de-esmeralda são minhas poderosas-amplas asas.

2. Eu desço sobre a terra negra; e ela alegra-se em verde com a minha vinda.

3. Filhos da Terra! regozijai-vos! regozijai-vos excessivamente; porque vossa salvação está próxima.

4. O fim do sofrimento é chegado; Eu vos arrebatarei em minha alegria indizível.

5. Eu vos beijarei, e vos levarei às núpcias; Eu prepararei um grande banquete diante de vós na casa da felicidade.

6. Eu não sou vindo para vos repreender, ou para vos escravizar.

7. Eu vos ordeno que não desvieis de vossos caminhos voluptuosos, de vossa ociosidade, de vossas tolices.

8. Mas eu vos trago alegria para vosso prazer, paz para vosso langor, sabedoria para vossa tolice.

9. Tudo o que fazeis está certo, se é que vos agrada.

10. Eu sou vindo contra a tristeza, contra o cansaço, contra aqueles que procuram escravizar-vos.

11. Eu vos sirvo vinho lustral, que dá prazer tanto ao pôr do sol quanto ao amanhecer.

12. Vinde comigo, e Eu vos darei tudo o que é desejável sobre a terra.

13. Porque Eu vos dou aquilo de que a Terra e suas alegrias são apenas como sombras.

14. Elas fogem, mas minha alegria permanece até o fim.

15. Eu me escondi debaixo de uma máscara: Eu sou um Deus negro e terrível.

16. Com coragem conquistando o medo vós deveis vos aproximar de mim; vós deveis abaixar vossas cabeças sobre meu altar, esperando o golpe da espada.

17. Mas o primeiro beijo de amor será radiante em vossos lábios; e toda a minha escuridão e terror se transformarão em luz e alegria.

18. Somente aqueles que temem falharão. Aqueles que inclinaram as costas para o jugo da escravidão até que não possam mais ficar de pé; estes Eu desprezarei.

19. Mas vós que desafiastes a lei; vós que conquistastes por sutileza ou força; vós Eu levarei até mim, sim, até mesmo Eu vos levarei até mim.

20. Eu vos peço que não sacrifiqueis nada em meu altar; Eu sou o Deus que dá tudo.

21. Luz, Vida, Amor; Força, Fantasia, Fogo; estes Eu vos trago: minhas mãos estão cheias destes.

22. Há alegria na partida; há alegria na jornada; há alegria no objetivo.

23. Somente se vós estiverdes tristes, ou cansados, ou zangados, ou desconfortados; então vós sabereis que perdestes o fio de ouro, o fio com que vos conduzo ao coração dos bosques de Elêusis.

24. Meus discípulos são orgulhosos e belos; eles são fortes e rápidos; eles governam seus caminhos como poderosos conquistadores.

25. Os fracos, os tímidos, os imperfeitos, os covardes, os pobres, os chorosos — estes são meus inimigos, e Eu sou vindo para destruí-los.

26. Isso também é compaixão: um fim para a doença da terra. Uma erradicação das ervas daninhas: uma irrigação das flores.

27. Ó meus filhos, vós sois mais belos do que as flores: vós não deveis murchar em vossa estação.

28. Eu vos amo; Eu vos aspergiria com o orvalho divino da imortalidade.

29. Essa imortalidade não é uma esperança vã além do túmulo: Eu vos ofereço a consciência certa da bem-aventurança.

30. Eu a ofereço imediatamente, sobre a terra; antes que uma hora tenha tocado no sino, vós estareis Comigo nas Moradas que estão além da Decadência.

31. Eu também vos dou poder terreno e alegria terrena; riqueza, e saúde, e longevidade. Adoração e amor se agarrarão aos vossos pés, e se entrelaçarão ao redor de vosso coração.

32. Somente vossas bocas beberão de um delicioso vinho — o vinho de Iacchus; elas devem alcançar sempre o beijo celestial do Belo Deus.

33. Eu revelo a vós um grande mistério. Vós estais entre o abismo da altura e o abismo da profundidade.

34. Em cada um vos espera um Companheiro; e esse Companheiro é Você Mesmo.

35. Vós não podeis ter outro Companheiro.

36. Muitos surgiram, sendo sábios. Eles disseram “Buscai a Imagem brilhante no lugar sempre dourado, e uni-vos a Ela.”

37. Muitos surgiram, sendo tolos. Eles disseram, “Desçam ao mundo obscuramente esplêndido, e sejais ligados com aquela Criatura Cega do Lodo.”

38. Eu que estou além da Sabedoria e da Loucura, levanto e vos digo: realizai ambos os casamentos! Uni-vos a ambos!

39. Cuidado, cuidado, Eu digo, para que não busqueis um e percais o outro!

40. Meus adeptos ficam de pé retos; suas cabeças acima dos céus, seus pés abaixo dos infernos.

41. Mas desde que um é naturalmente atraído para o Anjo, outro para o Demônio, que o primeiro fortaleça o elo mais baixo, o último se apegue mais firmemente ao mais alto.

42. Assim o equilíbrio se tornará perfeito. Eu ajudarei meus discípulos; quanto mais rápido eles adquirirem este poder e alegria equilibrados mais rápido Eu os impulsionarei.

43. Eles em sua vez falarão deste Trono Invisível; suas palavras iluminarão os mundos.

44. Eles serão mestres de majestade e poder; eles serão belos e alegres; eles serão revestidos de vitória e esplendor; eles permanecerão sobre a fundação firme; o reino será deles; sim, o reino será deles.

Em nome do Senhor da Iniciação. Amém.

Thelema - Liber Chanokh


Os Quarenta-e-Oito

Chamados ou Chaves

Estas são Invocações das Mais Solenes. Utilize-as somente após outras invocações. A tabela chave tem 6 chamados, 1 acima dos outros 5.


