sexta-feira, 2 de junho de 2023

Luciferianismo - A Serpente e a Arvore


Aqueles que foram criados como cristãos ou judeus foram ensinados sobre o mito hebreu da criação descrito no Génesis, como crianças encenando o Jardim do Éden. É um mito que provavelmente foi tirado das culturas suméria e babilónica pelos escribas hebreus. Éden significa um lugar de encanto e prazer e se refere a um paraíso terrestre ou a um parque restrito ou fechado. Em acadiano antigo, significa terraço e se refere a urna plataforma elevada usada para o plantío de flores ou plantações. Escritoras feministas alegam que Eva foi a primeira jardineira, e foram as mulheres na Mesopotâmia pré-histórica que primeiro cultivaram plantas, irrigaram terras e cercaram áreas de terra, como jardins para cultivar vegetais, ñutas e ervas medicinais.

Outros escritores, como Andrew Collins, sugeriram que a agricultura e a horticultura eram ensinadas para mulheres da Europa oriental por uma raça antiga chamada Os Vigias. Collins chegou inclusive a descrever o Éden como um povoado dos Vigias organizado em jardins de cultivo, orquídeas, terraços cultivados, escolas e observatorios astronómicos. Ele se localizava na área do Curdistão-Iraque. (Collins, 1996)

Aparentemente, essas mulheres neolíticas desenvolveram tecnologias de irrigação e cercado para controlar o gado e as ovelhas usando arbustos de acácia e mais tarde estacas de madeira. Elas também cultivaram e domesticaram flores silvestres. Durante o processo, elas criaram novas espécies e híbridos, incluindo as rosas. Apalavra persagul significa rosa e aparentemente tem origem pré-indo-européia. Os primeiros relatos de jardins exclusivamente de flores vieram da Assíria e Babilonia, vide os famosos jardins suspensos da Babilonia. Jardins floridos foram plantados próximos a casas para aproveitar seus perfumes. Eles também eram usados para relaxamento, refeições ao ar livre e santuários religiosos.

Em 1998, cientistas alegaram ter encontrado evidências das origens da civilização na fronteira curda, nas montanhas ao sudeste da Turquia. Análises de DNA do trigo silvestre no sudeste da Ásia permitiram aos cientistas datar suas origens genéticas em 9 mil anos. Foi uma das chamadas plantações fundadoras que permitiu que os humanos antigos deixassem de ser caçadores/coletores nômades para se tomar fazendeiros fixos. Essas mudanças culturais e sociais dramáticas foram as precursoras das sociedades organizadas, com o aparecimento de governantes, burocratas, escribas, soldados e artesãos que viviam em povoados permanentes.

Essa descoberta apóia a idéia contemporânea de que um grupo pequeno de humanos domesticou plantas silvestres e divulgou suas técnicas e conhecimentos agrícolas para outros lugares. Diz-se também que, em um período de apenas algumas centenas de anos, os humanos fizeram uma transição radical de caçadores/coletores de plantas silvestres para cultivar plantações domesticadas como fazendeiros. Quando Caim foi exilado na terra de Nod, ao leste do Éden, por matar seu irmão Abel, conta-se que seus descendentes se tomaram os primeiros fazendeiros, ceramistas, ferreiros e construtores de cidades. Alguns escritores os identificaram com os Sumerianos, e certamente as similaridades entre o Gênesis e a criação deles e os mitos sobre o Dilúvio é impressionante. Toda a história de Caim e Abel podería ser vista como o relato mítico da transição entre os nômades da Era Neolítica para as comunidades estabelecidas no início da Era do Bronze com sua tecnologia superior.

A história bíblica diz que um rio saiu do Éden para aguar os jardins; e por isso ele se dividiu em quatro braços. (Gênesis 2:10) O simbolismo do rio correndo desde o Éden para irrigar e a sua divisão em quatro afluentes é altamente simbólico. Ele representa a emanação dos afluentes da vida desde a Fonte e como ela se divide em uma variedade de formas diferentes. Os escribas que escreveram o mito da criação original que foi incluído no Gênesis sabiam que a vida, animada e inanimada, era uma delineação visível do princípio cósmico ou fonte da vida. Era também a manifestação visível da Alma Universal agindo por meio do Universo físico para se manifestar concretamente. Eram as idéias da Mente Divina cristalizada em formas materiais. O Criador Cósmico, o Grande Arquiteto do Universo, o Deus por trás dos deuses, formou primeiro nessa mente divina a forma arquetípica das coisas que surgiríam, formando, portanto, um padrão ideal que mais tarde se manifestou no Universo físico por meio dos sete governantes.

