domingo, 1 de outubro de 2017

Maithuna



Maithuna ou Mithuna é um termo do sânscrito utilizado no Tantra na maioria das vezes traduzido como união sexual em um contexto ritualista. É o mais importante dos cinco makara e constitui a parte principal do Grande ritual do Tantra também conhecido como Panchamakara, Panchatattva e Tattva Chakra.

Apesar de alguns escritores, seitas e escolas, como por exemplo Yogananda, consideram que este é um ato puramente mental e simbólico, existem diferentes olhares e variações nas traduções, a palavra maithuna demonstra claramente que ele se refere a casais (independente do sexo) e sua união no sentido físico, sexual e é sinônimo de kriya nishpatti (limpeza madura). Assim como nem o espírito nem a matéria, é por si só eficaz, mas ambos trabalhando juntos para trazer harmonia, sob este ponto de vista, maithuna é eficaz apenas quando a união é consagrada, pelo ato do casamento espiritual, ou pelo amor verdadeiro, por exemplo. O casal no momento do atos sexual representariam Shakti, no caso da mulher, e Shakta, no caso do homem. As escrituras advertem que a menos que ocorra essa transformação espiritual da união o ato é carnal e, segundo certas crenças, pecaminoso, Seguindo os Yôgas Clássico, Medieval e Moderno, mas em oposição ao Yôga Pré-Clássico ou Proto-Histórico dos Dravidas (filosoficamente Sankhya e praticamente Tantra), anterior à invasão Ariana do Indo, que incorporou aspectos da Filosofia Vedanta e prática Bramacharia (mística/ascética).

No entanto, é possível experimentar uma forma de maithuna sem união física. O ato pode existir em um plano metafísico, sem penetração sexual, através apenas da transferência de energia através dos seus corpos sutis, ou através da retenção sem ejaculação (orgasmos não-ejaculatórios, sem a perda da energia Kundalini, segundo a mitologia grega, favorecendo Eros (vitalidade) em detrimento de Tânato (v. a lenda de Sísifo), permitindo uma maior disposição física, rejuvenescimento e aumento da carga hormonal, sendo poupado da tendência à eliminação pela Natureza (envelhecimento), que pode eliminar uma infinidade de indivíduos que já se reproduziram, para preservar a espécie como um todo. É quando esta transferência de energia ocorre que o casal, encarnado como divindades (deusa e deus), com a sublimação momentânea dos egos, confrontam a realidade última e experiências de bem-aventurança através da união dos corpos sutis, por horas a fio.

Sexo tântrico



Os princípios tântricos

Dentro do conhecimento Hinduísta, há abrangência para a sexualidade e espiritualidade como forma de crescimento e desfrutamento próprio e com todo universo, e atingir o prazer de uma vida mais rica e equilibrada.

O Tantra é uma palavra de origem sânscrita que quer dizer trama ou tecido, e que na língua ocidental recebeu significado de doutrina ao sentido que se entrelaça uma serie de ensinamentos e práticas sexuais e espirituais.

A Energia no Tantra

O tantra considera que todos os seres vivos são formados de energia dentro de seus diversos níveis como vegetal, mineral e animal. Também considera que antigamente o ser humano era um todo completo, pois teria sido criado sexualmente andrógeno e assim que foi dividido em dois seres, só conseguiria alcançar seu ápice do seu ser encontrando seu sexo oposto que o correspondesse. Como o ser humano este diretamente ligado a rede energética do universo, a prática sexual realiza a liberação e a troca de energia necessária para alcançar o equilíbrio dito pelo Tantra.

Com a troca de energia durante o contato sexual (que para o Tantra, não é alcançar o orgasmo e sim o prazer supremo e prolongado) o homem tem uma grande descarga de energia quando alcança um orgasmo e a mulher ao ter vários orgasmos nutre e recarrega a energia de seu parceiro.

Sexo Tântrico

O sexo Tântrico cria uma nova perspectiva, uma inspiração erótica de grande riqueza, uma capacidade de reflexão profunda e sensibilidade vital extrema que pode até gerar um tempo e espaço diferentes durante o contato sexual. Isto que promove as relações tântricas sua imagem mágica e alteração temporal.

