quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Arnold Krumm-Heller - Magia Rúnica

 

Em todos os continentes, na ASIA, AFRICA, na EUROPA, e sobretudo, na América encontramos esculpida nas rochas, uma infinidade de caracteres que conhecemos sob a designação de inscrições rupestres. Com instrumentos primitivos, homens, que viveram a milhares de anos, gravaram certos sinais nos rochedos os quais tinham, para eles, significação sagrada e eram, por isso, perpetuados, deste modo.

Temos em espanhol uma palavra curiosa: CALAR, que usamos comumente, para exprimir o ato de marcar os produtos (por exemplo, calar tecidos ou metais). Chamamos, também, Calar a ação de cortar na nas melancias e nos melões para verificar lhes a maturação. E dizemos ainda CALAR, quando colocamos a baioneta em posição de investir contra o inimigo. Em suma, CALAR quer dizer penetrar o motivo, a razão ou o segredo de uma coisa desconhecida.

Entre os povos antigos do NORTE, CALAR OU CABALAR era o ato de traçar ou esculpir inscrições nas pedras. Foi deste vocábulo ( deste verbo ) que se originou a palavra CABALA que quer dizer TRADIÇÃO. Por ai podemos ver que CABALA longe de ser um termo hebraico, como muita gente supõe é uma expressão genuinamente latina.

Os dois sistemas RUNICOS, principais, recebidos dos germanos e escandinavos, chamavam-se FUTHORK. Neste sistema, cada letra rúnica representava um deus e ainda que muitos dos nossos conhecimentos mitológicos se tenha, perdido, alguns foram conservados, como o DEUS TYR,TINS, etc. Já TACITO confessava que esses CARACTERES RUNICOS, tinham um certo poder mágico assegurando mesmo que o conhecimento das runas foi privilégio dos sacerdotes -iniciados, sobretudo, no que se refere á MAGIA RUNICA, como profecia.

A degeneração das nossas civilizações levou a espécie humana á concepção antropomórfica das suas Divindades, mas isto não invalida a teoria de que os povos antigos reconheciam, por trás desses deuses a existência de forças cósmico-mágicas e que assim como a linguagem humana era o expoente do Logos, do Mediador de Deus, os caracteres gravados nesses rochedos ou lages de pedras, era, por sua vez, manifestações mágicas do próprio Logos.

Se um homem pode atuar sobre as forças cósmicas, mediante a pronuncia ou vocalização da palavra (MANTRAMS), pode também, conjurar ou exorcizar por meio das runas. Assim como a linguagem da luz antecedeu a linguagem comum, a origem da runa é divina. Os hebreus ocultaram a CABALA NÓRDICA, depois de falsificarem. Alfarrábios que jazem sob o pó de vetustas bibliotecas, na Suécia, Noruega, e em outros países nórdicos, permitiram-nos a chave dessa ALTA MAGIA, até que nos arquivos da FRATERNIDADE ROSA-CRUZ foram encontrados manuscritos que confirmaram e completaram as verdades transmitidas por essas obras. Deste modo foi possível traduzir e interpretar obras de MAGIA superiores a quantas o Oriente proporcionara, confirmando-se a velha sentença latina: “EXSEPTENTRIONE LUX”,A LUZ VEM DO NORTE.

Ao descobrir teoricamente o poder das RUNAS, como agentes mágicos, faltava-nos a sua conexão conosco, como organismo. Mas, o dr. Calligari, de Roma, descobriu que o homem é uma espécie de Radio, cujo centros de recepção e emissão localizam-se na pele. Experimentou a emissão e recepção de mensagens a mais de 100 km de distancia. Por este meio verificou que ao formarem-se mentalmente imagens de objetos, figuras geométricas e letras do alfabeto usual, o fenômeno de transmissão não se operava integralmente. Tentou vários processos, como por exemplo o sistema Morse, adotado pela telegrafia, mais sem melhores resultados. Calligari fez tudo ao seu alcance, mas nada conseguiu. Um runista celebre, porem fez uso das RUNAS , através do processo do sábio italiano e logrou a chave do mistério. As RUNAS possuem energias latentes que com as praticas ou exercícios RUNICOS , ROSA-CRUZ, permitem o manejo da ALTA MAGIA de maneira mais eficiente que pelos métodos do próprio ELIPHAS LEVI. Os Rosa-Cruz encontram nas RUNAS as chaves dos mais ALTOS PODERES.