sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Chang San Feng



Chang San Feng (ou Zhang Sanfeng) é um quase mitológico monge taoista chinês que muitos acreditam ter conquistado a imortalidade.

Grande parte do material escrito sobre ele tem um caráter mítico, contraditório ou até mesmo suspeito. Por exemplo, segundo diferentes autores, ele teria nascido no ano de 960, 1247 ou 1279. Nas lendas, ele costuma ser associado aos monastérios taoistas das montanhas Wudang, na província de Hubei.

Dizem que seu nome antes de se tornar um taoista era 張君寶.

Seu nome Taoísta em caracteres chinese tradicionais é 張三丰, ou 張三豐. Ambos se escrevem ZhāngSānfēng em pinyin e Chang¹San¹-feng¹ em Wade-Giles.

A concepção do Tai Chi Chuan

A este herói cultural legendário, se atribui a origem dos conceitos de neijia, de arte marcial interna e, mais especificamente, do tai chi chuan.

Segundo uma das histórias registradas sobre este mestre, Chang Sangfeng vivia num templo taoista do monte Wudang, onde já havia desenvolvido uma forma de arte marcial conhecida como Os trinta e dois estilos do punho longo de Wudang.

Chang Sangfeng teria criado As treze posturas fundamentais do tai chi ao observar a luta entre um pássaro (segundo algumas versões, um grou) e uma cobra.

Nessa observação, constatou como a flexibilidade pode se sobrepor à rigidez. Compreendendo como esta alternância entre o Yin e o Yang presente nos ciclos da natureza podem ser integradas às práticas de movimentos, concebeu, assim, a base da arte marcial que depois passou a ser chamada de tai chi chuan.

De acordo com documentos relativamente antigos (século XIX) preservados nos arquivos das famílias Yang e Wu, o nome do mestre de Zhang Sanfeng era Xu Xuanping (許宣平), um poeta eremita da dinastia Tang, taoista exímio em tao in.

As linhagens de tai chi chuan que atribuem a criação de sua arte a esse mestre tradicionalmente celebram seu aniversário no nono dia do terceiro mês lunar do calendário chinês. Apesar de não ser uma conversão precisa, a data de 9 de Abril costuma ser adotada em sua homenagem no calendário ocidental.

Realidade ou lenda?

Embora diversos estudiosos considerem Chang Sangfeng um mito, há na China diversos monumentos e textos que podem ser apresentados como comprovação de sua existência.

Nas montanhas Wudang, existem duas grandes placas em sua homenagem: uma colocada por decreto do imperador Seng Zu e outra por decreto do imperador Ying Zhong, ambos da dinastia Ming.

A História imperial da dinastia Ming registra que:

Chang Sangfeng nasceu em 1247, aprendeu os preceitos do Taoismo com um mestre chamado Dragão de Fogo, no monte Nanshan, em Shanxi; cultivou seu espírito por nove anos no monte Wudang; era conhecido pelo título honorífico de O santo da conquista espiritual infinita; e foi o primeiro patriarca das artes marciais interiores a mesma fonte o descreve assim: ele era grande, de aparência imponente, ostentava os sinais clássicos da longevidade, isto é, os sinais da tartaruga e do grou. Possuía orelhas grandes e olhos redondos. A barba eriçava-se-lhe furiosamente como a lâmina de uma alabarda. Tanto no verão como no inverno, envergava uma simples vestimenta.

Os Anais do grande pico da montanha da paz eterna mencionam que Chang Sangfeng estudou o Yin e Yang do cosmos, observou o princípio da longevidade das tartarugas e dos grous e obteve resultados notáveis.

Além disso, são atribuídos a Chang Sangfeng o texto O segredo de treinar a quintessência interior na arte do tai chi, um dos clássicos do tai chi chuan e várias obras apócrifas sobre alquimia interior datadas do final do século XIX.

Tao yin


Representação do "feto imortal"


Tao Yin (chinês: 導引; pinyin: dǎoyǐn) é um têrmo chinês associado às práticas de meditação de origem taoísta desenvolvida na China. Este tipo de meditação também é conhecido como sentar na calma.

O conceito de wu wei, não-ação, é um dos princípios básicos para a realização no tao yin.

Tradução literal

O significado literal dos ideogramas que compõe esta palavra é:

導 - guiar, liderar, conduzir
引 - admitir, puxar, assimilar
Os dois termos, "conduzir" e "assimilar", estabelecem uma relação Yin Yang de ação e não-ação, indicando o princípio de aprendizado do natural a ser seguido na prática.

História

Teve sua origem e foi desenvolvido desde uma época desconhecida da pré-história chinesa, talvez a partir de danças tribais e de práticas xamânicas.

Há referências à sua prática anteriores a 500 a.C..

Há indicações de que foi sistematizado pelos taoístas no Período dos Reinos Combatentes (403 - 221 a.C.)

É praticado ainda hoje em monastérios chineses Taoístas como os das Montanhas Wudang como método para assegurar a saúde e cultivar o espírito.

O Tao Yin também é ensinado atualmente sob o nome do de "Daoyin Yangsheng Gong" na Universidade de Educação Física de Beijing.

Sua prática é por vezes associada aos treinamentos de qigong, especificamente à variedade conhecida como neigong, sendo muitas vezes praticado associado às artes marciais chinesas internas como o Tai Chi Chuan. Na tradição taoista há um equilíbrio complementar Yin Yang entre meditar e se movimentar com suavidade.

Esta meditação é considerada na China uma prática de natureza espiritual que pode ser praticada com legitimidade tanto dentro do contexto da filosofia de vida taoista (Tao Chia) quanto na religião taoista (Tao Chiao).

Entre os maiores divulgadores desta prática no Brasil no século XX podem ser citados o Mestre Liu Pai Lin, representante de diversas linhagens taoistas tradicionais (não religiosas), o Mestre Chan Lau Ting que além de divulgar o Wing Chun Kuen no país também ensinou várias técnicas taoístas e Ch'an budistas, e o Mestre Wu Jyh Cherng, representante pioneiro da religião taoista no Brasil.

O Segredo da Flor de Ouro



A leitura de livros como O Segredo da Flor de Ouro pode ser tomado como uma leitura inicial para conhecer o Tao Yin, mas o verdadeiro conhecimento de Tao Yin se adquire através da prática e da convivência com quem o pratica, não da leitura de manuais ou de livros teóricos.

Como coloca o Tao Te Ching em seu primeiro capítulo, "o Tao verdadeiro não pode ser nomeado".

Encontramos neste livro ilustrações que podem ser tomadas como metáforas das diversas etapas da realização da prática.

Uma destas representações dos estágios da realização espiritual através da meditação apresenta o meditante gerando um feto imortal dentro de si, concebendo um novo corpo de energia.

O retorno à Origem

Segundo a cosmologia tradicional chinesa, o vazio original dá origem ao Tai Chi, que se diferencia em Yin Yang, que dão origem à relação dos cinco elementos, que geram as dez mil coisas (dez mil têm para os chineses o sentido de infinidade).

O processo da meditação Tao Yin se dá no sentido contrário, das dez mil coisas retornar à relação dos cinco elementos, recuperando o equilíbrio de Yin Yang retornar ao Tai Chi, daí voltando a se integrar ao vazio original, à origem da existência.

A base para a realização deste processo é o contato constante e natural (seguindo os princípios do Wu Wei) do praticante com seu Dantian, campo de cultivo de sua energia vital.