1: Governa geralmente como um todo a tabela da União. Use-a primeiro em todas as invocações de Anjos daquela tabela, mas de modo algum com as outras 4 tabelas.


2: Usada como uma invocação dos Anjos EHNB representando a governança do Espírito na tabela da União: também precede, em segundo lugar, todas as invocações dos Anjos da tabela Chave. Não é usada em invocações das outras 4 tabelas.


3, 4, 5, 6: Usadas em invocações de Anjos de Tabela da União, também de anjos das 4 tabelas terrestres, da seguinte forma —


3: Usada para invocar Anjos das letras da linha EXARP.


Para aqueles da Tabela ORO como um todo e para o ângulo menor desta tabela, que é o do próprio elemento, a saber IDOIGO. Assim também para os outros —


As 12 Chaves restantes referem-se aos ângulos menores remanescentes das tabelas, a ordem dos elementos sendo Ar, Água, Terra, Fogo.


Pronuncie a linguagem Elemental (também chamada de Angélica ou Enoquiana) inserindo a vogal hebraica seguinte entre as consoantes, por exemplo, e depois de b (bEth), i depois de g (gImel), a depois de d, etc.


A Abertura do Portal da Cripta dos Adeptos

פרכת, PAROKETH, o Véu do Santuário.

O Sinal da Abertura do Véu.

O Sinal do Fechamento do Véu.

[Faça estes sinais.]

Faça os Pentagramas de Invocação do Espírito.


Pelo número 21, pela grande palavra אהיה;

pelo Nome יהשוה, pela Palavra Chave I.N.R.I.,


Ó Espíritos da Tabela do Espírito

A vós, a vós eu invoco!

O sinal de Osíris morto!

O sinal do luto de Ísis!

O sinal de Apófis e Tifão!

O sinal de Osíris Ressuscitado!

L. V. X., Lux, A Luz da Cruz.

[Faça estes sinais.]


Pelo nome de IHVH ALVH VDOTh, declaro que os Espíritos do Espírito foram devidamente invocados.


A Batida 1 — 4444.


A Primeira Chave[1]

Ol sonuf vaoresaji, gohu IAD Balata, elanusaha caelazod: sobrazod-ol Roray i ta nazodapesad, Giraa ta maelpereji, das hoel-qo qaa notahoa zodimezod, od comemahe ta nobeloha zodien; soba tahil ginonupe pereje aladi, das vaurebes obolehe giresam. Casarem ohorela caba Pire: das zodonurenusagi cab: erem Iadanahe. Pilahe farezodem zodenurezoda adana gono Iadapiel das home-tohe: soba ipame lu ipamis: das sobolo vepe zodomeda poamal, od bogira aai ta piape Piamoel od Vaoan[2]! Zodacare, eca, od zodameranu! odo cicale Qaa; zodoreje, lape zodiredo Noco Mada, Hoathahe IAIDA!


86 palavras neste Chamado Enoquiano.


[Invoca a Tábua do Espírito inteira.]


A Primeira Chave

Eu reino sobre vós, diz o Deus da Justiça, exaltado em poder acima do Firmamento da Ira, em cujas mãos o Sol é como uma espada, e a Lua como um Fogo impetuoso: que mede vossos Trajes em meio às minhas Vestes, e vos enfaixou reunidos como as palmas de minhas mãos. Cujos assentos guarneci com o Fogo do Franzir, e embelezei vossas vestes com admiração. Para quem eu fiz uma lei para governar os Santos, e entreguei a vós uma Vara, com a Arca do Conhecimento. Além disso, vós elevastes vossas vozes e jurastes obediência e fé Àquele que vive e triunfa; cujo começo não é, nem o fim não pode ser: o qual brilha como uma chama em meio aos vossos palácios, e reina entre vós como o equilíbrio da justiça e da verdade!


Portanto, movam-se e mostrem-se! Abram os mistérios de vossa criação! Sejam amigáveis comigo, pois eu sou o Servo do mesmo Deus que o vosso: o verdadeiro adorador do Altíssimo!


165 palavras neste chamado em português.


A Segunda Chave

Adagita vau-pa-ahe zodonugonu fa-a-ipe salada! Vi-i-vau el! Sobame ial-pereji i-zoda-zodazod pi-adapehe casarema aberameji ta ta-labo paracaleda qo-ta lores-el-qo turebesa ooge balatohe! Giui cahisa lusada oreri od micalapape cahisa bia ozodonugonu! lape noanu tarofe coresa tage o-quo maninu IA-I-DON. Torezodu! gohe-el, zodacare eca ca-no-quoda! zodameranu micalazodo od ozadazodame vaurelar; lape zodir IOIAD!


A Segunda Chave

As Asas dos Ventos podem entender vossas vozes de Maravilha? Ó vós! os segundos do Primeiro! a quem as chamas ardentes emolduraram na profundidade de minhas Mandíbulas! A quem preparei como taças para um casamento, ou como as flores em sua beleza para a câmara da Retidão! Vossos pés são mais fortes do que a pedra árida: e vossas vozes são mais poderosas do que os muitos ventos! Pois vós vos tornastes um edifício sem igual, salvo na Mente do Todo-Poderoso.


Levantai-vos, diz o Primeiro: portanto, Movam-se para os servos dele! Apresentai-vos em poder e tornai-me um forte Vidente-de-coisas: porque eu sou Daquele que vive para sempre!


[Invoca: A Coluna do Espírito na Tabela do Espírito.

E — a Raiz dos Poderes do Ar.

H — a Raiz dos Poderes da Água.

N — a Raiz dos Poderes da Terra.

B — a Raiz dos Poderes do Fogo

Os Quatro Ases.]


A Abertura do Templo no Grau de 2○=9□

Faça o Sinal de Shu.