A criação do mito do Éden inclui a história da Queda, quando Eva foi tentada pela serpente e comeu o fruto proibido da Arvore do Conhecimento do Bem e do Mal. De acordo com a bíblia: O senhor Deus disse; Eis que o homem se tomou como um de nós, conhecedor do bem e do mal (sublinhado nosso). Por causa desse evento, os primeiros seres humanos emergiram dos seus estados de inocência e perceberam que estavam nus (ou seja, descobriram o sexo físico). Como Eva havia desobedecido Javé, o primeiro casal foi banido do Jardim do Éden, e seus descendentes foram condenados a nascer com o chamado pecado original. Essa crença falsa e perniciosa assombra a humanidade há eras. Como resultado desse mito judaico-cristão, a propaganda rotulou a serpente como uma criatura má e detestável. Diz-se que a tentação de Eva, a Mãe de Todos os Seres Vivos, representa a primeira tentação da humanidade por Satanael e tem sido ffeqüentemente repetida. Em comum com a serpente, as religiões patriarcais costumam representar as mulheres como tentadoras malignas que levam os homens à perdição com seus ardis femininos.

Satanael, na versão judaico-cristã da Queda do Éden, não é o espírito maligno cristão, e sim Lúcifer-Azazel. Quando o primeiro homem e mulher viveram no Éden, eles tinham contato direto com as forças angelicais. O apócrifo Primeiro Livro de Adão e Eva diz que, quando eles foram expulsos, Adão lamentou: “Oh, Deus, quando habitávamos o Jardim e nossos corações estavam elevados, nós víamos os anjos que entoavam cânticos no Paraíso, mas agora não os vemos como costumáva- mos” (8:1). Em outras palavras, os primeiros humanos tinham perdido contato com o reino espiritual.

A Bíblia diz: E Adão conheceu Eva, sua esposa; e ela concebeu e carregou Caim e disse: Eu recebi um homem do Senhor. Na tradição Luciferiana, esse Senhor era a serpente conhecida no mito hebreu como Samael (Azazel), e Caim foi o fruto da união deles. Lúcifer também aparece em uma visão para o outro filho de Adão e Eva, Seth, como um lindo anjo, brilhante com a luz; com um cajado de luz em sua mão, envolvido em uma cinta de luz. Lúcifer diz a Seth que ele e seus anjos habitam lugares maravilhosos em um outro mundo além da Terra. Ele oferece a Seth a troca para se converter na raça angelical, mas Seth recusa-se e acaba se casando com a irmã gêmea de Abel, Aklia (Adão e Eva 5:4-7).

No Livro Secreto de João, um texto egípcio cristão encontrado entre os famosos documentos de Nag Hammadi, descobertos no deserto do Egito em 1945, o governante chefe tentou capturar e seduzir as crianças de Adão e Eva. Nesse texto, Lúcifer plantou a semente do desejo sexual em Eva, e ele é descrito como o pai tanto de Caim quanto de Abel. Antes dele interferir nas suas vidas no Jardim, eles não sabiam o que era o sexo. O texto diz que o destino foi criado porque os governantes (anjos) cometeram adultério com sabedoria, e um destino amargo se abateu sobre eles.

Levando-se em consideração isso, era a serpente no Jardim realmente a personificação do mal? Nem mesmo os primeiros cristãos acreditam nisso. Santo Patrício, ainda que de forma condescendente, comparou a serpente aum Serafim ou anjo da presença de Deus. Ele insinuou que Eva havia tolamente confundido a linda e brilhante serpente com um mensageiro do paraíso enviado por Deus para iluminá-la, pois ela não era tão inocente para acreditar que uma besta podería falar. Essa conclusão parece ter sido baseada no fato de que a palavra Serafim em hebraico significa serpente e também anjo. Eles também eram conhecidos como serpentes aladas.