A prática tântrica pode ser realizada por qualquer pessoa que se proponha a tentar alcançar o prazer supremo e prolongado. Não é de interesse do sexo tântrico, o número de orgasmos ou de ejaculações que se alcance e sim a experiência que é uma comunhão física e espiritual com o parceiro para lucidar-se com o quão intenso pode ser o prazer.

Para isto, é necessário um alto nível de concentração que propicia o desapego de toda censura imposta por si mesmo e também aumenta a sensibilidade do erotismo.

Kundalini

Kundaliní (em sânscrito: कुंडलिनी, Kundaliní) é fenômeno bioelétrico, dito ser uma corrente elétrica que fica concentrada na base da coluna; O termo é feminino, deve ser sempre acentuado e com pronúncia longa no í final. Muitos por a considerarem sagrada, grafam o nome com "K" maiúsculo. O símbolo do caduceu é considerado como uma antiga representação simbólica da fisiologia da Kundalini;

É entendida como um poder espiritual adormecido no osso sacro (cócix) que só pode ser despertado por uma alma realizada de alto nível. Depois do despertar a Kundalini atravessa seis chakras que estão acima. São eles: swadisthana, manipura, anahata, vishuddhi, ajna e Sahasrara.

Ao subir pela coluna vertebral chega-se ao sétimo chakra dando a iluminação ou Nirvana para o discípulo ou ativação da glândula pineal e liberação de endorfinas. Esse processo ocorre somente para pessoas de altíssimo nível espiritual, que estejam preparadas ou para aqueles que recebem essa bênção da Divina Mãe Shri Mataji Nirmala Devi. É o poder espiritual ou físico (dependendo da linhagem esotérica ser espiritualista ou naturalista) primordial ou energia cósmica que jaz adormecida acima do primeiro chakra o Muladhara, ficando no osso sacro chamado de Múládhár Chakra, o centro de força situado na base da coluna. É a energia que transita entre os chakras que são centros de energia no corpo físico.

Deriva de uma palavra em sânscrito que significa, literalmente, "enrolada como uma cobra" ou "aquela que tem a forma de uma serpente". É a energia do Universo ou chi ou Prana em seu aspecto Purna-Shakti, total, como potencial, sendo o Prana-Shakti o aspecto biológico, ou fisico, etc.

É também tema de estudo no campo da psicologia onde a reputam de difícil condução com a disciplina e maturidade que são requeridas para esse intento.

Tantra



Tantra, yoga tântrico ou tantrismo é uma filosofia comportamental de características matriarcais, sensoriais e desrepressoras. Essencialmente, a prática tem, por objetivo, o desenvolvimento integral do ser humano nos seus aspectos físico, mental e espiritual.

Origem da expressão

"Tantra" é um termo sânscrito que significa "uso, trama, tecer". Designava uma série de tratados indianos do século VII em diante sobre ritual, meditação e disciplina. A palavra "tantra" é composta por duas raízes acústicas: "tan" e "tra". "Tan" significa expansão e "Tra" libertação.

Tal denominação tem as suas raízes em fatores históricos muito sutis, pois esta filosofia comportamental, durante a época medieval, foi severamente reprimida na Índia hinduísta, fortemente espiritualizada. Esta era a forma como os seguidores desta filosofia a viam. Libertadora, mas mantida em segredo (na escuridão).

Dispõe de imensos significados e interpretações, mais ou menos corretos, tais como "teia", "trama" ou "entretecido". "Tantra" pode ser interpretado, mais corretamente, como algo que é regulado por regras gerais. Um dos significados que a palavra possui é "código". Vale lembrar que o tantra é uma filosofia comportamental e que seus diversos significados giram em torno desse fundamento.

Descrição

O tantra é uma filosofia hindu muito antiga (se cristalizou por volta do século XV), tendo, por características: a matriarcalidade, a sensorialidade, o naturalismo e a desrepressão.[carece de fontes] O tantra é um complexo sistema de descrição da realidade objetiva, sendo, assim, uma ciência prática e aplicável e a base do pensamento de um povo muito antigo que até hoje faz ecoar sua influência sobre a sociedade contemporânea.

