sábado, 21 de outubro de 2017

Tulpa


Tulpa é uma entidade ou objeto que, segundo o budismo tibetano, pode ser criado unicamente pela força de vontade, envolvendo meditação, concentração e visualização intensas. Em outras palavras, a tulpa seria um pensamento tornado tão real pelo praticante que chegaria a assumir uma forma física, material.

TULPA - Emanação forma-pensamento, "emanação mágica".

Tulpas são "formações mágicas" geradas por uma poderosa concentração do pensamento. Tulpa é uma ferramenta do Budismo Tibetano Vajrayana, Bonpo, um conceito upaya, disciplina e ensino.

Tulpas - quando o pensamento toma forma Transcendental: é a materialização de nossos pensamentos.

O Livro Tibetano da Grande Libertação explica o que são Tulpas.

Enquanto a mente é capaz de criar um mundo de ilusão, ela também pode criar qualquer objeto desejado. Este processo consiste em transformar uma visualização em algo palpável, sendo similar, da mesma maneira que um arquiteto confere vida a um plano bidimensional.

No Budismo Tibetano é uma prática constante, começamos a criar uma intenção, a energia dirigida de desejo, que, se persistir dá origem a uma forma de pensamento ou tulpa composta da energia acumulada dessa intenção / desejo.

O Budismo Tibetano tem práticas poderosas, que podemos emanar Tulpas como nosso Yidam (divindade tutelar) que as obtemos através dos votos e iniciações.

Yidam é um tipo de divindade tântrica ou Vajrayana, do Budismo Tibetano. São manifestações do estado de Buda ou da mente iluminada. Durante a prática pessoal da meditação (sādhana), o yogi identifica a sua própria forma, atributos e mente com as de um yidam com a finalidade de transformação, da transcendência.

É difícil saber a extensão da influência dos Tulpas nos seres comuns, o grau em que são suscetíveis a intenção de outras pessoas e concepções mentais, suas orações, maldições ou obsessões. Mas, estar ciente disto, de como a nossa energia psíquica é essencialmente criativa, como o budismo nos recordou há milhares de anos, certamente vai fazer-nos ter mais cuidado com nossos pensamentos. A noção de que parece mais do que adequada, dado que, como o Buda é citado no início do Dhammapada: "Nós somos o que pensamos."

A pessoa comum está efetivamente criando uma realidade substituta em que a sua fantasia pode se tornar real, apenas não tem consciência que isto acontece e deixa sua mente vagar e se concentrar em seus apegos e memória, criando sempre mais sofrimento, não compreende como tudo aparece e desaparece em sua vida, achando que existe um poder externo (destino) que a conduz.

Forma-pensamento

Segundo a teosofia formas-pensamento são criações mentais que utilizam a matéria fluídica ou matéria astral para compor as características de acordo com a natureza do pensamento. Deste ponto de vista, encarnados e desencarnados podem criar formas-pensamento, com características boas ou ruins, positivas ou negativas. As formas-pensamento são supostamente criadas através da ação da mente sobre as energias mais sutis, criando formas que correspondem a natureza do pensamento gerado.

Pensamento abstrato

C. W. Leadbeater, em seu livro Compêndio de Teosofia descreve da seguinte forma:

"Quando um homem dirige o pensamento para um objeto concreto, uma caneta, uma casa, um livro ou uma paisagem, forma-se na parte superior de seu corpo mental uma pequena imagem do objeto, que flutua em frente ao seu rosto, ao nível dos olhos. Enquanto a pessoa mantiver fixo o pensamento sobre o objeto a imagem vai permanecer, e persiste mesmo algum tempo depois.

O tempo de duração desta imagem dependerá da intensidade e também da clareza do pensamento. Além disso, essa imagem é inteiramente real e poderá ser vista por aqueles que tenham desenvolvido suficientemente a visão de seu próprio corpo mental. Do mesmo modo como ocorre com os objetos, quando pensamos em um dos nossos semelhantes, criamos em nosso corpo mental o seu retrato miniaturizado.

