quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Kitab Al-Jilwa: O Livro da Revelação

 

“A humanidade esta adormecida, preocupada apenas com o inútil, vivendo num mundo errado. (…) Vós tereis um conhecimento e uma religião invertidos se estiverdes de ponta cabeça em relação à realidade. O homem enrola a rede em torno de si mesmo. Um leão despedaça a jaula”. SANAI – O Jardim Murado da Verdade. Século X.

“Ao pecador e ao viciado posso parecer mau. Mas para o bom: beneficente sou”. MIZRA KHAN, Ansari.

A obra que se apresenta é constituída de um dos textos sagrados da tribo pré-islâmica de etnia curda conhecida como Yezidis.

Muito se tem escrito a respeito deles, e pode-se salientar que tais escritos e especulações são em sua maioria, lamentáveis deturpações. No ocidente, a princípio em decorrência de alguns escritos isolados de Aleister Crowley e de alguns cristãos retrógrados, e mesmo por parte dos muçulmanos sunitas, se construiu a fama de que os Yezidis são adoradores de demônios ou, em termos superficiais, satanistas. Não entraremos em detalhes acerca disso, pois não é o escopo deste trabalho.

Adianto apenas que tal “fama” se deve ao fato de que no culto Yezidi, a principal divindade adorada, dentre outras seis secundárias, é aquela denominada MALAK TAUS, ou anjo pavão real, identificado com IBLIS na gênese islâmica, ou simplesmente SHAYTAN.

De fato, os Yezidis reverenciam esta divindade, pois segundo sua mitologia (exposta em outro livro sagrado de importância nuclear, chamado Mechaf Resh ou simplesmente “Livro Negro”) MALAK TAUS recebeu a autoridade para reger esta esfera (Terra) das mãos do próprio Criador, que após a conclusão de sua obra, ao que parece, foi cuidar de outros assuntos. Existem muitas versões, mesmo no corpo das escrituras yezidis.

Há também vários paralelismos com a literatura talmúdica, islâmica e muitos outros escritos semitas acerca dessa temática. Reportamos o leitor interessado por mais informações ao escrito conhecido como O Livro de Enoch, já publicado em português pela Editora Hemus, e ao erudito trabalho de Idries Shah, que na obra OS SUFIS (Cultrix), traz o elucidativo verbete chamado “Culto do anjo pavão real”.

O texto presente foi traduzido do inglês diretamente da obra “Devil Worship – The Sacred Books and Traditions of the Yezidiz” – Kessinger Publishing, 19971 de Isya Joseph. Admito minha ignorância acerca dos méritos intelectuais desta autora, mas posso adiantar que a tradução empreendida por ela dos textos originais é de longe mais confiável que algumas versões que circulam pela rede, e que infelizmente, tem claras conotações e interpolações propositadamente obscurantistas (leia-se: sectárias). É necessário sublinhar que o texto apresenta apenas 5 divisões simples, ou sessões, que respeitei, mas tomei a liberdade de dividir as primeiras 4 em 14 versículos cada e a última em 7, o que não altera substancialmente seu conteúdo. A linguagem também foi cuidada, por se tratar de um livro sagrado. Infelizmente não disponho do texto original, que sem duvida deve conter mensagens e códigos cifrados semelhantes ao utilizado no sistema ABJAD (código alfabético e semântico árabe semelhante a temurah dos qabalistas judeus).

Muitos adeptos do “caminho da mão esquerda” ficarão decepcionados com o conteúdo do texto, ou talvez não, pela ausência de paralelismos com as bulas tenebrosas dos satanistas mais entendidos. O dito “satanismo” dos Yezidis nada tem a ver com o satanismo ocidental moderno, e tampouco guarda conotações anticristãs (os Yezidis aceitam a figura do Cristo como aceitam as figuras de Maomé e Moisés, i.e., como profetas inspirados), apenas se reservam o direito de não submeter-se a tais doutrinas, por motivos óbvios. Outras questões como a origem dos Yezidis, ou dos baluartes da “doutrina” (Sheyks), e da figura emblemática de MALAK TAUS, serão abordadas em outra obra (a tradução do “Livro Negro”- MESHAF RESH) que já esta sendo empreendida. Até lá, espero que o leitor encontre aqui um pouco mais de informação e conhecimento acerca desta polêmica e desconhecida doutrina pré-islâmica.

Parte I
1. Eu fui, Eu sou, e Eu serei eternamente.
2. Eu detenho autoridade sobre toda criatura e sobre todas as coisas que estão à sombra do Meu ídolo.
3. Eu estou perpetuamente presente para auxiliar todo aquele que crê em Mim e Me procura e clama por Mim no tempo da tribulação.
4. Não há espaço no universo que não conheça Minha presença, pois Eu comunguei de todas as coisas que estão longe do mal, porquê sua essência não é adequada.
5. Cada Æon possui seu próprio Mestre, que governa todas as coisas segundo Meus Decretos.
6. Este ofício é mutável de geração em geração, pois os Mestres deste mundo e seus dirigentes podem delegar os deveres de seus respectivos ofícios, cada um àqueles que estão em seu círculo.
7. Eu tolero que cada um siga seu próprio temperamento, não há restrição – mas aquele que se opor à Minha Vontade, recuará em extrema aflição.
8. Nenhum deus poderá intervir naquilo que é Meu, e Eu fiz disso uma Lei Suprema a ser obedecida por todo aquele que presta culto aos deuses.
9. Todos os livros deles foram alterados, e renegados, embora tenham sido escritos pelos profetas e apóstolos.
10. Pois há interpolações, visto cada seita impor supremacia sobre as outras, apontando ardis e ansiando destruir os escritos alheios, pois a verdade e a falsidade estão diante de Meus Olhos.
11. Quando a tribulação vem, Eu dou guarida àquele que crê em Mim.
12. Ademais, Eu dou conselho àqueles que estão preparados, pois Eu os escolhi para os tempos que estão diante de Mim.
13. Eu recordo das coisas necessárias e as efetuo no tempo propício e Eu ensino e guio aqueles que seguem Minha Doutrina.
14. Pois aquele que segue Minha Doutrina, este será abençoado e regozijará em Meu sagrado êxtase.

Parte II
1. Eu resgatei o fruto de Adão, e o recompensei com um galardão que apenas Eu conheço.
2. Ademais, o poder e a autoridade sobre tudo o que há na terra, acima dela ou abaixo, estão em Minhas mãos.
3. Eu repudio a união amigável com outros povos, mas não privo aqueles que Me obedecem daquilo que é bom para todos.
4. Eu deposito Minhas coisas nas mãos destes que se esforçam e que estão concordes com Minha Vontade.
5. Eu Me manifesto de diversas formas aos que são fiéis a Mim e observam Minha Doutrina.
6. Eu outorgo e Eu revogo.
7. Eu concedo a fortuna e distribuo a miséria.
8. Eu causo a alegria e o infortúnio.
9. Eu faço todas estas coisas conforme os tempos e as estações.
10. Nada pode interferir naquilo que Eu faço.
11. Àqueles que se levantam diante de Mim, Eu aflijo com doença.
12. Mas aqueles que são de Mim, estes não morrerão como os filhos de Adão, que estão longe de Mim.
13. Ninguém viverá neste mundo um dia além do que Eu tenho fixado.
14. Se for Meu desejo, Eu mando um homem duas ou três vezes neste mundo, ou em outro, através do mistério da encarnação.

Parte III
1. Eu guio pelo caminho santo ainda que sem um livro revelado, e Eu corrijo o Meu Amado e o Meu escolhido por meios encobertos.
2. Todos os Meus ensinamentos são prontamente aplicados em qualquer tempo e qualquer circunstância.
3. Eu castigarei no outro mundo os que forem rebeldes a Minha Vontade.
4. Agora os filhos do homem não sabem o estado das coisas que estão no devir.
5. Por causa disso, eles ajuntam erros.
6. As bestas da terra estão todas sob o comando de Minhas mãos.
7. Os pássaros do céu estão todos sob o comando de Minhas mãos.
8. Os peixes da água estão todos sob o comando de Minhas mãos.
9. Todos os tesouros excelentes e coisas ocultas são conhecidos de Mim, e conforme Meu desejo, eu os tomo de um e concedo a outro.
10. Eu revelo Minhas maravilhas aqueles que as buscam, e no tempo adequado, manifesto Meus milagres a estes que se encontram preparados para Mim.
11. Mas os que estão distantes, estes são Meus inimigos, então eles se opõem a Mim.
12. Mas eles não sabem que as coisas que eles buscam fogem dos seus interesses, pois todas as coisas que são Minhas, o poder e a riqueza, estão em Minhas mãos, e Eu as dou a quem Me apraz.
13. Eu recompenso aos filhos do homem que se fizerem merecedores.
14. Assim, pois, o governo dos mundos, a transição das gerações e a mudança dos reis são desde o princípio determinadas por Minha Vontade.

Parte IV
1. Eu não darei aquilo que é Meu a outras divindades.
2. Eu permiti a criação de quatro substâncias, quatro tempos e quatro confins.
3. Porquê estas coisas são necessárias às criaturas.
4. Os livros dos Judeus, Cristãos e Muçulmanos e de outros que não são de nós, aceitai sob concessão, tanto quanto eles concordem e confirmem Minha Doutrina.
5. Tudo o que esta em divergência com o que foi dado a vós, ou for alterado, lançai fora, pois vós deveis evitar divergências.
6. Três coisas são contrárias a Mim.
7. Três coisas Eu abomino.
8. Mas aqueles que preservam Meus Mistérios, estes receberão o galardão de Minhas promessas.
9. Aqueles que são lapidados em Meu Nome, estes Eu os recompensarei em outros mundos.
10. É Meu desejo que todos os Meus adoradores permaneçam unidos e um laço de unidade, para que aqueles que não são de nós não prevaleçam contra vós.
11. Agora, então, todos vós que tem seguido Minha Lei e Doutrina, rejeitai a doutrina e a lei daqueles que não são de nós.
12. Eu não disse aquelas coisas, nem elas saíram da Minha boca.
13. Jamais pronuncie Meu Nome ou Meus atributos, para que vós não vos lamenteis disso.
14. Pois não sabeis vós o que podem fazer estes que não são de nós.

Parte V
1. Oh tu que acreditas em Mim:
2. Honra Meu Símbolo e Meu Ídolo, pois eles te fazem lembrar de Mim!
3. Observai Minhas Leis e Doutrinas.
4. Sê obediente aos Meus servos e ouça o que eles revelarem a vós acerca daquele conhecimento do invisível que eles
recebem de Mim.
5. Recebei o que é dito, e não revelai aqueles que não são de nós, e aos judeus, cristãos e muçulmanos e os outros, pois eles não conhecem a essência da Minha Doutrina.
6. Não lhes dêem vossos livros, para que eles não deturpem este conhecimento.
7. Aprenda de cor a maior parte deles, a fim de que não sejam alterados.

Nascimento do Segundo Filho de Métis

 

Eras de transição exigem deusas e deuses de transição. Baph-Métis, tanto andrógino quanto ginandro, o De Duas Varinhas, é exatamente um ser transicional.

Diz-se que o nome do deus “Baphomet”, ou “Baphmetis” deriva do título de Zeus como “Pai da Sabedoria”, e o mito prossegue assim: Métis, que significa “conselho”, outrora vivia pela Corrente do Oceano, e era a Titânide da Sabedoria, do Quarto Dia, e do planeta Mercúrio. Entre seus poderes estava a mudança de forma. Foi Métis quem foi consultada pelo jovem Zeus para libertar seus irmãos e irmãs mais velhos do ventre de Cronos. E foi Métis quem aconselhou Zeus a misturar a poção emética (para provocar vômito) que foi dada a Cronos por Reia em sua bebida com mel, causando o expurgo dos Deuses Anciões. Zeus, finalmente entrando em seu poder, ansiava por Métis, e ela usou seus poderes de mudança de forma para evitar seus avanços amorosos enquanto ele a perseguia pelos mundos. No entanto, Zeus a pegou e a engravidou. Um oráculo da Mãe Terra então profetizou que a criança seria uma menina, e que este, o segundo filho de Métis estava destinado a depor seu pai Zeus, como Zeus havia deposto Cronos, e Cronos, por sua vez, havia deposto seu pai Urano. Determinado a evitar um destino semelhante, Zeus persuadiu Métis ao seu sofá e, de repente, abrindo a boca, engoliu a Métis grávida. Assim, usurpando de Métis seus poderes titulares, Zeus reivindicou para si o título de “Pai da Sabedoria”, depois declarando a Sabedoria como uma prerrogativa masculina, onde até então, apenas a Deusa havia sido sábia.

Foi algum tempo depois que Zeus caminhou pelas margens do Lago Tritão na Líbia, ele foi acometido por uma dor de cabeça furiosa. Hermes, ouvindo seu uivo de dor, adivinhou a causa e persuadiu Hefesto a pegar sua cunha e fazer uma culatra no crânio de Zeus, de onde Atena saltou “totalmente armada, com um grito poderoso” – “olulu, ololu”, sendo os gritos líbios de triunfo proferido em sua homenagem.

No entanto, nossa intuição nos diz que há mais a ser extraído no nome “Baph-Metis”. Na cabala inglesa encontramos “Baph-Metis” igual a 53, o número também de “gêmeos”. Assim, encontramos Zeus e Métis como gêmeos imortais, unidos por meio de um abraço tântrico e combinados em um ser único, embora duplo. Isso traz a importante percepção da união interdependente dos poderes de Zeus e Métis como eles existem e interagem dentro de nossas psiques: Zeus, o Inventor do Tempo e da História, relaciona-se ao conhecimento do cérebro esquerdo, à lógica e à linearidade. Enquanto Métis, a Titânide Imortal da Sabedoria, relaciona-se com a criatividade do cérebro direito, com a adivinhação e com a atemporalidade do mito vacilante. Em sua união nasce o filho que deporá o pai — inspiração, alegria, imortalidade — cuja experiência nos torna deuses. “Zeus-Métis” pela cabala inglesa é igual a 93, número da corrente dupla do Aeon da Criança, enquanto “Metis” produz o número 38, número de “magick”, “criança” e “luz”.

“Pai Zeus” pela cabala inglesa é igual a 92, o número do túnel de “Saksaksalim”, de “brancura pura” e de “ouro brilhante”. Este é o túnel onde são destilados raros elixires endócrinos cujos poderes são a bissexualização. Assim, na união de Zeus e Métis no túnel de Saksaksalim, encontramos a transcendência do yin-yang da existência polarizada ao unir masculino/feminino, cérebro direito/cérebro esquerdo, positivo/negativo, matéria/antimatéria dentro de si mesmo para transcender os níveis de consciência dos mamíferos. Nesta união alcançamos a imortalidade dentro da carne viva através do yoga taoísta de cultivo dual. Notamos também que noventa e dois — 4 x 23 — é também o número de “Shaitan-Aiwass”, o “Possuidor da Dupla-Baqueta” e o “Companheiro das Trevas”. Está associado a penas de pavão, com raios de suástica girando e com a cor vermelha.

