domingo, 3 de dezembro de 2017

Mística Ordem de Shensu-Hor


A Ordem do Lotus Negro recebe seu influxo vibratório ou espiritual de uma corrente astral ou tradição secreta inaugurada no Egito por intermédio de uma fraternidade ocultista, hoje desaparecida do plano físico. Essa fraternidade ou ORDEM continua viva e atuante nos plano astral e dela recebemos uma linhagem de iniciação (sampradaya em sânscrito) no espírito, se não uma linhagem direta. De fato muito de nosso sistema particular de ensino e doutrinas secretas (samaya em sânscrito) derivam dos contatos internos que estabelecemos com círculos além do tempo e espaço. 

Essa ORDEM tem suas origens em um tipo de sabedoria de origem angelical que teria sido transmitida à humanidade pelos Sentinelas, ou Vigias – a raça pré-dinástica de semideuses que reinaram milhares de anos antes de Menés, o primeiro faraó do Egito unificado (século XXXII a.C.).

Instruindo e iniciando “materialmente” eles deram início a uma “Linhagem de Reis Divinos”, que foram os regentes e instrutores das raças antediluvianas. A tradição dos Reis Divinos repete-se em várias civilizações arcaicas insinuando uma era incrivelmente remota, onde gigantes de forma mais ou menos humana e sabedoria profunda dominavam a Terra. A Bíblia se refere às raças gigantes dos Nephilim e Awwim (serpentes). O mesmo mito se repete com os Titãns da Teogonia de Hesíodo e os Tuatha de Dannan – os deuses dos celtas irlandeses.

Os díscípulos e sucessores dos Reis Divinos tomaram o nome de seus Mestres Iniciadores e consentiram na formação de uma ORDEM, cujo primeiro “grande iniciado” foi o Ser que ficou conhecido na tradição judaico-cristã como Melchizedek. 

Essa ordem ficou conhecida como a Ordem Mística de Shensu-Hor (Seguidores de Hórus), uma instituição secreta e absolutamente hermética que surgiu no Egito pré-dinástico, e que talvez tenha suas raízes espirituais no continente desaparecido da Atlântida.

Heródoto (sec. V a.C. ) considerado o pai da história, dizia ter ouvido da boca de sacerdotes de Tebas, uma história do Egito bem diferente daquela que conhecemos hoje. Assim o cronista grego se referia a um episódio em que os sacerdotes tebanos lhe mostraram 345 estátuas que pareciam representar imponentes deuses. Entretanto, para surpresa do historiador, os sacerdotes disseram que não se tratavam de deuses e que cada colosso simbolizava cada uma das gerações de grandes sacerdotes que lhes precederam até completar 11.340 anos de governos de homens, e que antes destes homens, deuses governaram o Egito, habitando com os mortais, ensinando-os a viver.

Estes deuses, possivelmente foram nos SHENSU HOR ou seguidores de Hórus, o grande Deus. É possível crer que as esfinges, as pirâmides e todas outras obras gigantescas não só do Egito, mas também de outras partes do mundo foram criadas e executadas pelos SHENSU HOR com o uso de seus poderes de deuses. É possível entender que o Egito e seu povo surgiu da criação de Deuses criadores e que posteriormente deixaram a Terra aos cuidados dos Shensu Hor e estes, durante 6.000 anos governaram o mundo e posteriormente, preparam humanos (Faraós) para reinarem após sua partida.

Entendemos que a Ordem Mística de Shensu-Hor preservou e transmitiu a mais antiga Gnosis trazida pelos Elohim (Seres Luminosos) aos discípulos humanos ainda nos tempos pré-históricos. Ela foi a primeira e suprema ORDEM que inspirou os Mistérios Antigos, através de enredos teatrais que despertavam na consciência dos homens toda a Santa Gnosis Revelada. Através de seus Mestres e Iniciados foi transmitido, “da boca ao ouvido”, ensinamentos e revelando alguns princípios “misteriosos” que fundamentaram tradições esotéricas posteriores.

Os sacerdotes da Ordem Mística de Shensu-Hor foram os “mensageiros do Deus Oculto”, o Sol por detrás do Sol, o Sol em Amenti, que foi chamado pelos antigos egípcios de Amon. Seu nome significa " o Invisível". Considerado um deus misterioso, suas estátuas nos templos eram cobertas com mantos.

Para os egípcios a Luz (LVX), Incriada estava contida em Amon. Esta Luz deveria passar pelas transformações que lhe permitiriam construir um Universo em diferentes estados de vibração. Não é difícil perceber que a Luz Manifesta de Amon é Rá– cujo filho é Hórus (a Luz do Mundo). Com a ascensão do Egito faraônico (c. 3000 a.C) esses signos e títulos passaram a pertencer ao Faraó que era reconhecido como a encarnação de Hórus. Para os egípcios o Faraó era único deus na Terra, e sua divindade implica que ele comanda tudo através de sua língua e sua boca (divinas). É o faraó que traz a luz, que traz ordem e justiça em um mundo caótico e imprevisível.


Blavastky afirma que Moíses foi iniciado nos segredos de IAO – o deus mistérico conhecido desde a mais remota antiguidade, cujo nome oculta uma fórmula mágica poderosa. IAO era a Divindade Suprema dos sírios-caldeus, idêntico a Toth egípcio. Aliás como deus do tempo, do decurso do tempo que vai de uma vida à outra, Thot é o guardião do limiar - o que por sua vez nos lembra Saturno. Muitos séculos depois os gnósticos conheceriam o Deus Thot, de onde originou-se posteriormente Cronos ou Saturno, pelos nomes IAO ou Abraxas.

Ora, Abraxas (Abrasax) era o deus-Sol criador dos gnósticos egípcios. Seu nome é invensível, embora haja divergências de opinião quanto ao seu significado. É o Deus Supremo acima do Zodíaco e de toda e qualquer influência astrológica. Ele é um dos nomes de Amon-Rá e Toth é a língua e a palavra (VERBO) de Amon-Rá.