Práticas como o Chi Kung, Zhan Zhuang e o Tai Chi Chuan podem auxiliar o praticante a exercitar este contato e compreender como mantê-lo em seu cotidiano.

Segundo a transmissão do Mestre Liu Pai Lin, o treinamento da serenidade dá acesso à possibilidade de renovação da energia vital através das práticas taoístas.

No artigo "O Portal da Quietude" o Mestre Wu Jyh Cherng explica que "É exatamente através do processo de repouso que se retorna à raiz." (publicado no Jornal Tao do Taoísmo n. 17, link nas "páginas externas").

Conforme o artigo "Meditação e quietude", publicado no mesmo jornal editado pela Sociedade Taoísta do Brasil:

"O primeiro efeito da meditação é a extinção da percepção do corpo físico, em seguida penetra-se num estágio em que tudo é energia, e nossa consciência torna-se o próprio campo energético, e por último atingimos o estado de extrema quietude que está por trás da energia…"

O Tao Yin e as outras práticas chinesas para a saúde

O Tao Yin é também descrito como um exercício psicofisiológico de integração entre mente e corpo.

Procurando o equilíbrio entre movimento e serenidade, as práticas de Tao Yin costumam ser associadas a técnicas de ginástica e de auto-massagem.

Diversos estudiosos consideram este conhecimento a origem de todas as demais formas de exercícios tradicionais chineses para a saúde.

Segundo seus praticantes, estes treinamentos visam desobstruir os meridianos, possibilitando a regulagem do fluxo do sangue e da energia.

Seu objetivo é nutrir o corpo e a mente, aliviar a fadiga e a ansiedade, prevenindo desequilíbrios da saúde e possibilitando o desenvolvimento espiritual.

Semelhanças com os princípios Zen

Na China houve uma integração entre práticas Budistas e Taoístas que resultou no Budismo Chan, que preserva várias técnicas de meditação semelhantes às taoístas.

O Zen Budismo nasceu no Japão, tem como origem o Budismo Chan, assim também há semelhanças entre as práticas de Tao Yin e algumas de suas práticas e princípios teóricos.

Assim, algumas das práticas de Tao Yin chegaram inicialmente ao ocidente através do Japão. As técnicas de auto-massagem associadas ao Do-in são um exemplo.

Taoismo



O Taoismo, também chamado Daoismo e Tauismo, é uma tradição filosófica e religiosa originária do Leste Asiático que enfatiza a vida em harmonia com o Tao (romanizado atualmente como "Dao"). O termo chinês "Tao" significa "caminho", "via" ou "princípio", e também pode ser encontrado em outras filosofias e religiões chinesas. No taoismo, especificamente, o termo designa a fonte, a dinâmica e a força motriz por trás de tudo que existe.

É, basicamente, indefinível: "O Tao do qual se pode discorrer não é o eterno Tao." A principal obra do taoismo é o Tao Te Ching, um livro conciso e ambíguo que contém os ensinamentos atribuídos a Lao Zi (chinês: 老子, pinyin: Lǎozi, Wade-Giles: Lao Tzu). Juntamente com os escritos de Zhuangzi, estes textos formam os alicerces filosóficos dessa religião. Este taoismo filosófico, individualista por natureza, não foi institucionalizado.

Ao longo do tempo, no entanto, foram sendo criadas formas institucionalizadas do taoismo na forma de diferentes escolas que, frequentemente, misturaram crenças e práticas que antecediam até mesmo os textos-chave do taoismo - como, por exemplo, as teorias da Escola dos Naturalistas, que sintetizaram conceitos como o do yin-yang e o dos cinco elementos. As escolas taoistas tradicionalmente reverenciam Lao Zi e os "imortais" ou "ancestrais" e possuem diversos rituais de adivinhação e exorcismo, além de práticas que visam a atingir o êxtase e obter maior longevidade ou mesmo a imortalidade.

As tradições e éticas taoistas variam de acordo com a escola, porém, no geral, enfatizam a serenidade, a não ação (wu-wei), o vazio, a moderação dos desejos, a simplicidade,a espontaneidade, a contemplação da natureza e os Três Tesouros: compaixão, moderação e humildade.

O taoismo teve uma influência profunda na cultura chinesa no decorrer dos séculos. Os clérigos do taoismo institucionalizado (chinês: 道士, pinyin: dàoshi), geralmente, tomam cuidado para deixar clara a distinção entre suas tradições rituais e os costumes e práticas encontrados na religião popular chinesa, uma vez que estas distinções podem ser facilmente pouco perceptíveis. A alquimia chinesa (especialmente neidan), a astrologia chinesa, o zen-budismo, diversas artes marciais, a medicina tradicional chinesa, o feng shui e diversos estilos de qiqong têm suas histórias entrelaçadas com a do taoismo. Além da China em si, o taoismo teve grande influência nas sociedades do leste da Ásia.

Após Lao Zi e Zhuangzi, a literatura do taoismo cresceu com regularidade e passou a ser compilada na forma de um cânone, o Daozang, que, por vezes, era publicado a mando do Imperador da China. Ao longo da história chinesa, o taoismo foi, por diversas vezes, decretado a religião do Estado. Após o século XVII, no entanto, ele perdeu muito de sua popularidade. Tal como todas as outras atividades religiosas, o taoismo foi reprimido nas primeiras décadas da República Popular da China e até mesmo perseguido durante a Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung; continuou, no entanto, a ser praticado livremente em Taiwan. Hoje em dia, é uma das cinco religiões reconhecidas pela República Popular da China e, embora não costume ser compreendida com facilidade longe de suas raízes asiáticas, tem seguidores em diversas sociedades ao redor do mundo.

Categorização

Há um debate sobre como, e se, o taoismo deve ser classificado. Lívia Kohn dividiu-o em três categorias:

Taoismo filosófico (Chinês:道家; pinyin: dàojiā; Wade-Giles: tao-chia) - A escola filosófica baseada nos textos Dao De Jing (道德 经) e Zhuangzi (庄子);
Taoismo religioso (chinês: 道教; pinyin: dàojiào; Wade-Giles: tao-chiao) - Uma família de movimentos religiosos organizados da China, oriundos do movimento Mestres Celestiais durante o final da Dinastia Han e, mais tarde, incluindo as seitas "ortodoxa" (Zhengyi; 正 一) e a "Realidade Completa" (Quanzhen, 全 眞), que reivindicam linhagens descendentes de Laozi (老子) ou Daoling Zhang no final da dinastia Han;
Taoismo tradicional - A religião tradicional chinesa. Manifestações da tradição religiosa chinesa, de caráter popular, integram elementos do taoismo religioso, do confucionismo e do budismo.
Esta distinção é complicada pelas dificuldades hermenêuticas (interpretações) na categorização das escolas taoistas, seitas e movimentos. Alguns estudiosos acreditam que não há distinção entre daojia e daojiao. De acordo com Kirkland, "a maioria dos estudiosos que tem estudado o taoismo a sério, tanto na Ásia quanto no Ocidente, finalmente abandonou a dicotomia simplista de tao-chia (taoismo filosófico) e tao-chiao (taoismo religioso)".