Na demonologia cristã, a serpente edênica ficou associada a Satanael e Lúcifer como o lado derrotado na Batalha dos Céus. Quando Lúcifer caiu do reino do céu na Terra e se tomou o Senhor Deste Mundo, ele foi chamado pelos cristãos de Velha Serpente ou Dragão Vermelho. Alenda da pedra esmeralda em sua coroa pode estar ligada a uma estranha pedra com supostas propriedades mágicas chamada draconita. Ela supostamente se encontra incrustada nas testas de serpentes ou dragões alados. Na mitologia do norte da Europa, os dragões geralmente são os guardiões de tesouros enterrados. Isso os conecta com Azazel/Azrael, o governante planetário de Plutão, como Plutão-Hades na mitologia greco-romana controlava os tesouros enterrados. Em termos esotéricos, esse tesouro não precisava ser necessariamente jóias ou ouro, mas sim conhecimentos ocultos e sabería antiga.

Os Gnósticos, que combinaram a heresia cristã e o paganismo em suas crenças, consideraram a tentação de Eva uma ato de liberação para o futuro da raça humana. Para eles, a serpente representava a sabedoria na sua forma mais pura. Os Ofitos, ou Irmandade da Serpente, no século II d.C., viam a serpente como a personificação da sabedoria absoluta e divina. Em suas crenças, ela era a Grande Professora e uma civilizadora da humanidade, a mãe e autora de todo o conhecimento e as ciências. Para os Ofitos, e outros Gnósticos, a Queda não era algo do qual se arrepender, mas a transição da humanidade antiga para um estado mais elevado de conhecimento e consciência.

Os Ofitos também acreditavam que o Mundo Serpente, ou Leviathan, com sua cauda na boca conhecida como ouroboros, era o guardião entre o mundo mortal e o divino. A cobra enrolada formando um círculo com um buraco no meio foi chamado de kuklos anagkes ou “o buraco da cobra” pelos gregos. Simbolicamente, foi o ciclo de necessidade ou a alma passando pelos vários elementos para alcançar o crescimento evolucionário. É o símbolo da lei natural pós-Queda, quando a alma se toma imersa em matéria. Isso foi para que se pudesse superar a matéria e desenvolver e crescer em encarnações sucessivas em carne. O espírito tem de se transformar em matéria para que paradoxalmente possa retomar novamente para a Fonte. Madeline Montalban via a Terra como uma escola de vida em que a alma encama para aprender lições e se formar.

É por isso que o resultado final da tentação de Eva foi a perda da inocência primitiva e a introdução da morte na equação. Adão e Eva se tomaram deuses, conhecedores do bem e do mal, porque seus olhos foram abertos para a realidade do Universo e como ele funcionava. Descendo do estado edênico espiritual para o mundo material além dos portões do Jardim, os humanos experimentaram a morte do corpo físico. Entretanto, os mais iluminados perceberam que após a morte a alma retomava para a Fonte e eventualmente renascia. No final do ciclo de necessidade, porém, a alma estava liberta da roda da morte e do renascimento. Eles podiam então decidir retomar voluntariamente para o mundo como guias e professores da humanidade, que estava adormecida, ou seja, presa no materialismo vulgar do plano físico sem qualquer conhecimento da luz interior.

E a jomada do alquimista para ir além do círculo extemo do mundo inferior, também conhecido como o círculo da serpente governado por Saturno. Ele é idêntico a Cronos, o deus grego do tempo, e, ao superá- lo, o iniciado quebra o tempo transiente, seqüenciado, e reverte a Era Dourada da juventude eterna e divina benevolência. (Roob, 1997:30) Simbolicamente, Satumo-Cronos vive no centro da Terra como o Senhor dos Metais, mas ele já foi o governante da Era Dourada antes de se tomar a Morte com a foice nas mãos. Ainda que Saturno seja mencionado em um tratado alquímico Hermético do século XVIII dizendo: “Eu vos digo que sou a coisa em si, mas não deveis me tocar: em mim habita a semente de todos os animais, ervas e minérios ”. Outro ditado Hermético dizia sobre Ouroboros: “Círculofeito por homem ou mulher, quando une a cabeça com a cauda, você obtém o traço completo Isso se refere ao processo alquímico sexual ou ao próprio casamento sagrado em termos físicos.

