sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Os três tipos de Magicka Negra Luciferiana



As seguintes conceituações são adaptações genéricas daquilo que é exposto na “Bible of the Adversary”, um dos livros modernos mais bem trabalhados dentro do Caminho da Mão Esquerda Ocidental e dentro da The Order of Phosphorus.


Para os Luciferianistas em especial, a Magicka se divide em três tipos diferenciados entre si, conforme seu uso e energias participativas nos rituais realizados em cada um. Pode-se dizer, dentro do contexto do post anterior sobre magicka negra como forma de evolução interna, que estes três tipos se encaixam dentro desta categoria de magicka, pois visam a evolução do próprio indivíduo – sendo interessante frisar que essas formas de magia NÂO servem somente para prejudicar terceiros ou obter desejos materiais, embora isto, a determinado nível de desenvolvimento do mago, também seja possível de ser conquistado.

O que há em vista de principal aqui, é o auto desenvolvimento e superação do “Self”.

Primeira forma: Magicka Luciferiana

Consiste em trabalhos de transformação pessoal, utilizando-se principalmente dos Deuses e Egrégoras Luciferianos. Deuses pagãos como Apolo, Phosphorus/Eósphorus, Heliel Ben Sachar, Prometeus, Azazel e os Nephilim. Os Anjos “Caídos” e reerguidos servindo como máscaras a serem invocadas e exemplos de vivência. Aqueles que caíram, devem se reerguer.

É a “alta magia” do LHP, consistindo no desenvolvimento do “Corpo de Luz”, a verdadeira Luz Interna do Adepto, dissoludora de Ilusões e que traz a Ascenção do Espírito. É o contato com o Sagrado Anjo Guardião, desperto através da energia dos Arcontes Luciferianos, os Observadores (Watchers) do culto dos Nephilins (descendentes dos Anjos da segunda rebelião, liderados por Azazel e Shamyaza com humanas).

Segunda forma: Magicka Therionicka (Magicka Bestial)

Esta segunda forma lida com nosso lado animalesco. O Ser Humano é um Animal, nos esquecemos disso apenas por nos trancarmos em cidades. No entanto, temos preservado dentro de nosso interior aquilo que possuímos de Bestial.

A Magicka Therionica lida com as entidades que se manifestam através de aspectos animalescos, garras, presas, cabeças de animais e com os instintos mais básicos do ser humano. A magia sexual e feitiços poderosos de ataque e defesa estão presentes, bem como o uso de características animais como foco para desenvolver atributos (Magia Licantrópica – aquela onde se absorve características dos animais, não associar por favor aos seres da fantasia que de fato se transmutam fisicamente em um) símbolos daquele animal. É o seu lado mais “humano” e ligado a matéria fisica.

 Terceira forma: Feitiçaria das Sombras

O autor da bibliografia citada limita um pouco esta esfera de magia em seu livro, ao citá-la somente como “Magia Yatukih” (Feitiçaria Persa, baseada no culto a Ahriman). Eu ouso complementar a informação, extendendo o conceito da toda Demonologia, a feitiçaria Goétia, sistemas de evocação de entidades de baixa frequencia, trabalho com Exus/Malandros e toda sorte de entidade que lide com os aspectos da Sombra do ser humano – ainda que isto não os torne necessariamente “maléficos”, mas oriundos do nosso Abismo interno.

É a relação do Adepto com sua Chama Negra Interna, e com aquilo que o torna rebelado por natureza, sua Vontade de imergir no Chaos. Para ser bem sucedido nesta forma de magicka, é necessário alinhar o Chaos de seu Abismo Interno com aquele Chaos externo primordial, presente no Acausal.



É através do domínio sobre estas 3 chaves ritualísticas/magickas que o Adepto une as Trevas e a verdadeira Luz interna, tornando-se completo e não se cegando com ilusões provocadas pelo Ego ou submetidas por agentes externos limitadores.



Ba Nãm I Âhriman!

O Ethos Sinistro



Quando falamos em “Mão Esquerda”, temos que ter consciência de que tratamos de um tema bem complicado. Não há um padrão ou “forma real” deste caminho, pois tentar limitá-lo é como tentar conter o Caos em si. O Caminho da Mão Esquerda consiste na Evolução do “Self” até se ter a capacidade de obter a verdadeira Liberdade presente no Caos Primevo.

Apesar de a nomenclatura ser a mesma, o Caminho da Mão Esquerda presente no Ocidente não é ligado ou diretamente relacionado à trilha oriental (mais precisamente hinduísta) conhecida como Vamamarga, embora possuam a mesma base. A Mão Esquerda preza pela quebra de paradigmas sociais e libertação do “Self”, o “Eu Interno” junto ao controle do Ego, ou “Eu Externo”, rompendo as limitações do Adepto.

O CME (Caminho da Mão Esquerda) ou Left Hand Path (LHP) possui como base um “Ethos Sinistro”, divinamente (Numinamente) inspirado. “Ethos” provém do conceito grego antigo de ‘htós, palavra grega significando “Moradia”, em um sentido profundo de “habitat” do Espírito humano (o Humanum). O “Ethos” é a fonte primeira da “Moralidade” divinamente inspirada através de leis “numinosas” e não codificadas, mas que descreviam o que um homem ético deveria ou não fazer em relação a suas ações.

Para um seguidor da senda da Via Sinistra (Esquerda), este “Ethos” é inspirado pelas divindades do Caos, que criam uma Moral própria, voltada pra evolução do “Self” e libertação do Subconsciente. Ou seja, uma “Amoralidade” em relação aos conceitos dominantes atualmente,mas não uma ausência total de moral (Imoralidade).

Ainda para os Gregos, o Homem possuía em sua consciência duas entidades: O Agathos Daemon (Bom Espírito) e o Kako Damon (Mal Espírito), habitando dentro de si. Essa ideia é preservada ainda atualmente, com a dicotomia entre o SAG (Sagrado Anjo Guardião) e o DG (Demônio Guardião). Mas ao invés da dualidade Maniqueísta herdada pelas religiões Abraamicas, a visão da Mão Esquerda é de mera diferença de vibrações e atuações. Enquanto o SAG atua de forma Racional, representando o Ego (Eu Cósmico), o DG atua através dos Instintos Primais, representando o Self (Eu Caótico).

Diferente do Caminho da Mão Direita que é Teocêntrico, o LHP possui seu foco no “Abismo Interno” do Homem, que deve entrar em alinhamento com o Abismo Externo proveniente no Caos Primevo, para ser elevado e o Indivíduo alcançar uma liberdade plena no Caos, rompendo as amarras e formas da realidade em que vivemos, transcendendo verdadeiramente em seu caminho.