A verdade é que Noé, Thot, Melchizedek e Cronos-Saturno, são uma só entidade ou energia personificada. Noé seria um mito, em cuja lenda se fundou a tradição dos Kabiros, os Elohim corpóreos, regentes e instrutores das raças primitivas. E os Kabiros eram filhos de Melchizedek, cuja verdadeira identidade fica oculta para nós. Tudo indica que foi a personificação de uma consciência supra-terrestre (ou a coletividade de seres angélicos) que visitou a Terra em um passado muito distante.

Se formos resumir nosso caminho ou filosofia podemos dizer que seguimos o "caminho antigo" que nos foi transmitido por nossos irmãos ancestrais (Mestres e Guias) que junto as demais Hierarquias de Luz oferecem sua proteção, com suas irradiações espirituais. Nós os chamamos de "Guardiões da Tradição" mas em outros tempos Eles também ficaram conhecidos como os Vigias, os Sentinelas, os Imortais, os Filhos de Set e mais recentemente como Mestres Ascensos. Todos fazem parte da Hierarquia de Mestres da Grande Fraternidade Branca (que no presente não está manifestada sobre a Terra), constituída, em parte, daquelas almas altamente desenvolvidas, que atingiram aquele estágio do caminho da evolução espiritual, que lhes confere a qualidade de membros do Governo Oculto do Mundo. 

I.A.O.  Esse nome diz respeito ao deus mistérico conhecido desde a mais remota antiguidade, cujo nome oculta uma fórmula mágica poderosa. Esta fórmula é a principal e mais característica de Osíris, da redenção da humanidade.

é Ísis, Natureza, arruinada por A, Apophis o Destruidor e restaurada à vida pelo redentor O, Osíris. Em resumo: Isis Apófis Osíris (Isis, a Natureza; Apófis ou Seth, o assassino de Osíris; e Osíris ressurecto).

Ou seja, Morte e renascimento.

A mesma ideia é expressa na Fórmula Rosa Cruz da Trindade. IAO é a palavra Deus entre os gnósticos e é o único modo de poder expressar as forças divinas operando dentro de nós e no Universo.


Reza a tradição bíblica que Melchizedek foi o rei da cidade de Salém (que significa “Paz”), a qual se acredita ser a mítica cidade conhecida por Shambalah. Melchizedek teria tido importância no direcionamento de Abraão e ensinou o conceito de um só Deus, de uma só Divindade. Abraão também aprendeu de seu instrutor espiritual a adoração a Deus sem vê-lo, internalizando a fé. Para Dion Fortune Melchizedek foi o Manu dos caldeus e das primitivas Raças Semíticas, além de sua ligação Atlanteana. Como um protótipo ou a Encarnação do Homem Ideal o Manu Melchizedek preparou o caminho para Jesus, o Cristo, e assim a ideia de um Messias foi enxertada na Tradição Semítica (no fundo de tudo isto há uma ligação com o Santo Graal).   

Sob outro ponto de vista Melquizedek foi um mensageiro do Logos Solar, ou um de seus grandes Enviados – que o representam momentaneamente, como um embaixador representa um Rei. Ou seja, um grande e poderoso espírito sob a forma humana temporária que reinava sobre a Caldéia, sobre os filhos dos Magi. Em sentido similar talvez Melchizedek seja a personificação de uma consciência supra-terrestre (ou a coletividade de seres angélicos) que visitou a Terra em um passado muito distante.

Fonte:https://www.ordemdolotusnegro.com/single-post/2017/09/28/Ordem-M%C3%ADstica-de-Shensu-Hor

Os Ritos da Serpente de Fogo


A sacerdotisa como oráculo-vivo nos ritos da Serpente de Fogo

"A mulher é o portal ou Shakty, a potência negativa do Universo, cujo magnetismo atrai para si a energia cósmica, que ela armazena e absorve (como um Cálice Sagrado ou Santo Grall ) para ser direcionadapelo sacerdote para fins gnósticos ou materiais." (Kenneth Grant)

Na Ordem do Lotus Negro (O.L.N) a sacerdotisa atua como uma Avatar de Maha Devi (a Grande Deusa), ou Shakti (a Poderosa) e traz o poder para o Templo enquanto o sacerdote direciona esse poder para propósitos mágicos ou místicos. No rito a alta-sacerdotisa torna-se investida com os poderes de Adi-Shakti (a Deusa Primordial), que é a fonte de tudo, o princípio universal de energia, poder ou criatividade. Ela é a Taça Gloriosa ou Graal que recebe o Poder Elemental da Kundalini ou a Energia do Espírito Santo que se manifesta como sagrado feminino. A sacerdotisa é também um Espelho do Cosmos através da qual reflete as realidades dos Mundos Superiores, transmitindo visões e sons percebidos.

A doutrina da polaridade sexual

Os ritos mágico-sexuais de Alta Magia frequentemente envolvem a união física entre o sacerdote e a sacerdotisa. Em outro momentos essa união física é irrelevante e pode-se invocar os poderes superiores com a simples tensão energética entre os sexos, que por si mesma é o suficiente para abrir um portal dimensional através do qual forças e entidades são atraídas à manifestação. Seja de uma forma ou de outra a base metafísica desses ritos baseiam-se na doutrina ocultista da polaridade sexual - que é de perspectiva tântrica. Essa doutrina nos ensina que quando os dois sexos estão misticamente unidos eles canalizam as forças duais do Universo, que devem ser descritas como positivas e negativas; os pólos dos pares opostos entre os quais se teceu a urdidura do Universo. Uma regra básica da Alta Magia afirma que quando há polaridade de sexos num templo, a sacerdotisa traz o poder para dentro e o sacerdote o dirige. O sacerdote representa a corrente positiva-solar da Vontade e a sacerdotisa a corrente positiva-lunar da Imaginação.  


Quando se produz a união mística entre o masculino (elétrico-positivo) e o feminino (magnético-negativo), o casal abre um Portal espacial para que a força cósmica possa fluir através deles com tremendo poder. A invocação da Kundalini Cósmica nos ritos de Alta Magia tem um duplo objetivo: místico e mágico. Quando místico significa que a energia canalizada é direcionada para fins espirituais ao passo que mágico visa trabalhos de resultados materiais como por exemplo: saúde, prosperidade e potência sexual. Existem muito detalhes sobre a aplicação prática da doutrina da polaridade sexual que foge ao objetivo deste pequeno artigo. Em nossa ordem eles pertencem à esfera do conhecimento secreto, compartilhado apenas por poucos iniciados. A doutrina da polaridade sexual incorpora os Mistérios da Serpente de Fogo " a Kundalini Universal", da qual nosso Logos Solar, é ao mesmo tempo, a alma e o corpo.  

