quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A Igreja de Satã


Toda a criação e ascensão do Satanismo foram criadas e planejada para serem teatrais e, por quê não, holywoodiano. O que poderiamos esperar de uma religião que nasceu na Califórnia? LaVey conhecia o poder que um mito bem estabelecido possui, por isso arquitetou toda a sua obra de forma espetacular.

É por isso que a Church of Satan não foi fundada em um dia qualquer, mas em uma noite conhecida por ser uma das grandes celebrações tenebrosas do ano, a noite tradicionalmente conhecida como a noite em que as bruxas e demônios caminhavam pela terra. Em 30 de abril de 1966 celebrou-se o dia de Walpurgisnacht como nunca antes. Entre os satanistas até hoje ao lado do Halloween e abaixo do próprio aniversário esta é uma das dadas festivas mais importantes.

Para simbolizar esta nova transformação e estabelecer as fundações da ordem satânica recém criada, LaVey raspou o cabelo como uma parte formalizada do ritual de fundação da Church of Satan, seguindo o modelo dos carrascos medievais e dos magos negros antes dele. Em um primeiro momento pode parecer que a cabeça calva seja a antítese da figura dos profetas e dos messias das religiões anteriores, quase sempre retratados como sendo cabeludos, mas trata-se de um simbolismo muito mais profundo. Raspar todo o cabelo foi uma representação e uma alusão ao poema 'Kubla Khan' de Samuel Taylor Coleridge na qual o autor homenageia o líder mongol Kublai Khan e seu palácio de verão, Xanadu:


KUBLA KHAN

Samuel Taylor Coleridge

Tradução de Victor Lacombe

Em Xanadu erigiu Kubla Khan
Um domo de prazer decretado
Onde o rio sagrado Alph corria
Em cavernas que o homem não mediria
Em um mar pelo sol não explorado.
O solo fértil se estendia
Com ameias trançadas ao dia
Nos jardins e trilhas sinuosas
Florescia uma árvore de incenso
Em florestas tão misteriosas
Com raras manchas ensolaradas.
Mas ah! O profundo abismo romântico
Na colina, coberta de madeira cortante
Lugar selvagem! Santo, como um cântico 
Pois, a lua em prantos é amaldiçoada
Por uma dama e seu demoníaco amante
E do abismo, inquieto e fervente
Como se a terra respirasse inocente
Uma fonte surgiu, no momento forçada
E vindo de seu jato interrompido
Fragmentos caíram como granizo
Ou grãos que somem sem aviso
E dentre as rochas em sua dança
Correu acima o rio sem temperança
Seguindo seu caminho sinuosamente
E dentre a madeira o rio corria
Até as cavernas que o homem não mediria
E afundou em tumulto num mar sem vida
E nesse tumulto, Kubla ouviu da terra
Vozes ancestrais profetizando guerra!
A sombra do prazeroso domo, ela
Flutuava por dentre as ondas
Onde foi ouvida com cautela
Da fonte e das cavernas sem sondas
Era um milagre, com todo o direito de Sê-lo
O domo de prazer, ensolarado e feito de gelo!
Uma donzela e um saltério
Eu tive essa visão um dia
Era uma abissínia escrava
E com seu saltério, ela tocava
Cantando do monte Abora
Ah! Se pudesse tê-la dentro de mim
Sua música e sinfonia
Um êxtase tão profundo viria a mim
Que com sua música e sua harmonia
No ar, o domo talvez eu construa
Prazeroso domo! Ensolarado e de gelo
E todos que ouviram os veriam então
E todos gritariam Atenção! Atenção!
Seus olhos brilham, seu cabelo flutua
Teça um círculo a sua volta com riso
E feche seus olhos com medo e castidade
Pois ele se alimentou do mel da eternidade
E bebeu o leite do Paraíso.