LHP e Magicka Negra

“Magia Negra” é um termo atualmente corrompido, ligado quase sempre a ritos voltados a causar danos ou malefícios/maldições a terceiros. Isso não corresponde a visão em questão – a menos que tal malefício seja utilizado para autodefesa, preservando a integridade. O real sentido de “Magia Negra” vem da língua árabe, onde a raiz para “Carvão/Negro” era “Fehm” e para “Sabedoria” era “Fahm”, isso fez com que a “magia negra” Sufi fosse na verdade ligada a obtenção de conhecimento, sabedoria e desenvolvimento. Por isso a “Magia Negra” é uma das quatro ferramentas do LHP, sendo:

1) Auto Deificação, obtendo conhecimento e existindo de forma independente como consciência e intelecto;

2) Individualismo – não se submetendo a uma “vontade divina” ou ordem externa, mas utilizando as deidades e suas “máscaras” como ferramentas para sua própria evolução focada no “Self”;

3) Iniciação – observância dos Mistérios e Manifestações do Caos, alinhando seu espírito/Chama Negra Interior com o Caos Primordial externo a existência;

4) Magicka Negra – ferramenta de imposição e trabalho da Vontade Real e pessoal, evolução do Subconsciente, trabalhos Internos e Externos para Despertar seu “Self” e seu DG.

Os conceitos aqui citados serão trabalhados individualmente, dentro de diversas perspectivas e cultos Antigos diferentes e eu tentarei esclarecer um pouco pra vocês (na medida do que eu puder) sobre eles, pra melhor compreensão real dessa Via Evolutiva tão incompreendida (e por vezes distorcida) atualmente – mas que com certeza possuí sua grande utilidade, podendo ser uma poderosa ferramenta de Ascensão.

“Ba Nam I Ahriman!”

Luciferianismo: Ideologia dos Deuses (por Michael W. Ford)



Luciferianismo é a ideologia, filosofia e realização mágicka do conhecimento e poder interno através do Caminho da Mão Esquerda.

O tipo de conhecimento buscado é primeiramente o do “Self”: Forças, fraquezas e tudo que nos torna “individuais” A Iniciação ou revelação do conhecimento se dá através do estudo, prática da Magicka/Feitiçaria do Adversário e da contínua luta por auto-aprimoramento através  da rebelião espiritual.

O Caminho da Mão Esquerda para os Luciferianistas não é uma doutrina específica, mas um conhecimento claro de quem nós somos. Luciferianistas são contra o conceito social de “Deus” e “religião” por serem ambos doutrinas criadoras de ovelhas que suprimem o conhecimento, recompensam a fraqueza e a apatia e dão lugar a expectativas fora da realidade para os indivíduos, que esperam uma “recompensa futura” que não existe. Luciferianistas não aceitam o conceito dualista de “bem” e “mal”; nós mantemos a opinião de que como na natureza, trevas fortalecem a luz e luz estabelece crescimento e renovação. Luciferianistas não crêem na “vida após a morte” como descrita pelos Judaico-Cristãos. Isso não insinua que os Luciferianistas não creiam em uma pós-vida,apenas não há necessidade de crer nos absolutismos judaico-cristãos como o de um paraíso feliz e algum lugar de horrível sofrimento onde demônios terríveis continuamente torturam aqueles que não reconhecem o criminoso executado – transformado em criador e seu “Pai”. Em resumo, você terá trabalho para achar um Luciferianista que creia em “diabo” e “inferno”. Antes, era a raiva de um tempo onde as massas não possuiam habilidades literárias, pouca ciência e mestres arrogantes, agora, em nossa era moderna de possibilidades as luzes brilham em áreas de conhecimento onde os cristãos certamente nos queimariam agora se pudessem.

Lucifer é Pré-Cristão:

Eu tenho percebido que os mais adaptáveis ao Luciferianismo em um sentido real são na verdade os estudantes bíblicos e os estudiosos cristãos de inteligência avançada. Uma consideração estranha, mas muitos desses jovens tem questões que ainda não foram amordaçadas pela vida e ainda podem se adaptar a diferentes paradigmas baseados em conhecimento. Muitos são capazes de se adaptarem bem a Magicka uma vez que entendam que ela vem da Vontade canalizada. Essa mudança não ocorre com eles descobrindo o Lucifer “literal”, mas encontrando elementos que alimentem essa manifestação moderna e a essência revelada.

O conceito Judaico-Cristão de “Satan” não é necessariamente um símbolo utilizado na cultura Luciferianista como representação da ideologia. Considerando que “Lúcifer” é um termo latino, como pode ser um epíteto “Judaico-Cristão” para “Satan”?

Lucifer, “Portador da Luz” é um termo descrevendo as estrelas da manhã e da noite, Eosphorus e Hespheros. A Artemis grega (associada a Hékate), que é uma variação das deusas Ishtar e Inanna, é a estrela da Manhã, Vênus. Artemis é representada geralmente segurando uma tocha, como Hékate que trazem a luz, igualmente aqueles que trazem a noite. Claramente visto que estes deuses e deusas não são “maus”, mas equilibrados em seus papéis. Como humanos, eles são capazes de atos bons e maléficos.

Uma das origens primárias do mito de Lucifer como forma do Adversário está presente nos mitos Ugaríticos-Caanitas de Baal e Attar (Ashtar). Na mitologia Hurriana, Ashtar é representada como Venus, Estrela da Manhã. Um dos precursores dos mitos Enochianos dos “Vigias”, Ashtar, o rebelde, é a estrela da manhã que assim como os reis posteriores da Babilônia e Tyre, ascende de forma rebelde contra a ordem natural. Este é um ponto no qual o Adversário ou rebelde, representa a mente vivída e convicta que utiliza as leis naturais para ascenção. Em um sentido astral, Venus, Estrela da Manhã é a psiquê iluminada que pensa e brilha, inspirando um Sol ciumento a se erguer e tentar removê-la da luz.

“Ashtar, o Rebelde subiu aos limites de Zaphon. Ele senta no trono de Aliytan Baal…” – Cosmic Mountain, Clifford.

Ashtar, associado com Sharu e Salimu sendo a Estrela da Manhã e a Estrela da Noite, Portador da Luz e da Noite, são paralelos com o mito de Anat lutando contra Tannanu ou Leviathan.

“Na terra de Mhnm o dragão açoitou os mares, sua língua bifurcada lambeu os céus, suas caudas gêmeas agitaram o oceano. Ela fixou o dragão inquieto, prendendo ele nas alturas de Lebanon.” – `PRU, Cosmic Montain.