Nas sociedades primitivas não guerreiras, nas quais a cultura não era centrada na guerra, a mulher era fortemente exaltada e até mesmo endeusada, na medida em que dava vida a outros seres humanos. Daí, a qualidade matriarcal dessas sociedades.

Baseado quase inteiramente no culto de Shiva e Shakti, o tantra visualiza o Brahman definitivo como Param Shiva, manifesto através da união de Shiva (a força ativa, masculina, de Shiva) e Shakti (a força passiva, feminina, de sua esposa).

Está centrado no desenvolvimento e despertar da kundalini, a "serpente" de energia ígnea, de natureza biológica e manifestação sexual, situada na base da espinha dorsal e que ascende através dos chakras até se atingir o samadhi. Uma dessas maneiras é obter a união entre Shiva e Shakti, também conhecida como Unyo Mystica.

No tantra, ao contrário da maioria das filosofias espiritualistas, se vê o corpo não como um obstáculo mas como um meio para o conhecimento. Para o tantra, todo o complexo humano é vivo e possui consciência independente da consciência central. Por isso mesmo, é merecedor de atenção, respeito e reconhecimento. Para tanto, usa mantras (vocalização de sons e ultrassons em sânscrito), yantras (figuras geométricas, desde as simples às mais complexas, como mandalas, por exemplo, que representam as diversas formas de Shakti) e rituais que incluem formas de meditação.

Os dois ramos

Segundo alguns autores, o tantra é composto por dois ramos denominados a "mão esquerda" e a "mão direita". Embora o objetivo geral dos dois seja o mesmo, os processos utilizados diferem. A "mão esquerda" está ligada muitas vezes à procura de poderes ocultos e à extroversão de energia psíquica sob forma de capacidades supranormais. A "mão direita" está ligada à canalização de toda a energia para a elevação espiritual do ser humano. Este é também conhecido como Vidya Tantra ou tantra do conhecimento, e a mão esquerda como Avidya Tantra. O tantra corretamente praticado acelera rapidamente o progresso espiritual do ser humano. Apesar disso, o tantra é, muitas vezes, encarado com desconfiança devido a certos aspectos do avidya tantra. É bem conhecido o fato de que o budismo tântrico sempre enfatiza a necessidade de supervisão por um orientador de confiança.

Vajrayana

O darma budista do presente kalpa é expresso na forma da atual religião Budista. O budismo atual do século XXI pode ser dividido em:

Teravada
Mahayana
Vajrayana

O Caminho Vajrayana é considerado um veículo Mahayana tântrico. É recomendado que os interessados em tantra budista procurem um guru internacionalmente qualificado.

A palavra Vajra significa "diamante" ou "relâmpago" e, junto com o sino, são os objetos básicos para rituais Vajrayanas.

Há também objetos que beneficiam a todos os seres, como as estátuas, as tsa-tsas, as thangkas e os bumpas.

Poucos detalhes são ou deveriam ser encontrados publicamente, pois as práticas Vajrayanas são secretas para o próprio bem dos ensinamentos e dos praticantes.

Influência no ocidente

Alega-se que o tantra teve forte influência no ocidente nas ciências ocultas. Diversos ramos do ocultismo contemporâneo, particularmente os que se dizem gnósticos, ensinam alguma versão de "sexo sagrado".

Muito da linguagem sexual encontrada na alquimia supostamente tem sua origem em tradições orientais relacionadas com o Tantra.

Particularmente a linha thelemita, fundada pelo polêmico mago e ocultista do início do século XX, Aleister Crowley, alega ter levado essa influência ao seu maior extremo e se apresenta como um tantra ocidentalizado.

Outra linha tântrica adaptada da tradição thelemita, que pode ser chamada de Tradição da Mão Esquerda, foi muito difundida na América Latina por Arnold Krumm-Heller e Samael Aun Weor. Para eles, o Tantra teria, como "braço mágico", certas práticas que canalizariam a energia sexual para o despertar da consciência espiritual.

Shaktipat



Shaktipat ou Shaktinipata é um termo em Sânscrito que se refere a um ato de um guru ou professor espiritual conferida por um forma de poder espiritual ou despertamento sobre um discípulo/estudante. "Shakti" se traduz como energia e "pat" como toque. Shaktipat pode ser feita por um mestre iluminado ou pela transmissão da palavra sagrada ou mantra, um olhar, um pensamento ou pelo toque. O toque é normalmente feito no ajna chakra ou terceiro olho do discípulo.