O poema foi de fato declamado na ocasião. Ele fala de prazeres carnais, crueza e mistérios, todos elementos que formariam o coração do Satanismo. Era visto por Lavey como um encantamento e uma rejeição formal da Trindade Sagrada, e uma declaração poética sobre substituição de uma vida espiritual por uma devotada aos interesses materiais. Raspar a cabeça foi também uma referência à cerimônia tradicional dos Yezidi, vistos como adoradores do Diabo. Como um ritual de passagem que todo adepto deve passar. A navalha usada neste ritual é tradicionalmente lavada nas águas de ZamZam, as quais o submundo islâmico diz ser o ponto de entrada para as Sete Torres de Satã. As cavernas entre as torres supostamente levam por sua vez até o local onde está o Mestre Satânico conhecido como Shamballah, ou Carcosa. Contudo estas passagens foram trancadas quando ele deixou o mundo e os descendentes de Adão para trás.

Vemos assim que a inauguração da Church of Satan foi muito bem planejada para ser um evento significativo. Para completar o ritual, LaVey declarou 1966 o Ano Um. Anno Satanas — o primeiro ano do reino de Satã.

Nove membros da Ordem do Trapezóide foram então escolhidos para formar 'O Conselho dos Nove'. Esta escolha de um grupo misterioso de nove pessoas remete à tradição dos Nove que remonta a obras de Shakespeare, John Dryden, Talbot Mundy e Richard Johnson. A arquetípica formação de nove membros que sugere, acima de tudo, conspiração e poder e está, inclusive, refletida na Suprema Corte dos Estados Unidos. A Nova Era do Fogo havia sido inaugurada, e apesar de cerimônia de Walpurgisnacht de 1966 ter sido altamente pessoal e privada LaVey logo sentiria os tremores na terra e as consequências daquilo que havia trazido ao mundo.

“Nós misturamos uma fórmula de nove partes de respeitabilidade social com uma parte de ultraje” disse Anton LaVey. "Nós fundamos a Igreja de Satã – algo que destruirá todos os conceitos do que uma 'Igreja' deve ser. Aquele era um templo de indulgência que abertamente desafiava os templos de abstinência que haviam sido construídos até então. Nós não queríamos que fosse um lugar deplorável onde ninguém é bem recebido, mas um lugar onde você poderia ir para se divertir".

Foi este o principio das duas grandes revoluções iniciadas pelo Satanismo. A primeira foi a integração da magia com o pragmatismo, livre do misticismo inútil e metáforas infinitas que não falam sobre nada que realmente valha a pena. A segunda é o estabelecimento de uma religião abertamente satânica, baseada na auto-indulgência, carnalidade (aqui e agora no lugar de ali e depois) e no prazer em lugar da auto negação. Estes dois aspectos não estavam satisfatoriamente combinados e esta harmonização só aconteceria com o decorrer do tempo, mas com a cerimonia de 1966 LaVey colocou do avesso tudo o que se imaginava que religião e ocultismo deveriam ser e deste avesso trouxe ao mundo o Satanismo.

Após o primeiro ano de sua criação a Church of Satan foi o centro das atenções de três acontecimentos que se tornaram a sensação nas manchetes ao redor do mundo: o casamento, o batismo e o funeral satânico. Isso aconteceu em uma fase de transformação do Satanismo, na qual LaVey percebeu a importância da cobertura da mídia e sabia que mesmo a má-fama podia ser usada a seu favor.

É preciso afirmar novamente que o Satanismo não foi uma doutrina revelada, portanto é natural que tenha evoluído aos poucos. Num primeiro momento os rituais da Church of Satan ainda não estavam organizados da forma como estão hoje, e eram de fato largamente celebrados para serem blasfêmias catárticas. Muitos dos elementos usados eram consistentes com os relatos de adoração ao demônio medievais descritos por Joris-Karl Huysman’s La Bas. Uma mulher nua no altar sempre foi usada, a música de fundo eram verdadeiras paródias dos tradicionais hinos eclesiásticos, a cruz era posta de cabeça para baixo, o nome de deus era recitado de trás para frente, hóstias negras eram consagradas ao serem inseridas na vagina sobre o altar, whiskey era usado no lugar do vinho, água benta era substituída por leite ou fluído seminal e os nomes das deidades infernais eram invocados em substituição ao deus cristão. Em outras palavras, era mais do que a maioria dos cristãos pod a suportar. Alguns, dominados pela curiosidade, eram atraídos pelo espectáculo para logo em seguida correrem de volta para casa e abraçarem suas cruzes para se sentirem novamente protegidos dos demônios que haviam chamado.