Yamm ou Judge Nahar, o Lotan/Litan ou Dragão de Sete Cabeças do abismo, representa a mente subconsciente, a psiquê liberta e relutante em aderir a ordem percebida. A função necessária do Adversário é a vitalidade que chamamos de vida, a fricção contra os opostos que inspira a evolução para um estado superior de Ser. O mundo é moldado pela Vontade – Luciferianistas com a mente bem direcionada consideram a magicka um processo de contínuo auto-aprimoramento, fortalecimento, e obtenção de conhecimento pelo caminho escolhido para iniciação. Rituais são uma pequena marca neste processo, representando “sinais na estrada” que auxiliam o adepto em seu próprio caminho espiritual e físico. Luciferianistas consideram esse equilíbrio uma interação entre o espiritual e o físico como condutor para a sabedoria e experiência, e por fim ao poder. Forçando esses laços, o Luciferianista pode “ascender” como os Deuses.

A teoria da magicka ritualistica é que o Luciferianista entende os “deuses” e “espíritos” como arquétipos da humanidade; e nosso subconsciente alimenta o tipo de energia onde esses seres existem de fato. Luciferianismo é a forma mais avançada de espiritualidade, por focar no crescimento e expansão do indivíduo em um sentido racional no aqui e agora, mas ainda explorando o campo espiritual. Luciferianistas tem os simbolos de deuses demoníacos como “máscaras deificas”, representações de um poder,fenômeno natural ou interno a mente. É a “ponte” entre ambos, a iniciação que revela a sabedoria das trevas. Luciferianistas consideram a Chama Negra, ou “Melammu”, o poder dos deuses e demônios, como sendo a essência divina da consciência. Isso é visualizado dentro das meditações e trabalhos oníricos e projeções astrais. A Chama negra é o fogo interno da mente, dado a humanidade pelos “Vigias” ou “Anjos Caídos”. Na Mesopotâmia antiga, Melammu é o dom divino possuído por Tiamat, a deusa das trevas (ver: Maskim Hul, Magicka  Babilônica).

Muitos perguntam, “o que significa ser seu próprio deus?” Minha resposta é que ser seu deus é entender que você deve ser capaz de identificar sua espiritualidade vindo de dentro; que você fortalece qualquer deus ou demônio que você trazer a seu templo e que você sozinho é responsável por suas conquistas e falhas. Se você é o princípio ou fonte de sua espiritualidade, a força que você possui será maior que qualquer outra, permitindo que você adentre o caminho realmente satânico e Luciferiano. Como você pode ver, isso não tem nada a ver com a ideologia Cristã, além da “máscara do adversário” utilizada. Os arquétipos, símbolos e máscaras representarão para você o que eles significam e o que você eventualmente conquistou com eles, uma vez removendo a máscara ou símbolo, a energia que alimentou sua conquista deriva de sua mente e Vontade.

Para ser um deus é necessário saber que aquilo que você faz afeta seu futuro dias a frente. Para ser um deus é necessário tomar atitudes que façam seu futuro se manifestar da forma mais razoável de acordo com sua Vontade. Para ser um deus deve-se chamar por outras máscaras deificas e demoníacas quando você buscar um tipo de conhecimento, e então usar elas como parte de você. Para ser o mais produtivo com essa ideologia, você deve pesquisar e buscar o conhecimento da história dos arquétipos e inimigos que você deseja superar. Aprender as origens de Yahweh é um excelente meio de começar: Você jamais verá o Cristianismo da mesma forma novamente. Ele parecerá ainda mais patético. Os mitos e símbolos antigos são potentes “combustíveis” para a imaginação luciferiana, aqueles que entendem que sua grandeza está dentro de si, se limitam somente por seu entendimento de como o mundo funciona, sua Vontade e habilidade de reconhecer seus erros que restringem o sucesso.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Magia do Caos



O conceito de magia do caos (caoismo) é relativamente recente, tendo tido origem em West Yorkshire, em Inglaterra, nos anos 70 do século XX. Influenciada pelas práticas thelémicas de Aleister Crowley e Austin Osman Spare, a magia do caos é primeiramente uma prática abordada na prática de magia. Trata-se de uma das tendências modernas em ocultismo, em construção na rejeição de qualquer forma de dogmatismo e a primazia da experiência mágica pessoal. movimento Magia do Caos originou no final de 1970 na Inglaterra até a década de 1990 permaneceu no meio underground; a sua ocorrência está associada ao crescimento do interesse no oculto entre as comunidades de jovens e subcultura contra britânicos. A máxima central deste tipo de prática é "se funciona, usa-a". A magia do caos usa o estado de gnose, através de práticas como meditação, música, dança, uso de ervas, dor, ou orgasmos, como forma de incumbir em práticas divinatórias. Os magos do caos acreditam que conseguem moldar a realidade, acedendo a estes estados de consciência e projecto imagens, pensamentos. Apesar de algumas práticas serem únicas à magia do caos (tal como o uso de formas mágicas de nome sigils), este tipo de práticas são normalmente baseados em sistemas de crenças individuais, e de base adogmática. Alguns magos do caos acreditam que alguma desta prática é uma forma de paradigma de pirataria. Algumas fontes comuns neste tipo de inspiração incluem coisas diversas como ficção científica, teorias científicas, teorias da conspiração, shamanismo, filosofia oriental, religiões do mundo, e experiências individuais. Apesar de enorme variação, os magos do caos frequentemente trabalham com paradigmas caóticos, e humorísticos. Para a magia do caos é caracterizada pelo uso de ambas as técnicas tradicionais tiradas de sistemas místicas orientais e ocidentais já existentes e novoizobretonnyh. Entre estes últimos (o anterior não era), deve-se notar método sigilizatsii Austin Spare, "linguagem oranichesky" e bastante uma formação peculiar de símbolos mágicos (estrela de caracteres Caos probabilísticos e imutabilidade, e outros.). Outra característica, de acordo com os próprios declarações seguidores de religiões - o amplo uso de estados alterados de consciência, incluindo trance e alguns estado de êxtase que os proponentes da Magia do Caos é chamado de "gnosis" (não confundir compreensão haositskoe do termo com a sua interpretação tradicional hermético). Para atingir este estado representantes de fluxo pode utilizar drogas ou contactos sexuais.

Princípios gerais

Mesmo que poucas técnicas sejam exclusivas da Magia do Caos, ela é frequentemente altamente individual e toma emprestado deliberadamente de outros sistemas de crenças, devido à crença central de que a crença é um instrumento. Algumas fontes comuns de inspiração incluem diversas áreas como ficção científica, teorias científicas, magia cerimonial tradicional, neoxamanismo, filosofia oriental, religiões e experimentações individuais. Não obstante a tremenda variação individual, os magos do caos frequentemente trabalham com paradigmas caóticos e humorísticos, como Hundun do taoísmo e Éris do discordianismo.

Magos do caos frequentemente são vistos por outros ocultistas como perigosos ou preocupantes revolucionários.