O Fogo Sagrado da Kundalini

Para nós, o Sol é a Kundalini in Excelsis, no qual vivemos, nos movemos e temos o nosso ser. A Kundalini, a Serpente de Fogo, é uma projeção da Força Solar de nosso Logos. Ela ficou conhecida como Ruach Há Kodesh nos textos hebreus e também como Espírito de Deus ou Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Trindade Cristã. Para muitos gnósticos (antigos e modernos) o Espírito Santo é de natureza feminina e pode ser personificado como uma Deusa Pagã. No Novo Testamento o Espírito Santo é o Fogo de Pentecostes que desceu para inspirar os discípulos, em Atos 2. A Kundalini, é semelhante à Força Solar ou ao Fogo da Serpente que falam os tântricos. Todos esses são os nomes para o mesmo princípio.

As mulheres desempenham um papel importante nos ritos teúrgicos porque sua polaridade é similar à do mundo angélico e dévico. Nesse sentido, a mulher é considerada o veículo pelo qual Shekinah é trazida ao templo. Atuando como uma Sacerdotisa de Shekinah a mulher transforma-se na incorporação mágica das forças vivas da Natureza e, portanto, uma encarnação (avatar) da Grande Deusa do Universo, como ela deve ser apreciada durante os rituais tântricos. “Isso certamente representa uma alta forma de asceticismo. Significa que a mulher deve ser contemplada como um veículo da influência divina ou praeter-humana.” (Kenneth Grand) 

No microcosmo humano a Kundalini é a energia Ígnea adormecida no chakra fundamental (muladhara) a qual, após o seu despertar, ascende pelo sushumnadi (coluna espinhal) e ativa as zonas de poder (chakras) do corpo humano. 

Se os chakras inferiores estiverem devidamente lacrados a energia ascende e força seu caminho para cima através da coluna espinhal e, desta maneira, a elevação (da kundalini) é marcada por visões e aquisições de poderes latentes até sua culminância no centro do cérebro. 

Na prática visamos fazer subir a Kundalini da Sacerdotisa, concentrada no muladhara-chakra (chakra básico) até o ajna-chakra despertando a terceira visão, tornando-a oracular e divinamente inspirada. A figura da mulher-profetisa pertence a uma longa tradição de sacerdotisas, pitonisas, sibilas e velhas-sábias, dos ritos religiosos pagãos gregos, egípcios, escandinavos e, os vastamente mais antigos, ritos africanos. Neles, as sacerdotisas se comunicavam com espíritos dos mortos, elementais, daemons, e – se fossem Iniciadas de uma alta ordem – com Entidades Cósmicas que são entidades excelsas, Logoi ou Mônadas ligadas a centros planetários, consciências que sustentam a vida manifestada.

Um ser humano que ativa seu psiquismo superior torna-se um médium cósmico, um Tulku: um aparelho orgânico que processa informações dos Planos Ocultos do Universo ou de Inteligências Superiores Não-Físicas. 

Na ascensão da kundalini sobre diferentes níveis de realidade (planos invisíveis) a energia pode também assumir inúmeras manifestações de seres espirituais os quais o sacerdote exercerá seu controle. Ele deve de fato evocá-las e exercer sua autoridade espiritual sobre elas.  Essas forças são uma manifestação da Anima Mundi (Alma do Mundo) a corrente mágika universal que deve ser absorvida ou "aterrada" pelo mago.


Yoga e Teurgia

Na prática da Yoga a energia deve elevar-se através da escala de todas as aparências até o ponto culminante em que o yogue identifica-se com o Uno Transcendental além de toda imaginação. 

Ao contrário do puro misticismo da Yoga na Teurgia o trabalho com a kundalini exige o aterramento da corrente mágicka. Isto significa que o mago tem que atrair as forças do Não-Manifesto à Terra, revivendo o processo o processo divino da Criação, onde ocorre a encarnação do Espírito no Reino de Malkuth (Matéria). Parafraseando Dion Fortune: "Deve haver, em nós, um circuito entre o Céu e a Terra, não basta tirar kundalini da base da espinha, fazendo-a subir, mas também devemos fazer descer a Luz Divina através do Lótus de Mil Pétalas".

A sacerdotisa faz o papel de um portal dimensional onde as energias extraterrestres são atraídas para se manifestarem na Esfera de Malkuth.

Também as memórias mortas e esquecidas de nosso passado antropológico podem ser ressuscitadas no corpo (Ressurgência Atavística) através de certos ritos utilizando o poder da Serpente de Fogo sob alta emotividade.

Gostaria de finalizar esse artigo esclarecendo que um portal oferece entrada para outro espaço dimensional, outro estado de consciência, outra realidade. Os portais existem em todas as formas e em todos os níveis de consciência inclusive no corpo humano. O nome que recebe os portais do corpo humano é chakras. Os chakras - ou portais corporais - abrem e fecham de acordo com o estado emocional ou mental da pessoa. Neste artigo descrevemos a base teórica para a abertura ritualística destes portais/chakras corporais. Os chakras são as conexões com a nossa herança planetária, estelar e galáctica. Eles absorvem e expelem as vibrações ou energia universal (chi, orgone, prana, vrill etc) transmitidas pelas estrelas, planetas e das profundezas da terra. A experiência comprova que combinando alguns dos métodos acima sugeridos os portais do corpo podem ser abertos facilitando a penetração da consciência em dimensões metafísicas e, como resultado, a comunhão voluntária e consciente com inteligências superiores não-humanas.

Otto Rahn y la Corte de Lucifer


Rahn nació en Michelstadt en 1904. Desde su primera juventud ambicionó ser un gran escritor y en 1930 viajó a París, para continuar su tesis doctoral sobre el poeta Wolfram von Eschenbach (1170-1220).