Logo chegou o momento em que Lavey se cansou de simplesmente parodiar a cristandade e decidiu elevar seus rituais de uma blasfêmia passiva para algo satanicamente ativo. “Eu percebi que existe uma grande área cinza entre a psiquiatria e a religião, uma área que tem sido deixada amplamente vazia”, disse LaVey. Ele viu o potencial que seus rituais mágicos poderiam ter se feitos coletivamente, em uma poderosa combinação de psicodrama e direcionamento psíquico. No lugar de simplesmente desperdiçar sua força bioelétrica com cerimônias blasfêmias, a energia poderia ser estruturada, moldada e direcionada para objetivos específicos. Cansado de truques de salão, LaVey fez com que o seu próprio público aprendesse como usar magia real e aplicada, para seu próprio benefício.

Foi quando, aparentemente como se para comprovar a sinergia de sua Igreja, houve o verdadeiro casamento satânico, no qual o conhecimento de magia prática de Lavey se uniu com a filosofia materialista hedonista que ele havia criado. As cerimônias foram reescritas para, além de terem propósitos mágicos, também reafirmarem as bases da doutrina. Ritual e dogma sempre foram usados como uma forma de cativeiro mental, mas a partir de agora poderiam ser usados como ferramentas de cultivo da liberdade.

O Casamento Satânico

Realizado por parte de dois proeminentes membros da Igreja, em 1º de fevereiro de 1967. John Raymond, um jornalista político radical e Judith Case, socialite, filha de uma família bem conhecida de Nova Iorque. Apesar de este não ser o primeiro casamento satânico a ser celebrado por Anton LaVey, a fama de John e Judith, de virem de uma boa família, despertou interesse suficiente para o casamento ser uma verdadeira bomba na imprensa.

A noticia se espalhou rapidamente e no dia da cerimônia jornais de América e da Europa trouxeram seus repórteres e fotógrafos para a Califórnia. Ao Redor da Black House as testemunhas se acotovelavam para testemunhar esta suprema blasfêmia. Não se via tanta gente amontoada desde a inauguração da Gonden Gate, e a comoção foi tanta que a polícia teve que proteger a área com fitas de isolamento. Joe Rosenthal, fotógrafo conhecido por ter tirado a imortal foto nos marines levantando a bandeira em Iwo Jima, durantes a Segunda Grande Guerra, foi contratado pelo San Francisco Chronicle para registrar o momento. O Los Angeles Times, entre tantos outros jornais proeminentes dedicou quatro colunas da primeira página para a foto do casamento satânico tirada por Rosenthal.

O evento foi tão grandioso que existem filmes registrando a cerimônia disponíveis até os dias de hoje, você pode assistir a um deles clicando aqui.

As matérias davam destaques diferentes para o evento, por vezes destacando a presença de uma mulher nua como altar por vezes apontando a presença de importantes celebridades ou de Togare, o leão Nubiano que, agitado com a festa, rugia sonoramente de algum lugar nos fundos da casa. Foi nessa ocasião que LaVey foi batizado pela mídia de o “Papa Negro” e começou a dar entrevistas. Enquanto muitos artigos foram publicados em revistas masculinas graças ao altar nú, as publicações mais populares seguiram logo o alvoroço. Eventualmente as grandes revistas estavam fazendo matérias de capa sobre o recém avanço do Satanismo.


O Primeiro Batizado Satânico

LaVey decidiu então que o mundo estava pronto para testemunhar o primeiro batizado satânico público. As pessoas seriam forçadas a ver que o Satanismo não tinha nada haver com beber o sangue de recém nascidos ou sacrificar animais e sim com o oposto. Ele declarou:

“Melhor do que limpar a criança de um pecado original, como é o batismo cristão impondo-lhe culpa desde a infância, nós glorificamos seus instintos e intensificamos sua luxúria pela vida".