[Batida.] Adoremos ao Senhor e Rei do Ar!


Shaddai El Chai! Todo-Poderoso e sempre vivente, seja Teu Nome sempre magnificado na Vida de Todos. (Sinal de Shu.) Amém!


[Faça o Pentagrama de Invocação do Espírito Ativo com estes nomes: } AHIH.

AGLA.

EXARP.]

[Faça o Pentagrama de Invocação do Ar com estes nomes: } IHVH.

ShDI AL ChI.]

E os Elohim disseram: Façamos Adão à nossa imagem, à nossa semelhança, e que eles tenham domínio sobre as aves do céu.


Pelos Nomes de IHVH e de ShDI AL ChI, Espíritos do Ar, adorem vosso Criador!


[Com a adaga do ar (ou outra arma adequada) faça o sinal de Aquário.] Pelo nome de RPAL e pelo Sinal do Homem, Espíritos do Ar, adorem vosso Criador!


[Faça a Cruz.] Pelos Nomes e Letras do Grande Quadrângulo do Leste, Espíritos do Ar, adorem vosso Criador!


[Segure a adaga no alto.] Pelos Três Grandes Nomes Secretos de Deus, ORO IBAH AOZPI que são exibidos sobre as Bandeiras do Leste, Espíritos do Ar, adorem vosso Criador!


[Novamente eleve a adaga.] Pelo Nome de BATAIVAH, grande Rei do Leste, Espíritos do Ar, adorem vosso Criador!


Pelo Nome de Shaddai AL Chai, declaro que os Espíritos do Ar foram devidamente invocados.


A Batida 333 — 333 — 333.


A Terceira Chave

Micama! goho Pe-IAD! zodir com-selahe azodien biabe os-lon-dohe. Norezodacahisa otahila Gigipahe; vaunud-el-cahisa ta-pu-ime qo-mos-pelehe telocahe; qui-i-inu toltoregi cahisa i cahisaji em ozodien; dasata beregida od torezodul! Ili e-Ol balazodareji, od aala tahilanu-os netaabe: daluga vaomesareji elonusa cape-mi-ali vaoresa cala homila; cocasabe fafenu izodizodope, od miinoagi de ginetaabe: vaunu na-na-e-el: panupire malapireji caosaji. Pilada noanu vaunalahe balata od-vaoan. Do-o-i-ape mada: goholore, gohus, amiranu! Micama! Yehusozod ca-ca-com, od do-o-a-inu noari mica-olazoda a-ai-om. Casarameji gohia: Zodacare! Vaunigilaji! od im-ua-mar pugo gelapeli Ananael Qo-a-an.


80 palavras neste Chamado Enoquiano.


A Terceira Chave

Contemplai! Diz o vosso Deus! Eu sou um círculo em cujas mãos há Doze Reinos. Seis são os assentos do sopro vivo: o resto são como Foices afiadas, ou os Chifres da Morte. Onde as criaturas da Terra são e não são, exceto (em) minhas próprias mãos; que dormem e se levantarão!


No Primeiro, fiz de vós criados, e vos coloquei em doze assentos de governo: dando sucessivamente a cada um de vós poder ao longo das 456 verdadeiras eras do tempo: com a intenção de que dos receptáculos mais elevados e dos cantos de vossos governos pudésseis trabalhar meu Poder, derramando os fogos da Vida e aumentar continuamente sobre a terra. Assim vós vos tornastes as cercanias da Justiça e da Verdade.


Em nome do mesmo Deus que o vosso, levantai-vos, digo eu!


Contemplai! As misericórdias Dele florescem, e (Seu) Nome se tornou poderoso entre nós. Em quem dizemos: Movam-se! Desçam! e dediquem-se a nós como comungantes de Sua Sabedoria Secreta em vossa Criação.


165 palavras neste chamado em português.


[Invoca: EXARP; a Tabela do Ar inteira.

O ângulo de Ar de Ar.

O Príncipe da Carruagem dos Ventos.


A Abertura do Templo no Grau de 3○=8□

Faça o Sinal de Auramoth.


[Batida.] Adoremos ao Senhor e Rei da Água!


Elohim Tzabaoth! Elohim das Hostes!


Glória ao Ruach Elohim que se moveu sobre a Face das Águas da Criação!


Amém!


[Faça o Pentagrama de Invocação do Espírito Passivo e pronuncie estes nomes: } AHIH.

AGLA.

HCOMA.]

[Faça o Pentagrama de Invocação da Água e pronuncie: } AL.

ALHIM TzBAVTh.]

E os Elohim disseram: Façamos Adão à Nossa imagem; e que eles dominem os Peixes do Mar! Pelo Nome de AL, Forte e Poderoso, e pelo nome de ALHIM TzBAVTh, Espíritos da Água, adorem vosso Criador!


[Faça o Sigilo da Águia com a taça.] Pelo nome de GBRIAL e pelo sinal da Águia, Espíritos da Água, adorem vosso Criador!


[Faça a cruz com a taça.] Por todos os Nomes e Letras do Grande Quadrângulo do Oeste, Espíritos da Água, adorem vosso Criador!


[Levante a taça.] Pelos Três Grandes Nomes Secretos de Deus, MPH ARSL GAIOL, que são exibidos sobre as Bandeiras do Oeste, Espíritos da Água, adorem vosso Criador!


[Levante a taça.] Pelo Nome de RAAGIOSEL, grande Rei do Oeste, Espíritos da Água, adorem vosso Criador!


Em nome de Elohim Tzabaoth, declaro que os Espíritos da Água foram devidamente invocados.


A Batida. 1 — 333 — 1 — 333.