História

Austin Osman Spare era inicialmente envolvido com a Ordem da Golden Dawn, e por fora também com ordens como a O.T.O e a Astrum Argentum de Aleister Crowley; porém, mais tarde se afastou delas para trabalhar independentemente.

Dali em diante ele iria desenvolver práticas e teorias que iriam, após a sua morte, influenciar profundamente a I.O.T.. Especificamente, Spare desenvolveu o uso de sigilos, e técnicas envolvendo estados de êxtase para dar poder a estes sigilos. Spare também foi pioneiro no desenvolvimento de um "alfabeto sagrado pessoal", e, sendo um artista plástico talentoso, usou imagens como parte de sua técnica de magia. A maior parte dos trabalhos recentes em sigilos remete ao trabalho de Spare: a construção de uma frase detalhando o intento mágico, seguida da eliminação de letras repetidas e a recombinação artística (normalmente simétrica) das letras restantes em uma só imagem formando o sigilo.

Embora ele não tenha originado o termo, e talvez não aprovasse o mesmo, hoje ele é visto como o primeiro Magista do Caos.

Após a morte de Aleister Crowley (e a do então obscuro Spare), a magia praticada pelos ocultistas remanescentes no Reino Unido tendeu a se tornar cada vez mais experimentalista, pessoal, e bem menos ligada às tradições mágicas estabelecidas pelas ordens. Reações a isso incluem a disponibilidade pública de informações secretas antes do século XX (especialmente nos trabalhos publicados por Crowley e Israel Regardie), o Zos Kia Cultus (nome do estilo de magia radicalmente inortodoxa de Austin Osman Spare), a influência do Discordianismo e seu popularizador Robert Anton Wilson, o Dadaísmo, e a grande popularização da magia causada por cultos folcloristas embasados em sistemas mágicos de Crowley, como a Wicca, e o uso de drogas psicodélicas.

Toda uma série de músicos e artistas relacionados com a prática do rock and roll, e da música pop, viriam a ser influenciados pelo pensamento de Aleister Crowley, a saber, entre os mais conhecidos: os Beatles, Black Sabbath, Led Zeppelin, ou mesmo Sonic Youth, entre as mais conhecidas. No brasil, nomes como Zé do Caixão, ou Raul Seixas, viriam a ser altamente influenciados, pelo pensamento do mago que se auto-denominava, como a grande besta 666 (Fernando Pessoa telo-á feito ver que a leitura do mapa astral que o fazia ver isto em si estava, afinal, errada, nomeadamente no âmbito da sua correspondência com o mago oculista, e posteriormente, no seu encontro na boca do inferno em Sintra).

O termo Magia do Caos apareceu pela primeira vez no Liber 0 (também chamado Liber Null) de Peter Carroll, publicado pela primeira vez em 1978. Nele, Carrol formulou vários conceitos de magia radicalmente diferentes daqueles considerados "mistérios mágicos" na época de Crowley. Este livro, junto ao Psychonaut (1981) do mesmo autor, mantém importantes fontes. magistas que se alinham a estas ideias costumam se chamar de várias formas, evitando repetir a mesma. Algumas destas formas de nomenclatura são: "Caoísta", "Caota", "Magista do Caos", "Caoticista", "Eriano", "Discordista", "Caoseiro", dentre outros tantos nomes - por vezes muito bem humorados e/ou pouco polidos.

Carroll também co-fundou com Ray Sherwin O Pacto Mágico dos Illuminates of Thanateros, ou, na abreviatura mais conhecida, I.O.T., uma organização que continua a pesquisa e desenvolvimento da Magia do Caos hoje em dia. A maior parte dos autores e praticantes renomados de Magia do Caos mencionam afiliação ou algum grau de influência a esta. Porém, a Magia do Caos tem como característica marcante ser uma das vertentes de magia menos organizadas do mundo, fazendo isso propositalmente.

O nome coas, e consequentemente estrela do caos, forma extraídos de um romance de Carroll: Michael Moorcock's "Elric of Melniboné - The Sage From the end of time ". No entanto, Carroll não o definiu como o ponto de origem para o seu simbolismo. No seu trabalho tardio"Liber Kaos(...)" (German 1994), ele apresentou um sistema de magia baseado no "The Color of Magic" (1983) ) de Terry Pratchett's. Desta vez, ele apontou para a originem numa nota de rodapé e para a literatura.

Quebra de Paradigma Mágico - ou "Quebrar o Ego"

Uma das mais curiosas questões da Magia do Caos é o conceito de Quebra (ou Troca) de Paradígma Mágico, ou "Quebra do Ego". Usando o termo de Thomas Kuhn, Carroll criou a técnica de arbitrariamente modificar o modelo (ou paradigma) de magia das pessoas, uma questão principal na Magia do Caos. Através desta, o magista busca por trocar constantemente a crença em um paradigma, não apenas de forma linear como é visto nas outras pessoas, mas de forma objetiva e proposital, ziguezagueando entre crenças diferentes (e geralmente contraditórias) e "se aproveitando" dos resultados que elas geram sem ficar preso a nenhuma.

Esta quebra é encontrada não apenas em ritos, mas também no dia a dia, através da chamada "quebra do ego".

Muitos caoístas uniram a Magia do Caos ao uso de diversas ciências modernas, entre elas a Psicologia e a Psicanálise.

Como a base de trabalho dos ritos caoístas consiste na total desconstrução de tudo rumo ao Caos (daí o nome Caoísmo), uma técnica muito utilizada no treinamento pessoal dos caoístas é a chamada "quebra do ego", que consiste em negar e trocar gostos pessoais como uma forma de banimento pessoal, indo contra tudo aquilo que o ego acredita como pessoa, gerando em si mesmo a desconstrução buscada pela Magia do Caos. Um exemplo de quebra do ego é por exemplo, um vegetariano comer carne. Aqui cabe imaginação ao magista, para aplicar estes exercícios em âmbitos profissionais, sexuais, familiares, gregários, entre outros, e conseguir permanecer são - podendo ser até este conceito questionado.

O principal mote da Magia do Caos é: Nada é verdadeiro, tudo é permitido - atribuído a Hassan i Sabbah - O Velho da Montanha, líder da Ordem dos Hashishins que impôs seu poderio no Oriente Médio medieval, influenciando os Templários, e consequentemente as ordens de magia contemporâneas que neles se inspiraram.

Como o "Fazes o que tu queres há de ser toda a Lei" de Crowley, essa frase é por vezes mal compreendida e interpretada de forma literal como "Não há verdade, então faça o que você quiser", quando "Nada é verdadeiro, tudo é permitido" significa algo como "Não existe uma verdade objetiva fora da percepção pessoal; assim sendo, qualquer coisa pode ser verdadeira e possível".

