sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Arimã

Angra Mainyu, Ahriman, Arimã ou Arimane é o deus das trevas, da destruição, da morte, do mal e da desordem para os seguidores do zoroastrismo. Em oposição a seu irmão gêmeo, Aúra-Masda, Arimã deseja levar os homens à devassidão e corrupção. Ele é o senhor das trevas que cegam os homens que buscam a verdadeira visão - seus métodos são vis e enganadores, ele corrompe os homens com desejos que os desviam da "trilha verdadeira". Ele é o senhor de todos os Devas (deuses malignos), e os utiliza em todos os seus propósitos malignos.

Etimologia

"Arimã" é um termo de origem sânscrita.

Mito

Angra Mainyu e Aúra-Masda eram filhos de Zurvan (o Tempo), que tinha características tanto masculinas quanto femininas. Zurvan disse que o primogênito dos dois seria o mais forte, o que levou Angra Mainyu a sair primeiro do ventre de Zurvan. Por isso, Zurvan profetizou que o poder de Angra Mainyu duraria mil anos, após o que seu império do mal seria destruído.

Imagem

Representado por uma criatura humanoide e negra, Ahrimá,Arimã, Arimá ou Arimane era temido por todos os Devas, especialmente por seu semblante sinistro. Ele trajava uma armadura completa, mas, de suas ombreiras, saíam serpentes vivas que envenenavam todos aqueles que procuravam pela pureza.

Arquétipo do mal

Arimã ou Arimane é um arquétipo mitológico semelhante ao Satã judaico-cristão, mas não se sabe se este deriva de Arimã, ou se ocorre o contrário. Embora o antropólogo Joseph Campbell afirme que o zoroastrismo foi o primeiro monoteísmo ortodoxo amplamente aceito, pois foi a primeira grande doutrina monoteísta a ser adotada oficialmente por um grande império de influência mundial: o Império Aquemênida (o cristianismo e o islamismo só seriam adotados por grandes impérios bem depois, com o Império Romano e o Império Islâmico, respectivamente). Os Zoroastristas acreditavam que não existia deus se não Aúra-Masda. Indiferentemente da origem, exatamente da mesma forma que o satã cristão, Arimã representa o lado negro da alma de todos os homens, o ego que os guia a prazeres fúteis e os afasta de tudo o que é bom.