A Quarta Chave

Otahil elasadi babaje, od dorepaha gohol: gi-cahisaje auauago coremepe peda, dasonuf vi-vau-di-vau? Casaremi oeli meapeme sobame agi coremepo carep-el: casaremeji caro-o-dazodi cahisa od vaugeji; dasata ca-pi-mali cahisa ca-pi-ma-on: od elonusahinu cahisa ta el-o calaa. Torezodu nor-quasahi od fe-caosaga: Bagile zodir e-na-IAD: das iod apila! Do-o-a-ipe quo-A-AL, zodacare! Zodameranu obelisonugi resat-el aaf nor-mo-lapi!


A Quarta Chave

Eu coloquei meus pés no Sul, e olhei ao meu redor, dizendo: não são os trovões do aumento numerados 33, que reinam no segundo Ângulo?


Sob o qual eu coloquei 9639: a quem ninguém havia numerado, senão Um; em quem os Segundos Começos das Coisas são e crescem fortes, que também são sucessivamente os Números do Tempo: e seus poderes são os primeiros 456.


Levantai-vos! filhos do Prazer! e visitai a terra: pois eu sou o Senhor vosso Deus; que é e vive (para sempre)! Em nome do Criador, movei-vos! e mostrai-vos como libertadores agradáveis, para que possais louvá-lo entre os filhos dos homens!


[Invoca: HCOMA; a tabela da Água inteira.

O Ângulo de Água de Água.

A Rainha dos Tronos da Água.]


A Abertura do Templo no Grau de 1○=10□

Faça o Sinal do Deus Set lutando.


Purifique com Fogo e Água, e anuncie que “O Templo está limpo”.


[Batida.] Adoremos ao Senhor e Rei da Terra!


Adonai ha Aretz, Adonai Melehk, a Ti seja o Reino, o Cetro e o Esplendor: Malkuth, Geburah, Gedulah, a Rosa de Saron e o Lírio do Vale, Amém!


[Salpique Sal diante da tabela da Terra.] Que a Terra adore Adonai!


[Faça o Hexagrama de Invocação de Saturno.]


[Faça o Pentagrama de Invocação do Espírito Passivo e pronuncie estes Nomes: } AHIH.

AGLA.

NANTA.]

[Faça o Pentagrama de Invocação da Terra e pronuncie: } ADNI MLK.]

E os Elohim disseram: Façamos o Homem à Nossa própria imagem; e que eles tenham domínio sobre os Peixes do Mar e sobre as Aves do Ar; e sobre cada coisa rastejante que rasteja sobre a Terra. E os Elohim criaram ATh-h-ADAM: à imagem dos Elohim Eles os criaram; macho e fêmea Eles os criaram. Pelo Nome de ADNI MLK, e da Noiva e Rainha do Reino; Espíritos da Terra, adorem vosso Criador!


[Faça o Sinal de Touro.] Pelo Nome de AVRIAL, grande arcanjo da Terra, Espíritos da Terra, adorem vosso Criador!


[Faça a Cruz.] Pelos Nomes e Letras do Grande Quadrângulo do Norte, Espíritos da Terra, adorem vosso Criador!


[Salpique Sal diante da Tabela da Terra.] Pelos três grandes Nomes secretos de Deus, MOR, DIAL, HCTGA, que são exibidos sobre as Bandeiras do Norte, Espíritos da Terra, adorem vosso Criador!


[Incense a Tabela.] Pelo nome de IC-ZOD-HEH-CA, grande rei do Norte, Espíritos da Terra, adorem vosso Criador!


Em Nome de Adonai Ha-Aretz, declaro que os Espíritos da Terra foram devidamente invocados.


A Batida. 4444 — 333 — 22 — 1.


A Quinta Chave

Sapahe zodimii du-i-be, od noasa ta qu-a-nis, adarocahe dorepehal caosagi od faonutas peripesol ta-be-liore. Casareme A-me-ipezodi na-zodaretahe afa; od dalugare zodizodope zode-lida caosaji tol-toregi; od zod-cahisa esiasache El ta-vi-vau; od iao-d tahilada das hubare pe-o-al; soba coremefa cahisa ta Ela Vaulasa od Quo-Co-Casabe. Eca niisa od darebesa quo-a-asa: fetahe-ar-ezodi od beliora; ia-ial eda-nasa cicalesa; bagile Ge-iad I-el!


A Quinta Chave

Os poderosos sons entraram no terceiro ângulo e se tornaram como olivas no Monte de Olivas; olhando com alegria sobre a terra, e habitando no brilho dos Céus como contínuos Consoladores.


A quem eu prendi 19 Pilares da Alegria, e dei-lhes vasos para regar a terra com as criaturas dela; e eles são os irmãos do Primeiro e do Segundo, e o começo de seus próprios assentos, que são guarnecidos com 69.636 lampiões que sempre queimam: cujos números são como o Primeiro, os Fins, e os Conteúdos do Tempo.


Vinde, portanto, e obedecei à vossa criação: visitai-nos em paz e consolo: nos faça receptores de vossos mistérios: por quê? Nosso Senhor e Mestre é o Todo-Uno!


[Invoca: NANTA; a tabela da Terra inteira.

O Ângulo de Terra de Terra.

A Princesa das Colinas Ecoantes: a Rosa do Palácio da Terra.]


A Abertura do Templo no Grau de 4○=7□

Faça o Sinal de Thoum-aesh-neith.


[Batida.] Adoremos ao Senhor e Rei do Fogo!


Tetragrammaton Tzabaoth! Bendito sejas tu! Líder dos Exércitos é o Teu Nome! Amém!


[Faça o Pentagrama de Invocação do Espírito Ativo e pronuncie estes nomes: } AHIH.

AGLA.

BITOM.]

[Faça o Pentagrama de Invocação do Fogo e pronuncie: } ALHIM

YHVH TzBAVTh.]

[Faça o sinal de Leão com o incensário (ou outra arma adequada).] Pelo nome de MIKAL, arcanjo do Fogo, Espíritos do Fogo, adorem vosso Criador!