Assim, podemos imaginar “Baph-Métis” sentado como Kali sobre uma pilha de crânios humanos, e ladeado por penas de pavão dos Yezidi adoradores do Diabo. Seus olhos revirados sob suas pálpebras estão voltados para o mistério da transformação alquímica forjada em seu interior – simbolizada como a serpente gnóstica Agathadaemon. Seu corpo como uma chama tem falo e kteis, ele/ela empunha baquetas de cristal de vontade-desejo de terminação dupla. Assim, transformando macho e fêmea dentro do cadinho de seu corpo pela destilação e embebição de estranhos elixires endócrinos, ele/ela transmuta o DNA em espiral dupla e sonha com a existência de novas imagens para a evolução humana.

Demonolatria Moderna

 

Demônios. Algumas pessoas podem ouvir o termo e estremecer. Outras podem ficar curiosas. Como acontece com qualquer vertente LHP, como o Satanismo, Luciferianismo ou Demonolatria, há uma notável falta de conhecimento real sobre o termo em questão e uma abundância de desinformação, medo e ignorância.

Demonolatria, como uma religião, é bastante jovem considerando as muitas seitas em operação. Apesar de antigas formas de Demonolatria datarem de milênios atrás e, especulativamente, até mesmo terem atuado no tempo dos Templários, as maiores seitas operacionais, o termo e práticas foram extra – oficialmente aceitos como um caminho por volta de 1950. A mais funcional destas seitas foi totalmente desenvolvida trabalhando com base em um hermético trabalho religioso, em 1998, com a fundação da Guild of Demonolatry. Hoje, a maior seita de Demonolatria operando abertamente é a Ordo Flammeus Serpens, com sede no Colorado, nos Estados Unidos.

Além de seitas e ordens oficialmente reconhecidas, a Demonolatria tem uma velada porém comumente aceita história, bem como uma prática geracional transmitida através de tradições de linhagens familiares. Esta é muito parecida com muitas práticas de bruxaria tradicional e a prática da Demonolatria “hereditária” é comumente conhecida como “Tradicional Demonolatria Familiar”, entre outros termos.

O QUE A DEMONOLATRIA NÃO É

Demonolatria não é uma religião que pratica missas negras. Demonólatras não sacrificam animais nem torturam crianças ou acreditam em cometer crimes para agradar ao Self. A Demonolatria é um caminho que incide sobre o Self e a melhoria deste (poder pessoal, etc.), que não viola as leis do homem nem dá ao praticante um passe livre para fazer o que ele ou ela quer. Todos nós somos responsáveis por nossas ações.

Para um demonólatra, demônios não são seres malévolos. Na verdade, muitos dos demônios honrados dentro deste caminho podem ter suas origens traçadas até uma série de panteões antigos (sumério, egípcio e grego, entre outros). Demonólatras geralmente não acreditam no conceito de inferno — não há poço infernal queimando e não há desejo de ter relações sexuais com Satan (na verdade, a maioria concorda que sexo com demônios não é uma ocorrência comum). Demonólatras rejeitam ideias cristãs e a condenação de demônios e Satan.

O QUE É DEMONOLATRIA

Demonolatria é uma religião que, surpreendentemente, tem muito em comum com as outras religiões neopagãs, como a Wicca. Embora a Demonolatria seja do chamado “Caminho da Mão Esquerda”, é uma religião neopagã politeísta que engloba magia ritualística, observância dos Festivais Sagrados e melhoria comunitária e familiar. A maioria dos demonólatras tem geralmente mais de 30 anos de idade — não é uma religião cheia de adolescentes que procuram ser “cool”. Demonolatria é uma religião em que os demônios são deuses — honrados, respeitados e tratados como qualquer outro deus de qualquer outro panteão, da mesma forma como os wiccanos honram e trabalham com suas próprias divindades.

Demonólatras consideram a prática de Evocação Cerimonial inatamente desrespeitosa. Para o demonólatra, demônios nunca devem ser ordenados, mas totalmente respeitados e a eles se deve pedir para prestar seu auxílio quando necessário. Assim como wiccanos não se atreveriam a convocar, insultar, prender e banir o seu Deus ou Deusa, os demonólatras visualizam este ato como uma atrocidade e um enorme desrespeito pelos demônios.

AS PRÁTICAS DA DEMONOLATRIA

As práticas da Demonolatria geralmente giram em torno da observância dos dias santos e festividades, orações e técnicas de meditação, apesar da magia ritualística ser uma prática comum também. Através da magia, o demonólatra visa melhorar a si, seus entes queridos, sua comunidade e o mundo ao seu redor. Os demônios emprestam ao demonólatra sua sabedoria, sua energia e, em alguns casos, sua força.

Os rituais da Demonolatria são adaptados individualmente, por isso não há duas práticas demonólatras exatamente iguais. É um caminho altamente adaptável que o indivíduo deve ajustar a si para alcançar melhores resultados pessoais. A maioria não é muito diferente dos rituais da Wicca ou da Magia Cerimonial. A principal diferença é que o demonólatra lança seu círculo, e exorta os demônios (há também demônios elementais para cada um dos quatro elementos) a emprestarem sua ajuda à sua magia.

Os quatro governantes elementais mais comuns encontrados na Demonolatria são:

Terra – Belial
Ar – Lucifer (É importante notar que a maioria dos demonólatras vê Lúcifer e Satan, como duas entidades distintas)
Fogo – Flereous ou Satan
Água – Leviathan

Uma das diferenças mais óbvias entre práticas da Demonolatria e Wicca é que demonólatras não lançam um círculo para proteção, mas sim o fazem para criar uma área de equilíbrio energético.

Alguns demonólatras optam por usar encantamentos — outros não. Mais uma vez, é um caminho altamente adaptável e individualizado que é único para o praticante. Algo que define o caminho da Demonolatria para além de muitas outras religiões pagãs é a utilização de maldições. Como muitos podem formar julgamentos precipitados ao tomar conhecimento desta prática, é importante notar que a Demonolatria usa maldições com muita cautela e prudência. Ninguém sai por aí jogando maldições contra as pessoas por qualquer razão tola. Às vezes, maldições são uma parte necessária da prática de alguns bruxos, o mesmo se dá na Demonolatria.

Outra prática que é comumente encontrada na Demonolatria é a incorporação de sangue em rituais mágickos. O sangue é retirado da forma menos invasiva e destrutiva possível (como com a utilização de lancetas de teste de diabetes para picar o dedo), auto-mutilação não é tolerada ou incentivada dentro da Demonolatria.

Demonólatras também usam muitas das práticas tradicionais de outros caminhos pagãos, como adivinhação com Tarot, etc. Cada demônio tem um sigilo ou selo exclusivo que está associado com o seu nome e essência. Esses sigilos podem ser aqueles encontrados nas obras do século XX do demonólatra Richard Dukant, em grimórios mágicos, como A Chave Menor de Salomão ou mesmo aqueles concebidos pelo próprio demonólatra. Os sigilos são, geralmente, escritos em pergaminhos e queimados como oferendas e agradecimentos aos demônios. O ato de queimar o sigilo é visto por demonólatras como transformar o conhecimento em energia, tornando – o disponível para ser absorvido pelo demônio.

Não existe tal coisa como um clã dentro Demonolatria e demonólatras são mais geralmente praticantes solitários. No entanto, alguns optam por estabelecer os seus próprios caminhos e tradições ou participar de outras seitas e grupos de trabalho. Embora sacerdotes da Demonolatria sejam ordenados apenas após estudo rigoroso e comprovada dedicação ao caminho — não há necessidade de “iniciação”. Ritos de auto-iniciação e auto-dedicação são “oficialmente” aceitos como iniciações.

Não há “textos sagrados” a serem encontrados dentro da Demonolatria. Em vez disso, o conhecimento dos demônios é adquirida a partir da experiência de trabalhar com eles e a partir dos textos de muitos grimórios antigos e modernos (embora demonólatras rejeitem as aparências muitas vezes monstruosas dos demônios representados em textos cerimoniais como a Chave Menor de Salomão). Uma influente fonte aceita por muitos demonólatras modernos é a Hierarquia de Richard Dukante. Os sigilos e enns (orações sagradas, em línguas bárbaras, exclusivas para cada demônio) de Dukante são considerados precisos e muitas vezes são uma parte comum de materiais da prática do demonólatra.

DEMÔNIOS PATRONOS E MENTORES

Cada demonólatra trabalha com um demônio fundamental — este Demônio é chamado de “patrono”. Assim como wiccanos trabalham com divindades patronas, os demonólatras o fazem — no entanto, ao contrário da Wicca, é incomum demonólatras terem a dualidade de um demônio patrono e uma matrona. O demônio patrono pode ser um demônio com quem o demonólatra se conecta em um nível pessoal, que é o completo oposto de sua personalidade, o seu demônio elemental, que lhe dá lições para beneficiá-lo em uma miríade de fatores decisivos. Assim como wiccanos escolhem o seu patrono ou seu patrono os escolhe, os demonólatras o fazem.

Muitos demonólatras optam por ter o sigilo de seu patrono ou matrona marcado, cortado ou tatuado em sua pele, a fim de marcarem-se como um devoto de tal demônio.

Junto com um demônio patrono, a maioria dos demonólatras trabalham com o que é conhecido como mentor. O demônio mentor sempre escolhe o demonólatra — e não o contrário. Nessa relação, o mentor procura guiar o demonólatra ao longo de seu caminho e lhe ensinar habilidades para sua vida e para ajudá-lo em suas atividades terrenas. Esta é uma relação diferente daquela do patrono em que o mesmo auxilia o demonólatra em questões relacionadas com o demonólatra como pessoa (ou seja, ajudando-o a melhorar de vida, identificar seus pontos fortes e fracos e superar os obstáculos relacionados com a sua personalidade e seus medos).

Demonólatras não trabalham apenas com seus demônios patrono / matrona e mentor. Eles também trabalham com muitos demônios por inúmeras razões diferentes.

A VISÃO DEMONÓLATRA DOS DEMÔNIOS

Demônios são, para aqueles que os adoram, deuses. Eles não são criaturas inferiores de algum abismo flamejante deslizando através de nossos pesadelos para criar perigo e perversidades, mas sim seres divinos, assim como os deuses são seres divinos para wiccanos e muitos outros pagãos. Demônios são, em suma, os deuses rejeitados da antiguidade — vilanizados e injustamente temidos pelo cristianismo, perpetuados com falsos mitos. Embora a natureza dos demônios seja subjetiva e as opiniões sobre o que eles “são” variem de demonólatra para demonólatra, a maioria concorda que todos eles são uma raça de seres pertencentes a uma única fonte de energia — “O Todo” ou “Deus”, se você preferir. Algo muito parecido com o princípio do Mentalismo — demônios são muitas vezes considerados como manifestações de uma única fonte de força vital.

Isso não quer dizer que os demônios não são seres únicos com motivações e personalidades individuais, mas que, como nós e todas as criaturas da Terra, estão interligados pelo fluxo infinito do Espírito. Tal como acontece a maioria dos adeptos do LHP, demonólatras acreditam que o espírito do homem é tão exaltado e sublime como qualquer deus, demônio ou qualquer outro ser — posto que estamos todos interligados e todos nós somos o Espírito. Nenhum ser é menor ou maior do que o outro.

Demonólatras acreditam, quase por unanimidade, que os demônios são nossos amigos e nossos instrutores. Eles são os nossos guias e os nossos mentores, nossos guardiões e nossos protetores. Isso não quer dizer que demonólatras ingenuamente acreditem que os demônios são totalmente benévolos — mas que eles não são mais “perversos” do que qualquer outro deus de qualquer panteão. Demonólatras geralmente acreditam que os demônios obtêm benefícios a partir da troca de energia conosco, e que o respeito a demônios (às vezes) é crucial para nossa prosperidade e sustento. No entanto, a maioria concorda que os demônios não “necessitam” de nós para sobreviver, mas é uma honra beneficia- los tanto quanto eles nos beneficiam. Demonólatras acreditam que a percepção dos demônios, como os abordamos e consideramos reflete com precisão no comportamento destes para conosco. Em suma, se você tem medo de demônios e trata-os com desdém, suspeita ou desgosto, eles provavelmente não vão tratá- lo com muita dignidade — assim como geralmente agiria qualquer outro ser.

Lembre-se que os demônios, para demonólatras, não são seres intrinsecamente maus, conquanto são apenas deuses como os deuses e deusas wiccanos e pagãos. Há demônios do amor, fertilidade, amizade, famílias, crianças e até animais de estimação — assim como há demônios de destruição, vingança, peste e crueldade. O balanço não é totalmente “bom” ou “mau”. Demônios são seres espirituais e não estão presos a ideais humanos. No entanto, para demonólatras, demônios não são seres, de qualquer maneira, do mal.

Mais uma vez, as crenças de um demonólatra ou mesmo de cinquenta não são expressões das crenças de todos os demonólatras — mas de modo geral, a fonte do Espírito é Satan. Satan não é a antítese de “Deus” — Satan é vida… um ser que é ao mesmo tempo consciente e incognoscível — o Criador Todo-Poderoso. Satan é “Deus” para muitos demonólatras. “Deus” e Satan não são seres separados dentro da perspectiva de algumas formas de Demonolatria — eles não estão em oposição. Eles são a mesma pessoa — o mesmo Criador. Eles são energia, vida, o Espírito Puro.

Satan, para a maioria dos demonólatras, não é o Satan da Bíblia, o nome pode ser o mesmo, todavia Satan é Deus e Deus é Satan. O Espírito não pode ser limitado por meras palavras.

FESTIVAIS SAGRADOS DA DEMONOLATRIA

Assim como na Wicca, algumas seitas de Demonolatria Moderna reconhecem o fluxo e refluxo do ciclo da vida e o passar dos dias do ano.

Os demônios fundamentais (ou primários) adorados e reconhecidos durante estas festividades são Lúcifer, Leviatã (que domina dois festivais), Flereous, Eurynomous e Belial. Eles representam, respectivamente, a iluminação e a primavera; o ciclo da colheita e do fluxo de emoções dentro de si; o Fênix renascido das cinzas e a ideia do renascimento; o ciclo da morte e da auto- renovação e novos começos com a proclamação do renascimento do Sol.

Os dias dos Festivais Sagrados mais comumente observados na Demonolatria são as seguintes:

21 de março — Rito a Lúcifer
02 de maio — Rito a Leviatã
21 de junho — Rito a Flereous
21 de setembro — Segundo Rito a Leviatã
 de outubro — Rito a Eurynomous (Baalberith / Babael)
→ 21 de dezembro — Rito a Belial
Há também os ritos oficiais de casamento, ritos batismais, divórcios e até ritos funerários. Tal como acontece com qualquer outro caminho, estes são geralmente realizadas por um Sacerdote ordenado ou Sacerdotisa e são geralmente realizados em dias específicos de festividades que correspondem à natureza do rito.

CONCLUSÃO

Demonólatras normalmente não acreditam em ocasional possessão demoníaca, que alguém vá para o inferno ou que haja qualquer Anticristo. As pessoas não podem se tornar demônios. Demonólatras também não acreditam que Satan existe para nos tentar e recolher almas para seu entretenimento pessoal.

Embora sempre haja maçãs podres, como regra demonólatras não são maus, nem todos eles vestem-se de preto, usam correntes e maquiagem pesada, eles não se automutilam, eles não sacrificam animais ou crianças, eles são simples e não criminosos devassos, não pregam o ódio e a violência. Demonólatras são pessoas comuns que são mães, pais, avós e amigos. Demonólatras aceitam a validade das crenças de todos, acreditam que a experiência é subjetiva e que o Divino se manifesta de forma diferente para todos. Somos todos irmãos e irmãs.