Hansen afirma que a identificação de "taoismo", como tal, ocorreu pela primeira vez no início da Dinastia Han, quando dao-jia foi identificado como uma única escola. Os escritos de Laozi e Zhuangzi foram unidos sob esta tradição única durante a Dinastia Han, mas, notavelmente, não antes desta. É improvável que Zhuangzi fosse familiarizado com o texto Daodejing (Tao-te-ching). Além disso, Graham afirma que Zhuangzi não teria se identificado como um taoista, uma classificação que não surgiu até bem depois de sua morte.

O taoismo não cai estritamente sob uma definição de uma religião organizada, como as tradições abraâmicas, nem pode puramente ser estudado como o autor ou uma variante da religião tradicional chinesa, tanto que a religião tradicional está fora dos princípios e ensinamentos nucleares do taoismo. Robinet afirma que o taoismo pode ser melhor entendido como um modo de vida do que como uma religião, e que seus adeptos não se aproximam ou veem o taoismo da mesma maneira não taoista com que os historiadores o têm feito. Henri Maspero observou que muitos trabalhos acadêmicos enquadram o taoismo como uma escola de pensamento focado na busca pela imortalidade.

História

Tradicionalmente, o taoismo é atribuído a três fontes principais:

A mais antiga, o mítico "Imperador Amarelo", que teria vivido entre 2697 a.C. e 2597 a.C;
A mais famosa, o livro de aforismos místicos Tao Te Ching (Dao De Jing), supostamente escrito por Laozi (Lao Tse), que, segundo a tradição, foi um contemporâneo mais velho de Confúcio (551 a.C.-479 a.C.);
Os trabalhos do filósofo Zhuangzi (Chuang-Tsé) (369 a.C.-286 a.C.)
Outros livros ampliaram o taoismo, como o Tratado do Vazio Perfeito, de Liezi; e a compilação Huainanzi. Além destes, o antigo I Ching, "O Livro Das Mutações", é tido como uma fonte extra do taoismo, assim como práticas de adivinhação da China antiga.

Algumas formas de taoismo podem ser rastreadas até as religiões tradicionais na China pré-histórica, que, mais tarde, se uniram em uma tradição taoista. Laozi é tradicionalmente considerado como o fundador do taoismo e está intimamente associado, nesse contexto, com o taoismo "original" ou "primordial". Laozi recebeu o reconhecimento imperial como uma divindade, em meados da século II a.C.. O taoismo ganhou status oficial na China durante a Dinastia Tang, cujos imperadores alegaram que Laozi era seu parente. Vários imperadores Song, mais notavelmente Huizong, estavam ativos na promoção do taoismo, coletando textos taoistas e edições publicadas do Daozang. Aspectos do confucionismo, taoismo e do budismo foram sintetizados conscientemente na escola neoconfucionista, que, eventualmente, se tornou a ortodoxia imperial para os fins burocráticos do Estado.

A Dinastia Qing, no entanto, muito favoreceu clássicos confucionistas e rejeitou os trabalhos taoistas. Durante o século XVIII, a biblioteca imperial foi construída, mas excluiu praticamente todos os livros taoistas. No início do século XX, o taoismo tinha caído tanto, que apenas uma cópia completa do Daozang ainda permanecia, no Mosteiro Nuvem Branca, em Pequim. Atualmente, o taoismo é uma das cinco religiões reconhecidas pela República Popular da China, que regula suas atividades através de uma estatal burocrática (a Associação Taoista da China).

O tao do taoismo

O ideograma tao (ou dao) (道) pode ser traduzido como "via" ou "caminho", mas assume um significado mais abstrato para a religião e para a filosofia chinesa. É o que há de mais profundo e misterioso na realidade e que faz com que tudo seja como é. É o conjunto indiferenciado de tudo o que existe, mas também o princípio supremo que gera e está na origem do seu "devir", ou seja, é também o seu "caminhar". Embora seja invisível, inaudível e intangível, manifesta‑se pela sua influência, a que se chama "virtude" — o te (德, dé). Mas essa influência é espontânea, ou seja, faz parte da sua própria natureza, do seu próprio fluir natural. Como se diz no Tao Te King: o tao "age sem agir" (為無為, wu wei).

Um tema no pensamento chinês primitivo é tian-dao ou "caminho da natureza" (tian, também traduzido como "céu" e, às vezes, "Deus"). Corresponde aproximadamente à ordem das coisas de acordo com a lei natural. Tanto o "caminho da natureza" quanto o "grande caminho" inspiram o afastamento estereotípico taoista das doutrinas morais e normativas. Assim, pensado como o processo pelo qual cada coisa se torna o que ela é (a "mãe de todas as coisas"), parece difícil imaginar que temos que escolher entre quaisquer valores de seu conteúdo normativo - portanto pode ser visto como um princípio eficiente de "vazio" que sustenta confiavelmente o funcionamento do universo.

Filosofia taoista

Do "caminho", surge "um" (aquele que está consciente), de cuja consciência, por sua vez, surge o conceito de "dois" (yin e yang), dos quais o número "três" está implícito (céu, terra e humanidade); produzindo, finalmente, por extensão, a totalidade do mundo como o conhecemos, "as 10 000 coisas", através da harmonia do wu xíng. O caminho, enquanto passa pelos cinco elementos do wu xíng, é também visto como circular, agindo sobre si mesmo através da mudança para simular um ciclo de vida e morte nas 10 000 coisas do universo fenomênico.
Aja de acordo com a natureza e com sutileza, em lugar de força.

A perspectiva correta será encontrada pela atividade mental da pessoa, até chegar a uma fonte mais profunda que guie sua interação pessoal com o universo.O desejo obstrui a habilidade pessoal de entender o caminho, moderar o desejo gera contentamento. Os taoistas acreditam que, quando um desejo é satisfeito, outro, mais ambicioso, brota para substituí-lo. Em essência, a maioria dos taoistas sente que a vida deve ser apreciada como ela é, em lugar de forçá-la a ser o que não é. Idealmente, não se deve desejar nada, "nem mesmo não desejar".

Unidade: ao perceber que todas as coisas (inclusive nós mesmos) são interdependentes e constantemente redefinidas pela mudança das circunstâncias, passamos a ver todas as coisas como elas são e a nós mesmos como apenas uma parte do momento presente. Essa compreensão da unidade nos leva a uma apreciação dos fatos da vida e do nosso lugar neles como simples momentos miraculosos que "apenas são".

Dualismo: a oposição e combinação dos dois princípios básicos - yin e yang - do universo é uma grande parte da filosofia básica. Algumas das associações comuns com yang e yin, respectivamente, são: masculino e feminino, luz e sombra, ativo e passivo, movimento e quietude. Os taoistas acreditam que nenhum dos dois é mais importante ou melhor que o outro. Na verdade, nenhum pode existir sem o outro, porque eles são aspectos equiparados do todo. São, em última análise, uma distinção artificial baseada em nossa percepção das 10 000 coisas, portanto é só nossa percepção delas que realmente muda.

Wu wei

Muito da essência do tao está na arte do wu wei ("agir pelo não agir"). No entanto, isso não significa "espere sentado que o mundo caia no seu colo". Essa filosofia descreve uma prática de se realizarem coisas através da ação mínima. Pelo estudo da natureza da vida, você pode influenciar o mundo do modo mais fácil e menos disruptivo (usando a sutileza em vez da força). A prática de seguir a corrente em vez de ir contra ela é uma ilustração: uma pessoa progride muito mais não por lutar e se debater contra a água, mas permanecendo quieta e deixando o trabalho nas mãos da correnteza.