[Faça a Cruz.] Pelos Nomes e Letras do Grande Quadrângulo do Sul, Espíritos do Fogo, adorem vosso Criador!


[Levante o incensário.] Pelos três nomes Secretos de Deus, OIP TEAA PDOCE, que são exibidos sobre as bandeiras do Sul, Espíritos do Fogo, adorem vosso Criador!


[Baixe e levante o incensário] Pelo Nome de EDELPERNA, grande Rei do Sul, Espíritos do Fogo, adorem vosso Criador!


Pelo Nome de IHVH TzBAVTh, declaro que os Espíritos do Fogo foram devidamente invocados.


A Batida. 333 — 1 — 333.


A Sexta Chave

Gahe sa-div cahisa em, micalazoda Pil-zodinu, sobam El haraji mir babalonu od obeloce samevelaji, dalagare malapereji ar-caosaji od acame canale, sobola zodare fa-beliareda caosaji od cahisa aneta-na miame ta Viv od Da. Daresare Solpetahe-bienu. Be-ri-ta od zodacame ji-mi-calazodo: sob-ha-atahe tarianu luia-he od ecarinu MADA Qu-a-a-on!


A Sexta Chave

Os Espíritos do quarto ângulo são Nove, Poderoso no Firmamento das Águas: a quem o Primeiro plantou, um tormento para os iníquos e uma guirlanda para os justos: dando-lhes dardos de fogo para varrer a terra, e 7699 contínuos operários, cujos cursos visitam com consolo a terra; e estão no governo e na permanência como o Segundo e o Terceiro —


Portanto, ouvi a minha voz! Eu falei com vós, e vos movo em poder e presença, cujas obras serão como uma canção de honra, e o louvor de vosso Deus em vossa Criação!


[Invoca: BITOM; a tabela do Fogo inteira.

O Ângulo de Fogo de Fogo.

O Senhor da Chama e da Iluminação; o Rei dos Espíritos do Fogo.]


A Sétima Chave

Ra-asa isalamanu para-di-zoda oe-cari-mi aao iala-pire-gahe Qui-inu. Enai butamonu od inoasa ni pa-ra-diala. Casaremeji ujeare cahirelanu, od zodonace lucifatianu, caresa ta vavale-zodirenu tol-hami. Soba lonudohe od nuame cahisa to Da o Desa vo-ma-dea od pi-beliare itahila rita od miame ca-ni-quola rita! Zodacare! Zodameranu! Iecarimi Quo-a-dahe od I-mica-ol-zododa aaiome. Bajirele papenore idalu-gama elonusahi-od umapelifa vau-ge-ji Bijil-IAD!


A Sétima Chave

O Leste é uma casa de Virgens cantando louvores entre as chamas da primeira glória em que o Senhor abriu sua boca; e elas se tornaram 28 habitações vivas, nas quais a força do homem se regozija; e elas são enfeitadas com ornamentos de brilho, tais que provocam maravilhas em todas as criaturas. Cujos reinos e permanência são como o Terceiro e o Quarto, torres fortes e lugares de consolo, os Assentos da Misericórdia e da Permanência. Ó vos Servos da Misericórdia, movei-vos! Aparecei! Cantai louvores ao Criador; e sejais poderosos entre nós. Para que seja dado poder a esta recordação, e nossa força cresça em nosso Consolador!


[Invoca o Ângulo da Água de Ar na Tabela do Ar.

A Rainha dos Tronos do Ar.]


A Oitava Chave

Bazodemelo i ta pi-ripesonu olanu Na-zodavabebe ox. Casaremeji varanu cahisa vaugeji asa berameji balatoha: goho IAD. Soba miame tarianu ta lolacis Abaivoninu od azodiajiere riore. Irejila cahisa da das pa-aox busada Caosago, das cahisa od ipuranu telocahe cacureji o-isalamahe lonucaho od Vovina carebafe? NIISO! bagile avavago gohon. NIISO! bagile momao siaionu, od mabezoda IAD oi asa-momare poilape. NIIASA! Zodameranu ciaosi caosago od belioresa od coresi ta a beramiji.


A Oitava Chave

O Meio-dia, o primeiro é como o terceiro Céu feito de 26 Pilares Jacintinos, em quem os Anciões se tornaram fortes, os quais eu preparei para minha própria Retidão, diz o Senhor: cuja longa permanência será como escudos contra o Dragão que Desce, e como se para a ceifa de uma Viúva. Há quantos que permanecem na Glória da Terra, que existem, e não verão a Morte até que a Casa caia e o Dragão afunde? Saí! porque os Trovões (do aumento) falaram. Saí! pois as Coroas do Templo e a Túnica Dele que é, foi e será coroado, estão divididas! Vinde! Aparecei! para o terror da Terra, e para o nosso consolo, e para o consolo dos que estão preparados.


O Ângulo da Terra de Ar na Tabela do Ar.

A Princesa dos Ventos Impetuosos; o Lótus do Palácio do Ar.


A Nona Chave

Micaoli beranusaji perejela napeta ialapore, das barinu efafaje Pe vaunupeho olani od obezoda, soba-ca upaahe cahisa tatanu od tarananu balie, alare busada so-bolunu od cahisa hoel-qo ca-no-quodi cial. Vaunesa aladonu mom caosago ta iasa olalore ginai limelala. Amema cahisa sobra madarida zod cahisa! Ooa moanu cahisa avini darilapi caosajinu: od butamoni pareme zodumebi canilu. Dazodisa etahamezoda cahisa dao, od mireka ozodola cahisa pidiai Colalala. Ul ci ninu a sobame ucime. Bajile? IAD BALATOHE cahirelanu pare! NIISO! od upe ofafafe; bajile a-cocasahe icoresaka a uniji beliore.