Esperamos que você tenha gostado deste artigo e saia com uma melhor compreensão deste caminho muitas vezes incompreendido e às vezes até mesmo temido. Demonólatras não são muito diferentes de wiccanos ou de praticantes de qualquer outra fé neopagã — demonólatras simplesmente reconhecem um conceito diferente de Divino

Alto Escalão Infernal

 

No inferno o que manda é a fúria e o ódio dos demônios que lá compõem uma hierarquia realmente assustadora. Tudo o que fazem é odiar a Deus e a suas criaturas divinas e tentar enganar os seres humanos, a quem consideram uma raça inferior (o que na verdade são) e devem obedecê-los cegamente, para, assim, os demônio se apoderarem de nossas almas e arrasta-las para as profundezas do inferno para experimentar um tipo de dor realmente inimaginável. O inferno funciona mais ou menos como uma empresa, o que está se expandindo por todo o mundo aumentando a competição entre os homens e o ódio entre os mesmos, com uma hierarquia não muito definida. Depois de uma pesquisa que
eu fiz lendo alguns livros sobre o assunto, descobri que muitos apresentam definições diferentes para essa hierarquia no inferno, mas os demônios que mais aparecem no primeiro escalão infernal são os citados abaixo:

Lúcifer

Por ser o mais poderoso, não se mostra muito vil, tomando uma postura altiva conivente com a sua ocupação nos círculos infernais. É o Imperador Supremo, o líder da Rebelião dos Anjos contra Deus, o primeiro a cair no inferno. Quando cai se divide, criando o seu irmão Satan, apenas seu lado mais furioso e com mais sede de sangue. Ao se apresentar para as pessoas ele toma a forma que quiser, o que, na verdade, todos os demônios podem, mas Lúcifer, por causa da importância da sua posição não se apresenta com formas grotescas, agressivas ou malcheirosas.Talvez por ter essa atitude altiva, não se mistura com outros demônios, considerando-se superior e desprezando os outros. Teme a Deus como todos os outros demônios. Nos combates registrados que ele travou com Jesus ou com as criaturas divinas de Deus ele perdeu e sabe que só existe orque Deus permite, está, para sempre, confinado no inferno, de onde sairá no dia do Juízo Final e comandará suas forças demoníacas e suas legiões de espíritos imundos contra as forças de Deus na famosa guerra entre o bem e o mal conhecida como o Armagedon.

Satan

Existe muita discordância a respeito deste demônio, porque muitos pensam que ele é alguém diferente de Lúcifer ou simplesmente o mesmo demônio. Mas na verdade eles (Satan e Lúcifer) são a mesma “pessoa”. Satan é apenas o lado mais furioso de Lúcifer. Mas, como tem um “alto cargo” no inferno, não se ocupa muito em fazer, e sim em mandar. Revoltado com o mundo e com Deus, ele ataca os seres humanos sem piedade fazendo de tudo para que eles fiquem mais perto do inferno e longe de Deus. Prefere, ao contrário de seu irmão Lúcifer, tomar formas gigantescas, violentas e assustadoras para aparecer para os desafortunados que desejam manter algum contato com esse tipo de criatura. Na verdade toda essa agressividade serve para mascarar sua inteligência, altivez e paciência com que trama seus planos contra a humanidade. Toda a sua ocupação se volta a corrupção de almas, controlando todas as organizações que pregam a opressão do Homem pelo Homem, os Nazistas, por exemplo.

Belzebu

Considerando-se bastante superior, se mostra o mais furioso e antipático de todos os demônios. Trata-se de uma inteligência inumana revoltada com qualquer forma de harmonia. É mais agressivo do que qualquer psicopata assassino que só sabe matar. Tudo o que deseja é matar a todos o mais rápido possível da pior maneira. Como não é tão inteligente quanto os outros, usa essa ignorância a seu favor, combinando-a com toda a sua raiva sem fundamento e formando uma forma de vida realmente demoníaca e fora do comum, realmente fora da compreensão de qualquer ser humano. Uma prova de sua agressividade são as formas que ele assume para aparecer. São formas simplesmente insuportáveis de tão feias e distorcidas. São formas além da imaginação das pessoas, as quais não se suporta olhar por apenas alguns segundos. Toma forma de todas as matérias putrefatas como lixo, carne podre e materiais tóxicos. É o responsável por várias doenças como a Aids e o vírus Ebola e infecções diversas. Também é o responsável por fazer figuras históricas falarem frases abomináveis como a famosa citação de Calígula: “Queria que o povo tivesse uma só cabeça, para corta-la de um só golpe!”. Isso além de proteger pessoas como Ronald Reagan, Margareth Tatcher e outros a quem protege. Completamente furioso e revoltado, se não fosse a ação de anjos ele consumiria todo o universo com sua fúria suprema e incontrolável. Como é impedido de fazer isso, ocupa-se em corromper a Inocência das pessoas, semear o desespero e o pânico entre os humanos, a quem considera apenas bonecos para matar sempre e sempre.

Astaroth

Poderia ser considerado o “Homem do Dinheiro” do inferno. Enxerga toda a humanidade como produtos numa prateleira. Seria o demônio da avareza, o que incentiva as pessoas a serem escravas do dinheiro. Ele considera a humanidade como seu patrimônio, trata tudo como uma posse.Embora seja feio e extremamente fedorento, é um dos demônios mais “sociáveis”, tendo uma voz agradável, claro, conivente com a sua ocupação no inferno. Ele recebe uma certa “adoração” por parte dos humanos quando algumas de suas idéias são usadas como pilares básicos de nossa sociedade, na verdade, mais nos mundo comercial, mas são idéias que muitas pessoas tem e realmente defendem. Outra forma de sua manifestação entre os humanos é o vício no jogo, principalmente quando tem dinheiro no meio, e a necessidade incontrolável de apostar, colocando em risco tudo o que ganhou numa vida inteira.  Astaroth é um demônio que age de acordo com suas necessidades, por isso não é tão agressivo e desagradável. Ele é apenas um negociante e não precisa
ser furioso, apenas impassível e completamente despreocupado com a humanidade, apenas com o seu valor.

Lilith

Seria o demônio que qualquer homem gostaria de encontrar, mesmo tendo que pagar o eterno preço de queimar no inferno. Isso porque ela se oferece de acordo com os seus desejos mais íntimos, mais eróticos e demoníacos. Ela é o demônio da luxúria, que “arrasta” os homens ao inferno atraídos pelos oferecimentos de seu corpo de mulher.
Condizente com a sua função, ela deve se apresentar da forma mais “bela” possível, para seduzir os homens apresentando-os os prazeres sexuais. Ela pode ser considerada um dos demônios mais perigosos, mesmo por ocupar uma posição bastante elevada na hierarquia infernal. Apesar de se mostrar tão “amigável”, ela odeia os humanos tanto quanto os outros, e, na verdade, os uso apenas para mostrar sua altivez perante os outros demônios, sendo um dos que mais arrasta almas para o inferno.Outro fato impressionante sobre
ela, visto em minhas pesquisas, é a referência de ela ter sido mulher de Adão, o que leva a crer que Lilith era, antes de sucumbir ao inferno, Eva. Ela é um demônio muito requisitado: quando os outros não sabem o que fazer, ela sabe e faz com a maior vontade e ódio, sedenta a completar o seu objetivo. Mas, ao invés de perseguir suas vítimas, ela prefere atraí-los, o que faz muito bem. É ela que decide qual demônio será designado para cada missão e tem o poder de suspende-los se não desempenharem bem a sua função.
É o demônio mais difícil de se escapar, pois seus prazeres e pecados estão sempre a nossa volta apresentados de todas as maneiras na televisão, Internet, e revistas pornográficas. Na atual sociedade, onde o talento das pessoas se mede pelo tamanho da bunda rebolando, as delícias infernais de Lilith estão sempre presentes, mesmo dentro das nossas casas.

Mefistófeles

Trata-se do demônio mais perigoso e mais falso que existe. Isso porque ele consegue fazer um uso quase perfeito da Lógica, o que faz com que você se convença de que ele realmente está certo. Essa é a sua forma de agir: enganando, mentindo, induzindo as pessoas a aceitarem suas blasfêmias e descerem ao inferno crentes que estão certas do que passaram a pensar. Se apresenta da forma mais inofensiva, talvez para mostrar que não importa que o tamanho seja pequeno, aquela forma mínima pode ser a mais perigosa já
imaginada pelas pessoas. Está aí para provar que as aparências enganam. Ele é o demônio das mentiras, negando sempre a existência de qualquer Verdade a ser buscada, ou que exista algum Deus. Os filhos humanos de Mefisto, que estão entre nós, são pessoas de um número elevado e de uma inteligência fora do normal, mas voltadas para o mal, uma mente genial distorcida e voltada para atender as vontades malignas. Mefistófeles acha que a humanidade não deveria existir, que a sua formação provém de um acidente bioquímico sem nenhuma importância. Influenciados por este princípio sem fundamento, muitos pensamentos feitos por humanos afirmam que a raça humana não é importante ou não seria nada ao lado do gigantesco universo, mesmo que não o tenham dito de forma tão direta. Decidido a confundir os humanos com suas mentiras e blasfêmias contra Deus,
mostra-se um demônio que utiliza sua sabedoria para fazer com que os humanos cada vez mais se afastem do Senhor e desça ao inferno para a dor eterna, mesmo achando que aquilo é correto.

Belial

É um demônio muito difícil de se encontrar algum material registrado, pouca coisa se sabe sobre ele. Apenas sabe-se que é um dos mais vis e malignos e foi um dos primeiros a aderir à Rebelião dos anjos contra Deus e um dos que mais arrastou anjos para combater contra Ele. Por ser muito furioso, assume formas grotescas e símbolos de voracidade e
fúria. Por ser muito prepotente, recusa-se a assumir formas humanas, por achar essa raça realmente inferior e, a seus olhos, repugnante. Por causa de um culto aberto feito a ele na cidade de Sodoma, a cidade foi destruída. Belial foi aprisionado pelo Rei Salomão, colocado numa garrafa com sua legião e atirado num poço. Foi posteriormente libertado pelos
babilônios. Nada mais foi comprovado pelos livros e demonólogos sobre este demônio. Sabe-se também que, por ser um demônio de revolta sem sentido, inspira os crimes bárbaros, geralmente sem razão aparente, e também inspira os “serial killers”, por serem realmente frios e não terem nenhum motivo real para serem o que são e fazerem o que fazem.

Belphegor

Seria considerado o demônio da modernidade, um dos mais ativos e inventivos. É o responsável pelo caos de tecnologia e todo o tipo de máquinas feitas para o mal, como armas, a pólvora, instrumentos de tortura e o aparelho do qual mais se orgulha: a bomba. É um demônio que está sempre se aprimorando, de acordo com o desenvolvimento da tecnologia. Antigamente se apresentava como um velho aparentando sábio, hoje em dia, se apresenta como um emaranhado de fios e aparelhos eletrônicos, teclados e monitores de computador. Hoje em dia, por estar muito orgulhoso por toda a sua modernidade maligna ter se espalhado por todo o mundo, é um demônio muito evitado pelos outros, sendo consultado apenas em último caso.Realmente ele deve ter muita razão para estar orgulhoso, uma vez que todos os humanos, hoje em dia, têm um computador em casa, e são poucos que não tem acesso à Internet. Até parecem coisas inofensivas e úteis, o que na verdade são, mas os homens, por causa da sua ignorância, usa os meios de comunicação para ver coisas como violência, mortes reais, pornografia e outros pecados que cada vez mais dão motivos para Belphegor ficar mais orgulhoso e ir se aprimorando cada vez mais.

Leviathan

Outro espírito que acompanha a evolução dos tempos. É um demônio muito  comentado por ter participações diretas em possessões das mais cruéis e freqüentes. Mas isso é passado, ao invés do profanar materiais Sagrados, agora ele prefere despertar a agonia nas pessoas alimentando a melancolia da cidade. Como todos os demônios que preferem angustiar a atacar, ele assume formas vertiginosas e assustadoras, que não parecem fazer sentido, apenas para angustiar e confundir. Como Belphegor, adiantou-se no tempo e não tem mais como prioridade as possessões e sim despertar sofrimentos causados pela vida na cidade, como a solidão urbana, depressão, suicídio e qualquer forma de auto punição.
Inspira os crimes cruéis cometidos pelos poderosos como a indiferença para com os necessitados, e a dureza da alma. É o regente da Mídia. Sua atuação prolifera-se com o aumento de menores abandonados e o grande número de sem-tetos. Você pode pensar que Leviathan seria o demônio mais ocupado do inferno, mas, você pode perceber que seus atos são também feitos, na verdade bem mais feitos, pelo homem e seus conceitos da Sociedade, que são tão cruéis quanto os demoníacos.
O homem, por causa da sua ignorância e influência de todos os demônios juntos, se mostra tão cruel e demoníaco quanto as criaturas infernais. Existe tanta discordância entre a raça humana quanto entre os demônios. Isso vem provar que o homem está cada vez mais sendo levado para junto dos malignos por causa da sua eterna burrice e incrível capacidade de serem persuadidos por qualquer idéia maligna, por mais ridícula que seja. Toda essa estupidez só serve para comprovar que, na luta entre o bem e o mal, a vitória, por enquanto, é do inferno…

A Goetia do Dr. Rudd

 

A Goetia é o grimório mais famoso depois da Chave de Salomão. Este volume contém uma transcrição de um manuscrito inédito do Lemegeton que inclui quatro grimórios completos:

Ars Paulina
Ars Almadel
Theurgia-Goetia
Lemegeton Clavicula Salomonis
Liber Malorum Spiritum seu Goetia

Este manuscrito era propriedade do Dr. Thomas Rudd, um mago erudito praticante do início do século XVII. Existem muitas edições da Goetia, das quais a mais definitiva é a de Joseph Peterson, mas aqui estamos interessados ​​em como a Goetia foi realmente usada por magos praticantes nos séculos XVI e XVII, antes que o conhecimento da magia prática desaparecesse na obscuridade.

Muitas técnicas práticas usadas no passado foram esquecidas. Os autores as restauram usando o manuscrito do Dr. Rudd. Por exemplo, evocar os 72 demônios listados aqui sem a capacidade de restringi-los seria realmente temerário. Era bem conhecido em tempos passados ​​que invocatio e ligatio, ou restrição, eram uma parte chave da evocação, mas nas edições modernas da Goetia esta técnica chave é expressa em apenas uma palavra ‘Shemhamphorash’, e seu uso não é explicado.

Este volume explica como os 72 anjos do Shemhamphorash são usados ​​para amarrar os espíritos e o procedimento correto para invocá-los com segurança usando selos duplos que incorporam o necessário anjo Shem controlador, cujo nome também está gravado no Peitoral e no Vaso de Bronze.