A ideia é que a crença é uma ferramenta que pode ser aplicada à vontade de formas conscientes. Alguns magistas do caos creem que ter crenças inusuais e por vezes bizarras é interessante como uma forma de considerar a flexibilidade de crenças e utilizá-las a seu dispor.

Magia do Caos no Brasil

A cada ano, novos magistas se tornam adeptos deste meta-sistema mágicko, especialmente no Brasil.

Encontra-se em plena atividade a sede sul-americana da I.O.T. com reuniões no Rio de Janeiro, e magistas independentes trabalham na divulgação da Magia do Caos, mesmo não pertencendo à I.O.T.

LIBER PACTONIS


A ORDEM E A BUSCA

Os segredos da magia são universais e possuem uma natureza física, de tal modo prática que desafia a simples explicação. Aqueles que percebem e praticam tais segredos são considerados como tendo alcançado a condição de mestres. Mestres irão, em diversos momentos da história, inspirar adeptos a criarem ordens mágicas, místicas, religiosas ou mesmo seculares, com o objetivo de conduzir outras pessoas a condição de mestre. Em algumas épocas, tais ordens tem abertamente se auto denominado Illuminati, em outras épocas, a clandestinidade tem sido mais prudente. Os mistérios podem ser preservados unicamente pela revelação constante. Neste sentido, os Iluminados de Thanateros continuam uma tradição de, talvez, sete mil anos atrás, embora a ordem, em seu aspecto externo, não possua história, sendo ela constituída como uma determinação dos Illuminati.
Numa ordem que não tem passado, não há motivo para camuflar o futuro, a partir do presente. Ela toma o seu nome dos deuses do sexo (Eros), e da morte (Thanatos). Além de serem as maiores forças motrizes das obsessões humanas, o sexo e a morte representam os métodos positivo e negativo de alcançar a consciência mágica. A iluminação e a libertação resultam do sucesso na aplicação destes métodos.

O propósito específico de qualquer ordem dos Iluminados de Thanateros é o de ajudar a determinar sob qual forma haverá de se manifestar o quinto AEON, ainda embrionário. Sua tarefa, embora histórica, consiste em disseminar o conhecimento mágico para os indivíduos. Pois nunca houve uma época desde o primeiro AEON, na qual a humanidade esteve tão carente de tais habilidades para ver o caminho adiante.

Não há hierarquia formal nos Iluminados de Thanateros. Existe uma divisão de actividades dependendo das habilidades, na medida em que elas se desenvolvem.

A maioria das tradições ocultas possuem uma complexa e alta organização da cosmologia de outros mundos e teorias metafísicas.
Até então, eles acompanham teorias mágicas frequentemente confusas.

Em contradição com tudo isso, um insight fundamental da CHAOS MAGIC é que a técnica mágica é aguçada, delimitá-la funciona porque o próprio universo é mais confuso do que parece.
Ou talvez, devesse mais respeitosamente dizer que o universo tem a propriedade mágica de configurar a maioria das interpretações ligadas a ele. Ainda que  reciprocamente exclusivas, uma ampla variação de paradigmas metafísicos podem ser feitos para atacá-lo.

Então, para a selecção no supermercado de crenças, o questionamento crítico do caoísmo é:
Qual é a eficiência das técnicas mágicas? Por isso, a magia caótica é caracterizada pela falta de atenção à metafísica e a sua pura devoção à técnica empírica.

Por algum tempo, os caoistas ortodoxos consideraram que a desatenção à metafísica e à mitologia feita por você mesmo, são incompatíveis com a estrutura formal de uma ordem de ensinamentos mágicos.

De qualquer forma, isso não é necessário; apenas a técnica é ensinada e praticada. A experiência mostra que as pessoas se unem em mudanças profundamente produtivas de experiências práticas, e que uma estrutura formal e uma diversidade de tarefas encoraja isso.

O pacto mágico da IOT, ou "The Pact for Short", é uma estrutura organizacional para aqueles que desejam proceder na realização da Magia do Caos, na companhia de pessoas mentalmente afins.

O pacto explora a divisão de uma graduação hierárquica, com uma determinada checagem e equilíbrio, e se agrada em receber candidatos, os quais dirige e inicia à ascensão rápida, direta e estruturada.

Toda reavivação do oculto gera uma ou duas "crianças mágicas" e a magia caoista é a maior síntese para emergir do oculto, renascida dos últimos vinte anos. O pacto está entre os primeiros veículos designados para o desenvolvimento e leva a uma boa síntese para o próximo milénio. É bom que o pacto esteja nascendo na virada do século e que seja, de preferência, mais do que a G.D. foi em seu tempo, no século passado.

Na prática, o número de divisões formais do pacto é tratado até certo ponto, mais como iluminação do que convenções formais escritas podem levar em suposições, com membros estilizando a si próprios com excentricidades como Frater Ausência ou Soror Impropriedade e assim por diante, com deliberada paródia à tradição. A função primária da estrutura de graus é de proteger o mecanismo, com a exclusão de certos psicóticos misantrópicos e neuróticos arrepiantes que, às vezes, são atraídos para tais empreendimentos e para assegurar que qualquer necessidade organizacional seja atendida.

O PACTO MÁGICO DOS ILUMINADOS DE THANATEROS

Desde o início da corrente CHAOS MAGIC, alguns indivíduos escolheram trabalhar sozinhos, enquanto outros escolheram fazê-lo em conjunto, em uma configuração livre de grupos aliados. A ordem mágica dos IOT têm, na prática, funcionado como uma desordem altamente criativa. Esta desordem criativa tem gerado, entre outras coisas, uma estrutura conhecida como "O PACTO". Contrastando com as implicações usuais deste nome, "O PACTO" é uma sociedade de amigos para suporte mútuo e encorajamento no campo da magia. O PACTO mágico dos IOT representa outro aspecto da corrente CHAOS MAGIC, no qual os seus praticantes escolheram trabalhar como uma força integrada.

O pacto é um veículo orientado para a Grande Obra da Magia e para os prazeres e loucuras que fazem parte desta busca. O Pacto também funciona como uma força psico-histórica na batalha pelo AEON.
Historicamente, todas as organizações mágicas e místicas têm usado uma estrutura hierárquica para exercerem pressão por excelência sobre aqueles que trabalham em todos os níveis da hierarquia.
Embora as posições de maestria nestas organizações tenham, freqüentemente, dependido mais de recursos de autoridade questionáveis, emanada de fontes obscuras, do que de uma verdadeira competência técnica, inevitavelmente, esses blefes têm levado à destruição destas organizações. Todavia, este velho mecanismo não deixa de ter seus méritos. O guru e o chela (discípulo) se põem sobre enormes pressões e se o chela finalmente se rebela, ambos vão ganhar muito, embora isso facilmente termine em desastre.