Fue su curiosidad por su obra Perceval la que le llevó al mundo cátaro, al aludir a la existencia del Grial en un lugar llamado Mountsalvatsche, bajo la influencia de El cuento del Grial, del escritor francés del siglo XII Chrètien de Troyes. A su vez, Richard Wagner (1813-1883) se inspiró en Perceval al escribir su drama Parsifal, que situó la leyenda del Grial en Montsalvat, en los Pirineos. Se abrió así una brecha que condujo a Rahn a identificar Mountsalvatsche y Montsalvat con el Montségur occitano y a los cátaros con los custodios del Grial.

Instalado en la capital francesa con pocos recursos, Rahn frecuentó medios bohemios esotéricos que avivaron su interés por el Catarismo. Estaba convencido de que existía una conexión entre el movimiento Cátaro y los romances sobre el Grial.

Rahn, sin embargo, tuvo que regresar a su país al ser sospechoso de practicar espionaje (aunque sus erráticas andanzas no parecen corroborarlo) y en 1933 plasmó sus tesis sobre los cátaros en Cruzada contra el Grial. Conoció entonces una lenta aproximación al entorno de Himmler que le animó a seguir sus indagaciones. Una vez más, es difícil dilucidar las claves de la carrera de Rahn en medios hitlerianos, aunque sabemos que contó con el beneplácito del influyente Karl Maria Wiligut, afamado “ariosofista” (nacionalista que preconizaban la existencia de una antigua raza aria) y manifestaba tener una “memoria ancestral” que le permitía captar las andanzas de sus antepasados teutones miles de años atrás. Sus teorías se ganaron la confianza de Himmler, que le convirtió en asesor de la Anhenerbe (“Memoria ancestral”), una entidad de las SS que debía rastrear huellas arias a través del planeta en la que convergieron expertos como Rahn y Wiligut.

Rahn formó parte de este tinglado en el que sus teorías sobre el Grial –como era de preveer- hallaron un campo fértil para arraigar y dar un paso adelante: “germanizar” el catarismo. En 1937 Rahn lo hizo en La corte de Lucífer, complaciendo a Himmler hasta el punto de que éste regaló a Adolf Hitler una lujosa edición de la obra por su cumpleaños.

En ella Rahn exponía que los cátaros no consideraban a Lucífer el maligno, sino todo lo contrario. Le percibían como Luzbel, el portador de la Luz, y le asimilaban con el Norte, diferenciándole del maligno Satán, identificado con el Sur. En esta cosmovisión, el Grial era una piedra preciosa caída de la Corona de Lucífer de la que la Iglesia se había apropiado y convertido en símbolo cristiano (el cáliz que sostiene Jesús). Asimismo hizo al monasterio benedictino de Montserrat depositario del Santo Grial. Ateniéndonos a lo expuesto, no es de extrañar la célebre visita que Himmler y su séquito realizaron al cenobio catalán en octubre de 1940.


En este aspecto, la visión de los “perfectos” de Rahn sintonizaba con las teorías raciales hitlerianas, ya que la cruzada anticátara se insertaba en un intento de los hombres del Sur por asaltar al Norte y acabar con los cátaros, que conservaban una memoria ancestral de sus orígenes nórdicos.

Gran alegría me causó en especial un libro alemán publicado hace setenta años. 
Lleva el título de Caesarius von Heisterbach. El autor lo designa como un aporte a la historia de la cultura de los siglos XII y XIII. Quizás en mi próximo libro anteponga una frase del Evangelio de san Juan que hallé en él:  
¡Une los fragmentos para que nada perezca!
“Mis antepasados remotos fueron paganos, y los recientes, herejes.
Para exculparlos voy recogiendo los trozos que Roma desdeñó como sobras"  
- Otto Rahn, La Corte de Lucifer -
Los herejes amaban el firmamento, creían firmemente que después de la muerte tendrían que ir acercándose a la divinidad de estrella en estrella, cumpliendo las etapas de deificación. Por la mañana rezaban hacia el sol del levante; al ocaso dirigían su mirada, devotamente, hacia el sol del poniente. Por la noche se dirigían a la argéntea luna o al norte, porque el Norte les era sagrado.

En cambio consideraban al sur como una morada de Satán. Satán no es Lucifer, pues Lucifer significa portador de luz. Los cátaros tenían otro nombre para él: Luzbel. No era el Maligno. Con el negativo los judíos y los papistas lo degradaban. En lo referente al Grial, como es la opinión de tantos, debe de haber sido una piedra caída de la corona de Lucifer (Lapis Exilis).

Así la Iglesia, al pretenderlo para sí, hacía de algo luciferino algo cristiano. Si la montaña de Montségur es la Montaña del Grial, entonces ha sido Esclarmonde la Señora del Grial. Después de su muerte, de la destrucción de Montségur y del exterminio de los cátaros, quedaron abandonados el Castillo del Grial y el propio Grial. La Iglesia, conscientemente, con la cruzada contra los albigenses llevó a la práctica una guerra de la Cruz contra el Grial, y no dejó escapar la oportunidad de volver a apropiarse de un símbolo de creencia no eclesiástico para poder ponerlo al servicio de sus fines. No satisfecha con esto, declaró al Grial como el cáliz en el que Jesús les ofreció la cena a sus discípulos, el mismo que recogería su Sangre en el Gólgota. Incluso concedió al convento benedictino de Montserrat, que está al sur de los Pirineos, ser el templo del Grial.

Los Cátaros, llamados a menudo luciferinos por los inquisidores, habían custodiado la luciferina piedra del Grial, al norte de los Pirineos. Más tarde, la Iglesia afirmó que al sur de la misma montaña, el Grial ya estaba en poder de sus monjes católicos, haciéndolo pasar por una reliquia de Jesús, el Triunfador sobre el Príncipe de las Tinieblas.

Los cátaros interpretaron la "caída" de Lucifer como la "suplantación ilegítima del hijo primogénito, Lucifer, por el Nazareno".