RESENHAS DE A GOETIA DO DR. RUDD:

Uma ‘Obra Obrigatória’ para Estudantes e Praticantes

Resenha de Thabion (Orange, CA EUA), 25 de fevereiro de 2008:

Este livro é uma “obra obrigatória” para qualquer pessoa que esteja seriamente interessada na Magia Cerimonial Salomônica, seja do ponto de vista acadêmico ou prático. Está no mesmo nível do Lemegeton de Joseph Peterson — que complementa e amplifica com uma riqueza de materiais autênticos do século XVII inéditos do famoso mago Thomas Rudd (ver o Tratado sobre Magia dos Anjos, McLean 1982). Rudd não era um seguidor escravo de textos antigos. Ele até tentou uma síntese do sistema enoquiano do século 16 do Dr. John Dee e da Goetia. No interesse da pureza, Joseph Peterson recusou qualquer uso importante da versão pessoal particular de Rudd da Goetia (e os livros restantes do Lemegeton: B.L. Harley MS. 6483) por causa das adições e modificações criativas de Rudd – com exceção da próprio importante amostra das invocações e sigilos de Shemehamphorash que Rudd usara para controlar com segurança seus espíritos goéticos.

Como Skinner e Rankine apontam, Rudd também incluiu material do Heptameron anterior, atribuído a Pedro de Abano, em sua versão da Goetia. Parece também que Rudd pode não ter usado um triângulo em suas operações goéticas, embora ele fosse consciencioso o suficiente para não excluir nenhuma das inúmeras instruções para seu uso nos textos que estava empregando. Neste caso, os autores-editores encontram significado na ausência de uma representação gráfica do triângulo na versão de Rudd da Goetia. (É possível que Rudd simplesmente tivesse sua própria versão do triângulo que ele não desejava registrar, ou que estivesse faltando um fólio do Manuscrito.) Os autores-editores também sugerem que Rudd usou o Vaso de Bronze como um dispositivo de conjuração primário. Eles prudentemente se abstêm de conjeturar como poderia ter sido empregado (veja a página 185, não 181), mas citam as notas de Rudd seguindo as conjurações padrão: “Você pode comandar esses espíritos no Vaso de Bronze como você faz no Triângulo. Dizendo isso você faz imediatamente aparecer diante deste Círculo, neste Vaso de Bronze em uma forma bela e graciosa & etc. como é mostrado (sic) antes nas conjurações.”

Somos deixados à nossa própria engenhosidade sobre como exatamente isso seria feito, mas, com base na experiência passada, sugiro que um amortecedor e um bom grau de polimento de bronze possam ser essenciais…

Como uma nota lateral, Skinner e Rankine apontam que o desenho do século XVII de Peter Smart do que eu supunha ser a parte de trás de um suporte de espelho era na verdade um desenho do Vaso de Bronze. Eu acho que eles estão certos sobre isso, mas eu estava em boa companhia com Adam McLean neste caso, então não me sinto muito chateado com meu erro…

Com esta pequena reclamação, gostaria de mencionar algumas outras contribuições muito importantes neste volume. Os autores-editores fizeram o melhor trabalho até agora em desvendar a complexidade rosnante das atribuições planetárias e astrológicas goéticas que atormentaram estudiosos e magos sérios por séculos. Obviamente, temos espíritos marcianos (condes), embora não tenhamos lamens de ferro ou aço para eles. (Embora não esteja claramente declarado neste livro, devemos assumir que o ferro não é usado porque tradicionalmente repele e controla os demônios – especialmente na tradição árabe do Anel de Salomão, que os autores mencionam).

Rudd aparentemente não usa o tradicional Selo Goético Secreto de Salomão para fechar seu Vaso de Bronze. Este dispositivo é familiar a todos os estudantes da arte e está representado no desenho de Peter Smart mencionado acima. Mostra o Vaso de Bronze em corte transversal, tampado com uma camada de ferro (Marte) e selado com uma camada de chumbo (Saturno). O ferro controla os espíritos e Saturno é o limite planetário/sefirótico externo do universo cabalístico que os espíritos goéticos habitavam antes da Queda (rebaixados até Yesod, se você tomar nossa interpretação – rebaixados até as Klippoth se você seguir Steve Savedow).

Rudd prefere usar outro desenho que encontramos em Trithemius e Agripa. Os autores-editores fornecem uma riqueza de tabelas extrapoladas, apêndices e notas de rodapé copiosas. Este é um trabalho muito valioso e, com minhas pequenas objeções, sou compelido a admirar e apreciar sua erudição. Como eu disse no início desta revisão. Este livro é “obrigatório” se você leva a sério o estudo e/ou a prática na escola da Magia Salomônica.

Carroll “Poke” Runyon, editor do The Seventh Ray.

***

Um Livro que Todos os Magos Precisam Ler e Possuir

Resenha por Mark Stavish, do Instituto para Estudos Herméticos de Wyoming, Pensilvânia, 14 de novembro de 2007:

Ao publicar “A Goetia do Dr. Rudd”, Skinner e Rankine forneceram à comunidade de magos operativos uma porta de entrada para as práticas mágicas medievais e renascentistas tradicionais que até agora só haviam sido parcialmente abertas. Embora muitos livros tenham sido escritos sobre a Goetia, é aqui, neste livro, que temos uma visão do funcionamento real de um mago que era uma conexão direta com o círculo de Dee, e parte da transmissão contínua dessas ideias em forma OPERATIVA para o período pós-renascentista. A primeira seção do livro é uma introdução geral ao mundo da magia e uma base importante para entender as diferenças significativas entre as práticas modernas e tradicionais. Há também uma discussão sobre ‘por que outro livro sobre goetia’ e os detalhes significativos que diferenciam este dos outros – ser parte de um diário operatório da obra, bem como a inclusão de materiais não vistos anteriormente com goetia, como o Heptameron, sugerindo uma ligação direta entre os dois. Embora de interesse para o mago de poltrona e ocultista acadêmico, são os magos práticos que mais se beneficiarão deste trabalho, bem como os dois volumes anteriores da série – Magia Angélica: Prática das Tabelas Enochianas do Dr. Dee e Chaves para o Portal da Magia: Convocando os Arcanjos Salomõnicos e os Princípes Demônios, também um manuscrito raro de Rudd. Não posso falar o suficiente desses trabalhos e estou em dívida com os editores por disponibilizá-los e estou ansioso para futuras adições à série.

Um Histórico Brilhante e Instantâneo do Lemegeton em Ação!

Resenha de M. Stone “Frater Iustitia Omnibus” de San Antonio, Texas, 14 de outubro de 2007:

A primeira pergunta que vem à mente quando se vê mais uma “Goetia” no mercado, obviamente, é: “Por que devo considerar esta edição?” Nesse caso, a resposta é um pouco complexa demais para ser resumida em um único slogan.

A primeira coisa que quero deixar claro é que não é apenas a Goetia, como o título sugere, mas todo o Lemegeton! Além disso, é baseado na versão manuscrita inédita compilada pelo Dr. Thomas Rudd. (Harley MS 6483)

Enquanto o Lemegeton de Joseph Peterson é claramente a versão definitiva, Skinner e Rankine usam este livro como uma mesa de operação para descobrir como este material foi usado por magos reais dos séculos XVI e XVII. O processo, de acordo com os autores, é de dualismo, onde o mago controla entidades básicas pelo uso de suas contrapartes divinas correspondentes. Esse é um conceito que é mencionado, mas nunca desenvolvido no próprio Lemegeton. Este volume entra em muitos detalhes sobre o uso dos 72 nomes do Shemhamphorash para prender e controlar os 72 “demônios” da Goetia. Este conceito não é apenas explicado, são ilustrados nestas páginas, os verdadeiros selos de dupla face como empregados pelo Dr. Rudd e presumivelmente seus contemporâneos.

Outros detalhes que não foram publicados anteriormente, como o uso adequado do Vaso de Bronze e do Peitoral, serão suficientes para tirar até os teóricos goéticos de poltrona da cerca, para fazer essa compra.

Os magos enoquianos podem estar interessados ​​em ver a versão do Dr. Rudd da Tabula Sancta cum Tabulis Enochi (A Mesa Santa com as Tábuas Enochianas) de Dee.

Este trabalho maciço de 448 páginas (no original em inglês) tem muitas notas de rodapé, e o estudante de Magia Salomônica apreciará o amplo material posterior.

O conteúdo no original em inglês está dividido da seguinte forma:

Matéria de Capa – 14 páginas, incluindo a introdução.
História e Origens – 43 páginas.
Métodos de Evocação – 24 páginas explorando restrições, nomes, anjos adversários, invocações, equipamentos e cerimônias.
Os Manuscritos – tratamento de 241 páginas do Lemegeton completo do Dr. Rudd, que ele mesmo chamou de Goetia por razões que me escapam. Deve-se entender que, na verdade, a Goetia é apenas um dos livros do Lemegeton completo.
Os Apêndices estão divididos da seguinte forma:

Apêndice 1 – Theugia-Goetia em Sloane 3824.

Apêndice 2 – Tabelas de Demônios do Lemegeton (24 páginas de tabelas!) Este é um trabalho dos sonhos de estudo comparativo sobre as entidades goéticas e sua classificação. Também estão incluídas as grafias hebraicas dos nomes, grafias alternativas, e se algum lugar for montado, outras qualidades, anjo governante, número de legiões, planeta (com base no metal associado à classificação do espírito) aparência evocada e poderes atribuídos.

Apêndice 3 – Síntese de Thomas Rudd de Goetia e Enochiano.

Apêndice 4 – Rudd descreve 61 demônios.

Anexo 5 – Fontes para o material no Lemegeton.

Apêndice 6 – Selos da Goetia de Sibley.

Apêndice 7 – Anjos Shem ha-Mephorash

Apêndice 8 – Horas Planetárias Eclesiásticas

Apêndice 9 – Esta é uma peça estranha, mas realmente fala com a mentalidade do século 16 da Goetia e auto justificação. É uma explicação dos nomes usados ​​na Goetia, com alguma outra Cabala aleatória lançada. Mas se você precisar dizer, a oração consagradora de Vênus, bem, aí está.

Anexo 10 – Estudo de algumas das palavras utilizadas na evocação. Esta seção é uma lista grega e hebraica de derivações de palavras usadas em evocações goéticas.

Apêndice 11 – Narrativa do Dr. Rudd, Sir John Heydon e um espírito “Como um homem pode ter a sociedade contínua de um gênio guardião”

Apêndice 12 – Formas variantes de círculos ao estilo do Heptameron.

Anexo 13 – Observações de metais e tempos de restrição.

Anexo 14 – Diagramas de equipamentos. Eu estava esperando por mais aqui, mas serve ao seu propósito.

Apêndice 15 – A forma do comando de espíritos dada no livro A Descoberta da Bruxaria, de Reginald Scot.

Se você deseja ter um currículo completo de estudo salomônico, sugiro que compre este volume junto com o Lemegeton de Joseph Peterson. A edição de Peterson é um trabalho comparativo erudito, enquanto o presente trabalho é um instantâneo da Magia Salomônica sendo colocada em prática. Esses dois volumes não apenas se complementam, mas são igualmente vitais para construir uma imagem precisa do escopo e do impacto deste ciclo de magia.

Sr. Skinner e eu discutimos a teoria do funcionamento goético no passado. Deve-se notar que os autores não apenas relatam o modelo dualista do funcionamento goético, eles defendem a teoria por trás dele. Eu mesmo tenho uma visão diferente, vendo o Lemegeton como um “Livro dos Mortos” para os vivos, movendo o Alto Xamanismo para a Europa do século XVI (para não mencionar as Américas do século XXI). Considere quantos desses seres começam como um espírito-animal, apenas assumindo uma formosa forma humana após uma batalha de vontades com o exorcista da Arte. Mesmo assim, eu mal conseguia largar esse volume. Há muitas pérolas nestas páginas para qualquer estudante de Magia Salomônica.

Em uma nota final, o autor afasta um pouco o véu sobre por que não há espíritos goéticos associados a Marte e levanta a questão de haver um único demônio atribuído a Saturno. Eu havia feito um comentário semelhante em minha revisão da reformulação do Goetia por Runyon há algum tempo.

Espero que as resenhas precedentes tenham dado uma boa ideia do que está contido no livro – recomendo-o sem reservas aos interessados na área, tanto como um texto histórico interessante quanto principalmente como um sistema de evocação completo e prático. Termino com a citação de Rudd que adorna o início do livro As Chaves para o Portal da Magia: Convocando os Arcanjos Salomônicos e os Príncipes Demônios, de Stephen Skinner & David Rankine:

“Aquele que é um verdadeiro mago, é gerado como um mago desde o ventre de sua mãe; e aquele que foi gerado de outra forma, deve compensar esse defeito da Natureza pela Educação”.

E este livro, A Goetia do Dr. Rudd, certamente faz parte dessa educação.

Dicionário Infernal – Infaernalea Dictionariis

 


Aaba: demônio fêmea, de beleza irresistível, com capacidade de poder se apresentar com mulher e seduzir quem bem desejasse. Contudo, curiosamente, era incapaz de presenciar derramamento de sangue.

Aamon: (Egípcia) um dos três demônios a serviço de Satanaquia e comandante da primeira legião do inferno. É a suprema divindade dos egípcios. Demônio que se apresenta com cabeça de lobo, cauda de serpente , sempre remitando fogo.

Aarão: comandava legiões de demônios, sendo adepto da magia negra, considerando “Aaron, fil diboli ” (Aarão, filho do diabo). Feiticeiro bizantino, possuidor da chave de Salomão, construtor do tempo de Salomão. Não confundir com Aarão, irmão do primogênito de Moisés, primeiro sumo sacerdote dos hebreus, que permitiu, na ausência de Moisés, que os hebreus realizassem sacrifícios ao Bezerro de Ouro e que morreu na montanha de Hor, antes de entrar na terra da Prometida.

Abadom: (Hebraica) O deus Apollo era o deus solar do céu durante o dia e o Lorde da Morte no mundo subterrâneo durante a noite. Sua última forma se tornou o judeu Appolyon, Espírito do Poço (apocalipse 9:11). Apollo-Phyton foi a deidade serpente no Poço do Oráculo de Delphi que inspirou os videntes com vapores místicos de seu mundo inferior. Abaton era a palavra grega para poço, que os hebreus alteraram para Abaddon, que mais tarde se tornou sinônimo do inferno Cristão e o nome dado ao anjo do abismo ou da morte ou do inferno, no Apocalipse, por São João, sendo identificado como o anjo exterminador, no versículo 10-23, capitulo 12 do livro do Êxodo.

Abassay: (Africana) gêmeo maléfico ou diabrete, nas língua tupi entre as tribos negras ocidentais, nos territórios da antiga África Francesa, era tido como o deus que povoou o mundo. Na Anthologia Negra, de Blaisse Pendars, consta que Abassi, sentado em seu trono, fez todas as coisas, superiores e inferiores, no mundo inteiro. Todos os homens habitavam o céu, na havendo homens na Terra. A pedido de Altair, entidade divina das tribos negras da antiga África ocidental francesa, fez com que os homens passassem a habitar a Terra.

Abdiel: (Árabe) deriva de “Abd” que significa “escravo”. Senhor dos escravos, da escravidão.

Abduxuel: (Enoquiana) Um dos comandantes demoníacos das manções lunares.