O wu wei funciona a partir do momento em que confiamos no nosso design humano, que é perfeitamente ajustado para nosso lugar na natureza. Em outras palavras, confiando na nossa natureza em vez de na nossa racionalidade, nós podemos encontrar contentamento sem uma vida de luta constante contra forças reais e imaginárias.

Textos

Tao Te Ching

O Tao Te Ching (道德經), ou Dao De Jing, é amplamente considerado como o mais influente texto taoista. É uma escritura de fundação de importância central no taoismo, supostamente escrita por Laozi entre 350 e 250 a.C. No entanto, a data exata em que foi escrito é ainda objeto de debate: há aqueles que a colocam em qualquer lugar entre os séculos VI a.C. e III d.C. Ele tem sido usado como um texto ritual ao longo da história do taoismo religioso.

Os comentadores taoistas ponderaram profundamente nos primeiros versos do Tao Te Ching. Eles são amplamente discutidos, tanto na literatura acadêmica quanto na mais popular. Uma interpretação comum é semelhante à observação de Korzybski de que "o mapa não é o território". As linhas de abertura, com a tradução literal e a comum, são:

道 可 道, 非常 道.
"O caminho que pode ser descrito não é o verdadeiro caminho."
(O tao (caminho ou o caminho) pode ser dito, não da forma usual.)
名 可 名, 非常 名.
"O nome que pode ser nomeado não é o nome constante."
(Os nomes podem ser citados, os nomes não usuais.)

Tao, literalmente, significa "caminho" ou "o caminho" e pode significar figuradamente "natureza essencial", "destino", "princípio", ou "caminho verdadeiro". O filosófico e religioso tao é infinito, sem qualquer limitação. Um ponto de vista afirma que a abertura paradoxal destina-se a preparar o leitor para os ensinamentos sobre o tao não ensinável. Acredita-se que o tao é transcendente, indistinto e sem forma. Por isso, não pode ser nomeado ou categorizado. Mesmo a palavra "tao" pode ser considerada uma perigosa tentação de fazer do tao um nome limitador.

O Tao Te Ching não é tematicamente ordenado. No entanto, os principais temas do texto são repetidamente expressos em formulações variantes, muitas vezes com apenas uma pequena diferença entre elas. Os temas principais giram em torno da natureza do tao e como alcançá-lo. O tao é dito ser inominável e capaz de realizar grandes coisas através de meios pequenos.Há um debate importante sobre qual tradução do Tao Te Ching é a melhor. Discussões e disputas sobre várias traduções do Tao Te Ching podem tornar-se amargas, envolvendo visões profundamente arraigadas.

Os comentários antigos sobre o Tao Te Ching são textos importantes por direito próprio. O comentário Heshang Gong foi, provavelmente, escrito no século II d.C. e é, talvez, o mais antigo comentário. Ele contém a edição do Tao Te Ching que foi transmitida até os dias atuais. Outros comentários importantes incluem o Xiang'er, um dos textos mais importantes do Caminho do Mestre Celestial e o Wang Bi.

Zhuangzi

O Zhuangzi (庄子) é, tradicionalmente, atribuído a um sábio taoista de mesmo nome, mas isso foi recentemente contestado no meio acadêmico ocidental. Zhuangzi também aparece como um personagem na narrativa do livro. O Zhuangzi contém prosa, poesia, humor e disputa. O livro é, frequentemente, visto como complexo e paradoxal quanto aos argumentos e temas de discussão, que não são aqueles comuns à filosofia clássica ocidental, como a doutrina do nome de retificação (zhengming) e fazer distinções "isso/não presente" (shi/fei ). Entre o elenco de personagens das histórias do Zhuangzi, está Laozi, o autor do Tao Te Ching, bem como Confúcio.

Daozang

O Daozang (道 藏,Tesouro dos Tao) é, por vezes, referido como o cânon taoista. Foi, originalmente, compilado durante as dinastias Jin, Tang e Song. A versão publicada sobreviveu durante a dinastia Ming. O Ming Daozang inclui quase 1 500 textos.Seguindo o exemplo do budista Tripitaka, é dividido em três dong (洞, "cavernas", "grutas"). Eles estão organizados do mais alto para o mais baixo:

O Zhen ("real" ou "verdade" - 眞): Inclui o Shangqing.
A Xuan ("mistério"- 玄): Inclui o Lingbao.
O Shen ("divino" - 神): Inclui textos anteriores a Maoshan (茅山).

Daoshi geralmente não consultam versões publicadas do Daozang, mas escolhem individualmente, ou herdam, os textos incluídos no Daozang. Estes textos foram passados por gerações de professor para aluno.

A escola Shangqing tem uma tradição de se aproximar do taoismo através do estudo das escrituras. Acredita-se que, recitando alguns textos muitas vezes, se será recompensado com a imortalidade.

Outros textos

Enquanto o Tao Te Ching é o mais conhecido, há muitos outros textos importantes no taoismo tradicional. Taishang Ganying Pian ("Tratado do Abençoado na Resposta e Retribuição") discute pecado e ética e tornou-se uma referência de moralidade popular nos últimos séculos.[49] Afirma que aqueles em harmonia com o tao vão viver longas e frutíferas vidas. Que os ímpios e seus descendentes vão sofrer e ter encurtadas vidas. Tanto a Taiping Jing ("Escritura de Grande Paz") e o Baopuzi ("Livro do Mestre que Conserva a Simplicidade") contêm fórmulas alquímicas taoistas que se acreditavam poder conduzir à imortalidade.

Além disso, o Huainanzi é uma compilação da escrita de oito acadêmicos da dinastia Han que combina taoismo, confucionismo e os conceitos legalistas, incluindo as teorias, tais como yin-yang e cinco fases. O patrono Liu An (c. 180-122 a.C.) foi governador do estado de Huainan e neto do fundador da dinastia Han. O discurso em sua corte, favoreceu o pensamento taoista e trouxe filósofos, poetas e mestres de práticas esotéricas para a sua corte. Isso resultou no Huainanzi.

Taoismo e confucionismo

O taoismo é uma tradição que, dialogando com seu tradicional contraste, o confucionismo, modelou a vida chinesa por mais de 2 000 anos. O taoismo enfatiza a espontaneidade ou liberdade da manipulação sociocultural pelas instituições, linguagem e práticas culturais. Manifesta o anarquismo - defendendo essencialmente a ideia de que não precisamos de nenhuma orientação centralizada. Espécies naturais seguem caminhos apropriados a elas e os seres humanos são uma espécie natural. Seguimos todos por processos de aquisição de diferentes normas e orientações da sociedade, mas poderíamos viver em paz mesmo se não procurássemos unificar todas estas formas naturais de ser.

Como o conceito confucionista de governo consiste em fazer todos seguirem a mesmo moral, o taoismo representa, de certa forma, a antítese do conceito confucionista referente a deveres morais, coesão social e responsabilidades governamentais (embora o pensamento de Confúcio inclua valores taoistas e o inverso também ocorra, como se pode observar lendo os Analectos de Confúcio.

Religião taoista

Embora Laozi nunca tenha pregado nenhuma religião no Tao Te Ching e tenha sempre se mantido no terreno filosófico e moral, cerca de mil anos depois da sua morte, formou-se um corpo de doutrinas e de práticas religiosas e culturais que constituíram a religião taoista. A religião taoista conserva apenas uns traços da filosofia de Laozi, com empréstimos de ideias e práticas culturais do budismo, com a introdução de vários deuses, deusas e génios, e uma mistura com algumas crenças preexistentes, como a teoria dos cinco elementos, a alquimia e o culto aos ancestrais.

