sábado, 29 de junho de 2024

Feitiçaria Telúrica & Penumbra Astral


Existe um tema pouco compreendido pelos estudantes de Ocultismo, ele envolve ação de espíritos atuando através dos subplanos astrais. Para melhor compreender esse assunto torna-se necessário entender que existem 7 planos ou níveis de existência. Do nível mais sutil, desdobrando-se ao mais denso, é fornecido o seguinte esquema: 


·          o plano divino ou Adi 


·         o plano monádico ou anupadaka (redutos últimos das individualidades espirituais)


·         o plano espiritual ou Átmico (onde se manifestam as essências espirituais)


·         o plano intuicional ou Búdico (das energias psíquicas ou de alma)


·         o plano mental ou Manásico (das energias de pensamento ou mentais) 


·         o plano astral (vital ou emocional, das energias nervosas e emocionais) 


·         o plano físico (sólido, líquido, gasoso e sub planos-etéricos)


O plano Astral ou Umbra desdobra-se nos níveis de Umbra superior e inferior e penumbra astral ( que envolve a crosta terrestre), que é o ponto de transição da luz para a sombra; quase sombra; meia-luz. 


Na realidade a penumbra é o nível mais denso da Umbra ou Plano Astral, através do qual deslizam as correntes telúricas de nosso planeta. Ele tem relação direta com as Linhas Ley (Linhas Hartman etc.) que são linhas magnéticas capazes de criarem eventos sobrenaturais e afetar os organismos vivos como plantas, animais e seres humanos. 


As Linhas Ley surgem a partir do centro do planeta, subindo perpendicularmente à superfície terrestre e se cruzam ao redor do mundo, como linhas latitudinais e longitudinais, mas concentram uma quantidade enorme de energia sobrenatural.  


Estas energias afetam os seres humanos de forma positiva ou negativa dependendo de certas circunstâncias. De acordo com Alfred Watkins, alguns indivíduos podem absorver essas  energias. 


O nível de penumbra astral, por ser altamente telúrico e magnético, também pode ser manipulado por entidades espirituais. Se forem entidades contrárias a evolução e inclinadas ao mal eles podem utilizar a matéria desse plano para condensar/plasmar formas pensamentos monstruosas que alteram a composiçāo natural do éter terrestre. A poluição astral de um determinado ambiente pode causar uma infestação mórbida e afetar a aura das pessoas, atingindo seus plexos nervosos ou chacras que absorvem a carga negativa. Ao afetar os pólos de energias nos chacras isso pode provocar diversas mudanças emocionais de temperamento. 


Magos negros também podem manipular o Umbral para seus fins egoístas, pois é um fluído magnético de propriedades maleáveis e que pode ser usado magicamente, por ser um meio pelo qual se manifestariam as forças sobrenaturais.


Através de seus rituais de magia eles podem estabelecer um PACTO com Eguns, Kiumbas e outras entidades que vibram mais próximas ao nível de vibração do Umbral denso, como os Elementais da Terra (duentes ou gnomos), já que o elemento nativo desses seres espirituais é o de mais baixa taxa vibratória. Ao sacramentar um pacto com tais Entidades eles podem, com auxílio das mesmas, produzir Elementais Artificiais capazes de IMPREGNAR um ambiente com suas energias deletérias afetando o perispírito (duplo etérico) de suas vítimas. 


Isso geralmente é feito utilizando elementos biológicos, minerais e hídricos que contêm uma alta taxa de vibração telúrica negativa (o que os chineses chamam de shai ou chi negativo) como terra de cemitério, restos de animais peçonhentos ou venenosos, certos tipos de rochas, areia, líquidos etc, capazes de contaminar o éter terrestre e gerar uma rede de energia sombria ao redor de suas vítimas, o que facilita a ação de suas magias e as prendem ainda mais nos laços de seus tentáculos astrais.   


Nosso corpo, nossa mente e nossa alma se comunicam com absolutamente tudo ao nosso redor. Em um mundo globalizado, onde há interações a todo tempo, seja pessoalmente ou através das mídias sociais, nós nos expomos cada vez mais aos diversos tipos de energia e pensamentos. Por isso é comum atrair para nosso campo áurico energias negativas que podem comprometer nossa saúde e qualidade de vida, inclusive bloqueando espiritualmente nossos caminhos, dificultando a entrada de dinheiro, recursos e/ou impedindo o fluxo da prosperidade em nossas vidas. Isso é muito mais comum do que imaginamos e pode assumir um nível mais delicado que é a infecção por Larvas ou Miasmas astrais que são um tipo de energia negativa formada por matéria bruta, energia deletéria, que tomam forma, animadas por restos de fragmentos negativos dos instintos de nossa herança animal. Em suma são um tipo de Elemental artificial que podem ser criados de forma inconsciente ou, no caso da Magia Negra, de forma consciente e programada para um determinado fim, geralmente maléfico. 