Abigor: (Desconhecida) demônio que comandava 60 legiões infernais, em seu cavalo com asas, tinha a capacidade de prever o futuro, alem de ser conhecedor de todos os segredos da arte de guerrear. Carregava sempre consigo uma lança, estandarte ou cetro. Weyer diz que ele é um Grão Duque do Inferno. Costuma aparecer em uma forma agradável.

Abraxas: Um termo usado pelos Basilideanos, um secto gnóstico do segundo século, designando o Ser Supremo ou o deus que eles adoravam. Eles acreditavam que Jesus Cristo havia sido emanado de Abraxas e era um fantasma enquanto estivesse aqui na Terra. Eles acreditavam que o nome continha grandes mistérios pois ele era formado pelas sete letras gregas que quando computadas na forma numérica apresentava o resultado 365, que é o número de dias do ano. Era também acreditado que Abraxas comandava 365 deuses, cada um possuidor de uma virtude, havendo então uma virtude para cada dia do ano, também é comum se encontrar em alguns textos ocultistas que 365 é supostamente a soma total dos espíritos que emanam de deus. Costumava ser representado com uma cabeça de galo, grande barriga e rabo cheio de nos. Sempre carregava consigo um chicote e um escudo.

Usado também, como termo místico, muito em voga entre os gnósticos. Na numeração grega, suas sete letras, Abraxas ou Abracax , denotam o numero Para os ocultistas , a palavra tinha poderes magicos e , gravada em pedras, poderia ser usada como amuleto ou talismã, para dar sorte . Daí a origem da palavra magica Abracadabra, que protege as pessoas do mal, de doenças , da morte e abre todas as portas . Essa curiosa palavra foi usada , pela primeira vez , no século 11 d.C., por Quintus Serenus Sammonius, sábio responsável pela saúde do imperador romano, sendo sua origem desconhecida.

No ano 208, foi mencionada em certo poema, quando o imperador Severus esteve na Gran Bretanha, como cura certa contra a febre terçã , que e aquela que se repete com três dias de intervalo. Aparece no denominado “Triângulo Mágico ” , que tem conexão com outros conceitos do ocultismo, inclusive no simbolismo do Tarot, e para Ter melhor resultado deve ser escrita na forma de um triângulo, sendo colocada em volta do pescoço.

Apesar disso, velhos mitologistas põe Abraxas entre os deuses egipscios enquanto alguns demonologistas dizem que ele é um demônio com a cabeça de um rei e com serpentes no lugar de pés. Muitas pedras e gemas foram lapidadas com as suas caprichadas e excêntricas marcas simbólicas, como o corpo humana tendo uma cabeça de uma ave ou um leão, e cobras como membros, todas foram usadas pelos Basilideanos como amuletos, vale notar que o amuleto favorito levava o número 365.

Mais tarde os símbolos gnósticos foram adotados por muitas sociedades devotadas a práticas mágicas e alquímicas. É bem provável que a grande maioria das pedras de abraxas que contém símbolos cabalísticos tenham sido feitas na Idade Média eram talismãs.

Abramelech (Adramalech): (suméria) tido como presidente do alto Conselho dos diabos, grande chanceler do inferno e superintendente do guarda- roupa do Diabo . Foi sempre representado na forma de uma mula, com torso humano e rabo de pavão. Na Assíria onde era adorado crianças era queimadas em seus altares.

Aclahayr: (Desconhecida) Da quarta horda dos Nuctemerons. O espírito da genialidade.

Adad, Addu: (Babilônia, Hiitita) deus da tempestade.

Adriel: (Enoquiana) Mansões da lua entre os demônios enoquianos.

Aeshma, Aesma: (Persa) um dos sete arcanjos dos Persas. Mais tarde adotado na mitologia Hebraica como Asmodeus. Tem sido registrado na História pelo menos pelos últimos três mil anos. Dizem que é um pequeno demônio peludo capaz de fazer os homens realizarem atos cruéis.

Agaliarept: (Hebraica) comandante dos exércitos, de acordo com o grimoire do Papa Honório é um dos Generais Australianos do inferno.

Agaures, Agares: grão- duque da parte ocidental do inferno, comandante de 31 legiões de demônios , ensinando línguas, fazendo com que os espíritos terrestres dancem e distraiam seus inimigos, sendo ainda considerado primeiro ministro de Lúcifer . Costuma aparecer como nobre senhor, trazendo um gavião no punho, vestindo túnica, montado a cavalo, levando consigo um crocodilo. O demônio da coragem.

Agatodemon: (Egípcia) termo grego designado demônio beneficente, que acompanha as pessoas por toda a vida. Segundo diz a lenda, Sócrates, o grande filósofo grego (468- 400 aC) , tinha um demônio semelhante , que o acompanhava sempre .

Agramon: (Desconhecida) demônio do medo.

Agrat-bat-mahlaht: (Desconhecida) uma das esposas de Satã e demônio das prostitutas.

Ahazu-demon: (Desconhecida) O demônio das possessões da noite.

Ahpuch: demônio maia.

Ahriman: igual ao espírito do mal, irmão gêmeo de Ormuzd, espírito do Bem, no zoroastrismo.

Alastor: (Desconhecida) Wierius o descreve como o cruel demônio chamado “O Carrasco”.

Aldinach: (Egípcia) um demônio que causa desastres naturais (como enchentes, furacões, terremotos).

Aligar: (Desconhecida) um dos três demônios à disposição de fleretty, o tenente- general ds legiões do inferno. Tem o poder de concluir as coisas que se desejavam e pode fazer cair granizo. Comanda os demônios Abigar, Batim e Tursã.

Alijenu: (Desconhecida) espírito do mal. Espírito diabólico.

Aliocer, Allocen: (Desconhecida) grão – duque do inferno, comandante poderoso de 36 legiões infernais, possuindo cabeça de leão, com chifres e olhos flamejantes , sendo que seu enorme cavalo possui patas de dragão.

Allatou: esposa de Nergal, demônio chefe da polícia do inferno, encarregado da denominada Corte Infernal . Nergal era espião honorário de Belzebu. Na religião sumeriano – arcadiana , designava demônio do mal, da morte. É descendente e serviçal de Eresshkigal, “senhora do grande lugar “, rainha do mundo dos mortos nos textos sumerianos, ela reina no seu palácio ,s empre guardando a fonte da vida. Seu nome familiar é Namar e na religião assírio – babilônica Allatou é a deusa do submundo, consorte de Bel e, posteriormente, de Nergal .

Alrunes: Demônios fêmeas ou feiticeiras, mães dos Hunos na antiga Alemanha. Elas praticavam metamorfose, assumindo qualquer forma sem alterar seu sexo. Os alemãos deram esse nome para pequenas estatuetas de mais ou menos 30 centímetros de altura. Para elas as pessoas atribuiam grandes virtudes, honrando-as de maneira similar que o negros africanos honravam seus fetiches. As estátuas eram ricamente vestidas, lhe davam moradia em lugares confortaveis e lhes serviam comida e bebida a cada refeição. Se acreditava que se as imagens fossem negligenciadas elas trariam muito má sorte para a casa que a abrigava.

Alu: demônio da Mesopotâmia, com feições de cachorro, preferindo o silêncio e a escuridão. Foi escrito e pintado, por alguns artistas, apresentando-se sem pernas, ouvido e boca.

Aluga, Alougua: demônio fêmea, que era ao mesmo tempo súcubo e vampiro, acostumado a levar os homens à exaustão e depois ao suicídio.

Aman: um dos demônios que costumava possuir madre Joana dos Anjos . Foi um dos primeiros demônios que ela mandou expulsar. Nada a ver com a figura bíblica ( Velho Testamento ) , personagem que foi primeiro – ministro de Assuero ( Nerses ) , rei da Pérsia, que planejou o extermínio dos judeus no país, no que foi impedido por Mardoqueu e sua sobrinha Ester, concubina do rei . Esse fato é considerado lendário para justificar a instituição da festa judaica intitulada Purim, celebrada nos dias 14 e 15 do mês de Adar, correspondente a fevereiro – março do calendário.

Amane: segundo o livro de Enoque, espécie de apocalipse dos primeiros tempos do Cristianismo, não admitido nos cânones dos livros sagrados, era um dos chefes dos duzentos anjos que se rebelaram contra Deus e que prometeu recrutar vassalos em Samiaza.

Amaduscias: grão – duque do inferno, comandava 30 legiões e possuia cabeça de unicórnio, aparecendo muitas vezes com forma humana, costumava dar concertos invisíveis, fazendo com que as árvores balançassem ao som de sua voz. Alguns grupos musicais, da denominada atuante “musica pesada “, o adotam com padroeiro e protetor.

Amaimon: Um dos 72 espíritos de Salomão.

Amaymon: Espírito do mal, rei do sul.

Amducious, Amducias: (Hebraica) O destruidor. Grão Duque infernal. De acordo com Wierius um demônio da música.

Amon, Ammon, Amaymon, Aamon: (Egípcia) Deus do Sol. Muito parecido com Lúcifer, com a diferença de controlar a reprodução e a vida.

Amy: um dos 72 espíritos de Salomão. Dizem ser o presidente supremo do inferno, ele troca sabedoria pela alma humana.

András: também Marquês do inferno, demônio com cabeça de coruja, com o corpo nu de um anjo alado, cavalgando sempre um lobo e brandindo sua espada . Couto Magalhães classifica- o com o deus que proteje os animais do campo contra o abuso da caça. Sua figura é a de um veado branco, com olhos de fogo. Barbosa Rodrigues diz que no Amazonas, quando o Anhangá aparece no homem, é sempre sob a forma de um veado, cor vermelha, cruz na testa , olhar de fogo e chifres cobertos de pelo. Os tupinólogos Teodoro Sampaio e Testavim traduziram o termo por “alma ” , espírito maligno, diabo , alma de finados.

Anamelech, Anomylech: (Assíria) portador de más notícias. Um demônio obscuro, seu nome significa “O Bom Rei”. Algumas fontes dizem que Anamelech é a deusa da lua enquanto Andramalech é o deus sol.

Andras: (Desconhecida) deus das disputas. Grão Marquês do Inferno.

Andramalech: (Assíria) ver Anamelech.

Andrealphus: Um dos 72 espíritos de Salomão.

Andromalius: Um dos 72 espíritos de Salomão.

Anini: Um dos 72 espíritos de Salomão.

Anneberg: (Alemã) demônio dasminas.

Ansitif: (Desconhecida) Possuiu Irmã Bárbara em St. Michael e, 1643 durante possessão das freiras em Louviers.

Apollyon: sinonimo grego para Satan, arquidemonio.

Ardat-Lile: (Semita) um demônio/espírito feminino que se casa com seres humanos e traz a desordem e o coas para o lar dos homens.

Arioch: (Desconhecida) Demônio da vingança. Ele somente entrega a vingança quando chamado.

Arphaxat: (Desconhecida) O demônio que possuiu Loise de Pinterville durante a possessão das freiras de Loundun.

Asper: principal inimigo do deus Sol no Egito antigo, sendo considerado o próprio demônio, a serpente da noite . Nenhuma relação teria com as personagens do dialogo de Oratoribus . Diálogo dos Oradores , abribuido a Tácito , notável historiador latino que viveu entre 56 e 120 DC .

Asmodeu: (Hebraica) O Destruidor, é um dos mais antigos demônios, o pai dos jogos, do mistério e da perversidade .Ele não e de conversas ou diálogos, mas isso de modo algum representa modéstia. Na demonologia, é o superintendente das casas de jogos na corte infernal. Costuma ser representado com três cabeças diferentes, sendo uma de touro, outra de homem com hálito de fogo e a terceira de carneiro . Dizem ter ele destronado Salomão, que acabou por vencê -lo, obrigando-o a construir um templo. Seu mês é Novembro sua meta é a destruição aos que a merecem. Também descrito como o deus da luxúria, geralmente involvido em casos de possessões, como no caso das freiras de Louviers. Se desenvolveu a partir de Aeshma, da Pérsia. Ver Aeshma. Também conhecido como Chasmoday e Sidonay.

Segundo o Dicionário Bíblico, é o demônio que assediava Sara, filha de Raquel, tendo matado seus sete primeiros maridos no proprio dia do casamento, até que veio a ser subjugado pelo anjo Rafael ( Tobias 3,8 ; 6,14 ; 8,2) . Considerado o demônio bíblico da ira e da luxúria. Do hebreu Asmoday ou Acheneday, é o demônio chefe de Shedin, uma classe dos demônios com garras de galo. Na demonologia judaica, considerado o espírito do mal, sendo que seu berço é o Avesta, o livro sagrado da religião de Zoroastro, profeta persa, fundador do Zoroastrismo, apelido dado pelo filósofo Nietzche como Zarastustra. O Zorgastrismo ou Zoroastrismo tem como principal característica o dualismo, o princípio do Bem e do Mal.

Conta a história que o anjo Rafael capturou Asmodeu e perdeu-o no deserto egípcio, permitindo assim que Sara se cassasse com Tobias, que veio a ficar cego e posteriormente foi curado por seu filho, graças a interferencia do anjo Rafael.

Astartéia: esposa de Astaroth, é considerada a divindade dos povos semíticos, a deusa do céu, sendo a protetora de várias cidades e muitas vezes honrada com sacrifícios humanos . No museu do Louvre, há uma estátua representando sua figura .

Astaroth, Ashtaroth: (Fenícia) deusa da luxúria e sedução, mesmo que Ishtar. Na mitologia cristã foi tranformada em um espírito masculino de onde a origem no hebraico, que significaria “Multidão”, “Assembléia”, “Rebanho”. Poderoso mas desventurado, afirmam ter sido condenado injustamente à sua situação. Patrono dos banqueiros e homens de negócios, representa a ganância e a confirmação da posse. Rege o mês de agosto, entre os insetos de verão no hemisfério norte. Sua natureza é extremamente cooperativa, de certo devido a sua personalidade comercial. Ele também governa as paixões por jogo a dinheiro, mesmo sendo de personalidade extremamente possesiva, ele nunca irá roubar, dando preferências a pactos e ao comércio. Grão- duque importante e poderoso na região oeste do inferno, casado com Astartéia, tida como a deusa fenícia da Lua. Quando novas leis são propostas , costuma emitir sua opinião . É, sempre representado com um anjo nu, coroado, montando um dragão, segurando em sua mão esquerda uma serpente . É, também o tesoureiro do inferno, exalando profundo mau cheiro, verdadeiramente insuportável. Príncipe dos acusadores e inquisidores, demônio da vaidade e preguiça, um dos 72 espíritos de Salomão.

Astarte: Rainha dos espíritos dos mortos.

Asura: classe de deuses soberanos na mitologia védica, que acabaram sendo considerados demônios . Inimigos dos Devas , divindades que representavam o Bem e , nas regiões da Índia, serima todos os seres divinos.

Áton: (egípcia) Deus egípsio cujo culto exclusivo foi estabelecido pelo célebre reformador religioso, o faraó Acnáton, Amenófis IV, que Daniel Rops batizou de o rei embriagado (pela idéia) de Deus, mas cujo reino foi fatal ao Império. Era o deus tutelar, solar e espiritual a um só tempo, que transmitia a irradiação de seu calor e de sua luz para todos os seres. Concebera e criara o universo por sua palavra e seu pensamento. Era representado como um sol a dardejar seus ráios simbolizando a vida. Simboliza a vida única, de onde emana todo ser vivo. É cantado em hinos: Salve! ó tu, ó Disco vivente que despontas no céu. Ele inunda os corações, e toda a terra está em festa pela virtude de sua jubilosa vibração (da trad. fr. de Jean Yoyotte, em POSD, 32).