Tentativas de alcançar maior longevidade eram um tema frequente na magia e alquimia taoistas, com vários feitiços e poções, ainda existentes, com esse propósito. Muitas versões antigas da medicina tradicional chinesa foram enraizadas no pensamento taoista e a medicina chinesa moderna, bem como as artes marciais chinesas, são ainda de várias formas baseadas em conceitos taoistas, como o tao, o qi e o balanço entre o yin e o yang.

Com o tempo, a absoluta liberdade dos seguidores do taoismo pareceu ameaçadora à autoridade de alguns governantes, que incentivaram o crescimento de seitas mais comprometidas com as tradições confucionistas. Uma escola taoista foi formada ao fim da dinastia Han, por Zhang Daoling. Muitas seitas evoluíram através dos anos, mas a maioria traça suas origens a Zhan Daoling, e grande parte dos templos taoistas modernos pertence a uma ou outra dessas seitas. As escolas taoistas incorporam panteões inteiros de divindades, incluindo Laozi, Zhang Daoling, O Imperador Amarelo, O Imperador de Jade, Lei Gong (O Deus do Trovão), entre outros.

As duas maiores escolas taoistas da atualidade são a Seita Zhengyi (evoluída de uma seita fundada por Zhang Daoling) e o Taoismo Quanzhen (fundado por Wang Chongyang).

Influências no zen-budismo

Como há algumas afinidades entre a visão taoista e a visão budista do mundo, quando, no século I, foi introduzido na China, o budismo indiano foi, em grande parte, interpretado usando-se conceitos taoistas. O budismo chan (禅宗, chánzōng), que se desenvolveu como uma escola distinta na China medieval, refletiu estas fortes influências da filosofia chinesa e, em particular, do taoismo. Com o tempo, o chan acabou se estabelecendo na Coreia, onde recebeu o nome seon. Havia monges que chegavam de outros países da Ásia para estudar o chan e a escola foi se espalhando pelos países vizinhos. No Vietname/Vietnã, recebeu o nome thien e, no Japão, ficou conhecida como zen (禅, zen). Através da história, essas escolas cresceram de maneira independente, tendo desenvolvido identidades próprias e características bastante diferentes umas das outras.

Na China, elementos do taoismo se combinaram com elementos do budismo e do confucionismo na forma do neoconfucionismo. A adoção por parte dos confucionistas de vários conceitos taoistas deu origem, durante a dinastia Song (960–1279 d.C.), à chamada "Escola Neoconfucionista" ou "Escola da Razão".

Taoismo fora da China

A filosofia taoista é praticada em várias formas, em outros países além da China. Kouk Sun Do, na Coreia, é uma dessas variações. A filosofia taoista encontrou muitos seguidores ao redor do mundo. Genghis Khan era simpático à filosofia taoista e, durante as primeiras décadas de dominação mongol, o taoismo viu um período de expansão, entre os séculos XIII e XIV. Devido a isso, muitas escolas taoistas tradicionais mantêm centros de ensino em vários países ao redor do mundo.

Taoismo no Brasil

No Brasil, existem vários ramos ligados ao taoismo, tanto o religioso (taochiao) quanto o filosófico (taochia). Uma das vertentes religiosas mais importantes é representada pela Sociedade Taoista do Brasil. A Sociedade Taoista do Brasil foi instituída no Rio de Janeiro, em 15 de janeiro de 1991, com o objetivo de difundir o ensinamento do taoismo em todas as suas formas de expressão - religiosa, filosófica, científica e cultural - e contribuir para o aperfeiçoamento espiritual dos frequentadores.

O caminho taoista propõe a restauração do estado pleno de vida e consciência, chamado tao. Para isso, utilizam-se vários meios, como as práticas que promovem a boa saúde física e mental, o estudo de clássicos escritos pelos grandes mestres do passado, os métodos místicos para a restauração da ordem interna e fundamentalmente a meditação, como caminho de autotransformação e elevação espiritual.

A Sociedade Taoista do Brasil foi fundada por Wu Jyh Cherng (1958-2004), sacerdote taoista Kao Kon Fa Shi (Alto Ofício, Mestre da Lei). Mestre Cherng escreveu diversos livros sobre artes taoistas e traduziu o Tao Te Ching (O Livro do Caminho e da Virtude) e o Yi Jing (I-Ching, O Livro das Mutações), entre outros clássicos do taoismo.

Em março de 2002, foi inaugurada a sede de São Paulo, um espaço adequado para a prática e estudo do taoismo, suas artes e sabedoria, onde há palestras abertas ao público, rituais, meditação e diversos cursos. Entre as atividades de São Paulo, enfatizam-se as práticas de meditação (tao yin), I Ching (ou Yi Jing), feng shui, astrologia chinesa (zi wei dou shu), tai chi chuan (ou tai ji quan), chi kung (ou qi gong) e o atendimento de acupuntura e massagem (tui na).

Além dos grupos formalmente ligados ao taoismo, também podem ser encontrados muitos ensinamentos taoistas em várias escolas do budismo maaiana chinês e também em religiões sincréticas como o cao dai, entre outras.

domingo, 8 de outubro de 2017

Liber Sephiroth



O – A possibilidade do espaço, o zero [círculo] representa a possibilidade da formação do corpo de Baphomet, onde tudo, o espaço e o tempo em si se materializarão.

1 – O ponto. A manifestação da Vontade, que ainda não possui forma ou foco, a coroa ardente.

2 – A reta. A vontade segue uma direção, já possui seu foco.

3 – Forma-se uma superfície. Agora existe a primeira noção de relação entre os pontos, podemos traçar a relação que tem entre si, qual está mais próximo ou mais afastado. Surge a forma.

4 – A cristalização, surge a primeira manifestação tridimensional, aqui a ideia passa a existir, a forma cria volume.

5 – Equilíbrio, os pólos opostos

e formam, o objeto está finalizado.
6 – O movimento, o objeto, com um propósito passa a agir, ter consciência de si mesmo. É a forma mais sublime e perfeita. O ser consciente seguido sua Vontade.

7 – O caminho, a experiência. Este não é o objetivo da jornada, mas a jornada em si.

8 – A Sabedoria, o 8 remedia as consequências que os atos causados pela falta de vivência.

9 – A Maturidade. A manifestação em seu estado mais sublime.

10 – O objetivo alcançado. A porta atravessada. A iniciação, o esconderijo do devorador de almas. A morte.

11 – A ilusão.

Apêndice I - Considerações de Ratz Tnb.
Ratz Tnb.


Que Satã, a Grande Mãe Negra, inunde com seu amor este seu servo!

Apenas como ilustração e não como forma de diminuir este excelente texto do Tenebrae Petrus, que o amor Dela o nutra sempre, coloco abaixo uma analogia que usei para instruir uma colega nesta Via Sombria. Não passa de apenas um véu mais mundano, mas que serviu para mostrar os contornos da Grande Sabedoria aqui contida.

Na tentativa de tornar o Subjetivo algo mais palpável criei esta parábola, que como todos sabemos é o artifício preferido de todos que A servem desde os tempos em que o povo que se dizia escolhido perambulou pela terra do calor e do pó.