No somos expertos en la Biblia y tampoco queremos llegar a serlo. Pero es inevitable que advirtamos, a simple vista, como ya lo hicieron los cátaros en su momento, que el Antiguo y el Nuevo Testamento hablan de dos dioses diferentes, aunque, por cierto, piensen en uno solo y el mismo.

“El Antiguo Testamento –nos informa Otto Rahn- anatematizó a la ‘hermosa estrella matutina’; el Nuevo Testamento, en cambio, revela en el Apocalipsis según San Juan que un determinado ‘rey y Ángel del Abismo’ tiene ‘en griego el nombre de Apolión, más conocido entre nosotros como Apolo, es un “Ángel de los Abismos y Príncipe de este mundo, es el ¡Apolo luminoso!”

Otto Rahn, descifrando la doctrina secreta de los cátaros, asevera que “...la Estrella Matutina del Antiguo Testamento y el Apolión del Nuevo Testamento son uno solo”.

Esta opinión se sostiene, además, “...en el hecho de que en el espacio griego de la Estrella Matutina Fósforos... se la considera la acompañante permanente, anunciadora y representante del solar Apolo, máximo portador de luz, y que al propio Apolo se le tiene como la bella ‘Estrella de la Mañana’, el Sol” 

Para nosotros es una evidencia que el Kristos de los Cátaros no tiene nada que ver con ese galileo crucificado en el gólgota.

Los Cátaros habrían interpretado la caída de Lucifer como una especie de “...suplantación ilegítima del hijo primogénito de Dios, Lucifer, por el Nazareno”. Pero, no fueron pocos los cátaros que, ignorando los secretos de los perfectis, “...creían que, en efecto, Lucifer hubiera sido por arrogancia y orgullo apartado del camino por el Dios Padre, al igual que el hijo perdido del Evangelio, y creyeron que el día del juicio caería de rodillas ante el Todopoderoso para pedir perdón”. Pero ciertamente estas creencias, constituían una excepción. 

“Este mito cosmogónico (no podría ser de otra manera), se basaba en que el mundo sería un lugar apartado de Dios y un lugar de sufrimientos, que solamente podría ser perfecto cuando el Dios-Espíritu eterno haya espiritualizado, divinizado y redimido al mundo, materia perecedera y sin espíritu. En aquellos herejes, que como se ha dicho, constituían la excepción, ya había hecho su efecto la influencia debilitadora de la creencia en la redención cristiana, aun cuando con vestimentas no romanas”

Por su parte, “...ya que los trovadores pertenecían, para la Santa Iglesia Católica de Roma, a los sirvientes del diablo, porque ellos habían escrito sobre sus estandartes la fidelidad al dios Amor; ya que ellos, como incontables ejemplos lo demuestran, cantaron maravillosos aires sobre una corona de Lucifer, podría ser -si aceptamos el lenguaje bíblico- que hayan dado una luciferina ‘corona de la Vida eterna’, y podría ser, si seguimos tejiendo los hilos en este sentido, que el dios Amor haya sido Lucifer en su más elevada persona. 

Esta suposición pasa a ser evidencia si atamos los nudos de otra manera. El dios Amor es el dios de la primavera. Apolo no lo es menos. Por lo que ambos, Amor y Apolo, son el dios de la primavera. 

El que vuelve a traer a su sitio la luz del sol, de acuerdo con esto, es portador de luz, un ‘Lucifer’.

Apolo no puede ser otro que Lucifer, al que los herejes provenzales llamaron Lucibel.

Sociedad para la Investigación Psíquica



La Sociedad para la Investigación Psíquica (Society for Psychical Research (SPR)) fundada en 1882 entre otros por el físico William Barret, en el primer número de PROCEEDINGS queda clara la vía que llevará la Sociedad y todos sus puntos:

Ha sido ampliamente considerado el presente como el momento oportuno para crear una organización para la investigación sistemática de ese gran grupo de fenómenos designados con los términos de mesmericos, psíquicos y espiritualistas.

Desde los testimonios registrados de muchos testigos competentes, del pasado y del presente, incluidas las observaciones hechas recientemente por los eminentes hombres científicos de varios países, no parece haber mucha ilusión y engaños, pero un importante conjunto de fenómenos extraordinarios a primera vista inexplicables y sin alguna hipótesis generalmente reconocida, y si fuera establecida indiscutiblemente, sería del mayor valor posible.

La tarea es examinar tales fenómenos residuales que se lleva a cabo por el esfuerzo individual, pero nunca antes habían sido estudiados por una Sociedad organizada científica con una base suficientemente amplia. Como paso previo a este fin, una conferencia convocada por el Catedrático Barrett se llevó a cabo en Londres, el 6 de enero de 1882 y se proyectó la Sociedad para la Investigación Psíquica. La Sociedad se constituyó definitivamente el 20 de febrero de 1882, y su Consejo que fue nombrado ha esbozado un programa para el futuro trabajo. Los siguientes temas se han confiado a los Comités especiales:-

1. Un examen de la naturaleza y del alcance de cualquier influencia que pueda ejercerse de una mente sobre otra, aparte de cualquier modo generalmente reconocido de percepción.

2. El estudio de la hipnosis y las formas del llamado trance hipnótico, con la supuesta insensibilidad al dolor, clarividencia y otros fenómenos afines.

3. Una revisión crítica de las investigaciones de Reichenbalch con cierta organización de los llamados "sensibles", y una investigación de si tales organizaciones poseen algún poder de percepción más allá de una sensibilidad altamente exaltada de los órganos sensoriales reconocidos.

4. Una cuidadosa investigación de los informes, que descansan sobre fuertes testimonios, respecto a las apariciones en el momento de la muerte, u otro tipo, o acerquen a los disturbios de las casas frecuentadas.

5. Una investigación sobre los diferentes fenómenos físicos comunes llamados espiritualistas, con la intención de descubrir sus causas y leyes generales.

6. Recopilación y cotejo de los materiales existentes que influyen en la historia de estos temas.

El objetivo de la Sociedad será el de acercarse a estos diversos problemas, sin prejuicios o predisposición o de cualquier tipo, con el mismo espíritu de exacta investigación y desapasionado y que ha permitido a la ciencia resolver tantos problemas, ante situaciones no menos oscuras y no menos abatidos. Los fundadores de esta Sociedad reconocen plenamente las dificultades excepcionales que rodean a esta rama de la investigación, pero sin embargo, esperan que el esfuerzo paciente y sistemático de algunos resultados sean alcanzados con un valor permanente.

