segunda-feira, 13 de julho de 2020

Sophia


Por sua ambição ele não resistiu a sua pureza e ao seu brilho quis toma-la para si, vestindo-a com trajes nupciais que refletiam sua covardia e seu opróbrio.
Ò Sophia esta criação não é digna de você, como a perola lançada aos porcos, como um tesouro oculto entre os mortos.
Eles a acharam, indecifrável, indistinta e plena em si mesma, ò Sophia estas violada pelos ignorantes, eles a vestiram como quiseram, e através de ti eles engrandeceram a si mesmos, com as glorias deste mundo caído.
Com os olhos vendados, agrilhoada entre os pilares dos templos dos homens, eles não têm piedade de ti ò Sophia, e com anseio profano a possuem sem ver santidade no fundo dos teus olhos imaculados.
Ò Sophia, estas nas profundezas de oceano de ignorância, onde me encontro submerso, Como um diamante lapidado, jogado no lodo ò Sophia é você.
Dentro da lama jaz o meu espirito encarcerado, Acorrentado por meus desejos, sou o mais desprezível dos homens, não sou digno de ti.
Tua voz soa como um raio, dividindo meu corpo, minha mente, alma e espirito.
Trazendo a luz aquilo que pertence somente a ti, ò Sophia tem compaixão do meu espirito caído.
Segure a minha mão, alforria-me da ilusão que é a vida.
Liberte-me do Anzol das minhas vaidades, ò Sophia eu sou teu filho.
Deixe-me contemplar o teu corpo nu, mais belo que todas as constelações eu imploro!
Deixe-me conhece-la, ò minha mãe sem nome.
Eu desprezo a minha carne os meus desejos, e troco tudo por tua imaculada e indescritível beleza, além de todas as formas.
Ò Sophia caída Ajude-me a erguer meu espirito do abismo das ilusões.
Eu suplico!
Abrace-me e olhando nos meus olhos enterre em meu peito o punhal da desilusão.
Só assim posso eu levantar o teu véu, só assim posso eu conhece-la como tu és.
Além dos adornos que os mortais usaram para profanar a tua santidade, além das definições corrompidas dos escritos, ò Sophia tu és o seio que nutre todas as filosofias as quais os homens usaram para encarcerar uns aos outros.
Salva me de mim mesmo, resgata-me!
Pois sou teu!

Frater Zero Rivair J. Oliveira-Sophia Caida