Outras seitas gnósticas que veneraram a serpente foram os Maniqueístas, seguidores do profeta Mani. Eles ensinaram que Jesus veio do Sol e, quando ele morreu, para lá retomou. Eles acreditavam que ele era a Grande Serpente que voou sobre o berço da Virgem Maria, quando ela nasceu. Jesus foi a serpente edênica enviada pela Mãe da Luz para libertar a humanidade da escravidão espiritual do falso deus Javé. Este era o Jesus da Luz, e ele está em cada árvore e nasce a cada dia, sofre e morre. Seu espírito se dispersa por toda a criação, em especial pelo mundo natural da vegetação, que o conecta com os deuses salvadores do Oriente Médio.

Em um dos mitos gregos primitivos sobre a criação atribuídos aos Pelasgos, a primeira divindade era uma deusa do mar chamada Eurínome. Ela se acasalou com o vento do norte, que assumiu a forma do Grande Velho na forma de uma cobra gigante chamada Ofion. Os dois se uniram em uma dança cósmica de vida e amor com a deusa, por vezes assumindo a forma de uma pomba. Da união entre eles, surgiu o ovo cósmico que, quando chocado, deu vida a tudo o que existe no Universo. Após o acasalamento deles, Eurínome rejeitou a serpente, ela machucou a cabeça dele com seu calcanhar e o expulsou do reino dos céus do Monte Olimpo. A serpente foi rebaixada para as cavernas debaixo da terra porque ele alegou ser o único criador da vida.

Dos dentes espalhados de Ofíon, surgiram os primeiros humanos. Eurínome também criou poderes titánicos gêmeos, masculino e feminino, e deu a eles poder sobre os sete deuses planetários.

Eurínome, coincidentemente, aparece emuma lenda posterior, que diz respeito a Hera, a Rainha do Céu, e seu indesejado filho, o deus forjador Vulcano. Quando ele nasceu, era um anão manco e feio, e sua mãe horrorizada o rejeitou. Ela o jogou de um penhasco para o mar, de onde foi resgatado por duas deusas antigas do mar, Thetis e Eurínome. Ele permaneceu com elas em uma cidade submarina, onde produziu jóias para elas. Seus companheiros eram os famosos Cabari, os servos da Deusa Grande Mãe, que foram mencionados várias vezes neste livro.

No antigo México, a serpente da sabedoria era adorada como um deus chamado Quetzalcoatl ou “a serpente com penas”. Ele era conhecido como o Senhor da Vida e da Morte e o Senhor da Estrela da Manhã e era o deus do vento, como o sopro da vida e da vegetação. Quetzalcoatl era uma figura de rei divina e culturalmente exemplar no exterior. Ele foi o primeiro governante mítico dos toltecas, que assumiram o império asteca, e ensinou a seu povo os segredos da agricultura, artes e artesanato e o calendário. O deus serpente foi descrito como um homem branco alto os cabelos castanhos longos, com reflexos avermelhados, caindo até os ombros, olhos verdes-castanhos e vestindo um manto branco decorado com uma cruz Tau em forma de T. Quando os conquistadores espanhóis chegaram no século XVI carregando imagens de Jesus, os nativos reconheceram o seu deus serpente Quetzalcoatl e pensaram que ele tinha retomado. Quando ele velejou do México para sua terra, além do sol se pondo, se tomou a estrela da noite e da manhã (Vênus). Na posterior arte sul-americana, ele foi claramente identificado com o Cristo, assim como uma serpente com penas crucificada.

No México e na América Central, Quetzalcoatl foi e continua sendo associado às (infames) famosas 13 caveiras de cristal.

Embora algumas sejam consideradas farsas modernas, a lenda das caveiras chama o deus serpente como um dos avatares que desceram à Terra para ensinar a humanidade. Esses avatares supostamente vieram de Plêiades, Orion e Sírius, e eles trouxeram com eles as caveiras de cristal codificadas com conhecimentos sobre a ciência, Astronomia e Filosofia. Foi alegado que esses objetos podem ser usados como os monolitos no famoso romance de ficção científica 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Arthur C. Clarke, para acelerar a evolução humana. Isto é, claro, se o acesso a eles puder ser redescoberto. Alguns velhos nativos americanos supostamente disseram que isso vai acontecer na Era de Aquário.

Um dos símbolos mais antigos na tradição esotérica é a serpente na árvore. Isso geralmente é representado por urna cobra enrolada ou crucificada em urna cruz Tau. Urna das referências mais antigas a isso está em Números 21:4-9, em que os israelitas reclamam das condições em suas viagens pelo interior. Em resposta, Javé enviou serpentes ardentes para atormentá-los. Javé aparentemente cedeu e disse a Moisés para erguer uma serpente de bronze e colocá-la em um poste. Qualquer um que olhasse para ela seria curado de mordidas de serpentes e sobrevivería. Aparentemente, aqueles que não o faziam, morriam.