Muitos acreditam que a atração desse tipo de energia negativa está associada somente a afinidade mental de suas vítimas, que criam um campo de sintonia que facilita ou permite a sua proliferação. Também acreditam que homens e mulheres de mentalidade positiva, na esfera da espiritualidade superior, conseguem sobrepor-se às influências múltiplas de natureza deletéria gerada por esses campos mórbidos do astral inferior.


É bem verdade que certos desequilíbrios emocionais e os vícios de maneira geral criam condições favoráveis para a ocorrência dessa contaminação, comprometendo a saúde da vítima. Também é verdade que a profilaxia recomendada para não ser presa fácil dessas vibrações ou energias é manter uma mente focada em ideais nobres e virtuosos. 


Tudo isso é verdade.


Entretanto quando se trata de campos energéticos nocivos gerados por Entidades malignas conjuradas ou não através de atos de Magia Negra, e conscientemente projetados para destruir a vida de uma pessoa, a coisa não é assim tão fácil de resolver. Nesses casos não temos soluções fáceis ou respostas prontas.


Torna-se necessário para a resolução desses casos raros, mas não tão incomuns, um conhecimento especializado em técnicas de magia e anti-demanda. Também é importante salientar que se a vítima de tais ataques espirituais não for tratada a tempo seus infortúnios podem evoluir para níveis reais de obsessão e possessão capazes de arruiná-la totalmente, além de afetar negativamente as pessoas que convivem no mesmo ambiente em que ela reside ou trabalha. 

Anima Mundi


O conceito de Anima Mundi, que se traduz como "alma do mundo", pode ser rastreado até a filosofia grega antiga, especificamente no trabalho do filósofo Platão.

O conceito foi posteriormente adotado e desenvolvido por outros filósofos, como Plotino e os estóicos, e teve uma influência duradoura no pensamento e na literatura ocidentais.  

A Anima Mundi é frequentemente vista como um princípio feminino, e às vezes é associada à deusa grega Sophia. 

Sophia é frequentemente vista como o aspecto feminino do divino.  Em algumas tradições gnósticas, Sophia é vista como a mãe do demiurgo, o ser responsável pela criação do mundo material. 

A conexão entre Sophia e o Anima Mundi é que ambas são consideradas manifestações do divino no mundo.  Sophia é vista como a personificação da sabedoria e a Anima Mundi é visto como a personificação da alma do mundo.  Juntas  são consideradas parte integrante da compreensão gnóstica do divino e sua relação com o mundo.

Na crença gnóstica, a Anima Mundi é a essência espiritual que anima toda a criação. É a ideia de que o universo está vivo e tem uma alma ou consciência, separada do plano físico, e que essa alma é a fonte de todo conhecimento espiritual. 

Os gnósticos acreditavam que, ao se conectarem com a Anima Mundi, poderiam ter acesso às verdades espirituais ocultas. 

O conceito de Anima Mundi, ou "Alma do Mundo", é encontrado também nos ensinamentos dos Oráculos Caldeus.  

De acordo com esses textos, o Anima Mundi é uma energia espiritual divina que permeia e anima todo o universo. 

 Acredita-se que seja a fonte de toda a vida e consciência, e é visto como a ponte entre os reinos físico e espiritual.  

 A Anima Mundi também é frequentemente associado à ideia da "mente cósmica", ou a consciência coletiva de todos os seres vivos.  

Nos Oráculos Caldeus, é dito que através da sintonização com o Anima Mundi, a pessoa pode alcançar uma compreensão mais profunda do universo e de seu lugar dentro dele. 

É descrito como um princípio cósmico que permeia o universo e é responsável pela harmonia e ordem do universo.  

Também é visto como a conexão entre os reinos material e espiritual.

 

Feitiçaria Sexual


O sexo entre um homem e uma mulher nada mais é do que uma das formas do dualismo universal. É o símbolo por excelência da indistinção primordial e divina de toda experiência que tende a reintegrá-la por meio do indivíduo. 