Imagine que um belo dia você se apercebe de algo que não exatamente te incomoda, mas que está se revirando dentro de você. Tem dias que esse algo passa desapercebido, em outros momentos é como tentar se lembrar de um nome que está na ponta na língua mas não se revela, algo enlouquecedor? Isto é como o 0 (zero). Você não sabe o que é, mas é algo que está ai, não existe ainda, mas está se formando, é como olhar para a terra e imaginar a semente que virará a árvore e então a maçã, é algo que vai ser um desejo, mas ainda não é.

Um belo dia você está andando e vê um Porsche e então cai a ficha, você quer o carro. Surge ai o número 1. A primeira manifestação deste algo, mas como um ponto a coisa não tem forma nem direção, “quero um carro!”, e ai percebe outra coisa: você tem pernas para te levar para cima e para baixo, tem transporte público, tem uma bicicleta, mas isso não interessa você quer o carro. É para chegar mais rápido nos lugares? É para conseguir possuir um carro? Para impressionar pessoas e conseguir mais sexo? Não interessa é um impulso.

Você vai a uma consecionária e procura vários carros e chega um novo momento: nenhum carro te satisfaz, você tem aquilo que te impulsiona, que é o solo/local/espaço onde a vontade se manifesta (zero), sabe que a vontade é de ter um carro (1), mas essa vontade não está manifesta ainda, ter um carro é vago. Você volta para casa e vai pensando, acha aqueles carros sem graça, ou eles não tem a ver com você, seja porque são pequenos, feios, amarelos... Isso já dá uma direção para o seu desejo, sabe o que não quer, é como formar uma reta, por exclusão sabe para que lado não ir, tem o seu caminho. Você pára para pensar então o que foi que te mostrou que a sua vontade era ter um carro, e ai se lembra do Porsche.

Surge o número 3, você quer um carro, e ele tem que ser um porshe, seu desejo de um carro tomou uma forma definitiva, sua idéia tem uma cara. Você pode desenhar o que você quer no papel. Mas um desenho tem apenas duas dimensões, não é um Porsche de fato.

E ai você descobre os meios de conseguir seu Porsche. Chega em casa do trabalho e está na sua garagem o seu Porche 911 Turbo, negro como nossa Mãe, estofado de couro, cheiro de carro novo que obviamente alguém levou anos para desenvolver em um laboratório. O número 4 se manifestou na sua frente. A cristalização do seu desejo. A idéia passa da mente para o papel para o “mundo real”.

Mas o problema do “mundo real” é que não podemos simplesmente nos sentar atrás de um volante e sair por ai curtindo o carro. Então você tira vai a uma auto escola, tira carta de motorista, enquanto isso registra o carro, arranja o seguro dele, deixa tudo em ordem. Isto é o 5, é o equilíbrio, para se ter um carro de forma legal não adianta apenas o lado do “ter o carro” estar em ordem o resto é necessário, quando esses dois lados da moeda forem resolvidos chegamos ao número 6.

Você está na fissura do seu Porsche novo, entra nele, sai guiando, não quer nem saber. Enche a cara, vai pra balada, cavalos de pau, descobre até onde o ponteiro do velocímetro chega, arrasa. Curte o Porsche como um prêmio bem merecido. E de fato ele é.

E ai o inevitável acontece, e você, depois de bater em outro carro, afinal estava curtindo a vida adoidada, capota algumas vezes e uma das suas portas ganha o decalque de um poste. O 7 é o que acontece quando você está em movimento tempo o suficiente. Quem não arrisca não petisca, dificilmente você petisca muito sem se estrepar em alguma coisa. Já disseram que você pode equilibrar três pratos no fim de varetas por horas e dias, mas uma hora esse equilíbrio, esse movimento, termina com um prato quebrado no chão.

Você, não morreu, e tinha seguro no carro. Fica mais experiente, e já queimou muito da animação dirigindo o carro, dar cavalos de pau já não tem a mesma graça e o seguro bancou todos os consertos, mas disseram: nós vimos o que você fez, tome seu carro consertado, mas não vamos renovar o seguro, qualquer outro erro será responsabilidade sua, está sozinha agora, por conta própria. E você se sente como se tivessem te tirado o bilhete de passagem livre pela prisão no meio da partida de Banco Imobiliário. O 8 é a maneira com que a realidade lida com a bagunça causada pelo 7, ele é o remédio que aparece porque você ficou doente de cama.

Então você tem as suas cicatrizes, suas fraturas foram consertadas, seu Porsche chegou novinho da oficina, não tem mais aquele cheiro de carro novo, mas tem aquele cheiro de lugar familiar que faz você se sentir bem. Está mais sábia com as experiências, não tem mais aquele fogo da inconseuqência, está muito mais madura, e tem o Porsche ainda. Tudo está da melhor forma possível. Teve suas experiências, tem tudo o que deseja e tem a vida pela frente. Você está neste momento no 9. Repare que qualquer número multiplicado por 9 tem como resultado final da soma de seus algarismo o 9 novamente (9-mente, again and again and again?)?

9 x 1 = 9

9 x 4 = 36 ~ 3 + 6 = 9

9 x 93 = 837 ~ 8 + 3 + 7 = 18 ~ 1 + 8 = 9

9 x 3427 = 30.843 ~ 3 + 0 + 8 + 4 + 3 = 18 ~1 + 8 = 9

9 x 0,008273 = 0,074457 ~ 0 + 0 + 7 + 4 + 4 + 5 + 7 = 27 ~ 2 + 7 = 9

Note também que quanto somamos qualque número com 9 ao somarmos os algarismos temos o número orginal:

9 + 1 = 10 ~ 1 + 0 = 1

9 + 15 = 24 ~ 1 + 5 = 6 = 2 + 4

9 + 371 = 380 ~ 3 + 7 + 1 = 11 = 3 + 8 + 0 ~ 1 + 1 = 2

É só brincar, o 9 então é a realização plena da sua vontade com o que você gosta com o mundo real.

Chega o momento do cuidado supremo então. Um belo dia você vai até sua garagem, olha para o seu carro e pensa: e agora? Tudo o que eu queria era um Porche e eu consegui. Fiz de tudo com ele. O que eu faço da vida agora?

É aqui que você tem dois caminhos na sua frente: por um lado, se acomodar e pensar que a vida é boa e você chegou onde queria, por outro pensar “so far, so good, so what?” O Porsche era apenas uma coisa, mas não é a minha vida, agora que cheguei aqui vou ver pra que lado vou. Ver se se forma em você um novo incômodo como aquele que se tranformou no Porsche na sua frente.

O primeiro caminho leva à estagnação, ao falso conforto. Quem somos nós para julgar o que é conforto real ou auto ilusão, mas o objetivo de uma jornada não é o tesouro no final, e sim fazer o heroi crescer a cada decisão que tem que tomar. Se você se aconchega deixa de ser o herói, e na prática isso pode ser ruim, você pode ficar ultrapassada, nostalgica e se descobrir sem propósito.

O segundo caminho não leva a um lugar novo, simplesmente é a continuação do caminho que você está seguindo, sem parada, sem descanso, apenas o seu desenvolvimento que continua. Aqui morrem os seus dogmas e eles se transformam em adubo para a sua crença que mudou. Pense assim. Se você luta para chegar no seu primeiro milhão de dólares, quando junta a grana pode empilhar ele na mesa na sua frente e deixar ela desvalorizar e juntar pó, ou pode reinvestir ela e fazer a soma chegar a dez milhões de novo.