El deseo del Consejo es llevar a cabo sus investigaciones en la medida de lo posible a través de canales privados, e invitar a la comunicación de cualquier personas, ya sea con la intención de unirse a la Sociedad o no, que pueda estar dispuesto a favorecer con ello el registro de sus experiencias, o con sugerencias para la investigación o experimentos. Dichas comunicaciones serán tratadas, si lo desea con privacidad y confidencialidad.

Notas relativas a los diferentes fenómenos llevados por los siguientes Comités:

(comités y nombres)

La Sociedad para la Investigación Psíquica está ahora en condiciones de invitar a la adhesión a los Miembros teniendo en cuenta la nota preliminar que aparece en la página de la Constitución de la Sociedad.

"Nota: Tenga en cuenta: Para evitar malentendidos, ser miembro de esta Sociedad no implica la aceptación de cualquier explicación particular de los fenómenos investigados, ni ninguna creencia en cuanto al funcionamiento del mundo físico y de las fuerzas que no estén consideradas por la Ciencia Física".

Podemos resumir entonces los objetivos originales del SPR:

1 Telepatía2 Hipnosis 3 Sensibles 4 En el momento de la muerte 5 Fenómenos de Espiritualismo 6 Recoger historias

Ahora bien, tenemos dos tipos de investigadores “Laboratorio” y de “Campo”, vamos a clasificar qué tipo de investigador hace falta para los objetivos originales del SPR.

1 Telepatía: Campo, Laboratorio 2 Hipnosis: Laboratorio 3 Sensibles: Campo, Laboratorio 4 En el momento de la muerte: Campo 5 Fenómenos de Espiritualismo: Campo, Laboratorio 6 Recoger historias: Campo

Ectoplasma Aura (parapsicología)



Ectoplasma es una supuesta materia viva que se halla presente en el cuerpo físico de cualquier ser vivo, capaz de asumir estados líquidos o sólidos y sus propiedades, de la cual no existe ninguna evidencia. La denominación "Ectoplasma" fue propuesta por Charles Richet. Es generalmente descrita por los médiums físicos. Se supone que fluye en la oscuridad a través de los poros y los distintos orificios del cuerpo, siendo normalmente de aspecto luminoso. En general es un intento de dar respaldo científico a algunas concepciones metafísicas, en especial apariciones de fantasmas, espíritus y otros entes por el estilo. No ha sido posible comprobar su existencia por medio del método científico y sus defensores rechazan comúnmente cualquier comprobación empírica de su existencia.

Descripción

Es un fluido etérico semimaterial que supuestamente emana de los médiums durante el trance. Estos detallan que cuando el ectoplasma se produce (en general) baja la temperatura del lugar. Posee un olor característico y es frío al tacto.

Los médiums afirman que en ocasiones puede llegar a conformar cuerpos enteros, y en estos casos se mueven provistos de vida propia, hablando o caminando con una total independencia. Afirman que suelen poseer funciones fisiológicas como pulso, tensión arterial, temperatura corporal y respiración, todo ello mensurable y asimilable a los valores normales del ser humano.

El médium, durante la supuesta producción, afirma que experimenta (o registra) una disminución de masa; la cual es recuperada una vez que ha absorbido de nuevo el ectoplasma. Una sustracción con fines de análisis científico infligiría al médium un supuesto "sufrimiento intolerable".

Otra característica es que se dice que podría tomar muchas formas, tanto elásticas, hasta duras, produciendo los raps (golpeteos).

Otras denominaciones

Las denominaciones que adoptaría el ectoplasma según su origen serían ectozooplasma, ectofitoplasma y ectoneroplasma.

Aura (parapsicología)

En el ámbito de la parapsicología, el aura se concibe como un campo energético de radiación luminosa multicolor que rodearía a las personas o a los objetos como un halo y que sería invisible para la gran mayoría de los seres humanos.​ Como con todos los fenómenos paranormales, no existe evidencia alguna de existencia del aura, y los defensores de la misma no han aportado prueba alguna de ello.

Características

El psíquico estadounidense Edgar Cayce (1877-1945) afirmaba que la habilidad de visualizar el aura se debilita con la edad.

Algunos defensores de la parapsicología sostienen que el aura está dividida en siete estratos relacionados directamente con los siete chakras, y que cada uno de esos estratos puede tener uno de los once colores del aura.

En otras ocasiones se ha afirmado que el ver auras pueda ser una experiencia sinestésica, donde se relacionan colores con la personalidad.

Críticas

El uso de la cámara Kirlian

Desde la parapsicología se ha sostenido que las fotografías tomadas con cámara Kirlian muestran la existencia de estas energías.

La cámara Kirlian utiliza una descarga eléctrica de elevado voltaje y baja potencia que se aplica sobre el objeto o persona que se vaya a fotografiar y sobre la placa fotográfica. Así, produce el denominado efecto corona, que es «el conjunto de fenómenos ligados a la aparición de conductividad de un gas (aire) en la proximidad de un conductor sometido a alta tensión».​ Como conductor el más probable sería la humedad correlacionada a los fenómenos biológicos (dedos de la mano, hojas de árboles) experimentados por la fotografía Kirlian, de manera que los objetos más húmedos obtendrían una imagen más luminosa. Además puede permanecer humedad residual en el cristal aislante de la cámara Kirlian, dando la falsa impresión de ser la «energía» del objeto, incluso si se secciona una parte de él sin mover el resto del objeto del cristal (falsa teoría del miembro fantasma, en la que se afirma que al arrancar un trozo de, por ejemplo, una hoja de árbol, la energía del trozo cortado permanece, siendo ésta en realidad la humedad residual del trozo arrancado).