No princípio dizem as grandes tradições e as várias filosofias sagradas do Oriente e do Ocidente – era um único ser, o qual possuía os dois sexos. Adão deixou-se dividir por Deus em duas metades: uma masculina outra feminina; porém com a separação, surgiu, natural, o desejo de reunião em um corpo único.


Na tradição oriental temos a imagem de Shiva, o deus hindu da vida e da morte que também personifica a dupla face dos opostos e o equilíbrio existente entre elas. O deus Shiva em seu aspecto andrógino é Ardhanarishvara – O Princípio Universal – e simboliza a superação dos opostos, o fim da dualidade, a união com a Consciência Universal. É a afirmação do fato de que a criação é instrumentada apenas quando a dualidade se funde como unidade absoluta.


Existe uma forma de Magia que se utiliza do Sexo como trampolim para a expansão da consciência e aquisição de poderes psíquicos (siddhis). Na tradição moderna da Alta Magia falamos na existência dos "espermo-gnósticos" ("spermo-gnostics" no original). O termo designa os gnósticos (do passado e do presente) que acreditam que o sêmen do homem e o útero da mulher são sagrados, e são a chave, ou a porta, para a libertação deste ciclo infindável de reencarnações e sofrimento por que passa o homem neste mundo. 


É uma Tradição Mágica Ocidental que, claramente, se vincula com a "Tantra" oriental.


Nos textos mágico-alquímicos do ocidente os fluidos sexuais femininos são chamados de “Leão Vermelho” (o Enxofre Alquímico) e as secreções masculinas como a “Águia Branca” (O Sal Alquímico). A resultante da combinação desses fluidos é simbolizada pelo Mercúrio Alquímico.


Os segredos da Alquimia Sexual são baseados numa compreensão do uso das secreções do organismo dentro de uma forma específica de prática ritual. As práticas reais de Alquimia Sexual cobrem todo o espectro da Feitiçaria Sexual Tântrica, enquanto sua síntese é encontrada num único rito, a Missa do Espírito Santo. Este rito é a base da eucaristia tântrica, bem como é a chave para a formação de ritos avançados como a Missa Gnóstica.

Mistérios Kabíricos


No ano de 1950 a.C., na ilha de Samotrácia (atualmente Samandrakis), viveram os Kabires. A Grécia era então considerada o centro dos Mistérios Antigos.


No paganismo grego antigo Hekate era a deusa da feitiçaria, uma das jovens Titânides. Por permanecer ao lado de Zeus na luta contra os Titãs, a deusa não perdeu nenhum de seus privilégios, garantindo-lhe, assim, o poder sobre a terra, o céu, o mar e o Mundo Inferior.


Nos ritos esotéricos da O.L.N a Corrente Saturnina da grande triforme Hekate Soteira é identificada como “Alma do Mundo” (Anima Mundi) ou Alma Cósmica do Universo.


Essa visão de Hekate é idêntica aquela adotada pelos filósofos pagãos do Neoplatonismo grego que entendiam Hekate como a personificação de uma ENERGIA PRIMORDIAL ( Shakti, no hinduísmo), o substrato inteligível de toda Magia, tendo autoridade sobre daemons, anjos, eguns e todos os outros espíritos que estavam ligados a Bruxaria ou Magia Cerimonial (que naquela época possuíam uma abordagem diferente do que temos hoje). Eles também adoravam  Hekate como existindo na borda entre o mundo espiritual (inteligível) e o mundo material (sensível), agindo como uma barreira invisível ( e ao mesmo tempo uma conexão) entre esses dois mundos.  


Alguns poetas gregos relatam que Hekate tinha como seus servos os poderosos Kabires (kábeiroi, em grego), “os Grandes Deuses dos Mistérios da Samotrácia”, ilha do mar Egeu, ao largo da costa Trácia, perto da Ásia Menor. Os Mistérios da Samotrácia se juntavam aos Mistérios de Elêusis e outros da religião grega antiga. Segundo Blavatsky: “Samotrácia foi colonizada pelos fenícios e antes deles pelos misteriosos Pelasgos que vinham do Oriente; se recordarmos a identidade dos “deuses de Mistério” dos fenícios, caldeus e israelitas, será fácil descobrir de onde provém o mito confuso do dilúvio de Noé”. (in a Doutrina Secreta, Volume III)


Blavatsky indica que os Kabires ou Cabires “correspondem a Divindades ou deuses mistéricos entre as nações antigas, inclusive os israelitas, alguns dos quais (como Tharé, pai de Abraão) os adoravam com o nome de Teraphim.” Os arcanjos modernos seriam uma transformação desses mesmos Kabires. Os Kabires eram reconhecidos como os Espíritos Planetários mais elevados, os maiores deuses e “os poderosos”.