Enquanto a maioria dos indivíduos são relativamente sadios e competentes, a maioria dos organizadores agem como sendo loucos e estúpidos. Isto acontece porque a maioria das organizações permitem, apenas, um embasamento positivo desde baixo.
Deste modo, aqueles que estão no topo são condenados a se banharem nas enganosas reflexões das suas próprias expectativas, ao emitirem diretrizes ainda mais equivocadas.

A estrutura do pacto supre estes problemas tradicionais preservando, ao mesmo tempo, a valiosa pressão criada por uma estrutura hierárquica.
Nos templos do pacto, todos os membros são encorajados a apresentar, voluntariamente, técnicas e conceitos para que sejam experimentados e avaliados, e a estrutura de graus meramente reconhece a competência técnica mágica e a responsabilidade organizacional.

Aqueles de graus mais elevados têm que evitar comentários sobre o estilo de vida, o comportamento pessoal, os gostos e a moralidade dos outros membros. E no entanto, a estrutura do pacto força uma constante corrente do retorno negativo de baixo para cima, institucionalizando, assim, a rebelião no ofício dos Insubordinados. Portanto, tão logo um razoável nível de habilidade técnica e organizacional é alcançado, o Mestre do Templo, o Adepto, ou o Mago tornam-se, repentinamente, sujeitos a intenso criticismo, tanto como professores quanto como indivíduos, isso é considerado uma grande recompensa.

O PACTO é constituído de quatro graus; neófito, iniciado, adepto e mago, numerados respectivamente de 4, 3, 2, 1.

Adicionalmente, existem cinco ofícios.

O SACERDOTE OU SACERDOTISA DO CAOS podem ser tomados como um grau paralelo ao terceiro ou segundo.

O ofício de SUPREMO MAGO é desempenhado pelo cabeça do pacto, é designado grau zero.

O ofício de MESTRE DO TEMPLO designa o coordenador das atividades de um determinado templo, e pode ser desempenhado por qualquer indivíduo acima do terceiro grau.

O ARQUIVISTA é o responsável pelos registros do templo.

O ofício do INSUBORDINADO pode ser desempenhado por qualquer indivíduo do terceiro grau.

O INSUBORDINADO é um assistente pessoal de um outro membro do pacto, e age como crítico, inspetor e aguilhoador daquele membro.

O PACTO é uma oligarquia que se auto perpetua. A ascensão para um grau ocorre mediante convite dos demais indivíduos daquele grau ou de graus superiores.

O MAGO SUPREMO pode ser substituído, apenas, por acção unânime de todos os membros do primeiro grau. O acordo tácito na afiliação ao PACTO é de que os graus superiores forneçam organização, facilidades, instrução e material e, em retorno, os graus inferiores fornecem quaisquer serviços de ordem material, financeira ou mágica, que possam ser razoavelmente pedidos a eles. Em último recurso será apreciado pelo grau zero.

O TEMPLO DO PACTO

O TEMPLO DO PACTO só pode ser fundado por um Adepto ou um Mago, o qual inspeciona, periodicamente, o trabalho do templo. O templo consiste na assembléia dos membros, podendo ser convocada em qualquer espaço fechado ou aberto, onde a privacidade possa ser assegurada. O Mestre do Templo manterá arquivo com os endereços de todos os membros do templo, para que possa contactá-los.

Este arquivo não pode ser mantido de forma que estranhos ao templo tenham a possibilidade de acessar informações a respeito dos membros. O Mestre do Templo também manterá seus superiores no PACTO informados do endereço pelo qual seu templo pode ser contatado, e eles manterão esta informação da mesma forma. Os membros poderão pertencer a mais de um templo. Por exemplo ,um iniciado de um templo "protegido" poderá precisar freqüentar o templo de seu ADEPTO ou MAGO "protetor", para receber treinamento específico e avançar para o próximo grau. Todos os templos adotam um nome característico pelo qual eles são conhecidos no PACTO.

Templos Supervisionados

Pode ocorrer que por algum acidente geográfico um grupo de pessoas que desejem se associar nas formas do Pacto estejam em uma área distante dos centros de actuação. Neste caso um ou mais membros que representem este grupo, devem, de alguma forma, se apresentar pessoalmente perante um Adepto ou Magus do Pacto recebendo para cada membro uma carta escrita a mão ou assinada com os juramentos completos de Neófito, junto com qualquer outra exigência do supervisor. Então de acordo com a avaliação do Adepto ou Magus deve ser dado o 4o e em seguida o 3o dando-lhe o poder de abrir um templo e conduzir o trabalho nestes graus.

O Ofício de Mestre de Templo

As atividades do templo são coordenadas pelo Mestre de Templo, que pode ser indicado por um Adepto ou Magus supervisor do templo ou escolhido pelos mais graduados presentes. O Mestre de Templo tem a responsabilidade de cuidar para que apenas membros do grau apropriado ou candidatos a este grau sejam admitidos nos rituais do Templo. Visitando membros de outros templos deve dar-lhes os sinais e palavras apropriados ao Mestre de Templo em particular. O Mestre de Templo deve delegar um ou mais Mestre de Templo auxiliares.

O Ofício de Arquivista

O Arquivista guarda um registro das actividades do templo. O registro deve usar exclusivamente os nomes mágicos formais ou números dos presentes. Os registros devem detalhar o horário e o local das actividades, seguido de uma breve descrição de quaisquer trabalhos que foram feitos e os resultados alcançados. Se não for possível autorização para registos de informações confidenciais, tais informações devem ser codificadas mas não cifradas, por algum código autorizado pelo Mestre de Templo. O Arquivista é pessoalmente responsável pelos registros, respondendo caso eles venham a ser destruídos, perdidos ou roubados. Os registros do templo devem ser inspeccionados por qualquer iniciado ou grau mais avançado do Templo.

Os Graus e os Rituais de Grau

Candidatos ao grau de Neófito são admitidos na base de entrevistas e conversas com membros do Pacto, por recomendação pessoal ou por pedido enviado ao Pacto. Nenhuma pessoa pode ser admitida em qualquer ritual do pacto sem antes ter se submetido ao ritual de Neófito.

O ritual de Neófito requer que o candidato tome algumas medidas preliminares como, providenciar um manto e um anel que sigam as determinações do Pacto, e tenha demonstrado ser uma pessoa de mente aberta, livre de crenças dogmáticas. A maioria das actividades e dos trabalhos mágicos do Pacto são abertos ao grau de Neófito. O grau de Neófito corresponde a um período em que o Pacto e o Neófito testam seus relacionamentos. O Neófito pode ascender de grau a qualquer  momento como pode se desligar a qualquer momento.

O Ritual de iniciação corresponde a uma aceitação completa do candidato ao Pacto. O Pacto não oferece fronteiras para um Iniciado. As actividades confidenciais e as actividades mágicas são conduzidas com o templo aberto no grau de Iniciado. Os iniciados seguem todas as formas de magia e começam a trabalhar com o Liber kkk, e se desejarem, realizam um trabalho paralelo como Monges ou Monjas do Caos.