Aym: (hebraica) Grão duque do inferno com três cabeças, uma de gato , outra de homem e a terceira de cobra . Demônio do fogo e também dos holocaustos . Senta-se todo enrolado , como uma serpente, segurando uma tocha. Também conhecido como Haborym.

Ayperos: príncipe infernal, comandante de 356 legiões ,sendo representado como um abutre dotado de capacidade de prever o futuro .

Ayphos: um dos três demônios obedientes aos desejos de Náberus, marechal-de-campo do Inferno.

Azazel: demônio de origem hebraica. O Levítico menciona-o como o bode espiatório , enviado ao deserto . “Deitando sortes sobre os dois bodes, para ver qual deles será imolado ao Senhor , e qual será o bode emissário.” E, para espiar o santuário das impurezas dos filhos de Israel, das suas prevaricações contra a lei, e de todos os seus pecados “(L 6,8-34). Mais informações sobre Azazel

Azer: (Persa) O anjo do fogo elemental. E de acordo com alguns registros, Azer é o nome do pai de Zoroastro, o legandário Zend-Avesta, o trabalho sagrado dos antigos Persas.

Azidahaka: demônio na religião de Zoroastro, que tomou a forma de serpente, possuidora de três presas.

Baal: (hebreu) na demonologia, é representado como o grão – duque do inferno, chefe dos exércitos, comandante direto de legiões de demônios . Representado com três cabeças , sendo uma de gato, outra de homem e a terceira de um sapo. Seu corpo, bastante forte, termina em pernas de aranha, podendo se tornar invisível. Sabe-se também de sua natureza hermafrodita e que já foi adorado por caldeus, babilônios e israelitas. Governa o mês de Outubro e os ventos de outono no hemisfério norte, também adorado como o deus do furacão. Entretanto, através da história, Baal teve outras designações, sendo considerado a divindade suprema dos fenícios e dos cartagineses, para quem eram sacrificados crianças a fim de garantir fartas colheitas, bem como a segurança contra os inimigos. Servia ainda para designar muitas deidades. É também o deus semítico da fertilidade, cuja adoração era associada à grosseria sexual. O seu culto chegou mesmo a simbolizar a presença ou o retorno periódico, em toda civilização, de uma tendência a exaltar as forças instintivas. O culto jeovista salientava a sacracidade de uma maneira mais integral, santificava a vida sem desencadear as forças elementares…, revelada uma regra espiritual em que a vida do homem e seu destino se outorgavam novos valores; facilitava uma experiência religiosa mais rica, uma comunhão divina mais pura e completa.

Aparece na Bíblia , com diferentes predicados : Baal, Senhor da Aliança, Baal – Zebul – O Baal das Moscas , que aparece na Vulgata – versão latina da Bíblia, revista por São Jerônimo – com sentido pejorativo . Entre os sumérios e babilônicos , assume a forma de Bel, Bel- Mardux. Os Baalim eram protetorers dos oráculos- templos – sendo certo que alguns reis de Israel incentivaram seu culto, o que motivou a reação dos profetas . É uma palavra hebraica que significa senhor, marido, dono, sendo certo que nos primeiros tempos usavam o termo Baal para o verdadeiro Deus .

Baalzebu: ver Belzebu.

Baalberith, Balberith: (Cananéia) demônio de Segunda ordem, senhor dos casamentos, secretário, chefe e arquivista do inferno . É advogado astucioso e possui uma prodigiosa memória. Os fenícios o tomavam como testemunha de seus juramentos. Entre os séculos XV e XVII, apareceu invocado com freqüência nos grimórios populares como campeão de causas perdidas. Preside o mês de junho. O demonologista I. Wier representa-o como um pontífice sentado entre os príncipes do inferno. Também costuma aparecer como um deus da morte, senhor do assassinato e da blasfêmia.

Baalzephon: (Cananéia) Capitão dos guardas e sentinelas do Inferno de acordo com Wierius.

Babael: (Desconhecida) Guardião dos túmulos.

Bad: Um Djin (ou gênio) da Pérsia, que supostamente comanda os ventos e as tempestades. Ele preside sobre o vigésimo segundo dia do mês.

Bael: (Hebraica) primeiro rei do inferno, comandante de 60 legiões, possuidor de três cabeças, sendo uma com a figura de um gato, a outra de um sapo e a terceira de um homem .

Balaam: um dos demônios maus que se apossou da madre Joana dos Anjos. A paixão de Balaam era a mais perigosa de todas. Identificado como um demônio de três cabeças , cavalgando um urso e carregando um falcão em suas mãos . Uma das cabeças era semelhante á de um touro , a outra igual à de um homem e a terceira de um carneiro. No Velho Testamento, aparece o nome de Balaão, profeta, vidente e adivinho, originário da cidade mesopotâmica de Petor . Diz a lenda bíblica que , convocada por Balak, filho de Sefor, rei de Moavo, a ir ao encontro dos israelitas para amaldicoá-los, pôs-se a caminho , montado numa burra, quando lhe surgiu um anjo, com uma espada nua . O animal parou , recusando-se a andar . A burra, dotada com o Dom da palavra, condenou a sua crueldade . Deus, então, abriu os olhos de Balaão , que viu o anjo e , assim, em vez de amaldiçoar os israelenses, abençoou-os.

Balan: (Desconhecida) Um demônio que aparece na hierarquia proposta por Wierius como possuindo destaque na monarquia infernal. O demônio da “finesse” e da astúcia. Também um príncipe do Inferno.

Baltazo: (Desconhecida) O demônio que possuiu Nicole Aubry em Laon em 1566.

Baphomet: adorado pelos Templarios como símbolo de Satan. Saiba mais.

Bar-Lgusa: Um antigo demônio Semítico que se supõe sentar em cima das casas para pular sobre seus habitantes. As pessoas afligidas por ele eram chamadas d’barebara.

Barão: demônio criado sob as instruções do barão Gilles de Rais ( 1404-1440) . Este , morto pela Inquisição após um processo que ainda gera controvérsias, foi acusado de sacrificar mãos e corações de criancinhas para obter o segredo da pedra filosofal, ou seja, descobrir a maneira de transformar metais em ouro.

Barbas: (Desconhecida) um demônio da mecânica de acordo com algumas hierarquias.

Barbetos: (Desconhecida) Duque do Hades.

Barbado (Demônio Barbado): O demônio que ensina o segredo da Pedra Filosofal. Entretanto ele não deve ser confundido com Barbatos, um grande e poderoso demônio que se acredita ser duque do Hades, apesar de não ser um filósofo; nem com Barbas cujos interesses estão na mecânica. Ele é assim chamado por causa de sua impressionante barba.

Barbatos: um dos três demônios a serviço de Eleuretty, tenente- general ds forças do inferno.

Barq: De acordo com a lenda, este demônio possui em seu poder o conhecimento para a Pedra Filosofal.

Barzabel: Associado com Machidael e Barchiel.

Bast: (Egípcia) deusa do prazer. Representada por um gato.

Bathym, Bathim, Bathin: (Desconhecida) Demônio das ervas e pedras preciosas de acordo com Wierius. Um dos 72 espíritos de salomão.Também conhecido como Marthim.

Batsaum-Rasha: demônio turco invocado para produzir bom tempo ou chuva.

Bayemon: (Desconhecida) De acordo com o Grimoire do Papa Honório um monarca reinante que preside sobre a região ocidental do Inferno.

Bechard, Bechaud: (Desconhecida) demônio que pode ser invocado por satanistas, usando a expressão “Vem Bechard – Vem Bechard ” . Sua invocação deve ser feita ás quintas-feiras, chamando-o três ou quatro vezes no centro de um círculo, exigindo ele, com pagamento pela sua presença e seus serviços, tão somente uma noz . Ele também é mencionado nas Clavículas de Salomão como o demônio das tempestades, das forças naturais.

Behemoth: (Hebraica) personificação hebraica de Satan na forma de um elefante.

Porque se lê no capítulo XL de Jó que Beemot come feno como um boi, os rabinos transformaram-no no boi maravilhoso, reservado para o festim de seu messias. Esse boi é tão enorme, dizem eles, que engole todos os dias o feno de mil montanhas imensas com o qual se vem cevando desde o começo do mundo. Jamais abandona suas mil montanhas, onde a forragem que ele comeu durante o dia torna a brotar durante a noite, para o dia seguinte… Os judeus prometem-se muita alegria no festim do qual ele será a iguaria melhor, a mais substancial. É comum jurarem pela parte que lhes caberá do boi Beemot. Na verdade, esse boi é um hipopótamo e, se come o feno de mil montanhas, não mora nas montanhas, mas sim sob o lótus e as plantas aquáticas dos rios ou dos pântanos. Simboliza o animalesco, o irracional, a força bruta. Foi somente numa tradição posterior que ele passou a simbolizar uma imensa reserva de alimento a ser repartida entre os convivas de futuros festins solenes ou míticos.  Mais informações sobre Beemot

Beherit: nome sirio para Satan.

Belfegor (Belphegor): (moabita) o demônio das descobertas, dos inventores, dos descobrimentos e das soluções engenhosas, seduzindo os homens com a distribuição de riquezas . Algumas vezes aparece com uma mulher jovem e sedutora . Um fato peculiar que pode ser estudado é a de que ele sempre se apresenta de boca aberta. Seus adoradores lhe rendem culto servindo-se de gretas e fendas, através das quais lançam as suas oferendas. Muitas vezes é visualizado como “uma aparência feminina de deslumbrante juventude e beleza”. Governa o mês de abril, no apogeu da Primavera no hemisfério norte. Alguns rabinos dizem que ele está sentado numa cadeira e nessa posição foi representado por Bosh, pintor, escultor e gravador holandês (1462 – 1516) , no “Jardim das Delícias” . Os antigos Moabitas o adoravam e lhe prestavam homenagem, chamando-o de Baal-phegor, no Monte Phegor. Acreditava-se que ele concedia riquezas a seus seguidores. Mais informações sobre Belphegor.

Belial: do hebraico BELLHHARAR , que quer dizer “inútil “, sem valor, seu nome também aparece significando Rebelde e/ou Desobediente, existem também especulações de que seu nome se derivaria da frase beli ya ‘al que significaria “sem valor”. Sinônimo de Satã e também de Belzebu, com designativo do chefe dos demônios . Rege o mês de janeiro. Dentre suas características destaca-se a mania de mentir . Aparece sempre com uma beleza sobre humana, apesar da igreja e da tradição católica sempre representa-lo com as mais grotescas das formas. Este grande corruptor especializou-se em seduzir adolescentes, mas é verdade que paga os seus favores com uma devota proteção. O inferno nunca recebeu espírito mais dissoluto, mais bêbado, nem mais enamorado enquanto o céu nunca perdeu mais formoso habitante. Sabe-se que Belial foi um dos primeiros anjos a aderir a Rebelião de Lúcifer e que foi o que mais arrastou outros consigo, ele é um ícone de todos as rebeldes e inconformados sendo de natureza louca e de pouca profundidade filosófica, altamente destrutivo. No Novo Testamento , aparece uma vez (Segunda Epístola aos Coríntios , 6 , 15) . O mais imoral de todos os diabos. No Livro das Revelações, e cognominado “a besta “. Num dos pergaminhos encontrados no Mar Morto, aparece com o chefe das forças do mal . Sua intenção é fazer proliferar a perversidade e a culpa . Alguns o identificam com o anti cristo . No primeiro século d.C. foi considerado o anjo da desordem que governa o mundo . É o demônio da pederastia e cultiva a sodomia . Algumas vezes é representado numa carruagem de fogo . Há um trabalho alemão da Idade Média, exclusivamente a seu respeito, denominado Das Buch Belial . Segundo , ainda , o Novo Dicionário de Personagens Bíblicas, de José Schiavo ( pag.118) , seria um monstro fictício, mencionado no Apocalipse sob o misterioso número 666. Possuia sete chifres e sete cabeças, ostentando sobre cada cabeça sete nomes blasfemos e , sobre os chifres, dez diademas . Assemelha -se a uma pantera, com os pés de urso e boca de leão . Noutro passo, é mencionado como possuindo dois chifres, falando com um dragão . Alguns intérpretes o deram com figuração dos falsos profetas advindo da Ásia . O elemental da terra. Príncipe da vigarice, outro dos 72 príncipes de Salomão. Mais informações sobre Belial.

Belit: Deusa semita da fecundidade, sobretudo agrária, parceira de Baal. Os profetas judeus, que anunciavam em Jeová um Deus de concepção mais elevada opuseram-se a esses cultos antigos que renasciam incessantemente e que celebravam, ao ponto da exacerbação e do monstruoso, a sacralidade da vida orgânica, as forças elementares do sangue, da sexualidade e da fecundidade.

Belzebu: o príncipe dos diabos . É usado no Novo Testamento , para identificar Satã . Na demonologia, ele é o primeiro ministro dos espíritos malignos, o “Senhor das Moscas ” , manda moscas arruinarem a colheita e o povo de Canaã prestava-lhe homenagem na forma de uma mosca. Figura aterrorizante , enorme, preto , inchado, chifrudo, cercado de fogos e com asas de morcego. Milton, no Paraíso Perdido, descreve-o como um rei autoritário, cuja face irradia sabedoria. A expressão “Senhor das Moscas ” empresta seu nome ao livro de William Golding, prêmio Nobel de Literatura. É lhe reconhecido o número dois na hierarquia infernal, imediatamente abaixo de Satanás. Alguns estudiosos afirmam que desde mil anos atrás é ele que domina o inferno. Talvez em razão a imensidade do seu poder e do pavor que seu prestigio provoca, sua iconografia é contraditória assim como os dados que possuímos a seu respeito. Como na maioria das escrituras sobre os demônios uma lenda negra foi escrita para Belzebu, mas sem contar estes conceitos cristãos impostos dizem que ele possui feições que refletem grande sabedoria e um ar ameaçador. Governa o mês de julho no centro exato do verão no hemisfério norte. Estava entre os demônios responsáveis pelas posesões demoníacas das freiras de Loudun. Chefe dos falsos deuses. Também conhecido como Baalzebub. Mais informações sobre Belzebu.

Berith: Um dos 72 espíritos de Salomão.

Besta: pseudônimo do próprio Diabo . No Livro das Revelações, o apóstolo João fala de duas bestas, sendo que uma sai do mar, com um leopardo de dez chifres e sete cabeças, pés de urso e mandíbula de leão, e outra que vem a terra, como dois chifres, parecendo um dragão. Trata-se de uma visão do apóstolo João ( Livro das Revelações , 13 ,14,17,3,8,11 ).

O profeta Daniel teve uma visão de quatro bestas representativas de quatro sucessivos impérios que se destruiriam uns aos outros . Todas as quatro representariam Satã . Comumente é tomado como o anti cristo.

Beyerevra: demônio indiano, mestre das almas que vagueiam pelo espaço.

Biffant: (Desconhecida) O demônio que supostamente possuiu Denise de la Caille.

Bifrons: (Desconhecida) De acordo com Wierius é o demônio da astronomia, geometria e outras ciências. Um demônio que acende estranhas luzes sobre os túmulos dos mortos.