Em termos ocultos, a serpente é o espírito da luz e a vida sacrificada na cruz da matéria. Essa imagem pode ser encontrada no mundo todo e, no século VII, um bispo baniu o culto a uma cobra dourada em uma árvore entre os Lombardos. A árvore foi derrubada e a imagem de bronze foi derretida para fazer um cálice para a igreja local. Essa árvore é a Arvore do Mundo ou Arvore da Vida, que no mito pagão gera a maçã da imortalidade. Ela é guardada por uma serpente alada ou dragão, e as raízes da árvore afundam no mundo subterrâneo, enquanto seus galhos chegam aos céus. O exemplo mais conhecido é Yggdrasil ou a Arvore do Mundo, na mitologia nórdica, que surge todos os anos em nossos lares como árvore de Natal. No topo da árvore há uma águia, e suas raízes espreitam uma serpente ou dragão. A águia com a serpente ou o brilho do raio em suas garras é outro símbolo antigo do Portador da Luz trazendo seus presentes das estrelas.

A serpente não foi apenas um símbolo da sabedoria divina, pois podia também representar a sabedoria adquirida por aqueles que seguem o caminho oculto. Desde eras remotas, uma varinha com uma serpente enrolada ao redor tem sido a ferramenta preferida de mágicos e magos. Os sumo sacerdotes do Egito, Babilônia e índia se auto-intitulam “filhos da serpente” ou “filhos do dragão”, assim como os druidas. De fato, dizem que as cobras expulsas da Irlanda por São Patrício eram uma referência aos druidas. O sacerdocio egípcio vestia a serpente da sabedoria em suas testas. Nas lendas Arthurianas, o título antigo de rei da Grã- Bretanha era “Pendragon” ou “dragão chefe”. Isso indicava que eles vieram da linhagem de sangue real dos Reis Dragões, descendentes dos Vigias, que usaram a cruz Tau como selo heráldico.

Na Maçonaria esotérica, a cruz tripla de Tau simboliza o templo em Jerusalém. É a chave para tesouros escondidos ou um lugar em que algo precioso está oculto, ou até mesmo a coisa preciosa em si. Como sabemos, isso pode não se referir à riqueza material. Na Maçonaria do Real Arco, o Tau triplo aparece dentro de um triângulo rodeado por um círculo com a Estrela de Davi. Isso simboliza os três aspectos da deidade, como criador, preservador e destruidor. Na tradição maçônica, o Tau era o martelo usado para desferir o golpe final que matou o Mestre Hiram Abiff, entre os olhos, o martelo do próprio Abiff tinha o formato de um Tau e foi um presente de Tubalcaim.

A imagem da serpente e da cruz pode ser encontrada também naqueles níveis mais avançados da Maçonaria, associados aos Cavaleiros Templários. Baigent e Leigh (1989) publicaram duas fotografias das jóias dos Templários Maçônicos. Elas tinham a forma de uma estrela de sete pontas com uma serpente enrolada em uma cruz Tau no meio. Uma das jóias tem abaixo desse símbolo um caixão vazio e uma caveira e ossos cruzados como representação da morte e do renascimento. Ao redor da borda, está a inscrição: In hoc signo vincis ou “Com este signo vencerei”. Uma espada torta, “o símbolo de Seth” pode ser vista sob a cruz em outra jóia. Nos túmulos templários, as pernas cruzadas da efígie supostamente representam Tau. Essa mesma imagem aparece também na carta do enforcado no Taró. O Templo também lembra a imagem da serpente crucificada na cruz Tau, como um símbolo legítimo do Cristo. Por que eles assim o fizeram sempre foi um mistério para os historiadores. E um mistério que pode ser facilmente entendido por aqueles que leram as entrelinhas deste livro até o momento. Essa ligação se tomará mais explícita ao nos aprofundarmos no simbolismo da tradição Luciferiana. É um simbolismo que é a verdadeira linguagem dos anjos. Símbolos como a serpente e a cruz fornecem a chave para entender os eternos mistérios da vida, o mundo espiritual e a natureza oculta do Universo.