O ritual de Adepto marca o momento em que o candidato atinge capacidade mágica e, assume a obrigação de ensinar, de proteger o Pacto, administrar sua estrutura e tradição. Não é necessário abrir o templo neste grau.

Não é apresentado aqui o ritual de reconhecimento de Magus. Este grau é conferido aqueles que alem da habilidade mágica possuem potencial para liderarem dentro do Pacto.

A Insígnia do Pacto

O adorno fundamental de qualquer templo do Pacto, seja ele aberto ou fechado, é a estrela de oito pontas do Caos, colocada proeminentemente.
Ela pode estar representada na forma de uma bandeira, ou na toalha do altar, uma esfera caótica, ou a estrela montada em algum material. Todos os graus devem usar mantos com mangas compridas e capuz. Os mantos são comumente pretos, contudo os templos individualmente podem eleger outra cor para seus membros. O anel da ordem é prata e tem gravado uma estrela de oito pontas do Caos. Ele pode ser usado em qualquer momento, mas não representa em si uma prova de afiliação ao Pacto ou graduação. Os membros escolhem um nome de uma só palavra e um número de três ou quatro dígitos, pelos quais eles serão conhecidos formalmente dentro do Pacto e pelo qual seus feitos e comentários serão registrados nos arquivos do templo. Os membros do sexo feminino serão chamadas de Sor. (Soror ou Irmã), e os do sexo masculino de Fra. (Frater ou Irmão). Desta forma um nome completo formal, seria por exemplo Fra. Aleph 251, 3o IOT.

O Simbolismo dos Rituais de Grau

Os rituais apresentados aqui são o mínimo necessário para se abrir e fechar um templo e se reconhecerem membros no grau de Neófito, Iniciado e Adepto. Os templos podem decidir adicionar material extra a estes rituais. O ritual de Neófito é um casamento com o Pacto, de qualquer forma, em uma tradição moderna, o divórcio é permitido a qualquer tempo. O candidato é perguntado sobre as quatro qualidades da assim chamada pirâmide dos feiticeiros: Saber, Desejar, Ousar e Calar. O candidato é recepcionado com abraços aplausos e gestos de carinho.

O ritual de Iniciado marca uma entrada efetiva no Pacto, e o candidato oferece ao Pacto os poderes que possua nas virtudes mágicas, Desejo, Percepção, Imaginação e Concentração. A seriedade desta submissão é marcada por alguns momentos de profundo silêncio que encerram o ritual.

O ritual de Adepto marca a aceitação por parte do candidato, das responsabilidades e dos poderes executivos com o Pacto. O ritual se resume ao simbolismo das quatro armas elementais que são o Pantáculo, o Cálice, a Espada, e o Cajado. O candidato é recebido com fogo para purificar os votos assumidos.

Os Sinais e as Palavras de Grau

Os sinais e palavras de grau protegem o Pacto de infiltrações e impostores. Elas consistem em gestos e palavras discretas para que possam ser trocadas em contatos sociais sem que se possa parecer que se tratam de sinais para os profanos. Os sinais e palavra são trocadas periodicamente pelo grau 1o.

Notas nos Rituais do Pacto

Os rituais estão representados como sendo liderados pelo MT, eles podem ser liderados por qualquer membro do devido grau que seja designado pelo MT, é normal que o MT delegue funções dentro do Templo para que os membros possam praticar a liderança em rituais.

O Ofício de Insubordinado

Todo MT é assistido pessoalmente por um insubordinado que deve ser escolhido entre os membros do Templo, exceto o MT. Junto a qualquer Adepto ou Mago que esteja liderando um estudo, também deve haver um insubordinado escolhido entre seus estudantes.

Os cinco mandamentos do Insubordinado são:

1) Verificar se todos os ensinamentos e instruções estão sendo são compreensíveis e criticar e pedir explicação sobre os que não são. Este é o mandamento do "Louco", para se desfazer a ignorância ou o fingimento de ignorância, quando os outros fingem que entendem.

2) Para transmitir o "criticismo" com uma certa leviandade. Este é o mandamento do brincalhão, para fazer graça com aquilo que os outros acham melhor ignorar.

3)Para apontar as falhas pessoais e a ignorância.
Este é o mandamento do Capelão, para tratar os problemas pessoais imparcialmente.

4) Para receber comunicados de progressos mágicos, sem que seja necessário comentá-los. Este é o mandamento do confessor, cuja existência é uma salvaguarda contra a preguiça e a complacência.

5) Para deter o poder do veto contra qualquer instrução, e notifica-lo ao 0o ou ao 1o sobre este exercício.

Este é o mandamento do inquisidor, para impedir abuso de autoridade.

Os detentores do ofício de insubordinado escolhem duas palavras como título para caracterizar sua actuação. Tais palavras podem ser escolhidas em qualquer combinação das palavras louco, brincalhão, capelão, confessor, ou inquisidor. Normalmente uma palavra é escolhida, na função em que o candidato está mais inclinado a realizar, e a outra na função menos favorecida. Desta forma, o Insubordinado pode escolher ser intitulado como Inquisidor-Brincalhão, Capelão-Louco, ou Confessor-Inquisidor e assim por diante.

O oficio de insubordinado toma lugar toda vez que um novo insubordinado é apontado para substituir um antigo, ou quando o iniciado detentor do ofício é reconhecido como Adepto.
Alguns templos preferem mudar constantemente a figura do insubordinado em cada encontro, seja randomica ou sucessivamente.
Em outra situações o posto é ocupado definitivamente e as partes envolvidas elegem aquele que será marcado pelo rito do insubordinado. De outra forma o medalhão do insubordinado que é o símbolo de seu ofício, é usado quando o ofício está sendo realizado, passando de um para o outro.

O insubordinado normalmente conduzirá os negócios oficiais com o recipiente da insubordinação em particular. O recipiente pode ser escolhido para levar ao insubordinado de antemão alguma instrução controversa para prevenir o exercício público do veto.

As Actividades do Templo

As actividades do templo vão variar de acordo com a necessidade, circunstâncias e conforme com os graus e a cumplicidade dos presentes. As secções seguintes dão alguma indicação das actividades frequentes do templo e na sequência em que são comumente realizadas.

O Mestre de Templo será responsável pela privacidade do templo, e que qualquer visitante será do grau apropriado. O MT anunciará qualquer teoria para aprofundamento e dar qualquer explicações preliminares necessárias.

Abertura

O templo pode ser aberto com um ritual de Grau ou com o ritual de abertura.