Además, en ausencia de electricidad o aire (o cualquier elemento gaseoso) no se produce ningún efecto corona. Por tanto, el efecto no es inherente al ser humano, y no muestra ninguna característica de éste ni otras atribuciones que se han hecho desde diferentes sectores de lo paranormal, sucediendo lo mismo con otros organismos vivos y seres inertes. Se trata de una reacción del aire al someterse a altos voltajes y tener un conductor cerca (el objeto a fotografiar).

Para probar lo anterior, se tomaron fotografías Kirlian en el vacío. En ninguna de las fotografías apareció ningún aura.

Percepción visual no física

Algunos autores​ encuentran incoherente la impercepción sensitiva con su relación con la percepción física del ojo y el espectro de frecuencias visible.

James Randi

El escéptico James Randi, cuya fundación de su propiedad (Fundación Educativa James Randi) ofrece un millón de dólares a la persona que sea capaz de demostrar la existencia de cualquier suceso paranormal de forma objetiva (sin manipulación de datos), puso a prueba a varias personas que decían tener poderes paranormales en un programa de televisión llamado ¡Explorando los poderes psíquicos en directo!.

Una de las candidatas afirmaba que podía ver el aura de las personas, y que el aura mide unos 12 cm alrededor de la persona, y se puede ver a una distancia de 25 cm. Se dejó escoger a la candidata a 10 personas de entre el público que, según ella, tenían un aura claramente visible. Se situó a las 10 personas detrás de una pantalla opaca de la altura de las personas, sin que llegue a verse la coronilla. La candidata afirmaba que cuando las personas estaban de pie, se podría ver el aura por encima de la pantalla. De forma aleatoria, se le asignó a cada uno de los 10 voluntarios que permanecieran de pie o sentados. Una vez comenzado el experimento, la candidata tenía que mirar la pantalla opaca y determinar si veía o no el aura, y por tanto, tenía que saber si la persona estaba de pie o sentada. Como por puro azar se puede adivinar el 50% de los casos, se pidió a la candidata que acertara al menos 8 veces si ve el aura o no. La candidata dijo ver el aura en todos los casos, cuando en realidad solo estaban de pie 4 personas.

En 1996, la Fundación James Randi y la Asociación de Filadelfia para el Pensamiento Crítico realizaron una invitación a más de 60 «enfermeras del toque terapéutico ―incluyendo a Dolores Krieger (profesora de enfermería en la Universidad de Nueva York, e inventora del toque terapéutico en los años setenta)―, y ofrecieron 742.000 dólares a cualquiera que pudiera demostrar su habilidad para detectar el aura. Sólo una enfermera aceptó la invitación, pero obtuvo resultados no significativos estadísticamente. Su rendimiento fue del 55 %, ya que sólo identificó correctamente a 11 sujetos de 20 como enfermos o sanos.

En 1998, Emily Rosa, una niña de 11 años, se convirtió en la persona más joven que ha publicado un artículo en la revista Journal of the American Medical Association (JAMA). Su trabajo sobre el toque terapéutico desmontó las afirmaciones de sus practicantes de que son capaces de detectar el aura de una persona. En su experimento participaron 21 practicantes del toque terapéutico. Cada uno de ellos se sentó al lado de una pantalla opaca introduciendo sus manos a través de unos agujeros. Emily lanzó en cada ocasión una moneda al aire para decidir a cuál de las dos manos del enfermero acercaba las suyas. El enfermero debía detectar su aura y decir a qué mano se había acercado. Aunque todos los participantes afirmaron ser capaces de realizar correctamente la prueba, los resultados estuvieron en contra de tales afirmaciones, ya que acertaron un 44 % de las veces, ligeramente peor que por puro azar.

Protociencia



En la filosofía de la ciencia, el término protociencia se usa para describir una nueva área de esfuerzo científico en proceso de consolidación. A veces los escépticos científicos se refieren a las protociencias como ciencias patológicas. El término protociencia se usa a veces para describir una hipótesis que el método científico aún no ha demostrado adecuadamente, pero que por lo demás es consistente con la ciencia existente o que, donde no lo es, lo indica abiertamente a la espera de nuevos hechos o investigaciones.

Las protociencias pueden ser disciplinas o campos del saber en un estadio anterior al de ser consideradas ciencias; las hipótesis presentadas pueden estar o no de acuerdo con las evidencias conocidas en el momento, porque las predicciones asociadas a las mismas aún no se hayan comprobado empíricamente o no puedan serlo debido a limitaciones tecnológicas. Ejemplos en ese sentido serían la teoría de la relatividad general, que empezó siendo una protociencia y hoy se considera ciencia, o la teoría de cuerdas, considerada hoy día una protociencia a la espera de verificación experimental.

En el sentido histórico se considera protociencias a disciplinas como la astrología o la alquimia que dieron paso a la astronomía y la química con la aparición del método científico. Sin embargo, la negativa de sus practicantes a aceptar dicho método hace que hoy día se las considere pseudociencias.

Historia del término protociencia

El filósofo de la ciencia Thomas Kuhn fue el primero en usar esta palabra en un ensayo, publicado por primera vez en 1970:

En todo caso, hay muchos campos –los llamaré protociencias- en los que la práctica produce conclusiones contrastables pero que, sin embargo, se parecen a la filosofía y las artes en su modelo de desarrollo. Pienso, por ejemplo, en campos como la química y la electricidad antes de la mitad del siglo XVIII, en el estudio de la herencia y la filogenia antes de mediados del XIX, o en muchas de las ciencias sociales hoy. También en estos campos, aunque satisfacen el criterio de demarcación de sir Karl, la crítica incesante y el continuo esfuerzo para conseguir un nuevo comienzo son fuerzas primarias, y es necesario que lo sean. Sin embargo, como sucede en la filosofía y en las artes, esto no da como resultado un progreso nítido… En resumen, mi conclusión es que las protociencias, como las artes y la filosofía, carecen de algún elemento que, en las ciencias maduras, permite las formas más obvias de progreso.
Kuhn 2000, 168.
Mientras la protociencia es con frecuencia especulativa, ha de ser distinguida de la pseudociencia por su adhesión al método científico y a las prácticas establecidas de la buena ciencia, y más notablemente en la voluntad de ser refutada por nuevas evidencias (si éstas apareciesen) o suplantada por una teoría más predictiva.