A Nona Chave

Uma poderosa guarda de Fogo com espadas de dois gumes em chamas (que têm oito Frascos de ira por duas vezes e meia, cujas asas são de absinto e de tutano de sal), colocou seus pés no Oeste, e é medida com seus 9996 ministros. Estes reúnem o musgo da Terra como o homem rico faz com seu Tesouro. Amaldiçoados são aqueles cujas iniquidades são! Em seus olhos há pedras de moinho maiores que a terra, e de suas bocas correm mares de sangue. Suas cabeças estão cobertas de diamantes, e sobre suas cabeças há pedras de mármore[3]. Feliz é aquele a quem eles não desaprovam. Por quê? O Senhor da Retidão se regozija neles! Saí, e não os vossos Frascos: pois o tempo é tal que requer Consolo.


O Ângulo de Fogo de Ar na Tabela do Ar.

O Senhor do Vento e das Brisas; o Rei dos Espíritos do Ar.


A Décima Chave

Coraxo cahisa coremepe, od belanusa Lucala azodiazodore paebe Soba iisononu cahisa uirequo ope copehanu od racalire maasi bajile caosagi; das yalaponu dosiji od basajime; od ox ex dazodisa siatarisa od salaberoxa cynuxire faboanu. Vaunala cahisa conusata das daox cocasa ol Oanio yore vohima ol jizodyazoda od eoresa cocasaji pelosi molui das pajeipe, laraji same darolanu matorebe cocasaji emena. El pataralaxa yolaci matabe nomiji mononusa olora jinayo anujelareda. Ohyo! ohyo! ohyo! ohyo! ohyo! ohyo! noibe Ohyo! caosagonu! Bajile madarida i zodirope cahiso darisapa! NIISO! caripe ipe nidali!


A Décima Chave

Os Trovões do Julgamento e da Ira estão numerados e abrigados no Norte, à semelhança de um Carvalho cujos ramos são 22 ninhos de lamentação e pranto estabelecidos para a terra: que ardem noite e dia, e vomitam cabeças de escorpiões e Enxofre vivo misturado com veneno. Estes são os trovões que, 5678 vezes na vigésima-quarta parte de um momento, rugem com cem poderosos terremotos e mil vezes mais ondas, que não descansam, nem conhecem nenhum[4] tempo aqui. Uma rocha produz mil, assim como o coração do homem faz com seus pensamentos. Ai! Ai! Ai! Ai! Ai! Ai! Sim, ai da Terra, porque sua iniquidade é, foi e será grande. Saí! mas não vossos sons poderosos!


O Ângulo de Ar de Água na Tabela da Água.

O Príncipe da Carruagem das Águas.


A Décima Primeira Chave

Oxiayala holado, od zodirome O coraxo das zodiladare raasyo. Od vabezodire cameliaxa od bahala: NIISO! sala-manu telocahe! Casaremanu hoel-qo, od ti ta zod cahisa soba coremefa i ga. NIISA! bagile aberameji nonuçape. Zoda-care eca od Zodameranu! odo cicale Qaa! Zodoreje, lape zodiredo Noco Mada, hoathahe IAIDA!


A Décima Primeira Chave

O poderoso Assento gemeu, e houve cinco Trovões que voaram para o Leste. E a Águia falou e bradou alto: Saí da Casa da Morte! E eles se reuniram e se tornaram (aqueles) de quem é medido, e é como Eles são, cujo número é 31. Saí! Pois eu preparei (um lugar) para vós. Portanto movei-vos e mostrai-vos! Desvelai os mistérios de vossa Criação. Sejais amigáveis comigo, porque eu sou o servo do mesmo Deus que o vosso: o verdadeiro adorador do Altíssimo.


O Ângulo de Terra de Água, na Tabela da Água.

A Princesa das Águas; o Lótus do Palácio das Enchentes.


A Décima Segunda Chave

Nonuci dasonuf Babaje od cahisa ob hubaio tibibipe: alalare ataraahe od ef! Darix fafenu mianu ar Enayo ovof! Soba dooainu aai i VONUPEHE. Zodacare, gohusa, od Zodameranu. Odo cicale Qaa! Zodoreje, lape zodiredo Noco Mada, hoathahe IAIDA!


A Décima Segunda Chave

Ó vós que estais no Sul e sede as 28 Lanternas da Tristeza, amarrai vossas cintas e visitai-nos! trazei sua fila de 3663 (servidores), para que o Senhor seja magnificado, cujo nome entre vós é Ira. Movei-vos! eu digo, e mostrai-vos! Desvelai os mistérios da vossa Criação. Sejais amigáveis comigo, porque eu sou o servo do mesmo Deus que o vosso: o verdadeiro adorador do Altíssimo.


O Ângulo de Fogo de Água, na Tabela da Água.

O Senhor das Ondas e das Águas; o Rei das Hostes do Mar.


A Décima Terceira Chave

Napeai Babajehe das berinu vax ooaona larinuji vonupehe doalime: conisa olalogi oresaha das cahisa afefa. Micama isaro Mada od Lonu-sahi-toxa, das invaumeda aai Jirosabe. Zodacare od Zodameranu. Odo cicale Qaa! Zodoreje, lape zodiredo Noco Mada, hoathahe IAIDA.


A Décima Terceira Chave

Ó vós Espadas do Sul, que possuí 42 olhos para despertar a ira do Pecado: embriagando os homens que estão vazios: Eis a Promessa de Deus, e o Seu Poder, que é chamado entre vós uma ferroada amarga! Movei-vos e Aparecei! desvelai os mistérios de vossa criação; sejais amigáveis comigo, porque eu sou o servo do mesmo Deus que o vosso: o verdadeiro adorador do Altíssimo.