Seja qual for a interpretação do nome, estamos sem dúvida perante a idéia de “Poderes Celestiais” muito primordiais e sublimes, daí que com este nome de Kabires, sejam designados os Deuses do Mistério por excelência da Antiguidade.  Eles representavam as potências divinas civilizadoras por excelência, e por isso a tradição esotérica da humanidade primitiva está enraizada neles. 


Os Mistérios Kabíricos, não sendo senão uma translação dos Mistérios egípcios, exerceram grande influência sobre a civilização grega, o que bem atesta o elevado grau de sua civilização.


Seus ritos envolviam a navegação (ou seja, a arte de dominar as Águas da Vida), com cultos aos Dióscuros (Castor e Pólux), e esses deuses da Navegação eram cultuados com fervor pelos Adeptos.


Eram oito os deuses kabíricos, divididos em quatro categorias: Oxieres, Axio-Keroa, Dióscuros e Coribantes.  Para o mestre ocultista  Samael Aun Weor, os Kabires são Deuses (Devas) do Fogo ligados intimamente à Kundalini do centro da Terra. 


A Kundalini Terrestre é derivada de Fohat², ou Fogo do Espírito Santo, a energia primordial do Sol, que transmite à Terra calor, força, movimento e magnetismo. Essa energia que alimenta e dá vida à Terra, seria administrada pelos 8 Kabires e distribuída harmonicamente, de acordo com o dualismo do yin-yang, para a manutenção e preservação da vida na superfície e no interior do planeta. 


Nós percebemos o Sol como físico, mas ele também tem sua contraparte espiritual (astral, celestial ou mental e divina), chamada por nós de Kundalini Solar ou Fohat, que tem origem no Primeiro Logos¹ ou centro transmissor de força, cuja fonte é Parabrahman. Considerada a energia dinâmica da Ideação Cósmica (o construtor dos construtores), a Luz do Logos, Fohat “desce” ou é emanada do Sol Espiritual e ao mergulhar no Abismo da Matéria e penetrar cada vez mais fundo no coração do Globo, “densifica-se” e transforma-se em Kundalini Terrestre ou Shakti-Kundalini, a força serpentina, o fogo astral, um aspecto de buddhi. 


Interessante notar que após o apogeu dos Mistérios da Samotrácia os Kabiros passaram ser considerado, na mitologia grega,  apenas deuses ctônicos (do grego χθόνιος, khthonios, "da terra", de khthōn, "terra") propiciadores da fertilidade e das riquezas. Costumavam ser representados com martelos e tenazes, como auxiliares de Hefesto e deuses do fogo e da metalurgia e usando barretes pontudos.


Existe também a possibilidade que o termo Kabire estar relacionado ao do deus indiano Kubera, ao grego kóbalos (espécie de pequenos dáimones), ao eslavo antigo kobi ("espírito protetor"), ao alemão Kobold, ao francês gobelin e ao inglês goblin, palavras aproximadamente equivalentes a "duende".


No Egito faraônico a idéia de Kabire, está associada a Hermes ou Thot  (a língua de Rá e o Logos* Demiurgo), e na antiga Mesopotâmia a Oanes ou Marduk; nas tradições semíticas e aos Teraphim, que posteriormente passaram a ser os Seraphins, ou serpentes de fogo. Também eles estão associados a Forças Celestiais (Nephilim), seres angélicos que se enamoram das filhas dos homens e desceram à Terra para procriaram com elas e gerar uma raça de varões gigantes. 


Aliás, o culto do deus Hermes é certamente pré-helênico, remontando aos pelasgos (povo que ocupou a Grécia muito antes dos aqueus). O culto de Hermes também podia ser encontrado nos chamados Mistérios da Samotrácia.


Venerado nestes cultos, juntamente com Hécate, chamada de Zerenthya, o deus Hermes, com o nome de Kadmylos, sob uma forma itifálica, representando a fertilidade, constituía com ela um par, honrados juntamente. Nestes Mistérios, Hermes era acompanhado por dois irmãos gêmeos, Dárdano e Iasion, em tudo semelhantes aos Dióscuros gregos (Castor e Pólux) e aos Ashwins védicos, todos associados astrologicamente ao signo de Gêmeos. 