Biemo ou Beemô: demônio da gula, denominando os prazeres do estômago, tomando a figura de animais de grande porte, principalmente o elefante e a baleia . Protege aqueles que vivem nas orgias e nas farras .

Bile: deus celta do inferno.

Bileth: Um dos 72 espíritos de Salomão.

Blisargon: (Desconhecida) Grande sedutor dos ladrões, até que leva a destruiçào a todos os seus seguidores.

Bogey: O bicho-papão americano e inglês (Bogey-Man) era um demônio originado do termo Eslavo bog, “deus”. Outro “parentes” ingleses era o bugabow, bugaboo, bugbear e boggle-bo (todos possuem são chamados de Bicho-Papão no Brasil) que designava a imagem pagã carregada em processão para os jogos do Dia de Maio (May Day). “Humbug” (o trapaceiro) se originou do Nórtico hum, “noite”, e bog ou bogey, um espírito na noite. A palavra “bug”, do Galês bwg, “espírito”, foi usada para designar insetos por causa da velha crença que os insetos eram na verdade almas procurando renascer. O louva-a-deus era o espírito de um vidente ou um mago. A borboleta era uma Psiquê, ou Alma Feminina. Outras derivações do bog eram o bogle escocês, o boogart e o Pug, Pouke e Puck inglês, o Puki da Islândia, o Putz ou Butz alemão. o Pooka irlandês e o Pwcca Galês. Além deles tem o Spoge dinamarquês, Spoka sueco que deu origem ao termo inglês “spook”. O velho puca inglês, uma fada, foi usada juntamente com os deuses do Beltane. Assim como Puck era o mesmo deus das bruchas Robin.

Bonifarce: um dos demônios que se apossou de Elisabeth Allier, freira francesa do século XVII . Conta a história que essa foi exorcizada em 1639 , com muito sucesso , por Francois Faconnet – estava possuida por dois demônios , Bonifarce e Orgeuil, havia mais de vinte anos , admitindo-se que esses demônios tenham entrado em seu corpo quando ela tinha 7 anos de idade , por meio de pão que havia sido colocado em sua boca.

Botis: Um dos 72 espíritos de Salomão.

Buer: (desconhecido) demônio de Segunda grandeza, comandante de 50 legiões, com cabeça de leão . Locomove-se com cinco pés de bode, na forma de uma estrela . Outro dos 72 demônios de Salomão.

Bune: (Desconhecida) Um dos demônios da morte de acordo com Wierius.

Caacrinolaas: (Desconhecida) De acordo com Wierius é o demônio da sabedoria das artes liberais. AParece como um Griffo. Também é o grande presidente do Inferno. Também conhecido como Caasimolar ou Glasya.

Caasimolar: ver Caacrinolaas.

Caçador Negro: diabo que conduz uma caçada alada ou uma caçada no inferno .

Caim, Caym: (desconhecido) grande mestre do inferno, representado com homem elegante, com cabeça e asas de um pássaro preto – melro -, sendo considerado o mais inteligente dos sábios do Inferno . Leva consigo um sabre , quando toma a forma humana , embora tenha cauda de pavão . Entende os pássaros , os bois, os cachorros eo som das ondas do mar . Deu formação a uma seita denominada Cainites ou Caimitas, para adorá-lo , louvando a Caim, Judas, Sodoma , Esaú e rendendo homenagem a Korah, certo judeu que foi destruído, depois de liderar uma rebelião contra Moisés. Louvaram também a Judas que acreditavam Ter livrado a humanidade de Jesus Cristo . No Antigo Testamento, aparece o nome de Esaú , que em heabraico quer dizer “peludo ” , também cognominado Edom – o ruivo . Muitos críticos encontram analogia entre Esaú – Jacó e Caim -Abel , relacionando-os a uma luta entre o pastoreio e a agricultura . Esaú era filho de Isaac e Rebeca, irmão gêmeo de Jacó, a quem vendeu seu direito de primogênito por um prato de lentilhas . Um dos 72 espíritos de Salomão.

Cambions: (Desconhecida) Prole dos Incubi e Succubi.

Carreau: Inclemência.

Cassiel, Caspiel: (Desconhecida) Soberano de Saturno.

Chamos: membro do conselho de príncipes do inferno, demônio da bajulação.

Citado por Milton, no Paraíso Perdido , como o terrível horror das crianças de Maabo , região situada na costa sudeste do Mar morto , Ásia Menor , que faz parte dos planaltos que se estendem a leste do rio Jordão , a chamada Transjordânia, no antigo testamento , Moab, personagem bíblica , do hebraico Moabi, “nascido do prórpio pai ” eis que era filho de Ló, pela união incestuosa deste com sua filha mais velha . É , também tido com a divindade semítica dos moabitas e talvez dos amonitas.

Charon: Barqueiro do Inferno. Faz a travessia das almas através do Styx e/ou Archeron.

Chasmoday: ver Asmodeu.

Chax: (Desconhecida) duque do inferno, mentiroso e ladrão, também conhecido como Scox.

Chemosh: deus nacional de Moabites, mais tarde um demônio.

Chomie: (Enoquiana) sem descrição.

Cimeries: monta um cavalo negro e rege a Africa.

Clauneck: Demônio dos tesouros e riquezas.

Clisthert: (Desconhecida) um demônio que pode mudar o dia em noite e vice-versa.

Colopatiron: Gênio da nona hora do Nuctemeron. Abre prisões.

Corozon: poderoso demônio argelino, que abriu as portas do Inferno, com as seguintes palavras : “Lazas , Lazas, Nasatanada, Lazas ” . Exorcizado por Aleister Crowley no deserto argelino, sendo que alguns ocultistas afirmam que este foi possuído pelos demônios pelo resto da sua vida.

Coyote: demônio do indio americano.

Coulobre: diabo na forma de dragão que , na Provence ( França ) , andava devorando as pessoas . Em Cavaillon , cidade francesa, foi ele derrotado por São Verard, por meio de água benta . Nicolau Mignard, pintor francês cognominado Mignard D’Avignon (1606 – 1668 ) , retratou a batalha D’Avignon foi encarregado de trabalhar na decoração das Tulherias, antiga residência dos soberanos da França em Paris.

Cresil: (Desconhecida) Demônio da impureza e da sujeira. Também conhecido como Gressil.

Cunali: Um dos demônios da oitava hora do Nuctemeron.

Cusion: sem descrição.

Dagon: demônio filisteu vingativo do mar. Outro deus serpente do mar.

Dabriel: sem descrição.

Damballa: deusa serpente do Vodu.

Dameal, Deamiel: sem descrição.

Dantalian: Um dos 72 espíritos de Salomão.

Decarabia: Um dos 72 espíritos de Salomão.

Delepitorae, Delepitore: (Desconhecida) demônio fêmea da iluminação mágica.

Demogorgon: (Grega) nome grego para demônio, diz-se que não seria conhecido pelos mortais.

Demoriel: sem descrição.

Diabolus: (Grega) ”fluindo para baixo”.

Dibbuk: demônio particularmente mau que perseguia os acadêmicos e procurava descansar dentro de uma pessoa . Na Idade Média , uma das maiores superstições entre os judeus do leste europeu .

Diriel: sem descrição

Djins, Jinns, Jinni: No folclore Árabe e Mulçumano os Jinns ou Djins ou gênios, são demônios malignos e feios que possuem poderes sobrenaturais, os quais eles podem por a serviço das pessoas capazes de evocá-los.

No Antigo Testamento o Rei Salomão possuia um anel, provavelmente um diamente, que ele usava para evocar os jinns para auxiliar seus exércitos em batalhas. Nas “Mil e Uma Noites” os jinns, ou gênios, saiam da Lâmpada de Alladin.

Existem cinco tipos de jinns que possuem por sua vez diferentes poderes. O mais poderoso deles é Iblis, antes chamado de Azazel, o príncipe da escuridão, o o Demônio. Muitos consideram os jinns como espíritos inferiores a anjos por eles serem feitos de fogo e não serem imortais. Eles podem assumir formas humanas ou animais para influênciar os homens a fazerem coisas boas ou ruins. São rápidos para punir aqueles que ficam em débito com eles ao não seguir alguma de suas inúmeras regras. Existem vários mitos sobre o lar dos jinns. De acordo com a mitologia Persa alguns deles vivem em um lugar chamado Jinnistan. Outros dizem que os jinns vivem com outros seres sobrenaturais nas Kaf, montanhas místicas de esmeralda que cercam a terra.

Doppelganger: Este termo vem da expressã alemã que significa “duplo”, o duplo humano ou o corpo astral. O doppelganger pode ser projetado em experiências intra e extra corpóreas ou aparecer como outra pessoa em uma aparição.

Draci: Espíritos malignos legendários que gostam de atacar mulheres. De acordo com uma lenda do século 12 os Dracis se disfarçavam como pratos de madeira que flutuavam em um rio ou curso d’água. Quando as mulheres tentavam alcançá-los os draci as puxavam para dentro da água para tomar conta ou tratar de sua prole demoníaca.

Drusila: (Romana) Praticante das artes sexuais da Mão Esquerda, depois de morrer, graças à energia sexual por ela absorvida e acumulada nos rituais que praticou se tornou uma força sexual negativa da natureza. Uma protetora da prostituição, dos abortos, da pornografia e dos crimes passionais.

Fenriz: filho de Loki, descrito como um lobo.

Flereous, Feurety: (Desconhecida) deus do fogo. Elemental do Fogo usado no lugar de Satã. Tenente infernal.

Furfur: (Desconhecida) Possui o ranque de conde do Inferno.

Geryon: (literatura – Dante) Dragão/Centauro que guarda o inferno.

Glasya: ver Caacrinolaas.

Gorgo: diminutivo de Demogorgon, nome grego para demônio.

Gressil: ver Cresil.

Guecubu: (Mexicana ?) Espíritos do mal.

Haborym: ver Aym.

Haris: ver Eblis.

Hecate, Hecatae: (Grega) deusa do mundo subterrâneo e magia. Rainha das bruxas.

Hela: (Teutônica) deusa da morte, filha de Loki.

Iblis: o diabo do Islã . De acordo com o Livro Sagrado de Yezidi, o livro das revelações e o livro Negro , Iblis é uma falange de arcanjos . Corresponde ao príncipe das trevas , sendo certo que o inferno é mencionado como o Reino de Íblis . Ele se condenou por seu exlusivo amor à idéia da divindade . Deus o teria perdoado, confiando-lhe o governo do munod e a supervisão das almas.

Ifrits: (Árabe) Espectros feios e monstruosos. Se tornaram gênios na mitologia Persa e Hindú. Também associados com Jinns e Divs da Pérsia.

Íncubo/ Incubus: anjo do Paraíso que foi expulso e se tranformou em demônio , procurando continuamente mulheres para saciar-se, enquanto elas dormem . Na França, são chamando follet, de Alp na Alemanha, de follette na Itália, e no Brasil, de duendes.

A sua fêmea é denominada súcubo . O número deles é tão elevado que se torna difícil destruí-los , no dizer de Santo Agostinho ( De Civitate Dei – XV ,23) . Muitos padres afirmam que o íncubo é um anjo que atrai as mulheres em sua queda para o inferno . Muitas mulheres foram possuídas por belos homens , corpos mortos temporariamente reanimados pelos íncubos . Durante a Idade Média , muitos sintomas em razão da menopausa eram imputados aos íncubos . Diziam que Huno e Platão nasceram da união de um humano e um íncubo , bem como o famoso sábio Merlin, fruto de um íncubo e a filha do rei da Inglaterra . Foi Merlin conselheiro de quatro reis ingleses, incluindo-se o rei Artur, fundador da Távola Redonda e cognominado O Mágico . A fada Viviana encerrou-o num círculo mágico de onde não pode mais sair . Dizem que a abadessa de Cordoue tinha um íncubo , com a forma de animal, como seu amante . Plural: Incubi

Ishtar: deusa babilônica da fertilidade.

Jahi: demônio fêmea da religião de Zoroastro, que foi beijada por Ahriman, introduzindo assim a mestruação no mundo . Ahriman representa o príncipio do mal, e o seu oposto , Ormuzd, o príncipio do bem, que deve acabar por vencer .

Jezebeth: (Desconhecida) o demônio que aparece em “o demônio das falsidades”.

Jiins: ver Djin.

Kali: (hindu) filha de Shiva, alta sacerdotisa de Thuggees. Rainha dos demônios, a quem vidas humanas eram sacrificadas, também divindade bramânica , mulher de Shiva, deusa do inferno, representada com a forma de uma negra, com quatro braços, segurando em cada uma das mãos uma cabeça humana.

Kasdeya: No Livro de Enoque aparece como o nome do quinto Satã , que ensina a destruição aos homens . Na magia , é representado por uma caveira de um jovem .

Kobal: diretor de diversões da corte do inferno . Padroeiro dos comediantes . Durante séculos foi considerado suspeito para a Igreja . Demônio que sentia imenso prazer em matar . Na Alemanha, Kobald, espírito familiar, considerado o guarda dos metais preciosos.

Kostchtchie: (Russa) um goblin da morte.

Krikoin: na religião dos esquimós, é o demônio do mal , que persegue os cães que ficam ao lado de fora das casas, nas noites frias.

Kubera: é o rei dos demônios maus para os hindus, sendo também considerado o deus da riqueza.

Lady Cocaine: Filha caçula de Lúcifer, identificada em alguns textos como a serpente do paraíso.

Legião: Nome genérico para possessão múltipla.

Leonardo: Demônio da bruxaria, senhor do Sabbath, aparece representado pelo bode preto, geralmente representado como um gigante bode preto sentado em um trono. Existem relatos de que tenha morrido, o demônio lúbrico e melancólico teria desaparecido para sempre ao ser derrotado pela coragem de uma donzela.Também conhecido como Urian na Alemanha.

Leviatã: Do hebraico: “Serpente Tortuosa”. Grande Almirante do Inferno e Senhor dos Mares, favorece os homens e as mulheres que gostam de correr o mundo, servindo-lhes para obter fama e honras. Também é chamado de “O Grande Embusteiro”, pela facilidade com que triunfa em lances políticos, tratados comerciais e intrigas palacianas. Toma quando é visto aspectos multiformes estonteantes e vertiginosos. Especializa-se em possuir as mulheres famosas. Suas festividades são celebradas no mês de fevereiro é patrono da Melancolia e da Poesia.

Lilith: demônio feminino mencionado no folclore judaico . Várias são as lendas sobre ela, sendo considerada a personificação das paixões desregradas . A mais antiga tradição popular judaica dá como sendo ela a primeira mulher de Adão . Não conseguindo lhe dar um filho , Deus decidiu criar Eva para ser sua companheira . Foi ela quem ensinou a Adão a felação e outras práticas que a moral qualifica de anti naturais . É, a mãe dos espíritos do mal , Lelin , Sehedin e Roudin . É associada com a praga e o flagelo do meio dia ( Salmo 91,56 ) . Tida ainda, com um dos sete demônios da Cabala hebraica, representado pela figura de uma mulher nua, cujo corpo termina em cauda de serpente . Pela crença dos antigos persas , alguns a dão como filha de Samuel e esposa de Ashmedai ou Esmadfewa , um dos sete espíritos demoníacos. Mais informações sobre Lilith.