O Ângulo de Ar de Terra, na Tabela da Terra.

O Príncipe da Carruagem da Terra.


A Décima Quarta Chave

Noroni bajihie pasahasa Oiada! das tarinuta mireca ol tahila dodasa tolahame caosago homida: das berinu orocahe quare: Micama! Bial’ Oiad; aisaro toxa das ivame aai Bala-tima. Zodacare od Zodameranu! Odo cicale Qaa! Zodoreje, lape zodiredo Noco Mada, hoathahe IAIDA.


A Décima Quarta Chave

Ó vós Filhos da fúria, as Filhas do Justo! que sentam em 24 assentos, atormentando todas as criaturas da Terra com a idade, que têm 1636 sob vós. Contemplai! A voz de Deus; a promessa Daquele que é chamado entre vós Fúria ou Extrema Justiça. Movei-vos e mostrai-vos! Desvelai os mistérios de vossa criação; sejais amigáveis comigo, porque eu sou o servo do mesmo Deus que o vosso: o verdadeiro adorador do Altíssimo.


O Ângulo de Água de Terra, na Tabela da Terra.

A Rainha dos Tronos da Terra.


A Décima Quinta Chave

Ilasa! tabaanu li-El pereta, casaremanu upaahi cahisa dareji; das oado caosaji oresacore: das omaxa monasaçi Baeouibe od emetajisa Iaiadix. Zodacare od Zodameranu! Odo cicale Qaa. Zodoreje, lape zodiredo Noco Mada, hoathahe IAIDA.


A Décima Quinta Chave

Ó tu, o Governador da primeira Chama, sob cujas asas há 6739; que envolvem a Terra com secura: que conhecem o Grande Nome “Retidão” e o Selo de Honra. Mova-te e Apareça! Desvela os mistérios de tua Criação; sejas amigável comigo, porque eu sou o servo do mesmo Deus que o teu: o verdadeiro adorador do altíssimo.


O Ângulo de Fogo de Terra, na Tabela da Terra.

O Senhor da Terra Ampla e Fértil; o Rei dos Espíritos da Terra.


A Décima Sexta Chave

Ilasa viviala pereta! Salamanu balata, das acaro odazodi busada, od belioraxa balita: das inusi caosaji lusadanu emoda: das ome od taliobe: darilapa iehe ilasa Mada Zodilodarepe. Zodacare od Zodameranu. Odo cicale Qaa: zodoreje, lape zodiredo Noco Mada, hoathahe IAIDA.


A Décima Sexta Chave

Ó tu segunda chama, a Casa da Justiça, que tem o teu princípio na glória e consolará o Justo: que caminhas sobre a Terra com 8763 pés, que compreende e separa as criaturas! Grande és tu no Deus do Estiramento e da Conquista. Mova-te e apareça! Desvela os mistérios de tua Criação; sejas amigável comigo, porque eu sou o servo do mesmo Deus que o teu: o verdadeiro adorador do altíssimo.


O Ângulo de Ar de Fogo, na Tabela do Fogo.

O Príncipe da Carruagem de Fogo.


A Décima Sétima Chave

Ilasa dial pereta! soba vaupaahe cahisa nanuba zodixalayo dodasihe od berinuta faxisa hubaro tasataxa yolasa: soba Iad i Vonupehe o Uonupehe: aladonu dax ila od toatare! Zodacare od Zodameranu! Odo cicale Qaa! Zodoreje, lape zodiredo Noco Mada, hoathahe IAIDA.


A Décima Sétima Chave

Ó tu terceira Chama! cujas asas são espinhos para provocar aflição, e que tem 7336 lampiões vivos indo diante de Ti: cujo Deus é “Ira na Fúria”: Cinge o teu ventre e escuta! Mova-te e apareça! Desvela os mistérios de tua Criação; sejas amigável comigo, porque eu sou o servo do mesmo Deus que o teu: o verdadeiro adorador do altíssimo.


O Ângulo de Água de Fogo, na Tabela do Fogo.

A Rainha dos Tronos de Chama.


A Décima Oitava Chave

Ilasa micalazoda olapireta ialpereji beliore: das odo Busadire Oiad ouoaresa caosago: casaremeji Laiada eranu berinutasa cafafame das invemeda aqoso adoho Moz, od maof-fasa. Bolape como belioreta pamebeta. Zodacare od Zodameranu! Odo cicale Qaa. Zodoreje, lape zodiredo Noco Mada, hoathahe IAIDA.


A Décima Oitava Chave

Ó Tu poderosa Luz e Chama ardente de Consolo! que desvenda a Glória de Deus para o centro da Terra, em quem os 6332 segredos da Verdade têm a sua morada, que é chamado no teu reino de “Alegria” e não são para se medir. Sejas uma janela de consolo para mim! Mova-te e apareça! Desvela os mistérios de tua Criação; sejas amigável comigo, porque eu sou o servo do mesmo Deus que o teu: o verdadeiro adorador do altíssimo.


O Ângulo de Terra de Fogo, na Tabela do Fogo.

A Princesa da Chama Brilhante; a Rosa do Palácio do Fogo.


Atenção!

Estes primeiros 18 chamados são na realidade 19; ou seja, 19 nas Ordens Celestes; mas conosco a primeira tabela não tem chamado, e não poderia ter nenhum chamado, visto que ela é da Deidade. Desta forma, conosco ela tem o número 0, embora com eles tenha o número 1. (Assim como a primeira chave da ROTA tem o número 0.)


Depois disso, seguem os chamados ou chaves dos Trinta Ares ou Æthyrs: que em substância são semelhantes, no entanto, pelo nome dos Æthyrs, diversificados.