Prática e Treinamento

Vários membros do Pacto, com a descrição do MT, liderarão exercícios particularmente disciplinas mágicas. Isso incluirá exercícios de controle da mente, práticas com técnicas de gnose e práticas com os vários instrumentos mágicos e técnicas. Leituras e demonstrações devem ser dadas e papeis lidos.

Actuação Mágica

Com a discrição do MT, vários feitiços e rituais de evocação, divinação, encantamento, invocação e iluminação de acordo com as necessidades do Pacto, do templo ou individuais. A Missa do Caos deve ser realizada como uma celebração ou para ordenar um sacerdote ou sacerdotisa do Caos ou por algum outro propósito.

Debate

O MT participa de um debate sobre questões administrativas, planejamento, progresso pessoal e pesquisa. Os indivíduos podem reportar seu trabalho com o Liber KKK e outros trabalhos. Publicações e comunicados de outros templos do pacto podem ser revistos.

Fechamento

O templo é fechado com o ritual de fechamento e se necessário aberto em outro grau para propósitos específicos com participantes seleccionados.
É comum que o trabalho do templo seja seguido por uma confraternização.

Assuntos do Pacto

Poucos rituais do Pacto possuem um fechamento escrito. Qualquer ritual que não possa ser memorizado deve ser revisto e simplificado em carácter de urgência. Em geral, quando um exercício ou ritual complexo é realizado, um membro explica detalhadamente aos outros de antemão e lhes guia na sequência a ser seguida, dando instruções para os outros participantes, para que estes dêem sua contribuição no momento apropriado se necessário. O MT precisa da autorização de Magus do Pacto, se o templo empreender trabalho mágico pago em benefício de pessoas de fora ou instituições. A aprovação também é necessária para que seja lançado um ataque mágico, de qualquer forma isso é condenado em circunstâncias que sejam coercivas.

Excomunhão

Caso um membro do Pacto torne-se intolerável, os membros do templo podem forçar uma excomunhão do Pacto por uma simples maioria, o MT tem o voto de Minerva. Caso o membro a ser excomungado seja o MT, o insubordinado tem o voto de Minerva. Os excomungados estão afastados das actividades do templo até segunda ordem e os membros não poderão discutir os assuntos do pacto com eles. Um tratamento mais severo por parte do pacto será tomado em relação ao excomungado, que tenha trazido sérios prejuízos ao pacto.
Nada é verdadeiro, Tudo é permitido.

(autor desconhecido)

Referencia:

http://www.iot-sulamerica.com.br/


Sigilo

Sigilo (magia)

Um sigilo (pl. sigilia ou sigils) é um signo criado para um propósito mágico específico. Um sigilo é geralmente composto por uma combinação complexa de traços ou figuras geométricas, cada uma com um significado ou intenção próprio.

O termo "sigilo" deriva do Latim sigillum, que significa "selo", apesar de também estar relacionado a סגולה, do hebraico (segulah significando "palavra, ação ou item de efeito espiritual"). Um sigilo pode possuir uma forma abstrata, picturial ou semi-abstrata.

Sigilação (Sigilo)

A Sigilação é uma técnica usada na Magia do Caos. Baseia-se no fato de que, se você conseguir atingir seu subconsciente com um desejo, ele se manifestará de modo positivo, ou seja, se realizará. Para enganar o subconsciente, o mago transmuta seu desejo em uma coisa, um símbolo, e o lança em gnose para que este aja no real sensível. Foi aperfeiçoado a partir dos estudos de Austin Osman Spare, principalmente, e Aleister Crowley.

Possui muitas versões diferentes, principalmente em relação ao lançamento, mas em sua maioria são válidas.

Método

Criação

O primeiro passo para a criação do sigilo é resumir seu desejo em uma frase, de forma clara, sem muitos detalhes, como por exemplo: "Quero dinheiro para comprar meu apartamento até meu aniversário em Janeiro de 2011", podemos resumir esta frase para "dinheiro para o apartamento". Agora deve-se retirar as letras repetidas, espaços e acentos, resumindo a frase para "DINHEROPATM". Essas letras então devem ser dispostas de qualquer maneira, a fim de se criar um símbolo elegante, agradável ao magista. O importante é ter afinidade com o sigilo que cria, e não o fazer de qualquer forma. Como em toda a Magia do Caos, o melhor a se fazer é desenvolver uma técnica pessoal para a criação destes sigilos. Pode-se retirar ou modificar o que se quiser no símbolo, primando a perfeição e elegância. É bom frisar que o símbolo não pode ter ligação nenhuma com o intento, já que o objetivo da construção do sigilo é tornar seu desejo algo palpável e que possa passar ao inconsciente sem ser percebido, de modo a modificar a realidade em função do desejo do mago.

No momento da especificação do intento, é bom ser consciente dos meios para obter o resultado desejado. Dessa forma, alterar o intento de "Quero dinheiro para comprar meu apartamento até meu aniversário em Janeiro de 2011" para "Quero dinheiro para comprar meu apartamento com o dinheiro da venda de meus livros até meu aniversário em Janeiro de 2011" pode aumentar a efetividade do sigilo.

Lançamento

Há variadas formas de lançamento de um sigilo, porém a tradicional é feita da seguinte forma: enquanto visualiza o sigilo deve-se afastar da mente todo e qualquer pensamento, principalmente em relação ao desejo e assim criar um "vácuo" em sua mente, isso permitira que o sigilo passe do consciente para o subconsciente de modo despercebido. O lançamento pode ser feito junto com outras atividades como caminhadas, relaxamento ou sexo, mais uma vez lembrando que a experiência pessoal é imprescindível. Após o lançamento, o desejo e a expectativa de resultados devem ser afastados da mente. Evitar a ansiedade constante por resultados pode ser difícil, mas é necessário para que o desejo se manifeste.

Iluminados de Thanateros

Sistema de Magia do Caos (Círculo do Caos - Iluminados de Thanateros) A Magia do Caos tem origem nos trabalhos de Austin Osman Spare, redescobridor do Culto de Priapo. A Magia do Caos é atualmente bastante divulgada por seu organizador Peter James Carroll, além de Adrian Savage. Os praticantes da Magia do Caos consideram-se herdeiros mágicos de Aleister Crowley (e da O.T.O.) e de Austin Osman Spare (e da Zos-Kia-Cultus). Seu sistema procura englobar tudo quanto seja válido e prático em Magia, descartando tudo quanto for mais complexo que o necessário. Caracteriza-se por não ter preconceitos contra nenhuma forma de Magia, desde que funcione. Está se tornando o mais influente Sistema de Magia entre os intelectuais da modernidade. Entre suas práticas mais importantes vale ressaltar o uso da Magia Sexual, em especial dos métodos de mão esquerda. Seus graus mágicos são cinco, em ordem decrescente: 4º, 3º, 2º, 1º e 0º.