Quando o nosso pensamento é puramente contemplativo e não encerra um determinado sentimento como a afeição, inveja ou a avareza, nem um determinado desejo, como por exemplo, o desejo de ver a pessoa em quem pensamos, o pensamento não possui energia suficiente para afetar sensivelmente essa pessoa."

Oceano de Pensamento?

"Cada pensamento produz uma forma. Quando visa uma outra pessoa, viaja em direção a essa. Se é um pensamento pessoal, permanece na vizinhança do pensador. Se não pertence nem a uma, nem a outra categoria, anda errante por um certo tempo e pouco a pouco de descarrega, se desfazendo no éter.

Cada um de nós deixa atrás de si por toda parte onde caminha, uma série de formas-pensamentos. Nas ruas flutuam quantidades inumeráveis. Caminhamos no meio deles.

Quando o homem momentaneamente faz o vácuo em sua mente, os pensamentos que lhe não pertencem o assaltam; em geral, porém, o impressionam fracamente. Algumas vezes, todavia, um pensamento surge e atrai a sua atenção de um modo particular. O homem comum se apodera dele e o considera como coisa própria, fortifica-o pela ação de sua própria força, e, por fim, o expele em estado de ir afetar outra pessoa. O homem não é responsável pelo pensamento que lhe atravessa a mente, porquanto pode não lhe pertencer. Porém, torna-se responsável quando se apodera de um pensamento e o fixa em si e depois o reenvia fortalecido."

Pensamento egoísta

"Os pensamentos egoístas de qualquer espécie vagueiam pela vizinhança daqueles que os emitem. O corpo mental da maior parte dos homens está envolto por eles, como por uma espécie de concha. Esta concha obscurece a visão mental e facilita a formação de preconceitos. Cada forma-pensamento é uma entidade temporária. Pode-se compará-la a uma bateria elétrica carregada, esperando a ocasião de fazer a descarga. Determina sempre no corpo mental que atinge, um número de vibrações igual à sua e faz nascer um pensamento idêntico. Portanto, se as partículas desse corpo já vibram com uma certa rapidez, em consequência de pensamentos de uma outra ordem, o pensamento que chega, espera a sua hora vagueando ao redor da pessoa visada até que o corpo mental dela esteja em suficiênte repouso para lhe permitir entrar. Então, descarrega-se e cessa instantaneamente de existir."

Pensamento pessoal

"O pensamento, quando é pessoal, atua inteiramente do mesmo modo em relação à pessoa que o engendrou e se descarrega sobre ela quando a ocasião se apresenta. Quando o pensamento é mau, a própria pessoa que o gerou pode considera-lo como obra de um demônio tentador, quando, de fato, essa pessoa é o seu próprio tentador. Em geral pode-se dizer que cada pensamento produz uma nova forma-pensamento. Porém, sob o império de certas circunstâncias e a repetição constante de um mesmo pensamento, em lugar de produzir uma nova forma, funde-se com a primeira forma-pensamento e a fortifica. De sorte que o assunto, através de continuada meditação gera, muitas vezes, uma forma-pensamento de um poder formidável. Quando é má, pode-se tornar maléfico e durar muitos anos. Formas-pensamento deste tipo possuem a aparência e os poderes de uma entidade realmente viva." Podem ser facilmente confundidas com outras entidades astrais, pois possuem uma forma e um movimento que lembra seres vivos.

Pensamento dos benfeitores

"Os tipos de pensamentos tratados acima são os que nascem da mente sem nenhuma premeditação.

Existem, porém, formas-pensamento elaboradas intencionalmente com o fim de auxiliar os outros. São peculiares aos benfeitores da humanidade. Pensamentos vigorosos, dirigidos inteligentemente, podem constituir um grande socorro para quem os recebe. São verdadeiros anjos da guarda; protegem contra a impureza, a irritabilidade, o medo."