1-   Segundo Heráclito de Éfeso (530-470 a. C) o Logos “é o princípio eterno de ordem no universo”. Ele mantinha ainda que o “o Logos, por trás de qualquer mudança duradoura, é o que faz que o mundo se torne um cosmos e um todo ordenado”. 


2-   Sendo assim Fohat é nada mais do que Kundalini em seu aspecto Solar ou Cósmica que em seu processo de involução impele a atividade e orienta suas diferenciações primárias em todos os sete planos de consciência cósmica. Fohat é, simplificando, o "Pensamento Divino" transmitido e manifestado por meio dos Dhyan Chohans, os Arquitetos do Mundo visível.


Do atrito de Fohat – Kundalini geram-se os chakras, “vórtices energéticos”, por onde se expressa a Consciência agindo nos Planos afins ao seu desenvolvimento, valendo isto tanto para um Logos Planetário como para um homem.

O Chrêstos


A palavra "Christos" ou "Chrêstos" do Grego, tem uma história rica e diversificada que remonta, muito antes da existência do Cristianismo. 


Apesar de seu uso generalizado hoje, muitas pessoas desconhecem sua origem e as diferentes conotações que carregou ao longo dos séculos. 


A palavra "Chrêstos" foi usada pela primeira vez por antigos escritores gregos como Heródoto e Ésquilo no século 5 aC.  Naquela época, era aplicado a uma pessoa que interpretava oráculos e agia como profeta ou adivinho.  


Com o tempo, o significado da palavra se expandiu para abranger a ideia de 


"ser ungido" - alguém que passou por um renascimento espiritual e ressurreição e alcançou um estado de união com o divino. 


No paganismo antigo, o título de "Chrêstos" era atribuído aos verdadeiros magos e iniciados nos Mistérios, que após intensos trabalhos e provações haviam atingido um elevado grau de iluminação espiritual. A palavra simbolizava a união da alma humana com a divina e significava a obtenção da autoconsciência logoica. 


Na Alta Magia, o termo "Christos - Agathodaemon" ou "Christos Lúcifer" refere-se ao caminho que se deve seguir para chegar à Grande Obra - a fusão da alma humana com a divina. 


Essa transformação resulta na obtenção do estado de "Ungido" ou "Chrestos". 


Na Cabala Esotérica, o termo "Christos Agathodaemon" está associado à Serpente do Gênesis que oferece o fruto da Árvore do Conhecimento (gnose) a Eva.  Na verdade, esta serpente representa Havah, o portador da vida. 


Chrêstos Solar Luciferiano


Esse particular Ser Angélico conhecido como Logos, cujo veículo físico é o Sol, está entronizado no centro de nosso universo local. “Ali por todo o Manvântara, Ele está voluntariamente auto-sacrificado, não em agonia e morte e derramando suor e sangue, mas em êxtase criativo e vertendo perpetuamente força e vida” (Geoffrey Hodson). 


No esoterismo dos Mistérios Angélicos a crucificação do Cristo Cósmico (não confundir com o Cristo Jesus histórico) representa o Logos Solar descendo à matéria.


A encarnação de um Logos Solar, ou do Cristo Cósmico, é tida como o mais alto sacrifício. Ela era conhecida como Chrestus-Lúcifer entre algumas seitas de gnósticos que conheciam a verdadeira relação de Cristo com o Sol. Os Logoi Solares, seres cujos envoltórios são sóis, são representados em todas as religiões como uma força crística redentora da humanidade.


A palavra "Chrêstos" tem uma história rica e diversificada que remonta há tempos longínquos. Desde seu uso original como um termo para um profeta ou adivinho, até sua associação com iluminação espiritual e transformação no paganismo, e seu papel na Alta Magia e na Cabala Esotérica, a palavra continua a ocupar um lugar significativo no léxico espiritual.  


Seja como símbolo do despertar espiritual ou como referência a um caminho a ser percorrido, "Chrêstos" continua sendo um conceito importante para quem busca compreender os mistérios mais profundos do espírito humano.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Linhas de Quimbanda


Assim como há as sete linhas que regem e organizam as forças existentes dentro da Umbanda, dentro da Quimbanda o mesmo acontece e processa, pois como se sabe, " tudo que há em cima, há em baixo." Tendo esta Lei para se começar a entender o por que da existência das sete linhas da Umbanda e da Quimbanda, encontraremos meios de compreensão que estas linhas, estão em lados opostos e harmoniosamente equilibradas, permitindo desta maneira o equilíbrio perfeito resultante dos movimentos dos opostos, perpetuando pela quebra e restauração deste equilíbrio o movimento perpétuo e necessário para a existência em sua concepção maior.