As escolas de yoga em que os gurus realizam a pratica de shaktipat incluem:

Siddha Yoga. Neste tipo de yoga, um professor transmite a sua energia espiritual ao buscador pelo métodos mencionados acima.

Bhakti Yoga, O yoga da devoção.

Maha Yoga, um escola que usa o shaktipat como sua principal ferramenta de libertação espiritual. Em algumas tradições, a iniciação no Maha Yoga consiste normnalmente de 3 dias completos recebendo o shaktipat, seguidos de meditação com o guru. Gurus destas linhagens realizam o Shatipat durante uma cerimônia que dura apenas algumas horas.

A autora Barbara Brennan no livro Hands of Light descrive o shaktipat como a projeção da "aura" do guru sobre o discípulo, pela qual o discípulo adquire o mesmo estado mental do guru, sendo importância capital o alto nível espiritual do guru. O fenômeno psicológico do erguer da kundalini naturalmente se manifesta.

Literatura Comparativas do professor Paul Zweig descrevem a sua experiência ao receber o Shaktipat deSwami Muktananda, publicado na antologia Kundalini, Evolution, and Enlightenment de John White, editor.

Gurus atuais que tenham realizado o shaktipat incluem: Mata Amritanandamayi, Adi Da, Shri Anandi Ma e Swami Nardanand.

Om Namah Shivaya



Om Namah Shivaya ( ॐ नमः शिवाय; IAST: Om Namaḥ Śivāya) é um mantra que significa: "Om, inclino-me perante Shiva" ou "Om, inclino-me perante o meu divino Ser interior". É utilizado na meditação ióguica e os seus praticantes afirmam que o seu japa induz um profundo relaxamento físico e mental, além de possuir eventuais efeitos curativos e relaxantes.

Significado

Conforme os vedas, o mantra Om Namah Shivaya é o corpo do Senhor Nataraja, o Dançarino Cósmico. É o lar de Shiva. "Namah" significa prostrações, "Shivaya Namah" significa: eu me prostro ante o Senhor Shiva (a alma é o servo de Shiva Shiva).

"Shiva" representa a alma universal, "Aya" denota a identidade entre a alma individual e a alma universal. As cinco letras de "Namah Shivaya" significam as cinco ações do Senhor: criação, preservação, destruição, o ato de ocultar e a benção; significam também os cinco elementos e toda a criação através da combinação deles. "Na" denota o poder oculto do Senhor que faz a alma se mover pelo mundo, "Mah" é a amarra que prende a alma na roda das vidas e mortes. "Shi" é o símbolo do Senhor Shiva, "Va" é a Sua graça e "Ya" é a alma individual. Se a alma se enreda em "Na" e "Mah" ela ronda interminavelmente pelo mundano, se ela se associa com "Va" ela vai em direção a Shiva. "Namah Shivaya" forma o corpo do SR Shiva e o mantra propicia que "eu me refugie no corpo do Senhor Shiva"’.

Lingan

Representação exotérica do falo. O lingan é nada mais nada menos que uma reprentação da imagem do pênis, símbolo da prociação, sem nenhuma conotação erótica. O lingan representa a energia vindo do transcedente e que penetra no útero (símbolo da fecundidade); representa também o refúgio das forças misteriosas e ocultas (símbolo da iniciação). O lingan (ou linga) é geralmente esculpido em pedra ou gesso e serve para adoração do deus hindú Shiva.

Lingam

Lingam ou linga (em sânscrito: लिङ्गं,liṅgaṃ, com o significado "marco", "sinal" or "inferência") é uma representação da divindade hindu Xiva e usado para orações em templos hindus. Na sociedade tradicionalista indiana, o lingam é visto como símbolo da energia e potencial de Deus ou do próprio Xiva.

O lingam é muitas vezes representado ao lado do yoni (sânscrito para "origem", "fonte" ou "ventre"), um símbolo da shákti, a anergia criativa feminina. A união do lingam e do yoni representa "a indivisibilidade do homem e da mulher, o espaço passivo e o tempo ativo a partir do qual toda a vida tem origem".