Os títulos dos Trinta Æthyrs, cujo domínio se estende

em círculos cada vez mais amplos para fora e

além das Torres de Vigia do Universo


[O primeiro é o Mais Externo]


1 LIL 16 LEA

2 ARN 17 TAN

3 ZOM 18 ZEN

4 PAZ 19 POP

5 LIT 20 KHR

6 MAS 21 ASP

7 DEO 22 LIN

8 ZID 23 TOR

9 ZIP 24 NIA

10 ZAX 25 VTI

11 ICH 26 DES

12 LOE 27 ZAA

13 ZIM 28 BAG

14 UTA 29 RII

15 OXO 30 TEX


O Chamado ou Chave dos Trinta Æthyrs

Madariatza das perifa LIL[5] cahisa micaolazoda saanire caosago od fifisa balzodizodarasa Iaida. Nonuça gohulime: Micama adoianu MADA faoda beliorebe, soba ooaona cahisa luciftias peripesol, das aberaasasa nonuçafe netaaibe caosaji od tilabe adapehaheta damepelozoda, tooata nonuçafe jimicalazodoma larasada tofejilo marebe yareryo IDOIGO[6]; od torezodulape yaodafe gohola, Caosaga, tabaoreda saanire, od caharisateosa yorepoila tiobela busadire, tilabe noalanu paida oresaba, od dodaremeni zodayolana. Elazodape tilaba paremeji peripesatza, od ta qurelesata booapisa. Lanibame oucaho sayomepe, od caharisateosa ajitoltorenu, mireca qo tiobela lela. Tonu paomebeda dizodalamo asa pianu, od caha-risateosa aji-la-tore-torenu paracahe a sayomepe. Coreda-zodizoda dodapala od fifalazoda, lasa manada, od faregita bamesa omaoasa. Conisabera od auauotza tonuji oresa; catabela noasami tabejesa leuitahemonuji. Vanucahi omepetilabe oresa! Bagile? Moooabe OL coredazodizoda. El capimao itzomatzipe, od cacocasabe gosaa. Bajilenu pii tianuta a babalanuda, od faoregita teloca uo uime.


Madariiatza, torezodu!!! Oadariatza orocaha aboaperi! Tabaori periazoda aretabasa! Adarepanu coresata dobitza! Yolacame periazodi arecoazodiore, od quasabe qotinuji! Ripire paaotzata sagacore! Umela od peredazodare cacareji Aoiveae coremepeta! Torezodu! Zodacare od Zodameranu, asapeta sibesi butamona das surezodasa Tia balatanu. Odo cicale Qaa, od Ozodazodama pelapeli IADANAMADA!


O Chamado ou Chave dos Trinta Æthyrs

Ó vós Céus que habitais no primeiro Ar, vós sois poderosos nas partes da Terra, e executais o Julgamento do Altíssimo! Vos é dito: Vede o Rosto do vosso Deus, o início do Consolo, cujos olhos são o brilho dos Céus, que vos proporcionaram o Governo da Terra, e da variedade indescritível dela, vos fornecendo um poder de compreensão para dispor de todas as coisas de acordo com a Providência Daquele que está sentado no Trono Santo, e que ascendeu no Princípio, dizendo: A Terra, que ela seja governada por suas partes, e que haja Divisão nela, para que a glória dela possa estar sempre embriagada, e atormentada em si. O curso dela, que corra com os Céus; e como uma criada que ela os sirva. Uma estação, que confunda a outra, e que não haja nenhuma criatura igual sobre ela ou dentro dela. Todos os membros dela, que eles difiram em suas qualidades, e que não haja nenhuma Criatura igual a outra. As Criaturas racionais da Terra, e os Homens, que eles se perturbem e eliminem uns aos outros; e às suas moradas, que eles se esqueçam de seus Nomes. O trabalho do homem e seu esplendor, que sejam desfigurados. Que seus edifícios se tornem Cavernas para as feras do Campo! Confunda a compreensão dela com escuridão! Por quê? arrependi-me de ter criado o Homem. Por um tempo que ela seja conhecida, por outro como uma estranha: porque ela é a cama de uma Prostituta, e a morada daquele que caiu.


Ó vós Céus, levantai-vos! Os céus inferiores abaixo de vós, que eles vos sirvam! Governeis aqueles que governam! Derrubai aqueles que caem. Trazei os que crescem e destruais os podres. Não deixeis que nenhum lugar permaneça em um número. Adicionai e diminuí até as estrelas serem numeradas. Levantai-vos! Movei-vos! e aparecei perante o Compromisso de Sua boca, que Ele nos jurou em Sua Justiça. Abri os Mistérios da vossa Criação e nos tornai comungantes do conhecimento imaculado.


Aqui terminam os Chamados ou Chaves.


Os Três Poderosos Nomes de Deus

Todo-Poderoso, advindos dos

Trinta Æthyrs

O Primeiro Nome —


L A Z o d a P e L a M e D a Z o d a Z O D a Z o d I L a Z o d U O L a T a Z o d a P e K A L a T a N u V a D a Z o d a B e R e T a.


O Segundo Nome —


I R O A I A E I I A K O I T a X E A E O H e S I O I I T E A A I E.


O Terceiro Nome —


L a N u N u Z o d a T a Z o d O D a P e X a H E M A O A N u N u P e R e P e N u R A I S A G I X a.


Aqui terminam os Quarenta-e-oito Chamados ou Chaves.


[1] A comparação dos vários manuscritos destes chamados não resolveu as leituras divergentes; e não existe o suficiente da linguagem para possibilitar uma definição baseada em princípios gerais. — ED.


[2] Leia aqui Vooan nas invocações de Espíritos Caídos.


[3] Leitura variante: “Sobre as mãos deles há mangas de mármore”.


[4] Leitura variante “Nenhum tempo que ecoa entre”.


[5] Ou outro Ar conforme for desejado.


[6] Este nome pode ser apropriadamente variado conforme o Ar.