As linhas da Quimbanda, assim como as linhas da Umbanda, são em numero de sete. Vejamos :


Linha Malei

Chefe - Exu Rei, é composta por 7 falanges, cada qual com seu chefe, e seus sete respectivos subordinados. Os componentes desta linhas são os componentes do Alto Comando do Povo de Exu, por este motivo é entendida como a linha que opera e comanda todas as decisões dentro do reino. Esta linha funciona com um alto conselho, uma alta cúpula que rege e administra o reino de Exu, seus componentes de apresentam sempre com roupagem de cor escura, cobertos por uma luz vermelha e sem brilho. Componentes da Linha Malei:


Exús

Exu Rei das Sete Encruzilhadas

Exu Marabô

Exu Mangueira

Exu Tranca Ruas das Almas

Exu Tiriri

Exu Veludo

Exu dos Rios ou Campinas

Polo Passivo

Pomba Gira - PombaGira Rainha das Sete Encruzilhadas


Linha das Almas

Chefe - Omolu, encontra-se nesta linha espíritos vulgarmente conhecidos como omulus, e isto se deve pelo fato de estarem este espíritos sob a égide de Omulu, tanto no Organograma, quanto diretamente subordinados a ele em sua linha, outro fato que vem elucidar o fato pelo qual estes espíritos são conhecidos pelo denominativo supra citado, é que estes tem por morada os cemitérios, onde também são realizadas suas entregas,são espíritos que se apresentam cobertos de pêlos, unhas em forma de garras, chifres e rosto semelhante à lobos e com olhos vermelhos. São os componentes desta linhas:


Exús

Exu Mirim

Exu Pimenta

Exu Sete Montanhas

Exu Ganga

Exu Kaminaloá

Exu Malê

Exu Quirombô

Polo Passivo

Pomba Gira - PombaGira das Almas


Linha do Cemitério ou dos Caveiras

Chefe - Exu Caveira, tendo sob sua responsabilidade as ações dos espíritos vulgarmente conhecidos como caveiras, sendo suas manifestações, não para todos estes elementos, na forma de esqueletos. Há sim, alguns destes espíritos que se apresentam e manifestam-se como esqueletos, porém não todos. O fato que outorgou-lhes o denominativo de caveiras é o simples fato de que estes espíritos trabalham e respondem obediência a Exu Caveira, também e pelo fato de que estes espíritos trabalham, e recebem suas oferendas dentro dos cemitérios. São os componentes desta linha:


Exús

Exu Tatá Caveira

Exu Brasa

Exu Pemba

Exu do Lodo

Exu Carangola

Exu Arranca Toco

Exu Pagão

Polo Passivo

Pomba Gira - PombaGira Rainha dos Cemitérios


Linha Nagô

Chefe - Exu Gererê, os espíritos que são os componentes desta linha são exímios entendidos na pratica da magia, seja astral, seja natural ou qualquer outra forma ou modalidade a eles requisitados. Sua atuação principal é dentro da magia vodu, muito conhecida a nível superficialissímo, sendo esta modalidade da magia, ensinada a pouquíssimos iniciados, haja vista sua complexidade, sua extrema e perigosíssima eficiência, que em mãos erradas podem resultam grandes e as vezes irreversíveis conseqüências, tanto ao operador quanto a infeliz vítima. Quero deixar claro que a magia vodu pode ser amplamente requisitada e usada para fins maléficos, na qual obtém resultados rápidos e por demais eficientes, contudo a magia vodu também, e deveria assim ser, utilizada para fins benéficos e virtuosos. Os espíritos que se apresentam dentro desta linha são denominados vulgarmente de "Gangas". Este fato é existente pelo pouco conhecimento que se tem que o chefe desta linha é Exu Gererê, ou seja é ele um Exu pouco conhecido, apresenta-se sempre com uma armadura, carregando um tridente e uma espada, porém confundido com Exu Ganga, que por sua vez, é por demais conhecido dentro das giras Umbandistas e Quimbandistas, e é este Exu, elemento desta forte e perigosa linha da Quimbanda. São os elementos desta linha:


Exús

Exu Quebra Galho

Exu Sete Cruzes

Exu Gira Mundo

Exu dos Cemitérios

Exu da Capa Preta

Exu Curador

Exu Ganga

Polo Passivo

Pomba Gira- PombaGira Maria Padilha


Linha de Mossorubi

Chefe - Exu Kaminaloá, os espíritos que se apresentam dentro desta linha possuem um especialidade real para os males de origem espiritual que por ventura venham causar perturbações dentro da mente do ser humano. São os elementos desta linha exímios conhecedores da mente humana e por esta razão são evocados para realizarem os mais diverso tipos de trabalhos onde se necessite o tratamento mental ou desenvolvimento mental para se conseguir os objetivos do operador. São os elementos que compõe esta linha:


Exús

Exu dos Ventos

Exu dos Morcego

Exu Sete Portas

Exu Tranca Tudo

Exu Marabá

Exu Sete Sombras

Exu Calunga

Polo Passivo

Pomba Gira - PombaGira Maria Molambo


Linha dos Caboclos Quimbandeiros

Chefe - Exu Pantera Negra, conhecido por este nome devido à sua enorme coragem e força para vencer demandas e realizar os mais terríveis trabalhos de magia, além de ter o poder de curar até doenças tidas como incuráveis, também possui o poder de enriquecer quem a ele recorrer, esta linha possui este denominativo não é atoa, pois os espíritos que compõe esta linha se apresentam como se fossem caboclos, índios americanos enfim, tendo especialidade em trabalhos de cura e desobsidiação, além de favorecerem as riquezas materias e tesouros, são exímios guerreiros, a maioria delas pertencem a antiga tribo Sherokee dos E.U.A. Assim como ocorre em todas as linhas, é esta composta por sete falanges, cada uma com seu respectivo chefe, que por sua vez comanda outras sete legiões, onde se divide novamente em sete falanges, novamente, cada falange com sete chefes e assim sucessivamente até certo limite. São os elementos desta linha:


Exús

Exu Sete Cachoeiras

Exu Tronqueira

Exu Sete Poeiras

Exu da Matas

Exu Sete Pedras

Exu do Cheiro

Exu Pedra Negra

Polo Passivo

Pomba Gira - PombaGira da Figueira


Linha Mista

Chefe - Exu dos Rios ou Campinas. Possui este denominativo, pelo fato de que os espíritos que compõe esta linha não são Exus, mas sim Kiumbas, ou seja, espíritos desencarnados, espíritos de mortos, que servem a Exu. Estes espíritos se encontram nestas condições por fatores que não correspondem ao assunto proposto por esta página. Estes espíritos que trabalham dentro desta linha são os responsáveis pelas obsidiações ou obsessões, excitando várias doenças que por serem causadas a nível espiritual, não são diagnosticadas pelos médicos encarnados, o que torna estas doenças impossíveis de serem curadas pelos métodos da ciência profana. Chegam a causar loucura, estados mentais de perturbações diversas. Mas aqui vai um lembrete: Os Agentes Mágicos são em verdade forças cegas, e assim sendo cabe ao operador direcioná-la da maneira melhor possível, tendo em mente sempre a infalível Lei do Retorno. Sendo esta Linha composta por Kiumbas, é esta apenas regida pelo Exu dos Rios ou Campinas, tendo como polo passivo da linha, Pomba Gira, ou seja todas as Pomba Giras.

Umbanda e Quimbanda


Relações Existentes Entre as Linhas da Quimbanda e Umbanda.

Uma vez se entendendo que há uma perfeita harmonia entre as ações dos elementos que compõe as linhas da Quimbanda e da Umbanda, cada elemento destes há um paralelo, um elo de ligação entre a Umbanda e a Quimbanda.

Entre as Linhas da Umbanda Linhas da Quimbanda:


Linha de Oxalá Linha Malei

Linha de Ogum Linha do Cemitério

Linha de Oxóssi Linha dos Caboclos Quimbandeiros

Linha de Xangô Linha de Mossorubi

Linha de Yorimá Linha da Almas

Linha de Ibêji Linha Mista

Linha de Yemanjá Linha Nagô


Há ainda outros elos de ligação entre os Orixás da Umbanda com os Exus da Quimbanda.