Quem melhor para ser batizado em uma cerimônia pública do que sua filha de três anos, Zeena LaVey? Com seus cabelos loiros e seu sorriso encantador, ela logo cativou os repórteres como uma angélica criança a ser dedicada ao diabo. Enquanto muitas organizações cristãs e outros “cidadãos preocupados” ficaram ultrajados havia muito pouco que eles pudessem fazer. Alguns anos antes LaVey poderia ser linchado por isso, e alguns anos depois poderia ter sido processado por abuso satânico em alguns lugares dos Estados Unidos, mas em 1967 havia pouco suporte social para defender a histeria religiosa dos cristãos.

O batizado de Zeena foi marcado para Maio. Fotógrafos já estavam de plantão em frente à Black House às seis da manhã - apesar da cerimônia estar marcada para as três da tarde. Um dos membros da Church of Satan, Kurt Saxon, criou um amuleto para Zeena naquela ocasião. Era um Baphomet colorido com um sorvete, um pirulito e outros atrativos infantis ao redor do círculo. Sua mãe a vestiu em um brilhante robe vermelho e a colocou sentada na beira do altar enquanto ela brincava com os repórteres e posava para as fotografias que mais tarde estariam espalhadas pelos jornais, de Roma à Nova Yorque.

Na ocasião LaVey recitou uma impressionante invocação, mas tarde adaptada para o seu livro “The Satanic Rituals”:

“Em nome de Satã, Lucifer... Dêem boas vindas à senhorita Zeena, criatura de poderosa luz mágica. Seja bem vinda à nossa companhia, o caminho das trevas lhes dá as boas vindas. Não tenha medo. Acima de ti Satã pende seu corpo, no estrelado céu noturno, protegendo-a com suas grandes asas negras.

Pequena feiticeira, a mais natural e verdadeira magista, tuas pequenas mãos tem o poder de trazer os céus para baixo e deles construir monumentos à tua própria e doce indulgência. Teus poderes fazem de ti uma verdadeira mestra deste mundo de homens guiados pelo medo, pela culpa e pelo remorso. Assim, em nome de Satã, nós colocamos vossos pés sobre o caminho da mão esquerda.

Zeena, nós a batizamos com a terra e com o ar, com a salmoura e com a flama que queima. E assim dedicamos tua vida ao amor, à paixão, à indulgência, à Satã e ao caminho das trevas. Hail Zeena! Hail Satã!”

Toda a cerimônia foi criada para a criança se sentir bem, dando-lhes boas vindas com visões, aromas e sons que a agradavam. Diferente do método de batismo cristão de jogar água na cabeça de uma criança assustada, Zeena foi agraciada com carinho e diversão durante todo o ritual e estava maravilhada com toda a aquela atenção dispensada por seus admiradores e pela imprensa.

O Funeral Satânico

Em dezembro do mesmo ano, Anton, foi procurado pela Senhora Edward Olsen, que queria que o Alto Sacerdotes da Church of Satan realizasse o funeral de seu marido recém falecido, . O oficial da marinha, morto em um acidente próximo à Treasure Island Station em São Francisco. Apesar de ter sido exposto à orientação batista desde a tenra infância o Sr. Olsen conheceu mais do mundo e do comportamento humano ao entrar para a marinha, cansando-se com uma sexy maruja e abraçou o Satanismo como uma forma mais realista de viver a vida. “Ele acreditava nesta Igreja”, disse a Senhora Olsen, “e é esta Igreja que ele gostaria que realizasse seu funeral.”

Apesar de estarrecidos, os oficiais na marinha não podiam fazer nada senão respeitar o desejo do falecido e da esposa, e concordaram com as determinações da família sem muita discussão, considerando como dever a realização do último pedido do Sr. Olsens. Na cerimônia estavam oficiais da marinha em traje de gala e satanistas vestidos com capuzes negros e medalhões com o sinal de Baphomet, ambos os grupos dispostos com rigidez militar. Os marinheiros estenderam a bandeira americana sobre o caixão negro cromado enquanto LaVey recitava uma ode enfatizando o comprometimento de Edward para com a vida e a liberdade ao escolher seguir o caminho do diabo na terra.