Loki: demônio do fogo, gênio do mal, na mitologia escandinava , comparado ao próprio Diabo.

Lúcifer: Príncipe dos demônios, seu nome significa “Estrela da Manhã”, sem dúvida pelo esplendor de sua presença. É um dos mais belos dentre os anjos caídos, e sua formosura é especialmente melancólica, com uma sombra de dor que cobre continuamente a suavidade de seus traços. Costuma-se dizer que nesta característica reside a chave de sua sedução já que não à nada mais irresistível ao coração humano do que o sofrimento unido à beleza . Existe na filosofia muçulmana sob o nome de Iblis ou Eblis, exerce poder geográfico sobre todos os países da Europa e é governante do mês de maio. Sua personalidade é sempre tranqüila e segura de si. Um verdadeiro aristocrata e estrategista por natureza, mesmo quando irritado mostra-se calmo sendo assim bem diferente de Satã, seu irmão siamês por alma.

Lucifuge, Lucifuge Rofocale: (Romana) demônio, o oposto de Lúcifer.

Magna Dea: A “Grande Deusa” da Síria, adorada especialmente em Hierapolis, “A Cidade Sagrada”. O mesmo título foi dado a todas as deusas durante o empério Romano, que estava chegando a um conceito de monoteísmo feminino quando se mesclou com o patriarcado Judeu, Persa e Cristão.

Malphas: (Desconhecida) Grande presidente das regiões infernais. Aparece como um corvo.

Mammon: (Aramaica) demônio da avareza , riquezas e iniquidades. Foi ele quem ensinou os homens a cavar a terra à procura de tesouros ocultos , no dizer de Milton . Palavra aramaica que significa “riqueza ” . Cristo nos adverte que não podemos servir a Deus e a Mamon ( Evangelho S . Mateus 6 , 24 ) “ninguém pode servir a dois senhores porque ou há de aborrecer um e amar outro, ou há de acomodar-se a este e desprezar aquele . Não podemos servir a Deus e às riquezas (Mamon) . (Vide também Evangelho de Lucas 16,13).

Mandrakes, Mandrágoras: (Desconhecida) demônios pequenos, sem pêlos, grosseiros, uma espécie dos conhecidos capetas. Eles são atribuidos à raiz da mandrágora e são considerados presentes de Satã para o feiticeiro que os evoca.

Mania: deusa etrusca do inferno.

Mantus: deus etrusco do inferno.

Mara: (Budista) um demônio que tenta levar as almas à danação.

Marthin: ver Bathym.

Mastema: sinonimo hebreu para Satan. Líder da raça nascida do cruzamento entre humanos e demônios.

Melchom: (Desconhecida) o tesoureiro do palácio do inferno.

Melek Taus: demônio yesidi.

Mefistófeles, Mefisto: grego, quem evita luz; nome popular do Diabo, segundo Goethe . Personagem do drama Fausto de Goethe (1749 – 1832 ) , demônio que veio à Terra para satisfazer paixões de Fausto . Julga o mundo com ironia desdenhosa .

Seu nome é empregado com sinônimo de homem de caráter perverso, verdadeiramente diabólico.

A história de Fausto é a história do homem que vendeu sua alma ao Diabo, em troca de bens terrestres . O drama divide-se em duas partes , onde o genial poeta imortalizou suas concepções da natureza e do homem .

Merihim: (Desconhecida) o príncipe da pestilência.

Metzli: deusa azteca da noite.

Mezu: no folclore japonês , o demônio com cabeca de cavalo , que dá assistencia ao Kongo, xerife dos infernos .

Mictian: deus azteca da morte.

Midgard: filho de Loki, descrito como uma serpente.

Milcom: demônio amonita.

Molegue: príncipe da “Terra das Lágrimas “, no inferno . Recolhe, com alegria, as lágrimas das mães . É um demônio monstruoso, gotejando o sangue das criancinhas e as lágrimas de suas mães . Apresenta-se com cabeça de bezerro, coroa real , braços esticados para receber suas vítimas humanas . Os amonitas , membros de tribo a leste do Jordão, descendentes de Amon , que derrotaram os gigantes de Zomzomins e ocuparam a região, costumavam adorá-lo , sacrificando crianças em seu louvor para obterem boas colheitas e vitória nas guerras . Milton e Flaubert a ele fazem referência.

Moloch, Morloch: demônio fenicio a canaanita. O Senhor do País das Lágrimas, é intimamente relacionado com a fertilidade e é muitas vezes reconhecido com uma cabeça de boi. Governa dezembro, exatamente na chegada do inverno no hemisfério norte.

Mullin: primeiro mordomo da casa dos príncipes infernais, o braço direito de Leonardo.

Murmur, Murmúrio: demônio da música, conde do inferno, surgindo como um abutre, de pernas abertas , figurando um soldado gigantesco.

Naamah: Um nome Cristão dado a um demônio, derivado do título de Adonis, Naaman, que significa “Querido”. Como o “querido” da deusa Afrodite ele também deu seu nome à anêmona, supostamente a “flor” de seu sangue, demônio da sedução.

Naburus, Naberios: (Desconhecida) protetor dos portões do Inferno. Associado com Cerberos. Um marquês do Inferno.

Nasu: na religião de Zoroastro, representa o demônio feminino que se alimenta de corpos que acabaram de morrer ou já se encontram em estado de putrefação . Surgem com se fossem borboletas . Sua residência é o Inferno, no monte Elbroug.

Nebiros: (Desconhecida) forças especiais (mariners) do inferno.

Nergal: deus babilônico das regiões infernais . Pode ser igualado ao deus grego Plutão, que governava o submundo . Nergal, com o Satã bíblico, habitava originariamente os céus . Considerados por muitos, como demônio de Segunda classe . Era chefe de polícia e espião de Belzebu . Esposo de Ereshkigal que , no panteão sumero – arcadiano, é considerado a senhora do grande lugar, rainha do mundo dos mortos , reinando em seu palácio, guardando a fonte da vida . Os demônios do mal e da morte são seus descendentes.

Nihasa: demônio do indio americano.

Nija: deus polaco do mundo subterraneo.

Nina: (Babilônica) Deusa serpente.

Nuton: originário da lenda belga, vivendo sempre em grutas, perto de águas correntes , muito brincalhão, torna-se violento, todavia, se atacado .

Nybras: propagandista dos prazeres da corte infernal . Supervisor dos sonhos, visões, êxtase . Demônio inferior, tido como profeta e charlatão .

Nysroch: chefe da casa do príncipe infernal. De Segunda classe ; preside os prazeres da mesa.

Obito: grão mestre da trapaça, soberano da terra dos cegos. Usa um tapa-olho embora enxergue com os três olhos.

O-Yama: nome japones para Satan.

Orias: (Desconhecida) conde do inferno . Demônio da divinação, perito em astrologia, na metamorfose, carrega sempre uma serpente em cada mão.

Oroan: (Guiana) Demônio do eclipse.

Orthon: (Desconhecida) demônio familiar do conde de Corasse e do conde de Foix. Invisível , sabe tudo o que acontece no mundo . Quando aparece , constuma mostrar-se como uma porca . Dizem possuir ligações com possessões na França e com o Culto Maçon-Satânico de Palladinismo na Itália, século XIX.D

O-Yama: nome japones para Satan.

Orias: (Desconhecida) conde do inferno . Demônio da divinação, perito em astrologia, na metamorfose, carrega sempre uma serpente em cada mão.

Oroan: (Guiana) Demônio do eclipse.

Orthon: (Desconhecida) demônio familiar do conde de Corasse e do conde de Foix. Invisível , sabe tudo o que acontece no mundo . Quando aparece , constuma mostrar-se como uma porca . Dizem possuir ligações com possessões na França e com o Culto Maçon-Satânico de Palladinismo na Itália, século XIX.D

Pan: deus grego da luxuria, depois relegado à demonolatria.

Paymon: (Desconhecida) mestre das cerimônias infernais.

Pazuzu: demônio assírio, rei dos espíritos maus do ar , filho de Hanpa . Há no museu do Louvre uma estátua de bronze do século VII , representando Pazuzu, com forma humana, duas asas e dois chifres. Mais informações sobre Pazuzu.

Pérsefone: deusa do inferno , filha de Júpiter e Ceres, mulher de Plutão . É a mãe das fúrias.

Philotanus: (Desconhecida) um demônio de segunda linha a serviço de Belial.

Plutão: (Romana) deus do mundo subterrâneo.

Proserpine: rainha grega do mundo subterrâneo.

Prusias: um dos três demônios a serviço de Satanáquia , grande general das legiões de Satã.

Pyro: (Desconhecida) Um demônio príncipe da falsidade.

Pytho: (Desconhecida) um demônio das mentiras. Um demônio serpente.

Rahu: (Desconhecida) diabo.

Rakshasa: (India) um demônio cuja aparência é no mínimo horrível.

Raum: (Desconhecida) um conde infernal.

Ravana: demônio rakchasa, do épico Ramayana, soberano do Ceilão que raptou Sita, esposa de Rama . Ramayana é um poema sânscrito , aos mesmo tempo religioso e épico, em 50000 versos e sete partes . Celebra a genealogia de Rama, a sua juventude , a luta contra Ravana , raptor de Sita , sua vida e ascenção para o céu . Rama é uma das encarnações de Vichnu na mitologia hindu e deus da Índia, casado com a deusa Sita.

Raymon: demônio poderoso, encarregado das cerimônias infernais , aparecendo na forma de um homem vigoroso, mas com rosto de mulher , coroado com jóias e montando um dromedário.

Rimmon: embaixador do inferno na Rússia czarista . Demônio menor, chefe dos médicos, acreditando-se que era capaz de curar a lepra, alguns textos dizem que ele era adorado em Damasco.

Ronwe: (Desconhecida) o demônio do conhecimento. Em alguns textos um demônio menor.

Saarecai: demônio menor que habita os buracos da casa , mas não faz mal a ninguém.

Sabazios: demônio frigio, identificado com Dyonisus, adorado como serpente.

Sammael: (Hebraica) “Veneno de Deus”. Acredita-se que este anjo da morte tenha sido o demônio que tentou Eva, também é considerado o príncipe do ar. Meramente outro nome de Satã.

Samnu: demônio da Asia Central.

Sardon: conselheiro do inferno, sacrificando as criancinhas nos sabás . Deu origem à expressão “risadas sardônicas “.

Satã, Satanás, Satan: Seu nome, em hebreu significa “O Adversário”, ou seja ele representa o espírito vingativo, o não perdão e a justiça para quem a merece. Seu apogeu coincide com o mês de Março. Possui rudeza e agressividade em cada gesto e idéia. É o mais cruel dentre seus irmãos e representa o sentido da luta. É a ação em busca de seu objetivo, não importando as conseqüências e as metas, custe o que custar. É irmão siamês de Lúcifer. Senhor do fogo.

Satanchia: (Hebraica/Grega) diabo. O mesmo que Satã.

Sargatanas: brigadeiro do Inferno.

Sedit: demônio do indio americano.

Seirim: demônio cabeludo na forma de bode, que dança nas ruínas da Babilônia, comandado por Azazar.

Sekhmet: (Egípcia) deusa da vingança.

Semiazas: (Desconhecida) dizem que é o líder de todos os anjos caídos.

Set: demônio egipcio.

Shabrini: (Mito Judáico) demônio dos antigos judeus que costumava cegar os homens.

Shedim: demônio destruidor . Dizem ser descendente da serpente, outros dizem ser de Adão , depois da queda, e outros de Deus , que deixou os inacabados , incompletos , por causa do dia do descanso , ou seja, do Sábado.

Para poder localizá-los , devem ser espalhadas cinzas pelo chão, para que esses demônios deixem seus rastros , dependendo , todavia, de uma formula mágica a ser proferida , para que possam ser vistos . Suas garras são de galo e seu chefe é o demônio Asmodeu

Shiva: hindu, o destruidor.

Sidonay: ver Asmodeu.

Sonnilion, Sonnillon: (Armena) deusa do ódio.

Succorbenoth: (Desconhecida) demônio da inveja, dizem também ser o protetor dos portões e pontes.

Súccubos: demônio fêmea, em oposição aos íncubos, tentando os homens durante o sono, nada os detém até conseguirem copular com eles . Costumam visitar os solitários , monges e pastores , aproveitando-se de seus jejuns e abstinências . Reanimam cadáveres que depois de uma noite de amor, voltam ao estado putrefato . Muitas vezes, dizem, tomam a forma da pessoa amada . Plural: Succubi.

Supay: (Inca) deus do mundo subterrâneo.

Ukobach: demônio inferior e responsável pelo óleo das caldeiras infernais. É o inventor da frigideira e dos fogos de artifício, aparecendo sempre com o corpo em chamas .

Ukobach, Urobach: (Desconhecida) um demônio do fogo.

Unsere: (Desconhecida) deusa da magia e fertilidade.

Uphir: chefe químico, conhecedor de ervas medicinais e responsável pela saúde dos outros demônios.

Urian: (Alemã) Ver Leonardo

Valafar: (Desconhecida) outro grào duque infernal.

Vekum: demônio que seduziu os filhos dos anjos sagrados e persuadiu-os a virem à terra e Ter relações sexuais com os mortais, conforme o livro de Enoque.

Veltis, Vetis: (Babilônica) trabalha para Satã , especialista na corrupção das almas de pessoas santas, foi ele que atacou Santa Margarete.

Verdelet: (Desconhecida) Mestre de cerimônias da corte infernal. Demônio de segunda ordem.

Verin: (Desconhecida) o demônio da impaciência.

Vetis: (Desconhecida) o tentador do sagrado.

Violador de Túmulos: (Árabe) Os violadores de túmulos, ou ghools representaram o aspecto  demoníaco dos jinns, os espíritos da mitologia árabe. Vivem perto das sepulturas e atacam e comem cadáveres. Acredita-se que os violadores de túmulos morem em locais desertos onde podem assaltar viajantes incautos que os confundem com um companheiro de viajem.

Xaphan: demônio menor que, por ocasião da rebelião dos anjos, deu a sugestão para se atear fogo no céu . É o que acende o fogo no inferno.

Xesbeth: demônio das mentiras, dos prodígios imaginários, dos contos maravilhosos.

Yaotzin: deus azteca do inferno.

Yen-lo-Wang: regente chines do inferno

Zabulon: (Desconhecida) Um dos demônios que possuiu uma da freiras de Loudun.

Zaebos: demônio com cabeça humana e corpo de crocodilo. Grande rei e presidente das regiões infernais. Dizem que pode transformas as coisas em seus opostos. Demônio da falsificação.

Zagam: demônio das decepções e dos desenganos . Consegue transformar cobre em ouro, chumbo em prata ,sangue em óleo , água em vinho . Tem asas e cabeça de boi .

Zapan: (Desconhecida) Um dos reis do inferno, de acordo com Wierius.

Zagamzaim: diabo disfarçado de eunuco, descrito por Vitor Hugo .

Zeernebooch: (Alemão) Monarca do império dos mortos.

Zepar: (Desconhecida) Grão Duque do Inferno – deus da Guerra. Também Vepar e Separ.

Zepar: grão-duque do império infernal que tenta levar os homens à pederastia.