No caso de Ogum, há uma manifestação de Ogum, para corresponder com cada uma das sete Linhas da Quimbanda:


Ogum de Malei Linha Malei

Ogum Megê Linha do Cemitério

Ogum Rompe Mato Linha dos Caboclos Quimbandeiros

Ogum Rompe Mato Linha de Mossorubi

Ogum Megê Linha da Almas

Ogum Xoroquê Linha Mista

Ogum de Nagô Linha Nagô


Elos existentes dentro das próprias Linhas de Umbanda com os Exus:


Linha de Oxalá

1ª Falange ou Legião - Caboclo Urubatão - Exu Sete Encruzilhadas

2ª Falange ou Legião - Caboclo Guaracy - Exu Sete Poeiras

3ª Falange ou Legião - Caboclo Guarani - Exu Sete Cruzes

4ª Falange ou Legião - Caboclo Aymoré - Exu Sete Chaves

5ª Falange ou Legião - Caboclo Tupy - Exu Sete Pembas

6ª Falange ou Legião - Caboclo Ubiratan - Exu Sete Capas

7ª Falange ou Legião - Caboclo Ubirajara - Exu Sete Ventanias


Linha de Ogum

1ª Falange ou Legião - Caboclo Ogum Da Lei - Exu Tranca Ruas das Almas

2ª Falange ou Legião - Caboclo Ogum Matinada - Exu Tira Teimas

3ª Falange ou Legião - Caboclo Ogum Rompe Mato - Exu Veludo

4ª Falange ou Legião - Caboclo Ogum Beira Mar - Exu Arranca Toco

5ª Falange ou Legião - Caboclo Ogum Malei - Exu Porteira

6ª Falange ou Legião - Caboclo Ogum Megê - Exu Limpa Trilho

7ª Falange ou Legião - Caboclo Ogum Yara - Exu Tranca Gira


Linha de Oxóssi

1ª Falange ou Legião - Caboclo Arranca Toco - Exu Marabô

2ª Falange ou Legião - Caboclo Araribóia - Exu Pemba

3ª Falange ou Legião - Caboclo Arruda - Exu Campina ou dos Rios

4ª Falange ou Legião - Caboclo Cobra Coral - Exu da Capa Preta

5ª Falange ou Legião - Caboclo Tupinambá - Exu Lonan

6ª Falange ou Legião - Cabocla Jurema - Exu Bauru

7ª Falange ou Legião - Caboclo Pena Branca - Exu da Matas


Linha de Xangô

1ª Falange ou Legião - Caboclo Xangô Kaô - Exu Gira Mundo

2ª Falange ou Legião - Caboclo Xangô Pedra Branca - Exu Mangueira

3ª Falange ou Legião - Caboclo Xangô Agodô - Exu Pedreira

4ª Falange ou Legião - Caboclo Xangô Sete Montanhas - Exu Corcunda

5ª Falange ou Legião - Caboclo Xangô Sete Cachoeiras - Exu Calunga

6ª Falange ou Legião - Caboclo Xangô Pedra Preta - Exu Meia Noite

7ª Falange ou Legião - Caboclo Xangô Sete Pedreiras - Exu Ventania


Linha de Yorimá

1ª Falange ou Legião - Pai Guiné - Exu Pinga Fogo

2ª Falange ou Legião - Pai Tomé - Exu Come Fogo

3ª Falange ou Legião - Pai Joaquim - Exu Bara

4ª Falange ou Legião - Pai Benedito - Exu Alebá

5ª Falange ou Legião - Vovó Maria Conga - Exu Caveira

6ª Falange ou Legião - Pai Congo D´Aruanda - Exu do Lodo

7ª Falange ou Legião - Pai Arruda - Exu Brasa


Linha de Yori ou Ibêji

1ª Falange ou Legião - Tupanzinho - Exu Tiriri

2ª Falange ou Legião - Ori - Exu Toquinho

3ª Falange ou Legião - Damião - Exu Manguinho

4ª Falange ou Legião - Yari - Exu Ganga

5ª Falange ou Legião - Doum - Exu Lalu

6ª Falange ou Legião - Cosme - Exu Veludinho

7ª Falange ou Legião - Yariri - Exu Mirim


Linha de Yemanjá

1ª Falange ou Legião - Cabocla Yara - Exu Pomba Gira Rainha

2ª Falange ou Legião - Cabocla Estrela do Mar - Exu Carangola

3ª Falange ou Legião - Cabocla Indaiá - Exu Nanguê

4ª Falange ou Legião - Cabocla do Mar - Exu Maria Padilha

5ª Falange ou Legião - Cabocla Yansã - Exu Maré

6ª Falange ou Legião - Cabocla Nanã Burukun - Exu Gererê

7ª Falange ou Legião - Cabocla Oxum - Exu do Mar


Assim como estas ligações, elos, correspondências e afinidades existentes entre os Orixás da Umbanda e os Exus, existem muitas outras, porém se torna impraticável apresenta-las a todas.