O 10 é traiçoeiro, tem que tomar cuidado com o que parece a recompensa merecida e com a areia movediça.

O 11 fica como exercício para você, consegue imaginar de porque ser A Ilusão? Se você consegue é porque se enganou, olhe par ao outro lado.

Que a Mãe Negra sorria sempre para Eu & Eu.



Apêndice II- Anotações pessoais do Rev. Obito
Rev. Obito, Sacerdote do Templo de Satã

Este texto pode ser lido como base e até mesmo como uma correção para muitos textos que se baseiam na numerologia, inclusive na numerologia proposta por Crowley, e por conseguinte por quase todos estudiosos e pseudo-estudiosos de Thelema.

Pontos que acho importante levantar:

I - A relação entre o 1 e o O

Muitos tratam o O como negativo, a oposição ao 1. Isso é falho. A real oposição ao 1 é o -1, o mesmo valor, volume e espaço só que negativado. O Zero não se qualifica sequer como numeral. Ele é uma possibilidade de algo a vir se tornar. O Zero é o vazio apenas no sentido de o vazio ser na realidade não a ausência de algo, mas a possibilidade de algo vir a surgir. Enquanto o vazio como ausência é estagnação ele como possibilidade é dinânico em si mesmo, como a realidade.

II – Relações dos números com a Geometria de Crowley

Crowley em seu An Essay Upon Number, publicado no 777 faz a seguinte comparação:

0-     ponto

1-     linha

2-     superfície

3-     sólido

4-     o sólido existindo no tempo

5-     o sólido em movimento

6-     mente

7-     desejo

Acho que esta definição se esquece de que o ponto apenas existe em um espaço, e que não existe diferença entre espaço e tempo a não ser na física newtoniana, e a realidade iniciática não condiz com a proposta por Newton. Não podemos ignorar que o espaço/tempo também precisa existir para que a equação seja plena.

Temos um ponto, um ponto não possui massa, ele é apenas uma localização no espaço, uma coordenada, num espaço bidimensional precismos de duas coordenadas para ter um ponto X e Y. Num espaco tridimensional precisamos de três coordenadas, X,Y e Z, num espaço quadridimensional quatro coordenadas e assim em diante.

Com dois pontos temos a informação para traçar uma reta, são apenas com três pontos que temos uma superfície. O primeiro geométrico surge com quatro pontos, passamos de duas dimensões para três. Nosso universo palpável possui três dimensões, o tetrahedro é a forma geométrica mais simples, não vou falar da esfera no momento.

Veja que com o quinto ponto surge a simetria. O sexto coloca o objeto simétrico em movimento. O sétimo ponto pode ser comparado com desejo, mas o que Crowley parece não ter levado em mente é que para o ponto existir tem que haver um espaço seja como for a nossa noção de espaço. O Zero é a folha, a tela, a representação deste espaço necessário. Querer separar espaço de tempo cria a necessidade de localizar o objeto manifesto em 2 momentos diferentes que não é real, como algo pode de fato existir no tempo sem estar localizado no espaço?

III – Relações com o Taro e com a Árvore da Sabedoria

Utilizando o modelo proposto por Petrus temos uma aproximação muito maior tanto do Taro quanto do modelo satânico da Árvore da Sabedoria.

Sobre o Taro

1 = Ás

O Ás aqui é usado tanto na sua forma de arcano menor (Ás,2,3,4,5,6,7,8,9 e10) quanto na sua forma de carta da corte (Ás, Princesa, Príncipe, Rainha, Cavaleiro – que erroneamente é chamado de Rei, na cosmologia do Tarô; o rei seria representado pelo elemento que dá origem ao Ás).

Nesta comparação o 1 (ponto) surge tanto como numeral quanto como elemento, isso ficará claro quando o aplicarmos à Árvore da Sabedoria.

Quando nos atemos aos significados numéricos dos arcanos menores, sem levar em conta o seu elemento/naipe, o modelo proposto no Liber Sephiroth se encaixa com perfeição, a carta 2 sendo a manifestação da idéia mas ainda sem forma, o 3 sendo a forma da idéia mas ainda não cristalizada e o 4 a cristalização final da idéia (ou do elemento representado pelo naipe). O 5 é a idéia cristalizada se desenvolvendo (sendo posta em movimento).

Da mesma forma que o Ás, quando aliado às cartas da corte representa a forma mais pura e essencial do elemento administrado pelas cartas da corte.

Sobre a Árvora da Sabedoria

O 1 surge aqui como a emanação Coroa. É o elemento que representa a essência da árvore. Quando montamos o esquema da Árvore da Sabedoria  refletida pelos Naipes do Tarô cada  Ás representa a coroa de determinado elemento (Paus = fogo = Satã, Espadas = Ar = Lúcifer, Copas = Água = Leviatã e Discos ou Ouros = Terra = Belial). O O é o estado/local de onde as emanações surgem, a possibilidade a que chamamos Baphomet.

Os números de 4 a 9 são o processo que teve início com a união do 2 e do 3 e que resultará na manifestação física do 10. Ele é “gerenciado” pelo príncipe – filho embrião da rainha, filha do rei, com o cavaleiro.

Dai o erro de igualar o O com o ponto, que é a unidade em sua forma mais simples e poderosa.

O O é um universo em sí de onde temos o Infinito em suas três facetas, o Vazio, o Vazio Sem Limites e o Vazio Transcendete, que não pode ser descrito ou sequer compreendido.

Existe mais um momento entre o número 3 e o 4 na Árvore da Sabedoria, ele não é um número ou uma emanação, é uma condição, chamada de Conhecimento ou Abismo, mas não cabe aqui entrar em detalhes sobre ele, por isso não aparece na imagem acima.

Por Petrus Ruberim Tnb

domingo, 1 de outubro de 2017

Massagem Yoni



Massagem Tântrica Yoni, ou simplesmente Massagem Yoni, é um tratamento a base de massagem na região genital feminina que se concentra em liberar a tensão da paciente. Essa massagem busca ligar o receptor a sua natureza sensual interior, resultando em uma sensação de completo bem-estar, satisfação, contentamento e sensações talvez nunca sentidas antes. Embora a massagem Yoni seja muito sensual e de caráter sexual, o propósito não é levar a mulher ao orgasmo, muito pelo contrário, a intenção é relaxar o receptor, e assim trazer emoções à superfície.

Esse tratamento relaxante tem procedência do Tantra direcionado ao público feminino, e é praticado desde antes do ano 1000 d.c. na Índia e na China. Sua prática tem a finalidade de cura, ajudando diversas mulheres em todo o mundo no tratamento de diversas enfermidades, tais como traumas e bloqueios sexuais.

Internacionalmente não é reconhecida como método de massagem, não pertencendo portanto ao conjunto de métodos e técnicas de massoterapia científica.

Massagem tântrica



Massagem tântrica é um estilo de massagem que tem como base o Tantra, que é uma filosofia surgida em 2500 a.C., cuja origem nasceu na cultura Drávida, povo que vivia no vale do Rio Indo, onde hoje é conhecido como Paquistão. Tem suas raízes no Tantra Yoga.