Campos tales como la astrología y la alquimia, anteriores a la invención del método científico, pueden ser también considerados como protociencias. Con la llegada del método científico, produjeron rápidamente los campos científicos de la astronomía y la química respectivamente, dejando a aquellos que rehusaban adoptar el método científico en la práctica de una pseudociencia.

Más típicamente un campo protocientífico es aquél donde la hipótesis presentada está de acuerdo con las evidencias disponibles en aquel momento y donde se ha elaborado un corpus de predicciones asociadas, pero éstas no han sido aún probadas (o no pueden serlo, debido a limitaciones tecnológicas actuales).

Algunas protociencias progresan hasta ser una parte aceptada de la ciencia establecida. Otras fallan en esta consolidación, o se vuelven pseudocientíficas cuando sus seguidores persisten a pesar de carecer de evidencias científicas que sustenten sus puntos de vista.

Diversas ciencias comenzaron como ramas de la filosofía: matemáticas, filosofía natural, economía, psicología, sociología, etcétera.

Ejemplos de protociencias

El ejemplo moderno más famoso de protociencia podría ser la teoría de la deriva continental tal como fue originalmente propuesta por Alfred Wegener (que finalmente llegó a ser un modelo científico aceptado cuando los mecanismos de la tectónica de placas fueron comprendidos). Otros ejemplos incluyen:

Las diversas teorías de cuerdas de la física, o la ciencia cognitiva de las matemáticas. La teoría de cuerdas suele ser calificada de pseudocientífica por no demostrar lo que intenta a pesar de cumplir con el método científico en su totalidad y basarse en complejas ecuaciones matemáticas. Lo que imposibilita su demostración es que choca contra la concepción de la realidad por las dimensiones que postula como probablemente existentes.
La astrobiología, el estudio protocientífico de formas de vida extraterrestre, incluyendo la especulación sobre las propiedades de las formas de vida basadas en elementos distintos del carbono. La exobiología ha sido duramente críticada por no tener un objeto serio de estudio.
La memética, el estudio de hipotéticas ideas autorreproductoras llamadas memes.
La homotoxicología es una escuela de la homeopatía que ha tratado de salir del unicismo de la homeopatía tradicional. Cumple con el uso de un método científico más reciente que el modelo Hahnemmiano. Se la puede considerar protociencia a pesar de que no se ha encontrado el mecanismo exacto de la misma. Además es un puente entre la homeopatía y la medicina ortodoxa, no niega las contribuciones de la medicina moderna y no curaciones milagrosas como otras medicinas. Reconoce sus limitaciones teorícas y técnicas.
Algunos campos como la acupuntura o los sueños lúcidos, las experiencias cercanas a la muerte o ECMs y el psicoanálisis, pueden ser también categorizadas como protociencias, teniendo pendientes más evidencias y su consolidación teórica.

Sobrenatural



Lo sobrenatural (Del latín: supernaturāle) es el término utilizado para definir algo que se tiene como "por encima", que excede o está más allá de lo que se entiende como natural o que se cree existe fuera de las leyes de la naturaleza y el universo observable. La ciencia limita sus explicaciones a los fenómenos no sobrenaturales, un proceso conocido como naturalismo metodológico, y no considera las explicaciones sobrenaturales, ya que no pueden ser investigadas empíricamente.

Los temas sobrenaturales son a menudo asociadas con la idea de lo paranormal y lo oculto. En las sociedades seculares, los milagros suelen ser percibidos como afirmaciones sobrenaturales, al igual que los hechizos y maldiciones, la adivinación, y el más allá. Características de los fenómenos propuestos como sobrenaturales son la anomalía, la singularidad, la falta de control y la no repetibilidad. Por lo tanto, las condiciones en que tales fenómenos se cree que se manifiestan no pueden ser reproducibles para examen científico.

Como sobrenatural se tiende a definir fenómenos que parecen o se suponen reales, pero que no se pueden explicar científicamente, por su propia naturaleza. Al utilizar el término sobrenatural, comúnmente va asociada a la frase "fenómenos sobrenaturales". Los adherentes a las creencias sobrenaturales sostienen que estos hechos existen tanto como los hechos del mundo natural. Los opositores argumentan que hay explicaciones naturales y científicas para lo que a menudo se percibe como sobrenatural.

Diferencia entre fenómenos sobrenaturales y paranormales

Aunque los llamados fenómenos paranormales suelen ser considerados como una subcategoría de los fenómenos sobrenaturales, para los adherentes a dichas creencias, lo sobrenatural no sería sinónimo de lo paranormal. Postulan que los llamados fenómenos paranormales no serían trascendentes a la naturaleza, sino inmanentes a ella, excepto que se salen de la norma (a causa de su rareza, o como anomalía); y aunque no hayan sido explicado en términos concretos de la ciencia actual, si se les pudiese aplicar un estudio más formal y pueden llegar a dar lugar a teorizaciones dependientes de los criterios epistemológicos vigentes (ex: condiciones en laboratorio; etc.) los llamados fenómenos sobrenaturales dejarían de formar parte del mito, del ocultismo y su teorización dejaría de pertenecer al ámbito del esoterismo.

Descripción

Existen tres clasificaciones de fenómenos sobrenaturales:

Los subterfugios, es decir, una voluntad de ocultar intencionadamente la verdad (es el caso de la magia exhibicionista);
La descripción no racional de fenómenos antes considerados sobrenaturales, de los cuales actualmente si existe una explicación natural; realizada por descubrimientos científicos (como las auroras boreales);
Los fenómenos (reales o irreales) no estudiados o no explicados científicamente, para los cuales la ausencia de elementos concretos hace ilegítima toda supremacía de una teoría sobre otra.

Ejemplos de lo que se considera fenómenos sobrenaturales

Algunos fenómenos o creencias que se asocian a fenómenos sobrenaturales son:

Milagros;
Magia (no prestidigitación);
Contactos con el más allá,
Reencarnación;
Profecías;
posesiones demoníacas.
entidades sobrenaturales: vampiros, hombres lobo, fantasmas...
otros fenómenos considerados antiguamente sobrenaturales, hoy día son denominados paranormales.