Ao final do funeral a guarda disparou uma salva de tiros com seus rifles em homenagem ao falecido e um músico da marinha começou a tocar uma música final após os celebrantes saudarem: “Hail Satã!” e “Hail Edward!”

Apesar do Arquebispo de São Francisco ficar enfurecido com a situação enviando imediatamente uma carta de reprovação ao presidente Johnson, a maioria dos moradores de São Francisco, incluindo oficiais da marinha, afirmavam que Olsen deveria receber a mesma consideração que qualquer outro oficial. A resposta da Casa Branca foi, bastante benéfica para a viúva e seu jovem filho. Olsen era um reparador de máquinas de terceira classe e foi erroneamente referido pela Casa Branca como “Chefe Sub oficial”. A Sr. Olsen podia usar agora aquela carta para exigir uma promoção póstuma para seu marido e receber benefícios superiores ao que já recebia. LaVey, com seu senso de oportunismo logo creditou intervenção demoníaca à boa fortuna do Sr. Olsen. Devido ao rápido crescimento de militares se declando satanistas, o Satanismo foi logo aceito como uma religião reconhecida pelo Chaplain’s Handbook das forças armadas americanas, que contém uma descrição religiosa atualizada de anos em anos pela Church of Satan.

Maldição Satânica

Além das cerimônias semanais, Anton conduzia Workshops e seminários sobre magia prática, bruxaria e Satanismo, que atraíam personalidades notáveis de toda costa californiana. A sexy symbol Jayne Mansfield, famosa por suas medidas e seu comportamento provocantes insistiu em encontrar-se pessoalmente com o Papa Negro. LaVey e Mansfield se entenderam quase que imediatamente cada um preenchendo as necessidades diabólicas do outro. Jayne tornou-se passionalmente obcecada por Anton, ligando para ele várias vezes por dia, de onde quer que estivesse e eventualmente engajando-se em tirar carteira de motorista em São Francisco, para poder dirigir sem a companhia se seu persistente advogado/namorado, Sam Brody. A fascinação de Jayne Mansfield por LaVey e sua dedicação à filosofia satânica continuou forte até sua morte em Juno de 1967. O acidente de trânsito que a matou destruiu também Sam Brody, a quem LaVey tinha formalmente amaldiçoado como resposta aos ciúmes e tentativas de Brody de causar-lhe descrédito.

LaVey avisou Jayne que ela estava em perigo constante sempre que se encontrasse na companhia de Brody. Infelizmente Jayne não deu ouvidos a Anton, e em 19 de Junho de 1967, enquanto viajava para Nova Orleans com Sam Brody, o carro que conduziam acidentou-se contra um camião tanque, vitimando ambos.

Na noite da morte de Mansfield, LaVey estava na Black House, recolhendo material para a revista alemã Bild-Zeitung. Quando ele virou uma página que havia acabado de recordar de uma revista, ficou chocado ao ver que havia inadvertidamente cordado a foto de Jayne do outro lado da página bem no meio do pescoço. Quinze minutos depois uma repórter da New Orleans Associated Press ligou para Anton para registrar sua reação ao trágico acidente. Jayne havia sido praticamente decapitada pelo para brisas do carro.

Rituais ensandecidos, ritos de fertilidade, rituais de destruição, cerimônias de casamentos, rituais shibboleth, invocações de deuses endemoniados pela história, batismos e funerais, celebrações de Halloween, Walpurgisnacht e psicodramas na forma da Missa Negra foram criados para a participação e entretenimento do público todas as sextas à noite. Este período de rituais não foi somente um tempo de brincadeiras e blasfêmias, mas um desenvolvimento necessário de crescimento e descoberta que ajudou a gerar e concentrar a energia necessária para os experimentos dos próximos anos.

Morbitvs Vividvs