O Tantra é uma filosofia comportamental, de princípios matriarcais, sensoriais e desrepressores. Suas meditações, práticas e vivências levam ao despertar e ascender a energia Kundalini, que é a energia vital que dá movimento à vida e consequentemente todos os processos energéticos, emocionais, mentais e fisiológicos dos indivíduos. Considera-se a ascensão da Kundalini nascendo na região pélvica (chakra básico) e subindo pela coluna vertebral até o topo da cabeça (chakra primário).

A massagem tântrica busca refinar a sensibilidade, no intuito de expandir e intensificar a sensação orgástica, encadeando diversos agrupamentos musculares na reação bioelétrica do orgasmo. Não só isso, alguns tipos dessa massagem também buscam tonificar e fortalecer os músculos genitais de homens e mulheres, a fim de proporcionar uma maior sustentação de bioenergia.

Esse trabalho de intensificação do orgasmo possui um efeito terapêutico - energizando os chakras e regulando a produção hormonal - além de um efeito meditativo, de expansão da consciência e da percepção. Não deve ser confundido, porém, com o sexo tântrico - chamado, em sânscrito, de Maithuna - ou sexo de qualquer natureza. A massagem, embora lide com a energia sexual, propõe uma quebra de paradigmas e conceitos ligados a sexualidade que, efetivamente, não poderia acontecer em uma relação sexual comum, embora não haja nenhuma citação nos textos tântricos originais.

Apesar de utilizar o termo "massagem", ela na verdade não possui ligação direta com a terapia por massagem, possuindo técnicas, filosofias, objetivos e origens diferentes da massoterapia. Portanto a nível de classificação internacional, a "massagem" tântrica não é reconhecida com uma massagem propriamente dita, mas apenas vista como terapia alternativa corporal, não pertencendo aos métodos utilizados por massoterapeutas no Brasil ou no exterior.

No Brasil

A partir dos anos 90 o brasileiro Deva Nishok criou o Centro Metamorfose, para aplicar o método que leva seu nome, a partir das ideias de um guru mexicano, inspirado na filosofia de Rajneesh Osho.

Outro discípulo de Osho, que também fez história no Tantra no Brasil é o Argentino Gabriel Saananda que está a frente e coordena até hoje o espaço Companhia do Ser.

Nadi



A palavra nadi vem da raiz nad (do sânscrito ), que significa canaleta, córrego, ou fluxo do nada, e é o canal pelo qual circula o prana pelo corpo.

Definição

Uma nadi (plural: nadis) é uma formação de energia na forma de canal na qual o prana flui e pode se conectar aos chakras. Ele ainda não é aceito pela comunidade científica. Elas começam do centro dos chakras e fluem para a periferia se tornando cada vez mais finas, tendo uma função extra sensorial, causando em parte as respostas empáticas e instintivas. A primeira vez que o sistema nadi foi mencionado na Katha Upanishad , que diz: "Cento fica as artérias do coração, um dos canais leva até o alto da cabeça . Indo para cima, através disso, a pessoa se torna imortal. "

Função e Ativação

Nadis são usadas ​​para levar a energia de força vital conhecida como prana em sânscrito, através do corpo. Elas são ativas quando circulam dentro do canal Pingala , e passivas quando circulam dentro da Ida . Quando ativada a kundalini circula dentro do canal Sushumna. A nadis Ida e Pingala são relacionada aos dois hemisférios do cérebro . Pingala é extrovertida (Ativa) ,energia solar a sua Nadi, e corresponde ao lado direito do corpo e do lado esquerdo do cérebro. Ida é a lunar introvertida a sua Nadi, corresponde ao lado esquerdo do corpo e do lado direito do cérebro. Estas nadis também disse tem uma função extra-sensorial , desempenhando um papel nas respostas empáticas e instintivas. As duas nadis são estimuladas através de diferentes práticas de Pranayama, incluindo shodhana nadi , que envolve respiração alternada pelas narinas esquerda e direita, que alternadamente estimulam , respectivamente, os lados esquerdo e direito do cérebro. A palavra nadi vem do nad que significa "canal", "curso", ou "fluxo" e em sânscrito raiz. A respiração ritmada e as técnicas respiratórias especiais devem influenciar o fluxo dessas nadis ou correntes energéticas. De acordo com este tipo de interpretação (que é a interpretação do Yoga) as técnicas de respiração purificam e desenvolvem essas duas correntes energéticas e os exercícios respiratórios especiais , cujo objetivo é despertar a kundalini entre os sete Chakras Nadi em nosso corpo. Dos sete , quatro estão no tronco do corpo , dois na cabeça e há um no pescoço. Chakra é o centro de força associado com o corpo sutil do homem. Cada chakra é governado por uma encarnação da deusa Parashakti.

Número e principais nadis

Existe uma indefinição nos tratados quando ao número de nadis. No Shiva Samhita é de 350.000 nadis. Já o Hatha yoga Pradipika mencionava, há 3500 anos, 72.000 nadis. Na prática do Yoga são mencionados, entretanto, somente as três principais: Sushumna, Ida e Pingala,

A Sushumna, é talvez o mais importante dos canais de energia. Ela segue o alinhamento do Merudanda (Meru: a montanha que é o eixo do mundo pela mitologia Hindu), o eixo da coluna vertebral (cerebro-espinhal) e flui da extremidade inferior da mesma até chegar a extremidade da cabeça, na assim-chamada coroa-craniana. Sushumna é descrito como de cor vermelha (a cor do fogo (Agni).
As nadis da Ida e da Pingala são frequentemente relacionados aos dois hemisférios do cérebro.
Pingala é o princípio masculino (aquecendo-se para acima, tem como qualidades a extroversão e a energização). É a nadi solar, e corresponde ao lado esquerdo do cérebro.
Ida é o o princípio feminino (tranquilizando para baixo, tendo como qualidades a introversão e a serenidade). É a nadi lunar, correspondendo ao lado do direito do cérebro.
As duas nadis são estimuladas e limpas com a prática do Nadi Shodhana Pranayama, que envolve respirar alternadamente através das narinas esquerdas e direitas, que estimulariam alternadamente os lados respectivamente direito e esquerdo do cérebro.
Nadis são consideradas às vezes como estendendo até a pele do corpo, outras como se estendendo ao limite da aura.

Outras nadis são gandari, hastijihva, pusha, yashaswini, alambusha, kuhu e shakini.


Nadis no mundo

Na Alemanha

O conceito é originário do Tantra, usado na pratica do yoga. A maioria de Nadis saem do "Kanda".

Na França

As nadis são os canais subtis aonde o prana circula no organismo, sendo o Prana algo originado de um período de atividade intensa, de acordo com tradição Yoga do "Pranotthana".

Na Itália

O termo vem da filosofia Advaita (vedanta), muito usado no yoga. As nadis Ida e Pingala, transportam diferentes polaridades energeticas. A Pingala é positiva/masculina é ascendente; e a Ida é negativa/feminina é descendente. Na Sushumna escore Vajra, luminosidade que vem de Surya (sol) e no seu interior passa Citrini, brilho que vem de Chandra(lua). No interior de Susumna existe outra nadi, chamada Brahmanadi, onde passa a energia da kundalini Muladhara para Sahasrara. Estes ultimos são loti ou chakras.

Na Espanha

Além das referências acima, aproxima a filosofia a termonologia esotérica, onde nadis são canais etericos (eter=akasha) e três principais nadis são referência ao caduqueo de Mercurio/Hermes.